Resumo primeiro o meu artigo Teoria do Tudo em Psicologia e as forças fundamentais do Universo ( Resende, 2012 ), onde procuro relacionar a conceptualização do átomo, com seus protões e neutrões no núcleo, e nuvem de electrões à volta do núcleo, com constructos da Psicologia como obsessão, histerismo, agorafobia e claustrofobia. Isto enquadrado na relação da Psicologia, da Teoria do Tudo em Psicologia, que está relacionada com a Teoria do Tudo em Física, com as forças fundamentais do Universo, a saber, a gravidade, o electromagnetismo e as forças nucleares forte e fraca. Após isto, e psicofisicamente, na relação entre a psique e as forças fundamentais do Universo, pretendo descrever a coerência relativa dos sistemas politico-económicos da União Europeia e China, considerando que será a partir da psique que esses sistemas são desenvolvidos.
Assim, procura-se, antes de mais, relacionar a Psicologia e a Física, a Teoria do Tudo em Psicologia [ ver, por exemplo, Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia ( Resende, 2011 ) ] e a Teoria do Tudo em Física, esta última assentando na procura e unificação das forças fundamentais do Universo. Sobre esta procura e unificação, ver, por exemplo, a obra de Stephen Hawking ( 1995 ), A Brief History of Time – From the Big Bang to Black Holes. Assim, pretende-se ter uma Teoria do Tudo em Psicologia, em que se relacione a psique com os fenómenos físicos do Universo.
Deste modo, relacione-se a conceptualização do átomo, com o seu núcleo de protões e neutrões, e com a nuvem electrónica, de electrões à volta do núcleo, com constructos da Psicologia, no caso, a obsessão, o histerismo, a agorafobia e a claustrofobia.
Num artigo, relacionando, em particular, a obsessão com a agorafobia, A agorafobia enquanto perturbação obsessiva ( Resende, 2008 ), dou a indicação de que há particulares dificuldades no obsessivo em lidar com fenómenos agorafóbicos, pois há dificuldade de lidar com falta de referências e detalhes. Haverá mais facilidade na relação com fenómenos claustrofóbicos, por melhor lide com a presença de estímulos referenciais. Deste modo, aproxima-se a obsessão, o fenómeno obsessivo, da existência nuclear, com o núcleo, mais ou menos, apertado de protões e neutrões, associando-se, assim, a obsessão às forças nucleares forte e fraca. Tem particular interesse, aqui, uma propriedade da força nuclear forte que é a do confinamento. Basicamente, no confinamento, as partículas, designadamente, os quarks, têm que estar confinadas sempre juntas ( por uma fila de gluões ), no sentido de formar o protão e o neutrão. Com o confinamento, há a consubstanciação da ideia da existência de relação entre obsessão, claustrofobia e existência nuclear, particularmente, a força nuclear forte, mas também a fraca.
Já em A claustrofobia enquanto perturbação histérica ( Resende, 2008 ), indico que o histérico tem particulares dificuldades com fenómenos claustrofóbicos, pois lida pior com a presença de referenciais, que são sentidos como pertos de mais, lidando melhor com fenómenos agorafóbicos, já que se dá bem com a ausência de estímulos referenciais. Desta maneira, aproxima-se o fenómeno histérico da existência da nuvem electrónica, de electrões à volta do núcleo, e mais afastado deste, portanto, associando-se o histerismo ao electromagnetismo, fenómeno que se coaduna bem com as características relacionais histéricas de energéticas relações sociais.
Quanto ao resto deste resumo, basta dizer-se que associo a depressividade e/ou depressão à força da gravidade, relacionando o psicótico, com suas características particulares, com o fenómeno da não-localidade, ou seja, a postulação da Física contemporânea da existência das partículas em mais do que local simultaneamente. Relaciono ainda o fenómeno borderline com o bosão e campo de Higgs, bosão esse que será a menor excitação possível do campo já referido, em que as partículas elementares ganharão a sua massa pela interacção com o campo de Higgs. Finalizo, fazendo o paralelo entre o fenómeno borderline e o bosão de Higgs, relacionando-o com a gravidade do fenómeno depressivo e/ou depressão em si.
Voltando mais particularmente às conceptualizações atómicas do histerismo e obsessão, e sua relação com as forças fundamentais do Universo, é de notar que o obsessivo é mais relacionado com o Comunismo, e está enquadrado num funcionamento mais patriarcal, com características masculinas predominantemente exacerbadas, enquanto que o histerismo é mais relacionado com o Capitalismo, estando enquadrado num funcionamento mais matriarcal, com características femininas predominantemente exacerbadas. As relações entre obsessão e comunismo e histerismo e capitalismo poderão ser vistas, por exemplo, em A inveja do pénis e a inveja do clitóris e suas implicações políticas ( Resende, 2010 ).
Assim, em termos atómicos, e na relação entre a psique e as forças fundamentais do Universo, no contexto deste artigo, é de notar a coerência de um governo central comunista, com actividade capitalista, particularmente a nível externo, mas também, como no caso da China, a nível interno, com as suas Z. E. E.s, ou Zonas Económicas Especiais, onde predomina actividade capitalista.
Noutro sentido, o Atomium de Bruxelas, na União Europeia, escultura representando o átomo, no centro de Bruxelas, capital da união Europeia, sendo supostamente um pretenso símbolo da coerência psicofísica da relação entre a psique e as forças fundamentais do Universo, representará o átomo, dizia, que será utilizado, no contexto deste artigo, como símbolo coerente entre políticas mais socialistas, comunistas, a nível central, e políticas mais capitalistas, a nível mais externo. No caso da União Europeia, o centralismo será mais geográfico, com o Atomium belga na capital da União Europeia, no centro da União Europeia, o que se coaduna bem com as políticas expansionistas imperialistas da União Europeia, particularmente, no contexto da N. A. T. O., e não tanto ao nível psicológico, das relações político-económicas da psique, relacionadas com o átomo. Ainda mais, o Atomium será indicativo, neste contexto, da chamada Europa Social, com coesão social e económica, o que a distinguiria, por exemplo, dos E. U. A., e das políticas particulares dos Quadros Comunitários de Apoio, com os seus planos económicos aprazados, à guisa da economia planificada soviética, portanto, comunistas, mas os mesmos são contraditos, na realidade, pelas políticas de imperialismo militar e económico. Efectivamente, na realidade, a política geral da União Europeia é mais imperialista com o domínio de algumas potências como a Alemanha, a França e a Grã-Bretanha, que efectuam, precisamente, sobre os próprios membros da União Europeia, com economias mais fracas, o já referido, e em particular, imperialismo económico. É de notar que estas economias mais fracas são precisamente países da periferia da União Europeia, havendo, pois, nova pretensão simbólica à coerência psicofísica da relação entre a psique e as forças fundamentais do Universo, e o átomo, em particular, em que os países periféricos simbolizariam a nuvem electrónica, de electrões.
Ou seja, é como se os excessos do extremo do Capitalismo, o imperialismo militar e/ou económico, invalidariam as acções da actuação mais socialista, já referida, não se coadunando com esse tipo de sistema. Não é, pois, coerente. É de considerar, sobremaneira, que o imperialismo económico, do extremo do capitalismo, portanto, efectuado, em conjunto com aquela economia planificada, por exemplo, mais socialista, mesmo comunista, faz lembrar, psicofisicamente, a relação entre a matéria e a anti-matéria, caminhando para a antítese, portanto, o que, paralelos feitos, não é bom prognóstico para o futuro da União Europeia, já que, como se sabe, matéria e anti-matéria, em contacto, se aniquilam mutuamente.
Portanto, em geral, o Atomium, presente em Bruxelas, tem mais sentido psicológico na China, em paticular, e psicofísico, em geral, já que aí não ocorrem o tipo de excessos referidos, particularmente num contexto do chamado capitalismo selvagem.
Bibliografia
Hawking, S. ( 1995 ). A Brief History of Time – From the Big Bang to Black Holes. Bantam Books
Resende, S. ( 2008 ). A agorafobia enquanto perturbação obsessiva em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 02/12/2008
Resende, S. ( 2008 ). A claustrofobia enquanto perturbação histérica em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 12/12/2008
Resende, S. ( 2010 ). A inveja do pénis e a inveja do clitóris e suas implicações políticas em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 15/10/2010
Resende, S. ( 2011 ). Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi ( proposto a 03/2011 )
Resende, S. ( 2012 ). Teoria do Tudo em Psicologia e as forças fundamentais do Universo em www.psicologado.com ( proposto a 11/2012 )
Resumindo inicialmente o meu artigo Teoria do Tudo em Psicologia e as forças fundamentais do Universo ( Resende, 2012 ), procuro depois relacionar exopsicologicamente esses constructos com a presença alienígena na Terra.
Assim, estabelece-se a relação entre Psicologia e Física, entre a Teoria do Tudo em Psicologia e a Teoria do Tudo em Física. Se por um lado, a Teoria do Tudo em Psicologia [ ver, por exemplo, Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia ( Resende, 2011 ) ] procura relacionar a Psicologia com a Teoria do Tudo em Física, esta última Teoria assenta na procura e unificação das forças fundamentais do Universo. Deste modo, mais especificamente, procura-se estabelecer a relação entre a Teoria do Tudo em Psicologia e as forças fundamentais do Universo, a saber, a gravidade, o electromagnetismo e as forças nucleares forte e fraca. Sobre estas forças fundamentais, e a procura da sua unificação, consultar, por exemplo, A Brief History of Time – From the Big Bang to Black Holes, de Stephen Hawking ( 1995 ). Na relação das duas Teorias do Tudo, torna-se importante a procura da verdade, da realidade última, a nível mental, que Bion fala ( Symington & Symington, 1999 ).
Continuando, relaciona-se a conceptualização do átomo, com o seu núcleo de protões e neutrões, e com a nuvem electrónica, de electrões à volta do núcleo, com dois conceitos da Psicologia, a agorafobia e a claustrofobia.
Em A agorafobia enquanto perturbação obsessiva ( Resende, 2008 ), indico que o obsessivo tem particulares dificuldades com fenómenos agorafóbicos, pela dificuldade de lidar com falta de referências, de detalhes, e que lida melhor com fenómenos claustrofóbicos, pela melhor lide com a presença de estímulos referenciais. Assim, aproxima-se o fenómeno obsessivo da existência nuclear, com o núcleo, mais ou menos apertado, de protões e neutrões, associando a obsessão com as forças nucleares forte e fraca. Acrescente-se, aqui, que uma das características da força nuclear forte é ter uma propriedade chamada de confinamento. O próprio Hawking ( 1995 ), já referido, chama a esta propriedade de curiosa. No contexto deste artigo, é efectivamente curioso relacionar as características de melhor lide claustrofóbica do obsessivo com esta propriedade de, precisamente, confinamento, da força nuclear forte. Resumidamente, no confinamento, a força nuclear forte junta sempre partículas em combinações que não têm côr, em que um quark não poderá esta singularmente porque terá côr, juntando-se sempre a outros quarks através de uma fila de gluões, não havendo côr, portanto. Estas combinações de quarks e gluões constituem o protão e o neutrão. Assim, trata-se de confinamento, pois as partículas têm de estar confinadas sempre juntas.
Noutro artigo, A claustrofobia enquanto perturbação histérica ( Resende, 2008 ), indico que o histérico tem particulares dificuldades com fenómenos claustrofóbicos, pela pior lide com a presença de referenciais, que são sentidos como perto de mais, e que lida melhor com fenómenos agorafóbicos, já que se dá bem com a ausência de estímulos referenciais. Aproximamos, assim, o fenómeno histérico da existência da nuvem electrónica, de electrões à volta do núcleo, associando, deste modo, o histerismo ao electromagnetismo, fenómeno este que se coaduna bem com as características relacionais histéricas de energéticas relações sociais.
Falando da gravidade, dir-se-à que a mesma relaciona-se com o fenómeno depressivo e/ou depressão em si, em que psicologicamente e psicomotrizmente, o indivíduo se encontra abatido, verificável na própria postura, em que se pode entender que há um campo gravitacional particularmente grave, mais acentuado.
Continuando este resumo, e relativamente ao psicótico, aproximamos a denegação da realidade, a desrealização, a despersonalização, e ainda fenómenos como a fuga do pensamento e o roubo do pensamento, da consideração da não existência estrita do real local, e que em conjunto com a projecção maciça, nos remetem para a Não-Localidade, características não-locais, que a Física considera como sendo a presença em mais do que um local da mesma partícula.
Particularmente importante, é relacionar o fenómeno borderline com o bosão e campo de Higgs. O bosão de Higgs tem sido conceptualizado como unificador das partículas elementares, cujas interacções com o campo de Higgs fornecerão a massa a essas mesmas partículas elementares. Tendo em conta esta importância das partículas interagindo com o campo de Higgs adquirirem a sua massa, é de considerar que o bosão de Higgs é a menor excitação possível do campo de Higgs. A partícula de Higgs só terá sido presumivelmente descoberta a 4 de Julho de 2012. Uma característica do bosão de Higgs, no Modelo Standard, permite relacioná-lo com o fenómeno borderline, que é o de essa partícula permitir múltiplas partículas existirem no mesmo local, no mesmo estado quântico. Isto aproxima-se da característica do borderline de ter múltiplas organizações de personalidade como a caracterizando simultaneamente, particularmente a neurótica e a psicótica. Outro paralelo a estabelecer é o da alta instabilidade do bosão de Higgs e a instabilidade própria e característica do borderline.
Termino este resumo, indicando que Bergeret ( 1997 ) considera que o fenómeno borderline caracterizará mais de 50% da população europeia, e que Coimbra de Matos ( 2007 ) considera que o fenómeno borderline não cessa de expandir nas sociedades modernas. Seria, pois, interessante, relacionar aquela aquisição de massa pelas partículas elementares, com a sua interacção com o campo de Higgs, e os fenómenos da gravidade associada ao fenómeno depressivo. Tem particular importância porque o fenómeno depressivo é transversal às várias estruturas e organizações de personalidade.
O presente artigo é, precisamente, uma contribuição exopsicológica para tentar perceber a relação borderline-depressividade, e a cada vez maior expansão quer do fenómeno borderline, como já se disse, quer do fenómeno depressivo, como se pode ver, mais especificamente, mais à frente.
É, agora, de referir que alguns investigadores, particularmente, no campo da ovnilogia, analisam os fenómenos terrestres, de tal modo que indicam que as alterações climáticas e geoclimatéricas, como o buraco de ozono e o aquecimento global, que parte da comunidade científica diz estarem ocorrendo, ou indicando a maior ou menor prevalência de terramotos, cheias, erupcções vulcânicas e outros fenómenos, estarão precisamente a ocorrer de modo provocado, por engenharia geoclimatérica, por parte de entidades alienígenas ou conluios humanos-E.T.s, para que o clima na terra seja mais propício a essas entidades extraterrestres, de modo a permanecerem mais adaptados na Terra.
Será neste sentido, e num contexto exopsicológico, definido em Exopsicologia: uma nova área de estudo ( Resende, 2009 ) como sendo o estudo da relação e funcionamento mental, psíquico, entre humanos e seres extraterrestres e/ou alienígenas, que se estabelecerá a relação borderline ( lembre-se, simultaneamente neurótico e psicótico )-depressivo e/ou deprimido, particularmente, por aquelas alterações referidas, de borderlines para depressivos e/ou deprimidos, através da manipulação bosónica, aumentando a gravidade nos deprimidos e/ou depressivos.
Muito possivelmente, e num contexto exopsicológico, isso far-se-à para ir controlando o tipo de gravidade que se sente na Terra, para poder acomodar extraterrestres que eventualmente provenham de planetas com maior ou menor gravidade do que a Terra. Assim, será, mais ou menos, induzida depressão ou fenómenos depressivos, para se efectuar esse controlo, controlando os indivíduos depressivos e/ou deprimidos, mas a partir de indivíduos borderline. Provavelmente, o controlo geral para este fenómeno será através da manipulação do bosão de Higgs. Isto, pelas relações psíquicas que haverão entre seres humanos e extraterrestres, uma espécie de consciente e inconsciente cósmico, com a referência particular dos contactos telepáticos entre E. T.s e humanos, e com o possível consciente colectivo e inconsciente colectivo entre eles. Ou seja, haverá manipulação bosónica ( de Higgs ) ao nível psíquico dos humanos, para que a nível, mais ou menos, psicológico dos E. T.s, haja a percepção psíquica de maior ou menor gravidade. Provavelmente, os diversos tipos de E. T., controlarão esse fenómeno mais ou menos conscientemente.
É curioso notar, relativamente aos E. T.s, que os Greys, ou Cinzentos, um tipo de E. T., estejam associados predominantemente aos fenómenos das abducções alienígenas [ ver, por exemplo, Sequestro ( 1994 ), de John Mack ], tendo em conta que têm uns olhos completamente pretos e relativamente grandes. Possivelmente, os Greys serão aqueles a serem utilizados para as abducções, precisamente para se estudar o efeito psicológico do fenómeno depressivo, podendo-se associar a depressividade à falta de luminosidade, ou escuridão, e, nesse sentido, à côr preta. É de notar que há descrições, na literatura ovnilógica variada, do interior de naves alienígenas, particularmente por contactados por alienígenas, ou por abduzidos, como sendo altamente iluminado, muito provavelmente para combater o efeito depressivo de viajar na escuridão do espaço sideral. Haverá, neste sentido, na relação entre luminosidade e depressividade, uma comunalidade psicológica entre humanos e alienígenas. Continuando, o estudo do efeito psicológico, referido atrás, estará associado ao trauma da abducção. Relativamente a este trauma, ver o meu artigo Calustrofobia histérica: por trás do trauma das abducções alienígenas ( Resende, 2012 ), no qual indico que o trauma da abducção alienígena será no âmbito da claustrofobia histérica, sendo, por isso, uma reacção histérica. Isto pela presença sentida como demasiado próxima dos alienígenas, geralmente, no quarto do sujeito.
Assim, a transferência de energia particular bosónica entre borderlines e depressivos e/ou deprimidos far-se-à, muito provavelmente, numa predominância histerico-psicótica, no sentido depressivo, e vice-versa, e não tanto numa linha obsessivo-psicótica, no sentido depressivo, e vice-versa.
Essa delineação fará o fenómeno enquadrar-se mais nas sociedades histéricas capitalistas, num enquadramento borderline, que, como já indicado anteriormente do outro artigo ( das forças fundamentais do Universo ), é extenso nas sociedades modernas, particularmente no âmbito do Capitalismo global.
Neste contexto, e no contexto global do artigo, podemos referir dois estudos relativamente à depressão, realizados em sociedades capitalistas, a saber, os E. U. A. E a Índia [ ver referências, respectivamente, C. D. C. ( 2006 ) e W. H. O. ( 2011 ) ], onde se denota a alta prevalência da depressão nos dois países. Também se denota, aí, que a prevalência da depressão, a nível mundial, tender-se-à a agravar. Assim, o estudo nos Estados Unidos ( Center for Disease Control and Prevention, 2006 ) indica que na década de 2000, há uma estimativa de 1 em cada 10 adultos Estado-Unidenses relatarem depressão, ou seja, 10%. Já o estudo da Oraganização Mundial de saúde, feito em 2011, revela que a Índia tem a mais alta taxa de Depressão Major no mundo, com cerca de 9%, e com cerca de 36% com Modo Depressivo Major. Nesta data, a O. M. S. classifica a depressão como a quarta principal causa de incapacidade, a nível mundial, e projecta que em 2020 será a segunda causa. Estes dados da O. M. S. foram publicados no BMC ( BioMed Central ) Medicine, uma revista científica médica.
Finalizo, dizendo que, exopsicologicamente, a prevalência da depressão, e a tendência para o seu agravamento, e a cada vez maior extensão do fenómeno borderline, como já referido, poderão indicar que há uma presença cada vez mais maciça de alienígenas na Terra. Assim, para se combater este fenómeno ( depressivo-borderline ), tão caracteristicamente humano, dever-se-à pensar terapeuticamente num tipo de extractor bosónico, indo trabalhando o nível gravítico nos humanos.
Bibliografia
Bergeret, J. ( 1997 ). A personalidade normal e patológica. Climepsi Editores
Coimbra de Matos, A. ( 2007 ). O Desepero: Aquém da Depressão ( 2ª edição ). Climepsi Editores
Hawking, S. ( 1995 ). A Birief History of Time – From the Big Bang to Black Holes. Bantam Books
Mack, J. E. ( 1994 ). Sequestro ( tradução portuguesa ). Lisboa: Temas da Actualidade, D. L.
Resende, S. ( 2008 ). A agorafobia enquanto perturbação obsessiva em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 02/12/2008
Resende, S. ( 2008 ). A claustrofobia enquanto perturbação histérica em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 12/12/2008
Resende, S. ( 2009 ). Exopsicologia: uma nova área de estudo em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 27/07/2009
Resende, S. ( 2011 ). Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi ( proposto a 03/2011 )
Resende, S. ( 2012 ). Calustrofobia histérica: por trás do trauma das abducções alienígenas em www.psicologado.com ( proposto a 11/2012 )
Resende, S. ( 2012 ). Teoria do Tudo em Psicologia e as forças fundamentais do Universo em www.psicologado.com ( proposto a 11/2012 )
Symington, J. & Symington, N. ( 1999 ). O pensamento clínico de Wilfred Bion. Climepsi Editores
Referências
C. D. C. ( 2006 ). www.cdc.gov/features/dsdepression/ - Site governamental do Centro de Controlo de Doenças e Prevenção ( Center for Disease Control and Prevention ) dos E. U. A.
W. H. O. ( 2011 ). Zeenews.india.com/news/world/indians-most-depressed-WHO-report_722442.html – Resultados publicados no BMC ( BioMed Central ) Medicine
Esclarecendo inicialmente características da Teoria dos Jogos, passo aos conceitos de Princípio da Certeza e Teoria da Realidade, apontando no sentido da evolução psicológica da espécie humana.
A Teoria dos Jogos realmente desenvolveu-se após a publicação de The Theory of Games and Economic Behavior, de Oskar Morgenstern e John von Neumann, em 1944 [ ver referência da 2ª edição, Morgenstern & von Neumann ( 1947 ) ]. Esse livro considerava jogos cooperativos de diversos jogadores. Sendo inicialmente uma ferramenta para compreender o comportamento económico, a Teoria dos Jogos teve influências em estratégias nucleares, como em diversos campos académicos como ciências políticas, ciências militares, ética, filosofia, jornalismo, ciências da computação ( inteligência artificial e cibernética ) ou como em psicologia. Duas definições possíveis da Teoria dos Jogos são: estudo de modelos matemáticos de conflito e cooperação entre decisores inteligentes e racionais; e ramo da matemática aplicada que estuda situações estratégicas onde jogadores escolhem diferentes acções na tentativa de melhorar o seu retorno. Tomando como um exemplo o Dilema do Prisioneiro, pode dizer-se que, em geral, a Teoria dos Jogos estuda as escolhas de comportamentos óptimos quando o custo e o benefício da cada opção não é fixo, mas depende, sobretudo, da escolha dos outros indivíduos. A 2ª edição de 1947 do livro já referido avança com uma teoria axiomática de utilidade expectável, permitindo matemáticos estatísticos e economistas tratar a tomada de decisão sob incerteza.
Referira-mo-nos agora ao Princípio da Incerteza de Heisenberg, com a influência que isso tem a nível psicológico, em que o mesmo indica que não se pode determinar ao mesmo tempo a velocidade e a localização de uma partícula.
Desenvolvamos agora o chamado Princípio da Certeza, em que há a certeza de não se poder determinar ao mesmo tempo a velocidade e a localização de uma partícula. Ou seja, quanto mais forte for o Princípio da Incerteza mais forte é o Princípio da Certeza.
Isso leva-nos, por contraponto à Teoria dos Jogos, em que as escolhas de comportamentos óptimos quando o custo e benefício de cada opção não é fixo, mas dependem das escolhas dos outros indivíduos, à Teoria da Realidade, em que as escolhas de comportamentos óptimos dependem da certeza das escolhas dos outros indivíduos. Explicando melhor, em relação ao Princípio da Certeza, ter-se-à a certeza do valor de uma das opções e a certeza da ausência do valor da outra. Isto, psicologicamente, levar-nos-ia a uma estabilidade optativa, e quanto à certeza da ausência, levar-nos-ia a um melhor trabalhar da angústia de separação, que é, por exemplo, caracteristicamente associada ao fenómeno borderline. Este melhor trabalhar, por seu turno, levaria a nova estabilidade optativa, resultante da resolução da ambivalência.
O Princípio da Certeza, e principalmente a Teoria da Realidade, poderiam ser consideradas como evolução em relação àquilo que se pode dizer do que há de jogo na Teoria dos Jogos. Ou seja, psicologicamente, iríamos como do Princípio do Prazer para o Princípio da Realidade, eventualmente mais maduro emocionalmente. Iríamos, pois, do prazer na realidade para uma realidade com prazer.
Para mais, a Teoria da Realidade aponta para o alcance, ou para o aproximar, daquilo a que Bion ( Symington & Symington, 1999 ) chamou realidade última, a nível mental, ou a coisa-em-si-mesma.
Em relação a esta realidade última, ter-se-à em consideração a Teoria da Realidade enquanto estratégia evolucionariamente estável, a nível psicológico, no mesmo sentido em que Maynard Smith [ ver referência, Maynard Smith ( 1982 ) ] cunhou a expressão no campo da biologia. Isto seria o seguimento da aplicação da Teoria dos Jogos à biologia, no sentido da compreensão e previsão do desfecho da evolução de certas espécies. Assim, estaremos a falar da previsão da evolução psicológica, em particular, da espécie humana.
Neste campo, gostava de referir-me à exopsicologia, que defino em Exopsicologia: uma nova área de estudo ( Resende, 2009 ), como o estudo da relação e funcionamento psicológico, psíquico, entre seres humanos e entidades e/ou seres extraterrestres e/ou alienígenas. Isto para indicar algo que poderá muito bem ser o futuro psíquico da Humanidade, que é o de a mesma estar ligada telepaticamente. Este tipo de ligação telepática, no interior de uma espécie alienígena, ou intra-espécie, havendo também capacidade de comunicar desse modo com outras espécies como a humana, parece ser algo comum em várias espécies alienígenas, particularmente evoluídas, que terão tido contacto com seres humanos na Terra. Exemplos dessas ligações telepáticas, e desses contactos, poderão ser encontrados em Sequestro ( Mack, 1994 ), The Custodians – Beyond Abduction ( Cannon, 2001 ) ou em The Keepers – An Alien Message for the Human Race ( Sparks, 2006 ).
Outro fenómeno a enquadrar nesta Teoria da Realidade será a capacidade de viajar no tempo, em que se pode conhecer antecipadamente as acções dos outros indivíduos. Há indícios que, por exemplo, os Estados-Unidos têm essa capacidade. Ver, por exemplo, em www.exopolitics.com o caso de Andrew Basiago, em que no passado terá tido acesso a um livro que iria escrever no futuro, havendo Departamentos estado-unidenses, portanto, que tiveram acesso a esse livro, que só iria ser escrito no futuro, tendo viajado para o passado, portanto, e que, no caso, apontava evidências da existência de vida em Marte. Há também relatos de que um Departamento estado-unidense terá avisado, no passado, pelo menos, dois futuros presidentes da nação, de que iriam tornar-se presidentes, no futuro, e que, no caso, tratava-se de Bill Clinton e de Barack Obama. Temos, pois, outro exemplo estratégico da certeza da escolha de outros indivíduos.
Teremos, então, que a Teoria da Realidade, em que as escolhas de comportamentos óptimos dependem da certeza das escolhas de outros indivíduos, o que estará relacionado evolutivamente com uma ligação telepática entre os indivíduos da espécie humana, com aquela certeza garantida, particularmente, por essa ligação, e com a capacidade de viajar no tempo, levar-nos-ia, então, mais próximo da realidade última Bioniana.
Bibliografia
Cannon, D. ( 2001 ). The Custodians – Beyond Abduction. Ozark Mountain Publishers
Mack, J. E. ( 1994 ). Sequestro ( tradução portuguesa ). Lisboa: Temas da Actualidade, D. L.
Resende, S. ( 2009 ). Exopsicologia: uma nova área de estudo em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 27/07/2009
Sparks, J. ( 2006 ). The Keepers – An Alien Message for the Human Race. Wild Flower Press
Symington, J. & Symington, N. ( 1999 ). O pensamento clínico de Wilfred Bion. Climepsi Editores
Referências
Maynard Smith, J. ( 1982 ). Evolution and the Theory of Games. Cambridge University Press
Morgenstern, O. & von Neumann, J. ( 1947 ). The Theory of Games and Economic Behavior. Princeton University Press
www.exopolitics.com
Procuro, neste artigo, relacionar a Teoria do Tudo em Psicologia, que, como já indico num artigo meu, a saber, Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia ( Resende, 2011 ), procura relacionar a Psicologia com a Teoria do Tudo em Física, ou seja, a procura e unificação das forças fundamentais do Universo, relacionar, dizia eu, com as forças fundamentais do Universo, a saber, a gravidade, o electromagnetismo e as forças nucleares forte e fraca. Acerca destas forças e da procura da sua unificação, ver, por exemplo, a famosa obra de Stephen Hawking, A Brief History of Time – From the Big Bang to Black Holes ( 1995 ). Nestas relações, das duas Teorias do Tudo, tem particular importância a procura da verdade, da realidade última, a nível mental, que falava Wilfred Bion ( Symington & Symington, 1999 ).
Procurando conceptualizar o átomo, com seu núcleo de protões e neutrões, e com a nuvem electrónica, de electrões à volta do núcleo, introduzo aqui dois conceitos relacionados com a Psicologia.
Em A agorafobia enquanto perturbação obsessiva ( Resende, 2008 ), considero que a obsessão relaciona-se, particularmente, com fenómenos agorafóbicos, em que o indivíduo obsessivo tem mais dificuldade em lidar com falta de referências, de detalhes. Deste modo, o obsessivo lida melhor com fenómenos claustrofóbicos, já que se dá bem com a presença de estímulos referenciais. Assim, podemos aproximar o fenómeno obsessivo da existência nuclear, com o núcleo, mais ou menos apertado, de protões e neutrões, e associar, assim, a obsessão com as forças nucleares forte e fraca. Tem particular interesse a existência destas duas forças e a existência, precisamente, de dois tipos de partículas no núcleo.
Já em A claustrofobia enquanto perturbação histérica ( Resende, 2008 ), considero que o histerismo está relacionado com fenómenos claustrofóbicos, em que o histérico tem dificuldade em lidar com a presença dos referenciais, os quais são sentidos como perto de mais. Assim, o histérico lida melhor com fenómenos agorafóbicos, já que se dá bem com a ausência de estímulos referenciais. Deste modo, podemos aproximar o fenómeno histérico da existência da nuvem electrónica, de electrões à volta do núcleo, e associar, assim, o histerismo ao electromagnetismo, fenómeno este que se coaduna bem com as características relacionais histéricas de energéticas relações sociais.
Já a gravidade tem particular relação com o fenómeno depressivo e/ou depressão em si, em que psicologicamente e psicomotrizmente, o indivíduo se encontra abatido, sendo até verificável na própria postura, em que se pode entender que há um campo gravitacional particularmente grave, mais acentuado.
Quanto ao psicótico, podemos aproximar a denegação da realidade e projecção maciças ao fenómeno da Não-Localidade, postulado pela Física contemporânea, em que a denegação da realidade, acoplada com a desrealização e despersonalização, características no psicótico, remetem para a consideração da não existência estrita do real local, como se poderá ver em fenómenos sintomáticos como a fuga do pensamento e o roubo do pensamento, e que em conjunto com a projecção maciça, remetem para as características não-locais , que a Física considera como sendo a presença em mais do que um local da mesma partícula, o que é algo contra-intuitivo, mas parece caracterizar geralmente as partículas e o Universo.
Finalizo, relacionando o fenómeno borderline, ou estado-limite, com uma partícula e campo particulares, o de Higgs. Efectivamente, a partícula de Higgs, ou o bosão de Higgs, tem sido conceptualizada como sendo unificadora das outras partículas elementares, cujas interacções com o campo de Higgs fornecerão a massa a essas mesmas partículas elementares. É de notar que, embora já hipotetizada desde os anos 60 do séc. XX, a partícula de Higgs só terá sido presumivelmente descoberta a 4 de Julho de 2012 [ Ver referências: ATLAS ( 2012 ), CERN ( 2012 ), CMS ( 2012 ) ]. Tendo em conta aquela importância das partículas interagindo com o campo de Higgs adquirirem a sua massa, é de considerar que o bosão de Higgs é a menor excitação possível do campo de Higgs.
Agora, há uma característica do bosão de Higgs, no enquadramento do Modelo Standard, que a permite relacionar com o fenómeno borderline, que é dessa partícula permitir múltiplas partículas existirem no mesmo local, no mesmo estado quântico. Ora, isto aproxima-se da característica do estado-limite de ter múltiplas organizações de personalidade como a caracterizando simultaneamente, particularmente, a neurótica e a psicótica. Outro paralelo que se pode estabelecer é o de a partícula ou bosão de Higgs ser muito instável e o facto de algo que caracteriza o borderline ser a sua instabilidade.
Numa nota final, tendo em conta que Bergeret ( 1997 ) considera que o fenómeno borderline caracterizará mais de 50% da população europeia, e que autores como Coimbra de Matos ( 2007 ) consideram que o fenómeno borderline, ou como ele o coloca, fenómeno borderland, não cessa de expandir nas sociedades modernas, seria interessante relacionar aquela aquisição de massa pelas partículas elementares, com a sua interacção com o campo de Higgs, e os fenómenos já relacionados, neste artigo, da gravidade associada ao fenómeno depressivo. Isto tem particular importância porque o fenómeno depressivo é transversal às várias estruturas e organizações de personalidade.
Bibliografia
Bergeret, J. ( 1997 ). A personalidade normal e patológica. Climepsi Editores
Coimbra de Matos, A. ( 2007 ). O Desepero: Aquém da Depressão ( 2ª edição ). Climepsi Editores
Hawking, S. ( 1995 ). A Brief History of Time – From the Big Bang to Black Holes. Bantam Books
Resende, S. ( 2008 ). A agorafobia enquanto perturbação obsessiva em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 02/12/2008
Resende, S. ( 2008 ). A claustrofobia enquanto perturbação histérica em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 12/12/2008
Resende, S. ( 2011 ). Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi ( proposto em 25/03/2011 )
Symington, J. & Symington, N. ( 1999 ). O pensamento clínico de Wilfred Bion. Climepsi Editores
Referências
ATLAS collaboration ( 2012 ). “ Observation of a New Particle in the Search for the Standard Model Higgs Boson with the ATLAS Detector at the LHC “. Physics Letters B 716 (1): 1-29
CERN press release ( 2012 ). “ CERN experiments observe particle consistent with long-sought Higgs Boson “. 4 July 2012
CMS collaboration ( 2012 ). “ Observation of a new boson at a mass of 125 GeV with the CMS experiment at the LHC “. Physics Letters B 716 (1): 30-61
No âmbito da exopsicologia, como se pode ver em Exopsicologia: uma nova área de estudo ( Resende, 2009 ), ou seja, no âmbito do estudo psicológico das relações e funcionamento psíquico, mental, entre os humanos e entidades e civilizações extraterrestres e/ou alienígenas, considera-se, neste artigo, que as características claustrofóbicas associadas ao histerismo estão na base do trauma das abducções alienígenas. Indicam-se propostas psicoterapêuticas para esse trauma.
Como se pode verificar em Sequestro ( 1994 ), do famoso psiquiatra John E. Mack, como em muita da restante literatura ovnilógica, há um tema recorrente, relativamente aos extraterrestres, que é o tema das abducções alienígenas. Estas abducções são descritas, na sua maior parte, como estando o indivíduo a dormir, o mesmo acorda, notando a presença, em geral, de vários seres extraterrestres no seu quarto, supostamente teletransportados, ou nalgumas descrições, passando através das paredes, situação após a qual, o indivíduo, é, geralmente, levado a bordo de uma nave. Ora, a situação de seres extraterrestres surgirem, aparentemente do nada, no quarto do indivíduo, estará associada a um trauma.
E é esta mesma situação traumática que eu gostaria de associar com características claustrofóbicas que podemos associar ao histerismo.
Em A claustrofobia enquanto perturbação histérica ( Resende, 2008 ), considero que na claustrofobia, todos os referenciais estão presentes, todos os pontos de referência estão presentes e sentidos como pertos de mais. Nesta situação de excesso de referências, o indivíduo entre em descompensação histérica. Isto considerando as delineações de Bergeret ( 1997 ) acerca da estrutura de personalidade histérica.
Ora, nas abducções alienígenas, os seres extraterrestres no quarto serão sentidos como perto de mais, conferindo excesso de pontos de referência. Assim, o trauma que surgirá estará associado a esta situação claustrofóbica, trauma esse que baseia-se, deste modo, numa reacção histérica.
Em geral, para um indivíduo lidar melhor com este tipo de abducções alienígenas, deverá desenvolver uma reacção mais obsessiva. Esta reacção obsessiva estará mais na linha agorafóbica, como se pode verificar em A agorafobia enquanto perturbação obsessiva ( Resende,2008 ), em que o indivíduo se confronta mais com a falta de pormenores, de detalhes, de referências. Por outro lado, o obsessivo lidará melhor com os fenómenos claustrofóbicos.
Dir-se-à, para finalizar, que uma medida psicoterapêutica relativa ao trauma de uma abducção alienígena, será instituir, no quarto, e eventualmente na casa toda, uma concepcção minimalista de móveis e outras estruturas da casa, ou seja, manter ao mínimo o número e complexidade de estruturas no interior da casa. Ao mesmo tempo, se deverá fazer uma rememoração da situação traumática, em que se deslocará o afecto relativo aos seres extraterrestres para os móveis e estruturas da casa, criando, assim, memórias afectivas, para depois se fazer o já indicado, diminuindo o número e complexidade das estruturas e móveis do quarto e casa. Aquela rememoração da situação traumática dever-se-à fazer indagando no indivíduo que tipo de afectos sentiu na altura, como antes e depois, relativamente às estruturas da casa.
Do mesmo modo, se deverá indagar o afecto sentido em relação a outras pessoas da casa, e, no contexto do já descrito em relação à reacção obsessiva que se deverá ter, a indicação terapêutica, ao nível relacional, deverá caminhar para que o indivíduo progrida progressivamente para viver sozinho, ou seja, é como se relacionalmente se dimimuísse progressivamente o afecto traumático. Eventualmente, mais correcto, estaremos a falar da capacidade do indivíduo ficar só, que, como Winnicott ( 1958 ) nos diz, faz a pressuposição de que é um dos sinais mais importantes do amadurecimento do desenvolvimento emocional. É de reparar que este contexto relacional, em que o indivíduo terá que modificar as suas relações, e progressivamente diminuí-las, é, precisamente, mais obsessivo, trabalhando-se no sentido de uma maior independência e autonomia, e não tanto histérico, onde há uma maior importância e dependência dos relacionamentos sociais. Ora, estas características afectariam negativamente a diminuição e eliminação do trauma.
Quanto à terapêutica minimalista e à necessidade de reduzir os relacionamentos associados ao trauma, no sentido de estar só, estarão associadas à maior facilidade no histérico da mobilidade do afecto entre representações. Esta facilidade levará a que o afecto traumático da abducção passe mais facilmente para elementos presentes e associados ao cenário traumático, passagem essa que será externalizada, com a externalização a ser feita devido à significância emocional da situação traumática. Assim, reduzindo os elementos, reduzir-se-à progressivamente a generalização do afecto efectuada anteriormente.
Estas características descritas, a nível psicoterapêutico, têm particular importância no contexto daquilo que é descrito muitas vezes pelos sujeitos abduzidos, isto é, que as abducções são repetidas, e que perduram, muitas das vezes, desde a infância.
Ou seja, em particular, as medidas indicadas têm características preventivas.
Bibliografia
Bergeret, J. ( 1997 ). A personalidade normal e patológica. Climepsi Editores
Mack, John E. ( 1994 ). Sequestro ( tradução portuguesa ). Lisboa: Temas da Actualidade, D. L.
Resende, S. ( 2008 ). A agorafobia enquanto perturbação obsessiva em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 02/12/2008
Resende, S. ( 2008 ). A claustrofobia enquanto perturbação histérica em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 12/12/2008
Resende, S. ( 2009 ). Exopsicologia: uma nova área de estudo em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 27/07/2009
Winnicott, D. W. ( 1958 ). O ambiente e os processos de maturação – estudos sobre a teoria do desenvolvimento emocional. Artmed
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