Domingo, 24 de Julho de 2011

Análise da Máscara e Sombra Junguianas na sociedade chinesa contemporânea

Pretende-se, neste artigo, relacionar o evoluir mais recente da sociedade chinesa no que diz respeito à Máscara e Sombra.

 

Tenha-se em conta, baseando-nos, por exemplo, no meu artigo Máscara ( Persona ) e Sombra de Jung: suas relações com o Capitalismo e o Comunismo ( Resende, 2007 ), que o Comunismo estará mais associado à Sombra enquanto que o Capitalismo estará mais associado à Máscara. Deste modo, se pode associar o comunismo presente na União Soviética com a predominância da Sombra podendo-se relacionar o capitalismo presente nos Estados Unidos da América com a predominância da Máscara.

 

Tendo isto dito, como se pode caracterizar a sociedade chinesa contemporânea, ao nível dos arquétipos Máscara e Sombra, em que havendo uma governação comunista, de modo relativamente permanente, tem um sistema capitalista instaurado, com as suas Zonas Económicas Especiais, com a respectiva economia de mercado? De facto, é costume dizer-se em relação à China: “ Um país, dois sistemas! “.

 

É de reparar que naquele artigo, já citado, indico consequências quando se aumenta a Sombra no Capitalismo e a Máscara no Comunismo. Este último aumento, da Máscara no Comunismo, que adveio das reformas económicas iniciadas na China em 1979, traria então uma menor eficácia a lidar com o desconhecido, com aquilo de que se tem medo e uma maior eficácia na lide pública, nas relações públicas a nível global. De facto, parece ser isso que sucede, com, por exemplo, a entrada da China na Organização Mundial do Comércio, e o aumento notório da influência chinesa no mundo enquanto jogador global. Em relação a essa influência, vários analistas consideram a chegada da China ao estatuto de superpotência, ultrapassando, nesse aspecto, os Estados Unidos da América, que tem sido contemporaneamente a única superpotência existente.

 

Quanto a este embate de superpotências, e caracterizando mais especificamente a Máscara e a Sombra da China, dir-se-à que a China caracteriza-se pela Sombra a nível interno e pela Máscara a nível externo enquanto que os Estados Unidos da América caracterizam-se mais pela Máscara a nível interno e pela Sombra a nível externo.

 

Apoiando estas ideias, e para além das razões já aduzidas da Máscara a nível externo da China, estão os factos: da grande influência global, no Capitalismo global actual, dos Estados Unidos, porquanto vários analistas indicam que na suposta economia de mercado Estado-Unidense, o mercado é manipulado para atingir valores fixos pré-determinados, o que aproxima este sistema da economia planificada do comunismo soviético, que, como já vimos, está mais relacionado com a Sombra; da consideração do desconhecido e do medo do desconhecido na Sombra e o facto de os Estado-Unidenses terem tido como inimigos externos predominantes os comunistas, e, posteriormente, o terrorismo global; e finalmente, quanto à Sombra interna chinesa, o grande avanço recente da cosmonáutica chinesa, tendo os mesmos indicado que querem ser os primeiros a chegar a Marte, e o quanto isso relaciona a República Popular da China com a Sombra a nível interno, pelos motivos já indicados no artigo acima referenciado, do avanço dos Soviéticos na Corrida Espacial relacionar mais a Sombra e o Comunismo, considerando a escuridão do Espaço, do Universo à nossa volta, como tendo sido sentido com temor pelos humanos pré-históricos, havendo, pois, medos e sentimentos negativos na Humanidade.

 

Reiterando, temos, então, especificamente em relação à China: uma predominância da Sombra a nível interno e uma predominância da Máscara a nível externo.

 

Bibliografia

Resende, S. ( 2007 ). Máscara ( Persona ) e Sombra de Jung: suas relações com o Capitalismo e o Comunismo in www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 09/10/2007

 

publicado por sergioresende às 15:49
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Exopsicologia, sincronicidade e telepatia

Neste artigo, relaciono exopsicologia, sincronicidade e telepatia, em que, particularmente, numa base exopsicológica, considero o aspecto sincronístico da telepatia.

 

Comecemos por considerar o princípio de sincronicidade de Jung. Em relação a este, Maddi ( 1980 ) diz: “ With the addition of the principle of synchronicity, Jung has evolved the notion of collective unconscious into something very close to a universal force not even dependent upon the existence of individual psyches for expression. “. Tendo em conta que Jung tentou relacionar a sincronicidade com fenómenos tão polémicos como a telepatia e a clarividência, repare-se, aqui, que, na citação feita, Jung relaciona a sincronicidade com a noção do inconsciente colectivo. Faço aqui esta referência para constatar o quanto é coerente com o que eu próprio já escrevi, relacionando telepatia com o inconsciente colectivo, assim como com o inconsciente pessoal, particularmente em Características psitrónicas dos inconscientes colectivo e pessoal: a autotelepatia ( Resende, 2011 ) e Distinção entre heterotelepatia e autotelepatia ( Resende, 2011 ).

 

Continuando, o princípio de sincronicidade tentaria explicar a ocorrência contígua ou simultânea de acontecimentos não relacionados causalmente e indicaria alguma comunalidade no inconsciente colectivo.

 

Hutin ( ? ) refere, quanto ao conceito de sincronicidade de Jung, que, com ele, o autor tentava explicar “ … os curiosos “ encontros “ significativos e susceptíveis de se produzirem, no tempo e no espaço, entre dois acontecimentos que não se encontravam ligados um ao outro por uma necessidade material. De onde a possibilidade das chamadas “ coincidências “ astrológicas… “. Este aspecto da astrologia tem a sua importância nas conceptualizações filosóficas que Jung faz do ser humano, particularmente pelo esforço por parte de Jung em introduzir a possibilidade de determinismo astrológico na sua filosofia geral das relações entre a psique do homem e o seu universo.  Jung ( 1954 ) ( citado por Hutin, ? ), numa entrevista dada acerca da astrologia, diz: “ Tem havido muitos casos de espantosas analogias entre o horóscopo e a disposição caracterológica. Há mesmo a possibilidade de uma certa predição ( … ). O horóscopo parece corresponder a um certo momento do conluio mútuo dos “ deuses “, quer dizer, dos arquétipos psíquicos. “.

 

Faz-se aqui significar, importantemente, que, tendo o dito, e na sincronicidade, este conluio dos deuses ou dos arquétipos psíquicos relaciona-se, em termos exopsicológicos, com entidades alienígenas, cujas actividades de intervenção com dispositivos psicotrónicos e/ou intervenção telepática e/ou outro meio ou dispositivo de alteração comportamental e/ou mental, na vida humana, podem ser referenciados em vários artigos meus. A saber, Exopsicologia: uma nova área de estudo ( Resende, 2009 ), Exopsicologia e esquizofrenia ( Resende, 2009 ), Exopsicologia e o Ser                  ( Resende, 2010 ), Exopsicologia e a “ Cara “ de Marte ( Resende, 2010 ), Complemento a Exopsicologia e a “ Cara “ de Marte ( Resende, 2010 ) ou ainda em Exopsicologia e o autismo ( Resende, 2011 ). Isto, em particular, no contexto de estudos psicológicos perpetrados pelas entidades alienígenas na vida humana como no contexto de propostas mensagens alienígenas para os humanos.

 

Tendo presente este aspecto da exopsicologia, atente-se à relação, já referida, entre sincronicidade e telepatia e clarividência, estabelecida por Jung, tal como nos indica Maddi ( 1980 ). Assim, considere-se os meus artigos Serologia: a filha da Psicologia        ( Resende, 2010 ), Caracterização específica da Serologia e do Ser ( Resende, 2011 ), A telepatia e suas relações com os psitrões enquanto base dos psemes ( Resende, 2011 ), Características psitrónicas dos inconscientes colectivo e pessoal: a autotelepatia            ( Resende, 2011 ) e Distinção entre heterotelepatia e autotelepatia ( Resende, 2011 ), tendo a noção de que os artigos de exopsicologia, em particular, Exopsicologia: uma nova área de estudo, Exopsicologia e esquizofrenia e Exopsicologia e o Ser, já referidos, deram origem, precisamente aos artigos sequenciados, referidos anteriormente, de Serologia e telepatia.

 

Estabelece-se, então, aqui, um paralelo exopsicológico entre sincronicidade e telepatia.

 

Assim, relacionando os vários aspectos, aponta-se na mesma direcção de Jung, no estabelecimento de relação entre sincronicidade e telepatia.

 

Depreende-se, do aduzido, que o fenómeno telepático nos humanos, enquanto, ele próprio, fenómeno sincronístico, está relacionado com actividades e intervenções alienígenas.

 

Proponho, aqui, que estes contactos e intervenções alienígenas, ao nível da telepatia, serão no sentido de os seres humanos aprenderem a lidar com a comunicação telepática, porventura um passo mais evoluído na comunicação entre seres.

 

Bibliografia

 

Hutin, S. ( 19?? ). História da astrologia ( tradução portuguesa ). Edições 70 ( Edição francesa original, 1970 )

 

Maddi, S. R. ( 1980 ). Personality Theories: a comparative analysis ( 4ª edição ). Homewood, Illinois: The Dorsey Press

 

Resende, S. ( 2009 ). Exopsicologia: uma nova área de estudo in www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 27/07/2009

 

Resende, S. ( 2009 ). Exopsicologia e esquizofrenia in www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 08/10/2009

 

Resende, S. ( 2010 ). Exopsicologia e o Ser in www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 16/10/2010

 

Resende, S. ( 2010 ). Serologia: a filha da Psicologia in www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 09/11/2010

 

Resende, S. ( 2010 ). Exopsicologia e a “ Cara “ de Marte in www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 26/12/2010

 

Resende, S. ( 2010 ). Complemento a Exopsicologia e a “ Cara “ de Marte in www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 28/12/2010

 

Resende, S. ( 2011 ). Caracterização específica da Serologia e do Ser in www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 01/02/2011

 

Resende, S. ( 2011 ). A telepatia e suas relações com os psitrões enquanto base dos psemes in www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 06/02/2011

 

Resende, S. ( 2011 ). Características psitrónicas dos inconscientes colectivo e pessoal: a autotelepatia in www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 14/02/2011

 

Resende, S. ( 2011 ). Exopsicologia e o autismo in www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 26/02/2011

 

Resende, S. ( 2011 ). Distinção entre heterotelepatia e autotelepatia in www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi ( no prelo )

 

 

 

 

publicado por sergioresende às 15:44
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Exemplos específicos relativos à musa inspiradora como variação diferencial do alargamento dos lábios vaginais

Venho, neste artigo, especificar melhor os exemplos dados num outro artigo meu, a saber, Variação diferencial do alargamento dos lábios vaginais e sua importância no poder criativo: a musa ( Resende, 2011 ).

 

Revendo este último artigo, tem-se a proposta que a variação diferencial do alargamento dos lábios vaginais da mulher, na excitação sexual, e na ausência dela, será um dos factores etiológicos do efeito musa na criatividade.

 

Acrescento, aqui, que as características multi-orgásmicas da mulher fornecerão uma fonte importante e constante a esse efeito musa.

 

Indica-se ainda, naquele artigo, que em relação a este alargamento, ocorrerá uma        “ mitose “ de ideias, em que, da mulher, tenderão a surgir ideias separadas, havendo como que uma base somática da fantasia imaginativa.

 

Distinguindo, agora, a influência deste alargamento, em homens e mulheres, tem-se, por exemplo, que na mulher, com suas relações particularmente sexualizadas e homossexualizadas entre mulheres, haverá uma dificuldade na resolução da ambivalência homossexual, e em consequência, dificuldade na escolha das ideias surgidas a partir daquela “ mitose “. Deste modo, o efeito criativo da excitação sexual da mulher é diminuído na mulher típica.

 

A melhor resolução da ambivalência homossexual no homem, com consequente menor dificuldade na escolha das ideias, permitirá ao mesmo identificar as ideias e equacioná-las nas elaborações criativas.

 

Nos homens homossexuais, o efeito de musa não será tão forte, já que a relação amorosa e sexual de eleição é com homens e não com mulheres.

 

Em relação às lésbicas, e considerando a resolução da ambivalência homossexual que mais lhes caracteriza, a fonte de inspiração criativa está particularmente presente.

 

Especificando, agora, os exemplos dados naquele artigo referido, temos, no contexto da musa inspiradora, o exemplo do busto feminino na proa dos barcos de exploração marítima e temos as serenatas, tendo mulheres como destinatárias. No contexto deste artigo, e em relação ao busto feminino na proa do barco, tem-se de um lado do barco estibordo e do outro bombordo, portanto esquerda ou direita, em que, na exploração marítima, a escolha da direcção tomada estará relacionada com aquele alargamento dos lábios vaginais e com aquela “ mitose “ de ideias, sendo que, com a inspiração constante, haverá a escolha de uma ideia ou outra, bombordo ou estibordo. Estes relacionam-se, claro está, com um e outro dos lados dos lábios vaginais.

 

Já em relação às serenatas, e para além de serem mulheres as destinatárias típicas das mesmas, temos, no contexto do artigo, a própria guitarra. Considere-se, como habitualmente se faz, a forma da guitarra clássica como tipicamente feminina, com o corpo da guitarra a fazer lembrar o peito e as ancas de uma mulher. Para mais, as cordas da guitarra relacionam-se simbolicamente com os pêlos púbicos da mulher. Temos ainda, importantemente, os afinadores das cordas, distribuídos tipicamente três na extremidade de um lado do braço da guitarra e três do outro. Esta distribuição, de um lado e do outro, é que está mais relacionada com o alargamento dos lábios vaginais, ou mais precisamente, com a sua variação diferencial, em que a variação está presente no afinar das cordas da guitarra, em que, para isso, tem que se deslocar os afinadores para cima e para baixo. Dir-se-à que, de uma boa musa inspiradora, surgirá uma guitarra bem afinada.

 

Ainda relativamente ao alargamento dos lábios vaginais no contexto musical, refira-se a letra de uma canção de Archie Shepp, artista de Jazz, em que ele diz: “ Your vagina split to the East, split to the West… “.

 

Uma derivação que ainda se poderá fazer quanto à influência do alargamento dos lábios vaginais, e daquela “ mitose “ de ideias, será o de, por haver um lado esquerdo e um lado direito dos lábios vaginais, isso influenciar a utilização dos braços, das mãos e das pernas, com os seus lados esquerdo e direito. Assim, nas pernas, influencia a acção locomotora, e a direcção tomada em determinada acção, e nos braços e mãos, para além da força motora por eles exercida, temos actividades como tocar música e escrever ou desenhar, que poderá ser no sentido de um ou outro braço, e mão, para o escrever ou desenhar, mas poderá ser para ambos os braços e mãos, no escrever no computador, o que é cada vez mais comum.

 

Esta derivação de esquerda e direita, como se depreende, é muito ampla e significativa.

 

Assim, teremos como consequência influências inspiradoras nas produções desportivas, em particular, realçando-se as proezas desportivas. Destacam-se, ainda, o virtuosismo musical, e artes como o desenho, a pintura e as concepções derivadas da arquitectura. Ainda, em particular, a musa inspiradora terá os seus efeitos na escrita, manual como em computador, podendo ter influências na produção literária e académica.

 

Finalizo, realçando reiteradamente a importância das características multi-orgásmicas da mulher no fornecimento de uma fonte constante ao efeito musa.

 

Bibliografia

 

Resende, S. ( 2011 ). Variação diferencial do alargamento dos lábios vaginais e sua importância no poder criativo: a musa in www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi ( no prelo )

 

 

 

publicado por sergioresende às 15:37
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Variação diferencial do alargamento dos lábios vaginais e sua importância no poder criativo: a musa

Neste artigo, venho descrever a importância que a variação diferencial do alargamento dos lábios vaginais, particularmente na excitação sexual, tem no poder criativo, quer em homens quer em mulheres.

 

Em Variação diferencial do tamanho do pénis e sua importância no poder criativo ( Resende, 2011 ), indico que o diferencial do tamanho do pénis, ou seja, entre o estado flácido e o estado erecto, permite ao homem identificar-se quer com homens quer com mulheres, já que em relação a estas, a aproximação do estado de flacidez permite a identificação com o clitóris da mulher.

Sendo assim, o homem tem uma perspectiva mais diferenciada do mundo que o rodeia através destas duas identificações. Será esta perspectiva que permitirá o maior poder criativo do homem, algo que se denota ao longo da história humana.

 

Tendo em conta que aquela identificação com as mulheres será um dos factores do efeito musa, que aquelas têm nos homens, adentremos mais na caracterização da musa.

 

Sendo conhecida ao longo da história a existência de musas inspiradoras, lembremos o exemplo do busto feminino na proa dos barcos de exploração marítima ou aquelas mulheres destinatárias de serenatas.

 

Proponho aqui que a variação diferencial do alargamento dos lábios vaginais da mulher, na excitação sexual e na ausência dela, será um dos factores etiológicos do efeito musa na criatividade.

 

Será como, e tendo em conta a identificação relacional, ao alargar os lábios vaginais, na excitação sexual, ocorrer uma      " mitose " de ideias, em que, da mulher, tenderão a surgir ideias separadas.

 

Importantemente, será como uma base somática da fantasia imaginativa.

 

Na mulher, e tendo em conta as relações particularmente sexualizadas, portanto homossexualizadas, entre mulheres, haverá uma dificuldade na resolução da ambivalência homossexual, e em consequência, no contexto, dificuldade na escolha das ideias surgidas a partir daquela " mitose ".

Assim, o efeito criativo da excitação sexual da mulher é diminuído na mulher típica.

 

Ora, a melhor resolução da ambivalência homossexual, mais típica no homem, e tendo em conta a relação homem-mulher, permitirá ao homem identificar as ideias e equacioná-las nas elaborações criativas.

Temos aqui um forte efeito de musa, em que o aumento e diminuição da excitação sexual da mulher, pelas suas características sexualizadas constantes, com aumento e diminuição do alargamento dos lábios vaginais, permitirão uma fonte importante de inspiração.

 

Nos homens homossexuais, este efeito de musa não será tão forte, já que a relação amorosa e sexual de eleição é com homens e não com mulheres.

 

Já em relação às lésbicas, e considerando a resolução da ambivalência homossexual que mais lhes caracteriza, a fonte de inspiração criativa está particularmente presente, o que é bom prognóstico para aqueles movimentos feministas, particularmente, os mais radicais, que preconizam o inevitável lesbianismo das mulheres.

 

Pelo dito, e considerando as relações particularmente sexualizadas das mulheres e que as histéricas se caracterizam sobremaneira pelas relações sexualizadas, será sintomático que as origens da Psicanálise estejam associadas ao estudo da histeria.

 

 

Bibliografia

 

Resende, S. ( 2011 ). Variação diferencial do tamanho do pénis e sua importância no poder criativo in www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 02/01/2011

 

publicado por sergioresende às 15:25
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Distinção entre heterotelepatia e autotelepatia

 

 

 Distinguem-se, neste artigo, a heterotelepatia, ou telepatia de ser para ser, e a autotelepatia, ou telepatia intraindividual, utilizando particularmente a noção de campos alargados, da Psicologia Transpessoal.

 

Como referido em Caracterização específica da Serologia e do Ser ( Resende, 2011 ) e A telepatia e suas relações com os psitrões enquanto base dos psemes ( Resende, 2011 ), é de considerar que o estudo e o desenvolvimento da telepatia surgirá no contexto da Serologia. Como aí indicado, a Serologia procurará a verdade, buscará a realidade última, sendo esta associada à realidade última, a nível mental, que Bion nos fala, sendo também aí indicado que se estabelecerá um paralelo com a Teoria do Tudo em Física.

 

Antes de avançar, devemos relembrar a noção dos psemes e dos psitrões. Assim, os psemes são unidades de evolução psicológica, unidades psicológicas de transmissão intergeracional. Os psemes serão pensamentos inconscientes que são consituídos enquanto complexos, ou conjunto de complexos, inconscientes, e terão características Lamarckianas. Os psitrões perspectivam-se enquanto partículas psicológicas que subjazem os psemes.

Para mais, dir-se-à que a histeria é caracterizada por psitrões curtos e que a obsessão é caracterizada por psitrões longos. Isto devido à tendência para a satisfação imediata do histérico, que teria por base psitrões que estariam associados à memória curta, e daí o recalcamento histérico, e devido à tendência para o adiamento da satisfação, característico da obsessão, e relacionada com o juízo de condenação, que teria por base psitrões que estariam associados à memória a médio e a longo prazo.

Ainda, no segundo dos artigos referidos anteriormente, são consideradas a dominância psemética da obsessão sobre a histeria e a característica psitrónica de os psitrões longos se caracterizarem psemeticamente por um maior alcance, talvez por razões filogenéticas.

 

No âmbito da telepatia, que será neste caso a heterotelepatia, dir-se-à que o telepata obsessivo se caracterizará por características telepáticas de maior alcance, com maior distância e intensidade, do que o telepata histérico.

Isto considerando que no telepata obsessivo predominarão psitrões longos e que no telepata histérico predominarão psitrões curtos.

Ter-se-à em conta, ainda, que na utilização de telepatia através de meios como televisão, rádio, cinema, etc., o telepata histérico funcionará melhor do que o telepata obsessivo.

Assim, tem-se que, com materiais de contacto, de aproximação, mas com maior distância relativa implícita, o telepata histérico, com seus psitrões curtos, funciona melhor, e que sem esses materiais, estritamente de ser para ser, será o telepata obsessivo, com seus psitrões longos, a funcionar melhor.

 

Falámos, agora, mais ao nível da heterotelepatia.

 

Noutro plano, e voltando às questões filogenéticas e ao maior alcance psemético dos psitrões longos no obsessivo, tipicamente masculino, dir-se-à que o inconsciente colectivo, que se constituirá enquanto vestígios de experiências passadas da humanidade, particularmente pelas questões associadas à memória a longo prazo, caracterizar-se-à por uma espécie de autotelepatia, em que cada indivíduo contribuirá para a memória colectiva através destes movimentos autotelepáticos. Ao nível desta memória longa, teríamos questões como a reflexão sobre o passado e o planeamento do futuro, que se caracterizariam por movimentos psíquicos, ou mais precisamente, psitrónicos autotelepáticos, para o passado e para o futuro.

 

Ainda continuando a referenciar o meu artigo Características psitrónicas dos inconscientes colectivo e pessoal: a autotelepatia ( Resende, 2011 ), dir-se-à que estes movimentos autotelepáticos, para o passado e para o futuro, explicarão, em boa medida, os fenómenos das premonições e dos déjà vu.

Assim, teremos que no caso das premonições, os movimentos autotelepáticos irão do futuro para o passado, do momento X1 para o momento X0, ou presente, enquanto que nos déjà vu, os movimentos autotelepáticos irão para o passado e para o futuro, do momento X2 para o momento X0 relativamente ao momento X1, de forma a que quando se passa por X1, sente-se que já aconteceu.

Em termos de arquétipos, esta autotelepatia também poderá explicar porque é que os arquétipos, por exemplo, de Herói ou de Mãe, sejam mais fortes nuns indivíduos do que em outros. Assim, considerando, como Jung ( 1988 ), que os arquétipos são propensões psíquicas, tendências probabilísticas, os movimentos autotelepáticos funcionarão como actualizadores das tendências, em que, por exemplo, uma determinada propensão é mais privilegiada do que outra.

Estas descrições autotelepáticas são reminiscentes de quando se fala de experiências de vidas passadas, que se consegue alcançar, por exemplo, através de hipnose regressiva, estando nós aqui a falar, portanto, do fenómeno de reincarnação.

 

Como para o inconsciente colectivo, da mesma maneira, mas mais ao nível de uma memória média, se pode caracterizar o inconsciente pessoal, ao nível dos movimentos autotelepáticos.

 

Considerando que, em termos temporais, os inconscientes colectivo e pessoal se caracterizam por uma relatividade temporal, temos, então, a partir dos psitrões longos, a transmissão autotelepática intergeracional e intraindividual do inconsciente colectivo e a transmissão autotelepática intraindividual do inconsciente pessoal, considerando, também, a transmissão interindividual dos psemes, que se constituem enquanto complexos inconscientes, mas que se transmitem também, por exemplo, por comportamentos e verbalizações.

 

Voltando à questão da caracterização geral da telepatia, em que, como já indicado no início do artigo, esta surge associada à realidade última, a nível mental, podemos equiparar esta telepatia ao estado holotrópico, tal como considerado por Stanislav Grof, por exemplo, em A Psicologia do futuro ( Grof, 2007 ). Este estado holotrópico é considerado um estado alterado de consciência que se caracteriza por ir na direcção da totalidade.

 

Como esta noção surge no âmbito da Psicologia Transpessoal, outra noção desta área poderá ajudar-nos a caracterizar melhor a telepatia. Assim, esta seria caracterizada pelos campos alargados de consciência.

 

Esta última telepatia que temos vindo a falar será a heterotelepatia, ou telepatia de ser para ser, que se caracterizará, então, por estes campos alargados de consciência, podendo nós introduzir aqui a noção da autotelepatia como se caracterizando por campos alargados de inconsciência.

 

Temos, então, a heterotelepatia enquanto relacionada com a consciência e a autotelepatia enquanto relacionada com a inconsciência.

 

Faz-se, agora, uma distinção importante quanto aos psemes em si.

Eles constituem-se enquanto complexos inconscientes, que transmitem-se interindividualmente, quer pela sua apreensão inconsciente como também, por exemplo, por comportamentos e verbalizações.

No contexto deste artigo, os psemes fundeiam o inconsciente, particularmente, o inconsciente colectivo e o inconsciente pessoal, e influenciam o consciente, particularmente pela consciencialização dos fenómenos inconscientes, que irá permitir, por exemplo, os campos alargados de consciência, onde se pode incluir a  telepatia, particularmente a heterotelepatia.

 

No sentido descrito, os psemes terão características quer heterotelepáticas como autotelepáticas.

 

 

Bibliografia

 

Grof, S. ( 2007 ). A Psicologia do futuro     ( tradução portuguesa ). Via Óptima. ( Edição original: Psychology of the future, 2000 )

 

Jung, C. G. ( 1988 ). A prática da psicoterapia ( tradução portuguesa ) in Obras Completas de C. G. Jung, Vol. XVI. Petrópolis: Editora Vozes

 

Resende, S. ( 2011 ). Caracterização específica da Serologia e do Ser in www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 01/02/2011

 

Resende, S. ( 2011 ). A telepatia e suas relações com os psitrões enquanto base dos psemes in www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 06/02/2011

 

Resende, S. ( 2011 ). Características psitrónicas dos inconscientes colectivo e pessoal: a autotelepatia in www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 14/02/2011

 

publicado por sergioresende às 15:08
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Sexta-feira, 22 de Julho de 2011

Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia

Considera-se, neste artigo, a relação entre a Teoria do Tudo em Física e uma Teoria do Tudo em Psicologia, ou mais precisamente, numa sua derivação, a Serologia.

 

Antes de mais, considere-se o meu artigo Serologia: a filha da Psicologia ( Resende, 2010 ), em que estabeleço a passagem da psique para o Ser, recorrendo a conceitos Junguianos como Sombra e Máscara.

Em Caracterização específica da Serologia e do Ser ( Resende, 2011 ), caracterizo mais especificamente a Serologia e o Ser, considerando aí que, na Serologia, haverá uma busca da verdade, da realidade última, que Wilfred Bion falava. Isto particularmente a nível mental.

Também aí se estabelece um paralelo com a Física, que tendo como objectivo último a Teoria do Tudo, remete-nos para uma Serologia com o objectivo último de pesquisa a Teoria do Tudo, a nível mental. Isto é, remete-nos para todos os processos e características que verdadeiramente ocorrem no ser humano a nível mental.

Como a Teoria do Tudo em Física procura as forças fundamentais que governam o Universo, a Teoria do Tudo em Serologia procurará as forças e processos fundamentais que governam a mente, particularmente na relação entre a mente e a matéria.

 

Continuando, como o título sugere, pretendo dar uma aproximação à Teoria do Tudo, muito falada em Física, mas na área da Psicologia, ou mais precisamente da Serologia, porque, efectivamente, somos nós, humanos, que pensamos as teorias.

Devemos ter isto em conta, ao pensar na influência que o Universo exerce sobre o pensamento humano, como sobre as emoções, relacionamentos, etc..

 

Considere-se, então, que quando há um amor não correspondido, amor dado não correspondido, ou pouco correspondido, temos uma situação em que um dos elementos em questão atrai mais do que o outro.

Transpondo para a Física, na Teoria do Tudo, teríamos um paralelo, em que há uma estrela, por exemplo, que exerce maior atracção sobre um planeta do que o planeta exerce sobre a estrela.

Correlacionando, teremos, pois, que o elemento depressígeno do amor não correspondido, como que caracteriza a relação entre estrelas e planetas.

Sendo assim, os sistemas solares, em que cada vez mais se descobrem exoplanetas, ou seja, planetas orbitando outras estrelas que não o Sol, caracterizam-se pela depressividade, em que, pelos movimentos de translacção, teremos uma depressividade cíclica. Teremos, então, uma entrada e saída da depressão, correspondendo isso, pois, a movimentos relacionais maníaco-depressivos.

Ainda, tendo em conta que a patologia maníaco-depressiva constitui-se enquanto psicose, teríamos que os sistemas solares exercem uma influência psicotizante sobre o ser humano!

 

Ademais, e sequenciadamente, no desenvolvimento humano, teremos que o afastamento e aproximação das galáxias umas das outras, como se verifica experimentalmente, remete-nos para uma angústia borderline, particularmente, a angústia de separação, que lhe mais caracteriza.

Ainda, a expansão do Universo, com o afastamento dos seus limites, como se tem em conta hoje em dia, acentua esta angústia borderline, pela angústia e ansiedade de separação presentes.

Assim, no estudo da Psicologia e da Física, e na pesquisa cada vez mais longe da Terra, ou mais aprofundada, teremos a passagem da psicose para o estado borderline.

 

De seguida, e entrando já na organização neurótica, considere-se o dito por Abdus Salam ( citado por Kaku, 1994 ), acerca da busca da unificação das forças fundamentais em Física [ acerca desta busca, poderá ainda consultar-se Em busca da unificação ( Salam, Dirac & Heisenberg, 1991 ) ]. Assim, Salam, Prémio Nobel da Física, na citação referida, diz que a supersimetria é a proposta final para uma completa unificação de todas as partículas.

Kaku, ele próprio, em Beyond Einstein ( Kaku & Thompson, 1995 ) refere-se à simetria como sendo o elo perdido da Física.

Também em Sonhos de uma teoria final ( 1996 ), de Steven Weinberg, também ele Prémio Nobel da Física, é indicado que, tendo a matéria perdido a posição central que ocupava na nossa visão do universo, serão as simetrias da natureza que estão no centro do nosso conhecimento.

 

Assim, tendo em conta estas considerações sobre a simetria, perspective-se as caracterizações de Bergeret ( 1997 ) sobre as fases de desenvolvimento psicossexual, particularmente a fase genital, portanto neurótica, sendo, pois, mais evoluída.

Em relação a ela, ele estabelece características tipicamente genitais como o respeito pelo outro e a capacidade de dádiva e como a capacidade de união afectiva, podendo nós aqui referirmo-nos ao sentimento de reciprocidade e à cooperação, ao invés da interdependência.

 

Há pois este paralelo entre características de natureza física e características psicológicas.

 

Tendo em conta a busca da realidade última, a nível mental, já referida, e esta busca da teoria final, de unificação de todas as partículas, dir-se-à que a realidade última, física e psicológica, tem características neuróticas

Estas últimas, e reportando à terminologia da Física, caracterizar-se-ão, então, pela Não-Localidade psicológica.

 

Repare-se, no desenvolvimento do artigo, a passagem da assimetria inicial relativa à psicose para a simetria final relativa à neurose.

 

 

Bibliografia

 

Bergeret, J. ( 1997 ). A personalidade normal e patológica ( tradução portuguesa ). Climepsi Editores

 

Kaku, M. ( 1994 ). Hyperspace - A scientific odyssey through parallel universes, time warps, and the tenth dimension. Oxford University Press

 

Kaku, M. & Thompson, J. ( 1995 ). Beyond Einstein - The cosmic quest for the theory of the universe. Anchor Books

 

Resende, S. ( 2010 ). Serologia: a filha da Psicologia in www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 09/11/2010

 

Resende, S. ( 2011 ). Caracterização específica da Serologia e do Ser in www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 01/02/2011

 

Salam, A., Dirac, P. & Heisenberg, W. ( 1991 ). Em busca da unificação. Gradiva

 

Weinberg, S. ( 1996 ). Sonhos de uma teoria final. Gradiva

publicado por sergioresende às 18:11
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