Baseando-me na hipótese de um Universo infinito, no multiverso, avançada por físicos, e referida no meu artigo O consciente e o inconsciente cósmicos ( Resende, 2013 ), proponho a noção de diferentes eus nos diferentes universos, já que haverão Universos repetidos, com diferentes padrões e diferenciações egóicas multiversais, entre um Universo modelo, por exemplo, o nosso, até chegar a esses universos repetidos, que, como se propõe mais à frente, também terão gradações.
Naquele artigo, é referida a hipótese de um Universo infinito, avançada por físicos, em que haverão necessariamente universos repetidos, no sentido da finitude de arranjos dos átomos e das moléculas do Universo, num multiverso, em que existirão, proponho eu aqui, eus repetidos, com gradação em relação aos diferentes eus.
Com isto, teremos a hipótese de que as diferentes gradações sigam matematicamente uma curva normal de Gauss, com a maioria dos elementos mais padronizados, a nível mediano, e com o diminuir para o extremo inferior e superior dos elementos, numa forma tipo de sino.
Diga-se, mais ilustrativamente, que a entrada em histeria de uma mulher, verborraicamente, típico da histérica, por outra mulher ter a mesma roupa do que ela, será uma manifestação inconsciente colectiva transuniversal, ou cósmica, em relação às repetições egóicas multiversais. Isto, considerando o aspecto oro-fálico do histerismo, e da língua enquanto símbolo oro-fálico por excelência, que será uma base para os lapsos inconscientes de linguagem. Claro está, considerando também o histerismo mais típico nas mulheres.
Hipotetiza-se, relacionando com o meu artigo Etologia e filopsiquismo ( Resende, 2012 ), que a maioria dos elementos, mais padronizados, portanto, estejam mais relacionados com o passado, com o historial psíquico, pelo aspecto normativo da padronização, sendo eventualmente menos diferenciados psicologicamente, já que seguem padrões psíquicos mais determinados por esse passado, mais associados a padrões inatos de acção. Realça-se a importância da filogénese, para Jung, e seu conceito de inconsciente colectivo, no psiquismo humano, e para a perspectiva Comportamentalista.
É de referir, agora, a plausibilidade da fractalidade do consciente e inconsciente cósmicos, como indicado naquele primeiro artigo referido, que leva a que o psiquismo humano, com seus padrões psicológicos, ao nível do consciente e do inconsciente, se auto-repita ao nível dos eus no multiverso.
Quanto aos universos repetidos, ainda se elabora naquele primeiro artigo, quanto à coerência da existência de um inconsciente cósmico, pela característica da compulsão à repetição, que é a tendência de material inconsciente se manifestar repetidamente. Seria, pois, no sentido de um inconsciente cósmico colectivo.
Ainda relativamente à diferenciação psicológica, temos que haverão zonas, ao longo do multiverso, mais diferenciadas e outras menos diferenciadas, ao nível dos eus, portanto, ao nível egóico multiversal, em que estes graus de diferenciação se assemelhariam ao grau de diferenciação dos elementos do Universo, desde as poeiras e os gases estelares, até às estrelas, planetas, satélites naturais, buracos pretos, quasars, etc..
Noutra perspectiva, mas ainda ao nível da diferenciação, dada aquela padronização referida, dos elementos egóicos mais medianos, teríamos que os mesmos se aproximariam do elemento hidrogénio, já que se considera que o mesmo será, de longe, o elemento mais comum do Universo, pelo menos, o visível, e em que os elementos egóicos tendendo para o extremo inferior da curva normal se aproximariam das partículas sub-atómicas, enquanto que os elementos egóicos tendendo para o extremo superior da curva se aproximariam dos elementos mais pesados. Hipotetiza-se, ainda, que esta diferenciação egóica, tendendo para os extremos inferior e superior, aproximando-se, portanto, do sub-atómico e dos elementos mais pesados, que poderíamos considerar como sendo supra-atómico, tenderá para o que é considerada a existência multi-dimensional do Universo, em que teremos seres de outras dimensões, eventualmente multi-dimensionais. Seres esses que são descritos na literatura ovnilógica variada ou na literatura exopolítica, exopolítica esta definida como o campo que estuda os actores, instituições e processos políticos humanos na sua relação com civilizações extraterrestres, como no livro, dizia, do fundador da exopolítica, Alfred Webre, Exopolitics: Politics, Government and Law in the Universe ( 2005 ). Como Webre diz, neste seu livro: " Multi-dimensional " spiritual " beings guide us in our planetary development... The spiritual dimensions of the Universe guide us outward into the reaches of interplanetary space and inward into the reaches of the human soul. " ( p. 69 ).
Quanto a estas últimas referências, aos dois extremos da curva normal, tem algum interesse relacioná-las com a fractalidade já referida, em que teríamos auto-repetição egóica em diferentes dimensões, em que o que seria variável, o que caracterizaria a diferenciação, seria o tempo, ou seja, egos semelhantes em diferentes tempos. Apoiando esta ideia, temos o avançado por Paul Davies, em Como construir uma máquina do tempo ( 2003 ), onde ele considera que não há um “ agora “ universal, tendo nós que aceitar que o tempo num lugar longínquo pode ocupar o que entendemos como passado e futuro. Indica, pois, que é errado pensar apenas no presente como real em todo o cosmos.
Ainda em relação a estes diferentes tempos, e numa linha exopsicológica, ou seja, do estudo da relação e funcionamento mental, psíquico, entre seres humanos e seres alienígenas, podemos pensar em tempos complementares, em que os seres dimensionais associados ao supra-atómico, hipotetiza-se, caracterizar-se-iam pelas ondas gravitacionais avançadas, que permitirão caracteristicamente viagens no tempo para o passado, e em que os seres dimensionais associados ao sub-atómico, caracterizar-se-iam pelas ondas gravitacionais retardadas, que permitirão caracteristicamente viagens no tempo para o futuro. Esta noção, quanto às ondas gravitacionais, pode ser encontrada, por exemplo, no livro de J. Richard Gott III, Viagens no tempo no Universo de Einstein ( 2001 ). Temos, por conseguinte, a curva normal de Gauss como uma seta temporal do passado para o futuro.
As ideias de eus repetidos, alternativos, num multiverso, também em diferentes tempos, são dramatizadas no filme The One, ou Força explosiva, em português, realizado em 2001 por James Wong, e com argumento de Glen Morgan e James Wong.
Conclui-se, realçando-se a existência, num multiverso, de eus repetidos, com gradações e diferenciações, caracterizadas, temporalmente, por maior ou menor relação com o passado e com o futuro, e por maior ou menor relação com o sub-atómico e o supra-atómico. Ainda de destaque é a plausibilidade de existência de um inconsciente cósmico colectivo.
Bibliografia
Davies, P. ( 2003 ). Como construir uma máquina do tempo. Gradiva
Gott III, J. R. ( 2001 ). Viagens no tempo no Universo de Einstein. Edições quasi
Resende, S. ( 2012 ). Etologia e filopsiquismo em www.psicologado.com ( proposto a 01/2012 )
Resende, S. ( 2013 ). O consciente e o inconsciente cósmicos em www.psicologado.com ( proposto a 02/2013 )
Webre, A. ( 2005 ). Exopolitics: Politics, Government and Law in the Universe. Universebooks
Neste artigo, estabelecem-se relações espaço-temporais e filo-psíquicas em relação ao pensamento, elaborando-se quanto à qualidade do mesmo, por contraponto à quantidade, ou seja, à velocidade da transmissão neuronal.
Tem-se que, no pensamento, há diferenciação entre o aspecto quantitativo da velocidade da luz nos neurónios e o aspecto qualitativo do pensamento, que ultrapassa em importância, para o pensamento, a velocidade da luz dos neurónios, com o exemplo da percepção de estímulos externos ser antecipada mentalmente, pensativamente, e a capacidade de planeamento, reflexão, ser mais evoluída do que a simples transmissão neuronal. Temos que a qualidade do pensamento ultrapassa a velocidade da quantidade do pensamento.
Na caracterização quântica dos pensamentos, o pensamento caracterizar-se-à mais por saltos quânticos, alterações dos estados quânticos, em que no neurónio há a transmissão da informação através de saltos através da mielina. No contexto, há como que uma prossecução da mielinização do pensamento, em que há o acentuar da qualidade do pensamento e não tanto a quantidade, da velocidade da luz dos neurónios.
Noutra perspectiva, considera-se que o sujeito à velocidade da luz, fica, relativamente ao ponto de origem, mais novo, tornando-se, portanto, um viajante do tempo. Considerando que quando olhamos para as estrelas, é como se estivéssemos a observar o passado, já que a luz das estrelas, viajando à velocidade da luz, demora um certo tempo a chegar à Terra, podemos hipotetizar que a “ informação fotónica pensativa “, de um observador a partir das estrelas, hipoteticamente telepático, cuja transmissão telepática tem em conta o futuro da mesma, mesmo do Big Bang, ou, actualmente, perto dele, chega inversamente ao início da “ mensagem fotónica “, já que esta informação como que viajou no tempo. Tendo em conta as considerações, tem-se que a informação mais antiga, mais distante, chega em primeiro lugar do que a mais recente, mais perto, em que o pensamento qualitativo tem mais primazia do que o pensamento quantitativo. Esta ideia da inversão da chegada da informação ( ou observador ) é-nos dada por Paul Davies, em seu Como construir uma máquina do tempo ( 2003 ), quando aborda a viagem mais rápida do que a velocidade da luz.
É esta noção da inversão da chegada da informação que faz a passagem da quantidade do pensamento, ao nível da transmissão dos impulsos neuronais, à qualidade do pensamento, já que permite perceber a capacidade de antecipação, planeamento e reflexão mentais.
Quanto à luz das estrelas, no passado, o pensar em relação às mesmas, leva a que a mensagem pensativa chegue primeiro do que a luz, considerando nós, aqui, um contexto exopsicológico, ou o estudo psicológico da relação entre seres humanos e extraterrestres, em que se tem noção das capacidades mentais telepáticas de raças extraterrestres, como pode ser perspectivado na literatura ovnilógica variada, como Sequestro ( 1994 ), de John Mack ( psiquiatra ) e The Custodians – Beyond Abduction ( Cannon, 2001 ). Ou seja, há uma diminuição da perspectiva do passado e um avançar para o futuro. Será coerente, então, que quanto mais longe a estrela mais perto em termos de tempo, e quanto mais perto, mais longe em termos temporais, e isto em termos de pensamento.
É de relacionar estas ideias com o meu artigo Relações espaço-temporais dos psemes e psitrões no contexto exopsicológico e da Teoria do Tudo em Psicologia ( Resende, 2012 ), em que se conclui que há correlação inversa entre psitrões do tempo e psitrões do espaço. Importantemente, indica-se a coerência desta ideia, e do artigo referido, por consequência, já que na Física considera-se que o espaço e o tempo têm sinais opostos, como Richard Gott III refere, no contexto das viagens do tempo para o futuro, no seu livro Viagens no tempo no Universo de Einstein ( 2001 ).
Mas veja-se mais em pormenor as relações espaço-temporais dos psitrões, tal como descrevi no meu artigo das Relações espaço-temporais, já referido, considerando psitrões enquanto partículas psicológicas que subjazem os psemes, ou unidades psicológicas de transmissão intergeracional, que se constituem enquanto complexos inconscientes.
Temos, pois, a conceptualização dos psemes enquanto unidades psicológicas espaço-temporais, constituídas por psitrões. Temos os psi enquanto unidade temporal e espacial do pseme e psitrão, em que o psitemp será a unidade psemética temporal e o psiesp a unidade psemética espacial. Haverá uma escala de utilização dos psitemps que vai do maníaco, histérico, obsessivo ao deprimido, em que cada vez menos unidades tempo-mentais são utilizadas, indo-se da aceleração temporal do maníaco à lentificação temporal do deprimido. Postula-se uma correlação inversa entre unidades tempo-mentais e unidades espaço-mentais, em que quanto mais psitemps menos psiesps, e vice-versa. Exemplarmente, dado um determinado trajecto de A a B, a maior utilização temporal do maníaco induz sentimentos de menor distância a percorrer enquanto que a menor utilização temporal do deprimido induz sentimentos de maior distância a percorrer. Já o histérico utiliza bastantes unidades tempo-mentais, daí o tempo passar rápido, e menos unidades espaço-mentais vai tendo. Daí a correlação do histerismo com o capitalismo, e com o seu extremo, o expansionismo imperialista, precisamente devido à necessidade de unidades espaço-mentais. Quanto ao obsessivo, o mesmo utiliza bastantes unidades espaço-mentais, que se poderá relacionar com a presença obsessiva de estrelas no céu ( como observado ) e Espaço Sideral, e com a União Soviética e com a Revolução Russa, associando-se tipicamente, claro está, a obsessão com o comunismo. Isto, do ponto de vista exopsicológico, em que haverá uma mensagem alienígena, de terraformação e de influência nas sociedades humanas, com o tamanho da União Soviética e da Rússia, associado à vastidão do inconsciente, sendo a Rússia, de longe, o maior país do planeta Terra, e havendo menos unidades tempo-mentais, portanto. Haverá necessidade de unidades tempo-mentais, que se relacionará com a necessidade de imortalidade simbólica, e com o facto de o obsessivo ser tendencialmente masculino, e de, predominantemente, as obras científicas, literárias, filosóficas, de arte, etc., que foram sendo deixadas, serem precisamente de homens. Conclui-se, pois, da correlação inversa entre os psemes e psitrões enquanto unidades espaço-mentais e enquanto unidades tempo-mentais, ou seja, correlação inversa entre os psitemps e os psiesps.
Continuando, em relação ao pensamento, à mensagem “ electrónica “ pensativa, é de considerar que a qualidade do pensamento é mais rápida do que a luz, nos neurónios, o que é de relacionar com a perspectiva da Física, de que se se viajar mais rápido do que a luz, chegar-se-à antes de se ter partido, andando para trás no tempo, invertendo causa e efeito e o antes e o depois ( Davies, 2003 ). Ou seja, a qualidade do pensamento implica que quanto melhor qualidade tiver o pensamento mais o mesmo tem em consideração e influência do futuro, já que a informação é transportada do futuro para o passado, o que podemos dar o exemplo do visionário.
Isto também implica, considerando-se o artigo das relações espaço-temporais já referido, na correlação inversa entre psitrões do espaço e psitrões do tempo, que haverá menos espaço psíquico utilizado em relação ao passado, perspectivando maior eficiência psíquica.
Já tendo em conta o meu artigo Etologia e filopsiquismo ( Resende, 2012 ), isto aponta para que quanto maior fôr a qualidade do pensamento menos influência terá do passado e menos determinado pelo passado será. Isto, considerando-se, no artigo, que quanto mais relação psíquica com o passado mais determinado é-se por ele. Tenha-se em conta, também, que no mesmo artigo, serão a maioria dos sujeitos, mais medianos, na curva normal de Gauss, que têm mais relação com o passado, ao nível dos padrões psicológicos, realçando-se o aspecto normativo mediano, associados a padrões inatos de acção, ou seja, tendo em conta a filogénese no psiquismo humano, como consideram, por exemplo, as perspectivas Comportamentalista e Junguiana, particularmente com o conceito de Jung de inconsciente colectivo. Deste modo, compreende-se melhor que o visionário, por exemplo, se afaste da mediania.
Finalizando, diga-se que á apoiada a ideia da relação inversa entre espaço e tempo, a nível psicológico, como também a ideia de que quanto melhor qualidade tiver o pensamento, mais influência o mesmo tem do futuro, não sendo tão influenciado pelo passado, não sendo tão determinado pelo mesmo.
Bibliografia
Cannon, D. ( 2001 ). The Custodians – Beyond Abduction. Ozark Mountain Publishers
Davies, P. ( 2003 ). Como construir uma máquina do tempo. Gradiva
Gott III, J. R. ( 2001 ). Viagens no tempo no Universo de Einstein. Edições quasi
Mack, J. E. ( 1994 ). Sequestro ( tradução portuguesa ). Lisboa: Temas da Actualidade, D. L.
Resende, S. ( 2012 ). Etologia e filopsiquismo in Artigos vários de Psicologia em www.infogestnet.com, Todos os Arquivos/Livros/ Artigos vários de Psicologia ( 2013 )
Resende, S. ( 2012 ). Relações espaço-temporais dos psemes e psitrões no contexto exopsicológico e da Teoria do Tudo em Psicologia in Artigos vários de Psicologia em www.infogestnet.com, Todos os Arquivos/Livros/ Artigos vários de Psicologia ( 2013 )
Para enquadrar a relação da exopsicologia com a depressividade planetária, resumo inicialmente o meu artigo Teoria do Tudo em Psicologia, as forças fundamentais do Universo e a relação exopsicológica com a presença alienígena na Terra ( Resende, 2012 ), onde se aborda a manipulação da depressividade nos humanos, individualmente e grupalmente, por parte de entidades extraterrestres, para depois se fazer uma extensão dessa ideia no sentido dessa manipulação se efectuar a nível planetário. Propõem-se medidas exopsicológicas para combater a depressividade a nível planetário.
Assim, estabelecendo a relação entre a Teoria do Tudo em Psicologia com a Teoria do Tudo em Física, assentando esta última na procura e unificação das forças fundamentais do Universo, estabelece-se uma associação entre a Teoria do Tudo em Psicologia e as forças fundamentais do Universo, a saber, a gravidade, o electromagnetismo e as forças nucleares forte e fraca.
Inicialmente, relaciona-se a conceptualização do átomo, com o seu núcleo de protões e neutrões, e com a nuvem electrónica, de electrões à volta do núcleo, com dois conceitos da Psicologia, a agorafobia e a claustrofobia.
Em A agorafobia enquanto perturbação obsessiva, indico que o obsessivo tem particulares dificuldades com fenómenos agorafóbicos, pela dificuldade de lidar com falta de referências, de detalhes, lidando melhor com fenómenos claustrofóbicos, pela melhor lide com a presença de estímulos referenciais. Assim, aproxima-se o fenómeno obsessivo da existência nuclear, com o núcleo, mais ou menos apertado, de protões e neutrões, associando a obsessão com as forças nucleares forte e fraca.
Noutro artigo, A claustrofobia enquanto perturbação histérica, indico que o histérico tem particulares dificuldades com fenómenos claustrofóbicos, pela pior lide com a presença de referenciais, que são sentidos como perto de mais, lidando melhor com fenómenos agorafóbicos, já que se dá bem com a ausência de estímulos referenciais. Aproxima-se, assim, o fenómeno histérico da existência da nuvem electrónica, de electrões à volta do núcleo, associando-se, deste modo, o histerismo ao electromagnetismo, fenómeno que se coaduna bem com as características relacionais histéricas de energéticas relações sociais.
Já a gravidade, relaciona-se com o fenómeno depressivo e/ou depressão em si, em que psicologicamente e psicomotrizmente, o indivíduo se encontra abatido, verificável na própria postura, em que se pode entender que há um campo gravitacional particularmente grave, mais acentuado.
Relativamente ao psicótico, aproximamos a denegação da realidade, a desrealização, a despersonalização, e ainda fenómenos como a fuga do pensamento e o roubo do pensamento, da consideração da não existência estrita do real local, e que em conjunto com a projecção maciça, nos remetem para a não-localidade, características não-locais, que a Física considera como sendo a presença em mais do que um local da mesma partícula.
Particularmente importante é relacionar o fenómeno borderline com o bosão e campo de Higgs. O bosão de Higgs tem sido conceptualizado como unificador das outras partículas elementares, cujas interacções com o campo de Higgs fornecerão a massa a essas mesmas partículas elementares. Uma característica do bosão de Higgs, no Modelo Standard, permite relacioná-lo com o fenómeno borderline, que é o de essa partícula permitir múltiplas partículas existirem no mesmo local, no mesmo estado quântico. Isto aproxima-se da característica do borderline de ter múltiplas organizações de personalidade como a caracterizando simultaneamente, particularmente a neurótica e a psicótica. Outro paralelo a estabelecer é o da alta instabilidade do bosão de Higgs e a instabilidade própria e característica do borderline.
É de indicar ainda a referência de Jean Bergeret quanto ao fenómeno borderline caracterizar mais de 50% da população europeia e de Coimbra de Matos quanto ao fenómeno borderline não cessar de expandir nas sociedades modernas.
Refiro, ainda, importantemente, que seria interessante relacionar aquela aquisição de massa pelas partículas elementares e o fenómeno da gravidade associada ao fenómeno depressivo. Tem particular importância porque o fenómeno depressivo é transversal às várias estruturas e organizações de personalidade.
Continuando o resumo do artigo, como referido inicialmente, tenta-se, pois, perceber exopsicologicamente, a relação borderline-depressividade, e a cada vez maior expansão quer do fenómeno borderline, como já se disse, quer do fenómeno depressivo, como se verá mais à frente.
Assim, é de referir que alguns investigadores, no campo da ovnilogia, analisam os fenómenos terrestres, de tal modo que indicam que as alterações climáticas e geoclimatéricas, como o buraco de ozono e o aquecimento global, que parte da comunidade científica diz estarem ocorrendo, estarão precisamente a ocorrer de modo provocado, por engenharia geoclimatérica, por parte de entidades alienígenas ou conluios E. T.s-humanos, para que o clima na Terra seja mais propício a essas entidades extraterrestres, de modo a permanecerem mais adaptados na Terra.
Será neste sentido, e num contexto exospicológico, definido como o estudo psicológico da relação e funcionamento mental, psíquico, entre humanos e seres extraterrestres e/ou alienígenas, que se estabelecerá a relação borderline /depressivo e/ou deprimido, particularmente, por aquelas alterações referidas, de borderlines para depressivos e/ou deprimidos, através da manipulação bosónica, aumentando a gravidade nos deprimidos e/ou depressivos.
Isto far-se-à para ir controlando o tipo de gravidade que se sente na Terra, para poder acomodar extraterrestres que eventualmente provenham de planetas com maior ou menor gravidade do que a Terra. Assim, será induzida depressão ou fenómenos depressivos, para se efectuar esse controlo, controlando os indivíduos depressivos e/ou deprimidos, mas a partir de indivíduos borderline. Provavelmente, o controlo geral para este fenómeno será através da manipulação do bosão de Higgs. Isto, pelas relações psíquicas que haverão entre seres humanos e extraterrestres, uma espécie de consciente e inconsciente cósmico, com a referência particular dos contactos telepáticos entre E. T.s e humanos, e com o possível consciente colectivo e inconsciente colectivo entre eles. Ou seja, haverá manipulação bosónica ( de Higgs ) ao nível psíquico dos humanos, para que a nível mais ou menos psicológico dos E. T.s, haja a percepção psíquica de maior ou menor gravidade. Provavelmente, os diversos tipos de E. T. controlarão esse fenómeno mais ou menos conscientemente.
É ainda de notar, relativamente aos E. T.s, que os Greys, ou Cinzentos, um tipo de E. T., estão associados predominantemente aos fenómenos das abducções alienígenas, como se pode ver por exemplo no livro de John Mack, Sequestro. Isto, tendo em conta que têm uns olhos completamente pretos e relativamente grandes. Possivelmente, os Greys serão aqueles a ser utilizados para as abducções, precisamente para se estudar o efeito psicológico do fenómeno depressivo, podendo-se associar a depressividade à falta de luminosidade, ou escuridão, e, nesse sentido, à côr preta. É relevante indicar que há descrições, na literatura ovnilógica variada, do interior de naves alienígenas, particularmente por contactados por alienígenas ou por abduzidos, como sendo altamente iluminado, muito provavelmente para combater o efeito depressivo de viajar na escuridão do espaço sideral. Haverá, neste sentido, na relação entre luminosidade e depressividade, uma comunalidade psicológica entre humanos e alienígenas.
O estudo do efeito psicológico, referido atrás, estará associado ao trauma da abducção. Relativamente a este trauma, há a referência ao meu artigo Claustrofobia histérica: por trás do trauma das abducções alienígenas, no qual indico que o trauma da abducção alienígena será no âmbito da claustrofobia histérica, sendo, por isso, uma reacção histérica. Isto, pela presença sentida como demasiado próxima dos alienígenas, no quarto do sujeito.
Assim, a transferência de energia particular bosónica entre borderlines e depressivos e/ou deprimidos, far-se-à, muito provavelmente, numa predominância histérico-psicótica, no sentido depressivo, e vice-versa, e não tanto numa linha obsessivo-psicótica, no sentido depressivo, e vice-versa.
Essa delineação fará o fenómeno enquadrar-se mais nas sociedades histéricas capitalistas, num enquadramento borderline, que é extenso nas sociedades modernas, particularmente no âmbito do Capitalismo global.
Neste contexto, referem-se dois estudos relativamente à depressão, realizadas em sociedades capitalistas, a saber, os E. U. A. E a Índia, realizados respectivamente pelo Center for Disease Control and Prevention, um organismo estado-unidense, em 2006, e pela Organização Mundial de Saúde, em 2011. Os resultados denotam a alta prevalência da depressão nos dois países, denotando-se, também, em termos projectivos, que a prevalência da depressão, a nível mundial, tender-se-à a agravar.
Finalizando o resumo, dir-se-à que, exopsicologicamente, a prevalência da depressão, e a tendência para o seu agravamento, e a cada vez maior extensão do fenómeno borderline, como já referido, poderão indicar que há uma presença cada vez mais maciça de alienígenas na Terra. Sugere-se, ainda, a nível terapêutico, o desenvolvimento de algum tipo de extractor bosónico, trabalhando, desse modo, o nível gravítico nos humanos.
Já para o presente artigo, dir-se-à que o mesmo raciocínio pode ser aplicado ao planeta Terra como um todo. Considerando, exopsicologicamente, a possível terraformação e aclimatização por parte de extrarrestres, para melhor viverem na Terra, mais adaptados, temos em conta o buraco de ozono, em que se pode considerar que há um acentuamento do campo gravitacional nessa zona, teremos que o mesmo poderá ser considerado como um sistema bosónico a nível planetário. Esse sistema poderá ser utilizado para aumentar a depressividade planetária, em que haverá um relacionamento borderline-depressividade entre a Terra e outras zonas do sistema solar e/ou galáctico.
Para visualizar imagens do buraco de ozono, consultar o website do Youtube, em www.youtube.com/watch?v=Ru9hIrW584, neste caso mais relacionado com a teoria da Terra Oca ( Hollow Earth ), em que aparece claramente uma imagem de um buraco na atmosfera e crosta terrestre, supostamente com uma ligação à Terra Oca, ou veja-se, então, as imagens geotérmicas do buraco de ozono em www.youtube.com/watch?v=qUfVMogId8. Para ver imagens a partir da estação espacial MIR, ver www.youtube.com/watch?v=VadjONKby58, ou realçando-se a imagem do que parece ser luminosidade vinda do interior da Terra, ver www.youtube.com/watch?v=ckDWZzWUG3. Nas imagens da MIR, nota-se um fluxo gasoso para dentro do buraco, e, estando no Youtube, na referência indicada, podem também ser encontradas em www.astraelia.piczo.com.
Novamente, estas imagens magníficas aparecem no contexto do que parece ser um buraco de ozono, na atmosfera, com ligação a um contexto, já referido, da Teoria da Terra Oca, em que o buraco parece continuar até à crosta terrestre, e com suposta ligação a uma Terra oca. Seria, portanto, uma entrada dessa Terra. A Terra Oca é conhecida pelo nome de Agartha, e há quem pense que vivam lá raças extraterrestres, o que está um pouco no contexto do que descrevi anteriormente acerca de um sistema bosónico planetário. Isto, porque à guisa das descrições, na literatura ovnilógica, do interior das naves alienígenas, relatadas por abduzidos e contactados, altamente iluminado, poderem indicar uma técnica anti-depressiva para lidar com a falta de luminosidade do espaço sideral, será coerente a utilização de um sistema bosónico planetário, por parte dos habitantes da Terra Oca, no sentido de induzir depressividade a nível planetário, na superfície, para que na Terra Oca se sintam mais protegidos, a nível psicológico, da possível indução depressiva que a falta de luminosidade do espaço sideral poderia causar nos mesmos. A depressividade, e o seu aumento, na superfície da Terra, estaria relacionada com o nível de adaptação dos habitantes da Terra Oca, no seu habitat, constituindo, pois, uma protecção. Como já referido, é de realçar a previsão da O. M. S., da passagem, a médio prazo, da depressão, de quarta para segunda causa de incapacidade, revelando a alta prevalência da depressão, o que, de resto, se nota nos resultados dos estudos referidos.
Esta utilização de um sistema bosónico planetário seria coerente com a descrição que é feita acerca de os habitantes da Terra Oca serem milhares de anos mais avançados do que os habitantes da superfície. Isto é descrito, por exemplo, por Tim Swartz, acerca da viagem do Almirante Byrd a Agartha em 1947, no livro Admiral Byrd’s Secret Journey Beyond the Poles, publicado em 2007.
Já no sentido de os terráqueos, neste caso, da superfície, combaterem a depressividade, para além de se pensar nalgum tipo de extractor bosónico, dever-se-ia pensar nalgum sistema a nível planetário, como, por exemplo, iluminar a atmosfera. Isto poderia ser feito através de luminosidade artificial enviada por satélites para a superfície, ou por algum outro método de iluminação. Um outro método poderia ser, por exemplo, baseado no que se passará no planeta daqueles extraterrestres designados por Anunnaki, tal como descrito nas Crónicas da Terra de Zecharia Sitchin, que são de algum modo resumidas noutra obra dele, a saber, Genesis Revisited – Is Modern Science Catching Up With Ancient Knowledge ( Sitchin, 1990 ). Este autor baseia as suas descrições na sua tradução de plaquetas sumérias com cerca de 6000 anos. Assim, é descrito que, inicialmente, a raça humana foi criada por engenharia genética pelos Anunnaki, para funcionar como escravos para os mesmos. O trabalho escravo a ser feito era a mineração de ouro na Terra, já que os Anunnaki precisariam do ouro para colocar na sua atmosfera, na atmosfera do seu planeta de origem. Embora seja descrito que o ouro também era consumido para fornecer capacidades extraordinárias de processamento a quem o ingerisse, particularmente o ouro monoatómico, é plausível, no contexto descrito aqui, que o ouro na atmosfera também funcionasse para iluminar a atmosfera. Assim, como, por exemplo, o interior das naves alienígenas altamente iluminado funcionará para combater a depressividade, induzida pelo espaço sideral, também a atmosfera iluminada poderá funcionar para combater a depressividade induzida pela escuridão do espaço sideral. Desta maneira, será de pensar, ao nível terráqueo, espalhar algum tipo de químico na atmosfera, para que esta fique mais iluminada, ou utilizar o método, já indicado, de luminosidade artificial enviada por algum tipo de sistema de satélites.
Diga-se que a relação de ideias aqui apresentada apoia a plausibilidade da verosimilhança das traduções de Sitchin e da existência real da raça Anunnaki, e da sua influência na Humanidade.
Finalizo, dizendo, em resumo, que, para além de um sistema bosónico entre pessoas e grupo de pessoas e alienígenas, é plausível a existência, a um nível mais global, de um sistema bosónico a nível planetário, considerando-se, ainda, a possibilidade de combater a depressividade na Terra, a nível global, através da iluminação da atmosfera, quer por espalhar algum químico na atmosfera, ou, por exemplo, através da iluminação artificial da mesma, com algum tipo de sistema de satélites.
Bibliografia
Resende, S. ( 2012 ). Teoria do Tudo em Psicologia, as forças fundamentais do Universo e a relação exopsicológica com a presença alienígena na Terra in Artigos vários de Psicologia em www.infogestnet.com /Todos os arquivos / Livros / Artigos vários de Psicologia ( 2013 )
Sitchin, Z. ( 1990 ). Genesis Revisited – Is Modern Science Catching Up With Ancient Knowledge. Avon Books
Referência bibliográfica
Swartz, T. ( 2007 ). Admiral Byrd’s Secret Journey Beyond the Poles. Inner Light – Global Communications
Para caracterizar a contemplação meditativa, resume-se, inicialmente, o meu artigo A posição castrativa como complemento das posições modificadas de Melanie Klein ( Resende, 2010 ), para depois associar a mesma à integração da introjecção e projecção e ao juízo de condenação da posição castrativa, sendo, assim, neurótica e obsessiva.
Naquele artigo, proponho a modificação de características básicas das posições esquizo-paranóide e depressiva de Melanie Klein, introduzindo mais uma posição, a castrativa, enquadrando as posições em organizações de personalidade.
Considerando Klein que a posição esquizo-paranóide se caracteriza predominantemente por conteúdos projectivos, teremos que, na relação mais precoce mãe-bebé, que subjaz as características esquizo-paranóides, o bebé originará os conteúdos e a mãe funcionará enquanto continente, utilizando terminologia de Bion.
Proponho, outrossim, o funcionamento do bebé enquanto continente e da mãe enquanto originadora de conteúdos. É que nesta fase mais precoce há a primazia da erogeneização da boca, através do seio, enquanto fornecedor de alimentação e, portanto, de conteúdos a incorporar. É de notar, na observação clínica e quotidiana, a voracidade buco-visual do bebé, nesta fase precoce. Ademais, enquadre-se a noção de que a paranoia persecutória, presente na posição esquizo-paranóide, tem características introjectivas que descreveriam esta paranoia persecutória como uma introjecção persecutória, considerando, como já se disse, o bebé enquanto continente e a mãe enquanto originadora de conteúdos. Assim, o bebé introjectaria persecutoriamente ansiedades e angústias projectadas pela mãe. Teremos, pois, a posição esquizo-paranóide caracterizando-se mais por conteúdos introjectivos do que projectivos. Dir-se-à, então, que a estrutura psicótica se caracteriza, sobremaneira, pela introjecção, e não pela projecção.
A posição depressiva que, segundo Klein, se caracteriza pela introjecção, terá características mais projectivas, enquadradas com a organização borderline. Este enquadramento faz-se por esta organização ter por fundamentos quadros depressivos, em particular de abandono e de desamparo. O paralelo estabelece-se, sobremaneira, por haver, tal como o nome indica, relação entre a depressividade e a posição depressiva. Quanto à projecção, aqui, tem-se que a economia depressígena básica, de afecto dado e não correspondido, tem características projectivas. O afecto é dado, é externalizado, sendo, portanto, mais projectivo do que introjectivo. Enquadre-se, para mais, a externalização verbal agressiva, típica no histérico, pela agressividade fálica, em que, num quadro borderline, será considerada enquanto meio transitivo na passagem de características psicóticas para as características mais histéricas, tendo-se a noção do vazio depressivo no histérico. Pelo dito, a posição depressiva se caracteriza mais por conteúdos projectivos do que introjectivos, estando enquadrada na organização borderline.
As propostas que faço na modificação das características das posições esquizo-paranóide e depressiva de Klein são consentâneas com a perspectiva teórica das relações de objecto internalizadas, em que se tem presente que é inicialmente que o bebé introjecta ansiedades e angústias da mãe, em particular, para depois projectá-las. No exemplo da externalização verbal agressiva, referida quanto à posição depressiva, ter-se-à em conta que o indivíduo está a projectar a agressividade que anteriormente, inicialmente, introjectou. Temos, pois, uma perspectiva micro-sociológica ao invés da perspectiva psicogenética de Melanie Klein.
Já perspectivando a posição integrativa considerada no meu artigo Para além das posições de Melanie Klein, numa noção de integração das características introjectivas e projectivas das posições esquizo-paranóide e depressiva, introduzo a posição castrativa, que, sendo ulterior, está relacionada com o complexo de castração, tipicamente genital, e está enquadrada na estrutura obsessiva. Tenha-se a noção de que, relacionado com esta estrutura e caracterizando a posição castrativa, está o mecanismo de juízo, ou julgamento, de condenação. Laplanche & Pontalis, no seu Vocabulário da Psicanálise, definem-no como uma operação ou atitude pela qual o indivíduo, ao tomar consciência de um desejo, a si mesmo proíbe a sua realização, por razões morais ou de oportunidade. Freud considerava este mecanismo como um modo de defesa mais elaborado e adaptado do que o recalcamento. É de considerar, importantemente, que o mesmo juízo está associado ao adiamento da satisfação, da gratificação.
O adiamento da satisfação, da gratificação, referida, é crucial para este artigo, já que a contemplação meditativa apela a esse mesmo adiamento.
Assim, realça-se que, associada ao juízo de condenação da posição castrativa, neurótica e obsessiva, com o adiamento da gratificação, está a contemplação meditativa, que se caracteriza pela integração entre introjecção e projecção. Teríamos, pois, aqui, um introprojecto. Para mais, teremos que a contemplação meditativa se associa particularmente à personalidade obsessiva.
Bibliografia
Resende, S. ( 2010 ). A posição castrativa como complemento das posições modificadas de Melanie Klein em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 08/11/2010
Venho anunciar, neste blog, a publicação do meu primeiro livro, na Internet, com o título de Artigos vários de Psicologia.
Aborda temas variados de Psicologia e consta da compilação de 87 artigos de Psicologia, que escrevi entre 2007 e 2013.
Os temas vão desde antropologia psicanalítica, fobias, perturbações alimentares, complexo de Édipo, criatividade, passando por psicologia matemática, psicologia política, psicologia evolutiva, telepatia, até, entre outros, à Teoria do Tudo em Psicologia, relacionada com a Física, e à exopsicologia, ou seja, o estudo da relação e funcionamento mental, psíquico, entre seres humanos e seres extraterrestres.
Para aceder ao livro, ir a www.infogestnet.com, seleccionar Todos os Arquivos, depois seleccionar Livros ( indo tudo para a direita do ecrã ), e escrever na barra de pesquisa o título do livro, neste caso, Artigos vários de Psicologia.
Esta publicação foi gratuita, permitindo a publicação de um livro, online, sem os custos exorbitantes exigidos pelas editoras, particularmente a autores desconhecidos.
Aconselho a quem queira publicar um livro, que faça o mesmo, ficando o mesmo disponível na Internet.
Compara-se o recalcamento, particularmente no âmbito histérico, e a Sombra, conceito Junguiano, para depois estabelecer que ambos estão relacionados, utilizando noções como a sobrecompensação da Sombra anal.
Temos, antes de mais, o recalcamento, típico e predominante no histérico, como recalcando aquilo que é indesejável ao sujeito ( Laplanche & Pontalis, 1990 ), particularmente naquilo que diz respeito a ele próprio. Ora, a Sombra, enquanto arquétipo, está relacionada com aquilo que o sujeito não aceita em si [ Jung ( 1988 ), Shultz & Shultz ( 2006 ) ].
Consideremos, agora, o artigo Características sobrecompensatórias das fases psicossexuais da Máscara e Sombra da histeria capitalista ( Resende, 2010 ), ou seja, a Sombra no âmbito histérico capitalista. Ela está sobretudo associada à sobrecompensação da fase anal. Para além do histérico caracterizar-se em menor grau pela organização à volta da analidade, é de considerar, no histerismo capitalista, a importância do dinheiro na sociedade, enquanto objectivo último da mesma, perspectivando que o dinheiro tem caracterizações anais. Isto, porque o mesmo tem características transitivas, do que está fora e do que está dentro, e funcionará como meio de relação com o exterior. Ora, atendendo a outro artigo meu, a saber, Tendências psicológicas e medos futuros das sociedades capitalistas, é de compreender que as sociedades capitalistas baseiam a sua analidade num enquadramento religioso, com a divinização do dinheiro, particularmente com a sacralização da sexualidade feminina, o que levaria, em última instância, a uma paranoia anal. Esta baseia-se na utilização da sexualidade feminina para controlo do indivíduo e das massas. Para mais, haverá o medo da desmistificação das tradições judaico-cristãs e da sexualidade feminina, o que levará, em reacção, à mistificação desses dois elementos cruciais das sociedades capitalistas, particularmente cristãs. Haverá, assim, no contexto, uma sobrecompensação anal.
Tendo em conta que a Sombra está associada ao desconhecido e a medos associados ao desconhecido, dir-se-à que o histerismo capitalista, no seu enquadramento religioso e sacralizante, fará caracterizar uma Sombra histérica capitalista pela sobrecompensação anal, considerando-se, particularmente, que, de base, o histérico tem um menor desenvolvimento organizativo anal.
Ora, em corolário, teremos que o recalcamento histérico está relacionado com a Sombra anal, em que temos um recalcamento anal, portanto. Esse menor desenvolvimento à volta da organização anal, com sobrecompensação anal, ocorre, precisamente, porque funcionará um recalcamento anal. Em particular, há sobrecompensação da Sombra anal precisamente devido ao recalcamento anal, especialmente num contexto histérico.
Bibliografia
Jung, C. G. ( 1988 ). A prática da psicoterapia in Obras Completas de C. G. Jung, Vol. XVI ( tradução portuguesa ). Petrópolis: Editora Vozes. ( Edição original, 1971 )
Laplanche, J. & Pontalis, J. B. ( 1990 ). Vocabulário da Psicanálise ( 7ª edição ) ( tradução portuguesa ). Editorial Presença
Resende, S. ( 2010 ). Características sobrecompensatórias das fases psicossexuais da Máscara e Sombra da histeria capitalista em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 29/11/2010
Shultz, D. P. & Shultz, S. E. ( 2006 ). Teorias da Personalidade ( tradução portuguesa ). Thomson Learning Edições
Resumo inicialmente o artigo A posição castrativa como complemento das posições modificadas de Melanie Klein ( Resende, 2010 ), para depois utilizar noções aí desenvolvidas, e relacioná-las com ideias de Wilhelm Reich e Sigmund Freud sobre o sado-masoquismo.
Assim, temos que, no artigo referido, proponho a modificação de características básicas das posições esquizo-paranóide e depressiva de Melanie Klein, introduzindo depois mais uma posição, a castrativa, embora esta introdução não interessará tanto para o presente artigo. Enquadro aquelas posições modificadas em organizações de personalidade.
Temos, então, que Klein considera que a posição esquizo-paranóide se caracteriza predominantemente por conteúdos projectivos. Utilizando as noções de Bion de continente e conteúdo, na relação mais precoce, o bebé projectará os conteúdos e a mãe funcionará como continente, receptora dos conteúdos.
Passo a indicar o funcionamento do bebé enquanto continente e da mãe enquanto originadora de conteúdos. Nesta fase mais precoce, há a primazia da erogeneização da boca através do seio, enquanto fornecedor de alimentação e, portanto, de conteúdos a incorporar. É de realçar, na observação clínica e quotidiana, a voracidade buco-visual do bebé, nesta fase precoce. Considera-se, para mais, que um fenómeno como a toxicodependência, em que há a consideração clínica de caracterizar-se por fixações orais, como, por exemplo, o tabagismo, terá características mais introjectivas do que projectivas. Ainda, a paranóia persecutória, presente na posição esquizo-paranóide, terá características introjectivas que fariam descrever esta paranoia persecutória como uma introjecção persecutória. Assim, o bebé introjectaria persecutoriamente ansiedades e angústias projectadas pela mãe. Continuando, a posição esquizo-paranóide se caracterizará mais por conteúdos introjectivos do que projectivos. Deste modo, ter-se-ia a estrutura psicótica caracterizando-se mais pela introjecção.
Já a posição depressiva, que segundo Klein, se caracteriza mais pela introjecção, pelo movimento introjectivo das características do objecto externo, terá outras características, tendo em conta a sua relação com organizações de personalidade. Assim, estabelece-se um paralelo com a organização borderline, por esta ter por fundamento quadros depressivos, em particular de abandono e de desamparo. Haverá relação entre depressividade e posição depressiva, em que esta posição se caracterizará mais pela projecção do que pela introjecção. É que a economia depressígena básica, de afecto dado e não correspondido, terá características projectivas. O afecto é dado, é externalizado, sendo, portanto, mais projectivo do que introjectivo. Enquadra-se, para mais, o vazio depressivo do histérico e a externalização verbal agressiva típica no histérico, pela agressividade fálica, de características projectivas, no quadro de características psicóticas, portanto num quadro borderline, como se pode ver, por exemplo, nos meus artigos Complexo de Anti-Cristo – Perspectiva Psicodinâmica e Mecanismos de defesa e Mecanismos de ataque. Aquela externalização verbal agressiva fálica, típica no histérico, enquadrado em características psicóticas, portanto num quadro borderline, deverá ser considerada enquanto meio transitivo na passagem das características psicóticas para as características mais histéricas.
Mais para o presente artigo, é de ter em conta a noção básica de sado-masoquismo de Wilhelm Reich, que no seu Character Analysis ( 1990 ) nos indica que o masoquismo é baseado num sadismo original. É de notar que Sigmund Freud [ citado por Apostolides ( 1999 ) ] tem ideias semelhantes. Ele considerava que o sado-masoquismo é patológico e que as pessoas tornam-se masoquistas como uma maneira de regular o seu desejo de sexualmente dominar outros. Para além disso, o desejo de se submeter surgirá de sentimentos de culpa pelo desejo de dominar.
Relembrando o artigo anteriormente resumido, em que considero que a persecução é mais introjectiva, em que o bebé introjecta as ansiedades da mãe, e que a depressividade é mais caracterizada pela projecção, temos que o bebé terá introjectado inicialmente o sadismo da mãe, e começado ele próprio a caracterizar-se desse modo, e em que depois começará a projectar depressivamente o masoquismo. Começará a vivenciar situações masoquistas, particularmente na linha histérica, especialmente pelas consequências da projecção depressiva, da externalização, mais ou menos verbalizada, agressiva.
Considerando os meus artigos Angústia depressiva como enquadramento borderline da personalidade histérica ( Resende, 2012 ), O palhaço de circo e a depressividade histérica ( Resende, 2012 ) e, principalmente, O sobrecompensatório na mulher ( Resende, 2012 ), temos que, com base na angústia depressiva, pela certeza de perda do pénis, com angústia de perda do amor do objecto, em que este é considerado responsável por aquela perda do pénis, ou com identificação maciça, em fantasia, com a mãe castrada, onde também ocorre angústia de perda do amor do objecto, já que há um sentimento de que o filho, ao nascer, castrou a mãe, fantasiando o filho de que a mãe se quer vingar, como se pode ver em A guerra militar no homem fascista ( Resende, 2013 ), há, dizia, sobrecompensatoriamente, uma continuada vivência em situações masoquistas e de condutas de insucesso, particularmente pelas consequências da projecção verbal agressiva, típica no histérico. É essa projecção agressiva que é sobrecompensatória, para compensar a agressividade dirigida sobre o próprio, introjectada anteriormente, que caracterizará o movimento depressivo ou tendência para entrar em depressão. Temos, pois, vivências masoquistas associadas a uma luta anti-depressiva. Para mais, denotando, especialmente, perturbações ao nível do escudo para-excitações, o histérico continua a depender grandemente dos estímulos externos, e a viver situações consideradas pelo próprio, latentemente, de dificuldade em lidar com uma excessiva carga de estímulos.
Finalizando, temos que as ideias de sado-masoquismo de Reich e de Freud, pelo descrito, apoiam coerentemente as modificações que introduzi às posições de Klein, particularmente ao funcionamento inicial do bebé enquanto continente e da mãe enquanto originadora de conteúdos, compreendendo-se, assim, a introjecção inicial do bebé do sadismo da mãe, com identificação do bebé com esse sadismo original, desenvolvendo, ao mesmo tempo, características masoquistas, na relação com o sadismo da mãe, projectando, posteriormente, e depressivamente, esse masoquismo. Isto no âmbito da dialéctica sado-masoquista e da vinculação intergeracional, em que, coerentemente, temos que de uma mãe sádica surgirá um indivíduo masoquista, englobando-se, desta forma, a noção de um masoquismo como derivando de um sadismo original.
Bibliografia
Apostolides, M. ( 1999 ). The pleasure of pain in Psychology Today, Sep/Oct 99, Vol. 32 Issue 5, p. 60 6 p. 5 color photographs
Reich, W. ( 1990 ). Character Analysis. Farrar, Straus and Giroux
Resende, S. ( 2010 ). A posição castrativa como complement às posições modificadas de Melanie Klein em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 08/11/2010
Resende, S. ( 2012 ). Angústia depressiva como enquadramento borderline da personalidade histérica em www.psicologado.com ( proposto em 11/2012 )
Resende, S. ( 2012 ). O palhaço de circo e a depressividade histérica em www.psicologado.com ( proposto em 12/2012 )
Resende, S. ( 2012 ). O sobrecompensatório na mulher em www.psicologado.com ( proposto em 12/2012 )
Resende, S. ( 2013 ). A guerra militar no homem fascista em www.psicologado.com ( proposto em 01/2013 )
Começando por resumir algumas contribuições minhas, no estabelecimento da relação entre a psique e o Universo, abordo contribuições de outros autores, particularmente acerca da influência do consciente no universo material, bem como acerca da totalidade psicológica, para depois propor características que basearão um inconsciente cósmico. Para mais, realço a importância do inconsciente e do estudo da sua percepção para lidar com o efeito de observador, ou efeito de medição, ou seja, o efeito de que tudo o que estamos a observar estamos a influenciar.
Assim, considere-se o meu artigo Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia ( Resende, 2011 ), onde se estabelece um paralelo com a Teoria do Tudo em Física. Esta, procurando a unificação das forças fundamentais que governam o Universo, dá lugar à Teoria do Tudo em Psicologia, que procurará as forças e processos fundamentais que governam a mente, particularmente na relação entre a mente e a matéria. Isto, tendo em conta a importância de que somos nós que pensamos as teorias e o Universo.
Continuando, consideremos um amor dado não correspondido, ou pouco correspondido, em que temos uma situação em que um dos elementos em questão atrai mais do que o outro. Transpondo, teríamos um paralelo, em que há uma estrela, por exemplo, que exerce mais atracção sobre um planeta do que o planeta exerce sobre a estrela. Correlacionando, teremos, pois, o elemento depressígeno do amor dado não correspondido como que caracterizando a relação entre estrelas e planetas. Sendo assim, os sistemas solares caracterizam-se pela depressividade, em que, pelos movimentos de translacção, teremos uma depressividade cíclica. Teremos, então, uma entrada e saída da depressão, correspondendo isso, pois, a movimentos relacionais maniaco-depressivos. Para mais, tendo em conta que a patologia maniaco-depressiva constitui-se enquanto psicose, teremos que os sistemas solares exercem uma influência psicotizante sobre o ser humano.
Sequenciadamente, no desenvolvimento humano, teremos que o afastamento e aproximação das galáxias umas das outras, remete-nos para uma angústia borderline, particularmente, a angústia de separação que mais lhe caracteriza. Ainda, a expansão do Universo, como hoje se considera, com o afastamento dos seus limites, acentua esta angústia.
Assim, neste estudo da Psicologia e da Física, teremos a passagem da psicose para o estado borderline.
Já na organização neurótica, considera-se a importância dada pelos físicos à simetria, na procura da unificação das forças fundamentais do Universo e das partículas, perspectivando-se as características da fase genital, portanto neurótica. Em relação a ela, estabelecem-se características tipicamente genitais, como o respeito pelo outro, capacidade de dádiva, capacidade de união afectiva, tendo nós, ainda, o sentimento de reciprocidade e a cooperação. Temos, pois, características de simetria psicológica.
Repare-se a passagem da assimetria inicial relativa à psicose para a simetria final relativa à neurose.
Realço o corroborar destas ideias, particularmente as relativas às descrições da psicose, no meu artigo Segundo Complemento a Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia: correlatos politico-económicos ( Resende, 2012 ). Como indicado, estabeleço aí correlatos politico-económicos relativamente a estas ideias. Refiro-me à ciclicidade do desenvolvimento capitalista, particularmente no âmbito do capitalismo global, em que surgem não só recessões, como ainda depressões económicas, como, por outro lado, surgem euforias, mais relacionadas com as bolhas especulativas. Parece, pois, haver consubstanciação da ideia da ciclicidade maniaco-depressiva, com sua influência no ser humano.
Já em Complemento a Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia ( Resende, 2011 ), é de acrescentar que uma das ilacções que se tira do primeiro artigo referido é uma ligação teórica à astrologia, fundamentando a sua operacionalidade. Também fundamentando cientificamente a astrologia estão dois estudos cientificamente controlados, feitos pelo astrólogo Jeff Mayo e o conhecido psicólogo Hans Eysenck, em que ambos mostraram haver uma correlação entre signo astrológico de nascença e tendências extrovertidas/introvertidas. Para mais, os autores que citam estes estudos, Adrian Gilbert e Maurice Cotterell, concluem, particularmente Cotterell, que a raíz da astrologia está na influência solar e nas variações do ano solar. Ele fala nas diferenças astrológicas entre as pessoas serem causadas pelas variações no vento solar afectando o campo magnético da Terra, que, por sua vez, influencia o futuro desenvolvimento de um feto na concepcção. Ou seja, um ovo humano recentemente fertilizado seria impresso na concepcção com o padrão da atmosfera magnética prevalente, determinando o seu tipo astrológico à nascença. Estas ideias levaram Cotterell a conceber ao que ele chamou de Astrogenética. Em consequência, e pelo já dito, dos artigos já referidos, teremos como que uma astropsicologia, com relações entre os corpos celestes, e o Universo em geral, e o funcionamento psicológico humano.
Em Teoria do Tudo em Psicologia: a caminho do Todo ( Resende, 2012 ), e continuando o estabelecimento de relações entre características psicológicas e físicas, dir-se-à que há um paralelo entre o que caracteriza a depressão, com introjecções maciças, e o buraco negro, com a sua absorção maciça de matéria. Tendo em conta que, segundo a Física, pelo menos a maior parte das galáxias têm um buraco negro no centro, podemos estabelecer um sentido a caminho do Todo.
Assim, o buraco negro no centro das galáxias se reportará à depressão original, que se relacionará com o útero materno. De seguida, estabelecer-se-ão em relação às galáxias o mesmo processo descrito em relação aos sistemas solares, ou seja, que têm um efeito psicotizante. Ainda a caminho do Todo, tem-se a consideração clínica do borderline enquanto personalidade em mosaico, com, por assim dizer, compartimentos estanques na personalidade, estabelecendo-se um paralelo com o multiverso, ou vários universos, postulados pela Física. Seguidamente, numa evolução progressiva, relaciona-se o multiverso com características neuróticas, particularmente obsessivas. Realçam-se mecanismos de defesa tipicamente obsessivos, no caso, o isolamento do afecto e a formação reactiva, sendo esta a manifestação de sentimentos contrários àquilo que o indivíduo realmente sente. Assim, o isolamento diria respeito ao isolamento de cada universo em relação a outros, no multiverso, enquanto que a formação reactiva é reminiscente da relação entre matéria e anti-matéria. Isto implicaria, psicofisicamente, que cada universo de matéria é cercado contiguamente por universos de anti-matéria.
Deste modo, no geral, estabelecem-se relações entre as características psicológicas e características físicas, desde os buracos negros do centro das galáxias até às relações entre diferentes universos no multiverso, ou seja, em direcção ao Todo.
Finalmente, em Teoria do Tudo em Psicologia e as forças fundamentais do Universo ( Resende, 2012 ), procuro relacionar a Psicologia com a Teoria do Tudo em Física, em particular, com a procura e unificação das forças fundamentais do Universo, a saber, a gravidade, o electromagnetismo e as forças nucleares forte e fraca.
Procurando conceptualizar o átomo, com o seu núcleo de protões e neutrões, e com a nuvem electrónica, de electrões à volta do núcleo, introduzo, aqui, dois conceitos relacionados com a Psicologia, a agorafobia e a claustrofobia.
Em A agorafobia enquanto perturbação obsessiva, considero a relação da obsessão com fenómenos agorafóbicos, em que o indivíduo tem mais dificuldade de lidar com a falta de referências, de detalhes. Assim, o obsessivo lida melhor com fenómenos claustrofóbicos, já que se dá bem com a presença de estímulos referenciais. Aproximamos, deste modo, o fenómeno obsessivo da existência nuclear, com o núcleo, mais ou menos apertado, de protões e neutrões, associando, assim, a obsessão com as forças nucleares forte e fraca.
Já em A claustrofobia enquanto perturbação histérica, considero que o histerismo está relacionado com fenómenos claustrofóbicos, em que o histérico tem dificuldade em lidar com a presença dos referenciais, que são sentidos como perto de mais. Assim, o histérico lida melhor com fenómenos agorafóbicos, já que se dá bem com a ausência de estímulos referenciais. Deste modo, podemos aproximar o fenómeno histérico da existência da nuvem electrónica, de electrões à volta do núcleo, e associar, assim, o histerismo ao electromagnetismo, fenómeno este que se coaduna bem com as características relacionais histéricas de energéticas relações sociais.
Já a gravidade tem particular relação com o fenómeno depressivo e/ou depressão em si, em que psicologicamente e psicomotrizmente, o indivíduo se encontra lentificado, abatido, sendo até verificável na própria postura, em que se pode entender que há um campo gravitacional particularmente grave, mais acentuado.
Quanto ao psicótico, podemos aproximar a denegação da realidade e projecção maciças ao fenómeno da não-localidade, postulado pela Física contemporânea, em que a denegação da realidade, acoplada com a desrealização e despersonalização, características no psicótico, remetem para a consideração da não existência estrita do real local, como se poderá ver em fenómenos sintomáticos como a fuga do pensamento e o roubo do pensamento. Isto, em conjunto com a projecção maciça, remete para as características não-locais que a Física considera como sendo a presença em mais do que um local da mesma partícula, o que é algo contra-intuitivo, mas parece caracterizar geralmente as partículas e o Universo.
Finalizo o resumo deste artigo, relacionando o fenómeno borderline, ou estado-limite, com uma partícula e campo particular, o de Higgs. O bosão de Higgs tem sido conceptualizado como sendo unificador das outras partículas elementares, cujas interacções com o campo de Higgs fornecerão a massa a essas mesmas partículas elementares. Agora, há uma característica do bosão de Higgs, no enquadramento do Modelo Standard, que o permite relacionar com o fenómeno borderline, que é dessa partícula permitir múltiplas partículas existirem no mesmo local, no mesmo estado quântico. Isto aproxima-se da característica do estado-limite de ter múltiplas organizações de personalidade como o caracterizando simultaneamente, particularmente a neurótica e a psicótica. Outro paralelo que se pode estabelecer é o de o bosão de Higgs ser muito instável e o facto de algo que caracteriza o borderline ser a sua instabilidade.
Já quanto ao consciente cósmico, é de referir um conceito da Psicologia Transpessoal, cunhado por Stanislav Grof, fundador da mesma, que, por exemplo, em seu A Psicologia do futuro ( 2007 ), se refere ao estado holotrópico, que é o estado alterado de consciência que se caracteriza por ir na direcção da totalidade. Outra referência à totalidade é a mandala, bastante referida por Jung. Em Man and his symbols [ Jung ( coord. ), 1968 ], Joseph L. Henderson, no capítulo Ancient myths and modern man, indica que Jung sugere que cada ser humano tem originalmente um sentimento do todo, um poderoso e completo sentido do self. E a partir do self, que é referido como a totalidade da psique, o ego-consciência individualizado emerge à medida que o indivíduo cresce. No mesmo livro, M. – L. von Franz, no capítulo O processo de individuação, refere o realce que Jung deu à exploração que cada indivíduo deverá fazer do seu próprio inconsciente, considerando que é a única verdadeira aventura que resta a cada indivíduo. O objectivo último de tal pesquisa será o formar uma relação harmoniosa e equilibrada com o self. A mandala representa precisamente esse equilíbrio perfeito. Referindo-nos, agora, ao aspecto cósmico deste artigo, é de indicar as considerações de Jung, em Flying Saucers – A Modern myth of things seen in the sky ( Jung, 1991 ), abordando o tema extraterrestre e o fenómeno OVNI, portanto. Importa referir que Jung, neste livro, não tenta indagar da veracidade ou não do fenómeno OVNI, mas tão-só os aspectos psicológicos associados a esse mesmo fenómeno. O autor suíço considera que a experiência psicológica que está associada com o OVNI consiste na visão do rotundum, o símbolo de todo e o arquétipo que se expressa em forma de mandala. Psicologicamente, o rotundum ou mandala é um símbolo do self, sendo o self o arquétipo de ordem por excelência. Já noutro aspecto, o onírico, Jung também aborda o simbolismo da mandala, no seu livro Dreams ( Jung, 1974 ). Referindo-se à origem das mandalas, o autor indica que este termo é escolhido porque a palavra denota o círculo ritual ou mágico usado no Lamaismo como também no Yoga Tântrico, como um Yantra ou ajuda à contemplação. Denotando a importância deste símbolo oriental, Jung realça que os símbolos orientais originados em sonhos e visões, encontram-se entre os símbolos religiosos mais antigos da Humanidade, podendo ter existido em tempos paleolíticos. Para mais, estão distribuídos por todo o mundo. Ainda realçando os símbolos mandálicos individuais, ele considera que os mesmos significam o centro psíquico da personalidade, que não deve ser identificado com o ego. Como já vimos, esta identificação é com o self, fazendo Jung a distinção, como se sabe, entre ego e self.
Pelo já dito, temos que a mandala representa o equilíbrio entre o inconsciente e o self, sendo um símbolo do arquétipo do self. Assim, temos que enquanto o estado holotrópico representa a tendência consciente da totalidade, a mandala representa a passagem para a tendência inconsciente da totalidade.
Outro autor, Amit Goswami, em seu The Sel-Aware Universe ( 1995 ), propõe uma teoria da consciência, em que indica que é a consciência, e não os átomos, que é a realidade fundamental do mundo material. Ele considera que tudo é feito de consciência, em vez de tudo ser feito de átomos. Ele avança que se objectos quânticos são ondas que alargam a sua existência a mais do que um local, como a Física Quântica mostrou, então a consciência é o agente que foca as ondas de tal maneira que as possamos observar num local. Para ele, o processamento inconsciente não efectiva um colapso da função-onda quântica, circunscrevendo entidades quânticas a uma realidade. Desta maneira, o processamento inconsciente permite a expressão de fenómenos não-locais, considerando ele, não obstante, que é a consciência que permite observar as ondas quânticas num local.
Como se pode ver mais à frente, isto aproxima-se da minha ideia de um inconsciente cósmico relacionado com a compulsão à repetição, de material inconsciente tender a se manifestar de modo repetido, que se relaciona com as características não-locais e Universos repetidos ( considerando a hipótese de um Universo infinito ).
Noutra perspectiva, Rebecca Hardcastle, no seu livro Exoconsciousness – Your 21st Century Mind ( 2008 ), define exoconsciência como o estudo e as aplicações práticas das origens, dimensões e capacidades extraterrestres da consciência humana, focando nas relações entre humanos e extraterrestres, no que diz respeito à consciência, biologia e história, assim como aos potenciais humanos, galácticos e planetários. Dois dos seus pilares são a Física Quântica e a validade da experiência subjectiva. A sua abordagem holística é baseada em princípios quânticos de “ entanglement “ ( “ mistura “ ) e não-localidade. A consciência quântica é holográfica – interrelacionada e auto-organizada. Através do “ entanglement “, as partículas não-locais podem comunicar umas com as outras pela distância e tempo.
Repare-se que, enquanto para Goswami, a não-localidade estará mais relacionada com o inconsciente, tendo o consciente características mais locais, como já vimos, para Hardcastle a não-localidade está mais relacionada com o consciente.
Podemos relacionar isto com o já elaborado, acerca do estado holotrópico representar a tendência consciente da totalidade enquanto que a mandala representará a passagem para a tendência inconsciente da totalidade.
A minha contribuição, como se pode ver a seguir, acerca da compulsão à repetição, tendência de aspectos inconscientes se manifestarem repetidamente, estar relacionada com as características não-locais das partículas, ou estados quânticos em diferentes locais ao mesmo tempo, e com a possibilidade de Universos repetidos, num plausível Universo infinito, em que as características de não-localidade apoiam a noção de um inconsciente cósmico, a minha contribuição, dizia, é mais próxima da perspectiva de Amit Goswami, não deixando esse autor de considerar que é a consciência que permite focar as ondas quânticas num local.
Ainda em relação à exoconsciência, é de notar que ela refere-se também a uma inteligência psíquica que envolve a capacidade para identificar, receber, enviar e aplicar percepção extra-sensorial no campo quântico, para além dos cinco sentidos, com os propósitos de cognição, comunicação, criação e viajar. Esta inteligência psíquica compreende desempenho de capacidades extrassensoriais identificadas como paranormal e practicado por médiuns, psíquicos, shamans e practicantes de medicina energética assim como contactados extraterrestres. As capacidades psíquicas necessárias para a transição dos humanos para uma espécie exploradora do espaço, numa cultura galáctica, incluem telepatia, percepção extrassensorial, visualização remota, precognição e retrocognição.
A minha própria contribuição quanto à telepatia, como podemos ver, por exemplo, em Distinção entre heterotelepatia e autotelepatia ( Resende, 2011 ), propõe que a heterotelepatia, ou telepatia estrita de ser para ser, está relacionada com os campos alargados de consciência, propostos pela Psicologia Transpessoal, e que a autotelepatia, que será uma telepatia intergeracional e intraindividual associada aos inconscientes colectivo e pessoal, estará mais ligada ao que eu proponho serem campos alargados de inconsciência.
Ainda quanto à relação entre a psique e o Universo, no aspecto inconsciente, é de considerar a hipótese, avançada por alguns físicos, da possível infinitude do mesmo Universo, e a consequência de haver universos repetidos, já que há um número finito de arranjos dos átomos e moléculas do Universo. Isto leva-nos a pensar na compulsão à repetição, ou seja, a tendência para que o material do inconsciente se manifeste repetidamente.
Vejamos a definição de compulsão a repetição, no Vocabulário da Psicanálise, de Laplanche & Pontalis ( 1990 ). Temos, por um lado, ao nível da psicopatologia, um processo incoercível e de origem inconsciente, em que o indivíduo se coloca em situações penosas, repetindo experiências antigas, sem se recordar do protótipo. De um modo geral, temos um factor autónomo, irredutível a uma dinâmica conflitual onde intervém apenas o funcionamento conjugado do princípio do prazer e do princípio da realidade, caracterizando-se pelo carácter mais geral das pulsões, a sua característica conservadora. Ainda de modo geral, o recalcado procura “ retornar “ ao presente, sob a forma de sonhos, sintomas, de agir, em que o que permaneceu incompreendido retorna. Freud vê na compulsão à repetição o tipo de resistência próprio do inconsciente.
Continuando, em conjunto com as características de não-localidade, postulada pela Física, ou seja, as mesmas partículas estarem presentes em diferentes locais, leva-nos a pensar que a não-localidade também se caracteriza pela compulsão à repetição.
Os dois fenómenos referidos caracterizarão um inconsciente cósmico, que se caracteriza pela tendência de material repetido se manifestar.
Isto aponta para características fractais do Universo. Senão, vejamos.
Fractal é um conjunto matemático que tem uma dimensão fractal que normalmente excede a sua dimensão topológica, e pode cair entre os integrais. Os fractais são tipicamente padrões auto-semelhantes, onde auto-semelhante significa que são o mesmo longe e perto. Podem ser exactamente o mesmo em todas as escalas ou podem ser o mesmo em diferentes escalas. Será, pois, um padrão detalhado repetindo-se a si mesmo. É de referir que os fractais não estão limitados a padrões geométricos, pois podem descrever processos no tempo. Fractais aproximados encontrados na natureza exibem auto-semelhança por escalas extensas, mas finitas. Na natureza, podem ser encontrados em folhas, nuvens, redes de rios, cordilheiras montanhosas, crateras, relâmpagos, linhas costeiras, padrões de coloração animal, terramotos, flocos de neve, cristais, vasos sanguíneos e vasos pulmonares, ondas oceânicas, ADN e percepção psicológica subjectiva.
Ao nível do Universo, talvez possamos dar o exemplo da forma das galáxias e, no contexto do artigo, do inconsciente cósmico. Aquela percepção psicológica subjectiva estará relacionada com as ideias de Hardcastle, como já vimos, pela importância que ela atribui à validade da experiência subjectiva.
Pelo dito, isto aponta para uma fractalidade universal consciente e para uma fractalidade universal inconsciente.
Esta noção de um inconsciente cósmico, com compulsão à repetição, já definido, particularmente no âmbito da Teoria do Tudo em Psicologia, fará
corroborar a hipótese da infinitude do Universo.
Ainda é de referir a noção da Física actual, do efeito de observador, de observação ou de medição, ou seja, aquilo que observamos é sempre influenciado pelo observador, de onde os físicos concluírem que nós somos os nossos pensamentos, em particular, conscientes, devendo-se aqui realçar, para além da importância do consciente, da importância dos pensamentos inconscientes nessa influência no Universo e no moldar o Universo. Por exemplo, é de notar o aspecto do sentido em que se relaciona a epigenética com a perspectiva Lamarckiana e a perspectiva da hipótese Freudiana dos pensamentos inconscientes poderem modificar os órgãos ( Bowlby, 1998 ), associando este fenómeno também à perspectiva Lamarckiana. Esta é uma referência de como o inconsciente pode alterar o Universo considerado material, particularmente no contexto da epigenética, que se define a seguir. Ainda de nota, é a perspectiva de físicos e espirituais de que o amor terá frequências vibratórias, relacionadas com a teoria das cordas da Física, que influencia mais que as frequências vibratórias do medo e desesperança. Este fenómeno tem particular importância ao nível da influência nos genes, no ADN, em que a frequência vibratória do amor tem uma amplitude tal que toca em mais locais no ADN, ou seja, tem mais potencial de alterar o ADN, de que, por exemplo, a frequência vibratória do medo. O agora descrito estará relacionado, lá está, com a epigenética. Esta epigenética é o estudo de mudanças herdadas na expressão genética ou fenótipo celular, causadas por mecanismos que não a subjacente sequência de ADN. Pesquisas recentes, no campo da epigenética, vêm mostrando que os genes não são um programa fixo, pré-determinado, passando simplesmente de uma geração para a outra, mas que poderão ser activados e desactivados por experiências e ambiente. Para mais, estamos perante uma tendência Lamarckiana, ou uma passagem hereditária de características adquiridas durante a vida do indivíduo.
De realçar, também, que Richard Dawkins, no seu The God Delusion ( 2007 ), indica que ele considera, enquanto mais famoso biólogo evolutivo mundial, que a mente tem base na matéria, é uma manifestação da matéria, sendo uma perspectiva monista da mente. Ora, a conclusão da Física moderna é a de que não existe matéria, de que tudo não passa de frequências vibratórias de estados energéticos. Quanto a esta conclusão da Física, ver, por exemplo, Don’t stop your mind, de James Traitz ( 2003 ) e The Self- Aware Universe, de Amit Goswami, já referido, em que este autor indica que é a consciência, e não os átomos, que é a realidade fundamental do mundo material, em que ele considera, para mais, que tudo é feito de consciência em vez de tudo ser feito de átomos. Ver, ainda, físicos a falar em vídeo, no website do Youtube, em www.youtube.com/watch?v=qugielHWZXcM, www.youtube.com/watch?v=ByqY249bXKc ou então www.youtube.com/watch?v=gUyqfUut8IA. Ainda digno de nota, e contrariando a perspectiva de Dawkins, estão as experiências da consciência separar-se do corpo, como nas experiências de quase-morte, descritas, por exemplo, por Stanislav Grof, num seu livro, já referido anteriormente.
Continuando, para além da importância do consciente na percepção e moldar do Universo, já descrito, é de realçar a importância do inconsciente, tendo nós a noção de o inconsciente influenciar nos actos e consciência, o que pode ser percepcionado indirectamente através dos lapsos inconscientes, e, por exemplo, através da análise dos sonhos. Esta percepçãp indirecta referida pode ser uma boa maneira de ultrapassar o efeito de observador, já referido, e, por consequência, de estudar o Universo.
É de acentuar a importância do inconsciente no moldar do Universo e precaver-nos de cair numa perspectiva antropocêntrica, da suma importância do consciente, e de como podemos moldar o Universo conscientemente. Parece semelhante a uma era pré-Copérnico, e à história das ideias antes do estudo do inconsciente e de como este inflencia-nos, e aos nossos actos, e ao nosso consciente. Precisamente, as duas referências indicadas constituem duas das feridas narcísicas da Humanidade. Digo isto, pois parece que os físicos estão a acentuar demasiado a importância do consciente, e de não antever, como já disse, que esse mesmo consciente é bastante influenciado pelo inconsciente. Para além disso, o já indicado quanto ao inconsciente cósmico, quanto à compulsão à repetição se manifestar no Universo, e nas nossas mentes, aponta para a importância do inconsciente na percepção do Universo.
Dou agora três exemplos da influência do inconsciente na percepção do Universo e na influência no consciente e no efeito de medição, de observação. São exemplos baseados na culpabilidade inconsciente. Ilustrativamente, temos o chamado buraco negro, em vez de buraco preto, como no inglês black hole, e isto na língua portuguesa. Temos que o negro é aplicado particularmente a indivíduos humanos, e que, embora no inglês o black signifique a pessoa negra, também é indicativo de côr preta. É de ter em conta estas noções no contexto do passado colonialista, português, por exemplo, em que ocorreram genocídios e escravatura. Temos precisamente que preto é o pejorativo no tratamento de uma pessoa negra. Outro exemplo da influência do inconsciente no estudo do Universo, e, de certa maneira, de uma culpabilidade inconsciente associada à não ultrapassagem de uma certa ignorância, associada a uma posição extremamente positivista, de observação directa, relacionada à superioridade revisionista histórica da ciência do homem branco, é o considerar-se a designação de Via Láctea à nossa galáxia, quando é sabido que as estrelas não têm a côr branca, mas, supostamente na sua maioria, amarela ou alaranjada ( claro que em diferentes fases, como na terminal, de uma estrela, temos também a gigante vermelha e a anã branca, antes de se tornar estrela de neutrões ou buraco preto; mas não será isso que se pretenderá com a designação de Via Láctea, não sendo isso que se vê directamente no céu estrelado ). Temos mais certamente esta consideração nas bandeiras da antiga União Soviética, da China, de Angola, da União Europeia, ou de uma bandeira mais recente, Cabo Verde. Assim, em vez de Via Láctea, devia haver a consideração generalizada de uma designação como Via Dourada ou Via Áurea.
O exemplo final, de particular interesse, é o facto de a palavra planeta estar associada etimologicamente ao grego errante, ou seja, que planeta é aquele corpo que vagueia errando pelo espaço. Ora, sinónimo de errante é a palavra vagabundo, em que se pode dizer que o planeta vagabundeia pelo espaço. Mas vagabundo tem uma conotação bastante negativa nas sociedades contemporâneas, particularmente nas sociedades capitalistas, no âmbito do capitalismo global. Afigura-se-me, dadas as relações agora estabelecidas, que, inconscientemente, haverá uma diminuição narcísica ao nível da auto-estima, a nível planetário. Advém, então, que, ou será necessária a mudança da designação de planeta ou reabilitar fenómenos associados a vagabundo, como por exemplo, os sem-abrigo.
Finalizo, realçando a Teoria do Tudo em Psicologia, descrita inicialmente, para além da plausibilidade da existência de um inconsciente cósmico, pela relação das características do Universo, como a não-localidade, e a plausível repetição de Universos, num Universo infinito, com as características da mente humana, como a compulsão à repetição, ou seja, tendência de material inconsciente se manifestar repetidamente, e enquadrado nas descobertas da Física moderna da importância do consciente no moldar do Universo, realçando, dizia, também a importância do estudo da percepção inconsciente e dos lapsos inconscientes, na influência do inconsciente no consciente, e no sentido de uma percepção indirecta do Universo. Isto, na tentativa de lidar e, possivelmente, resolver o efeito de observador, ou seja, o efeito de que tudo o que estamos a observar estamos a influenciar.
Temos, para mais, o estudo da percepção inconsciente do Universo no alcance da realidade última, a nível mental, preconizada por Wilfred Bion ( Symington & Symington, 1999 ).
Bibliografia
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Grof, S. ( 2007 ). A psicologia do futuro. Via Óptima
Hardcastle, R. ( 2008 ). Exoconsciousness – Your 21st Century Mind. AuthorHouse
Jung, C. G. ( 1968 ( Coord. ). Man and his symbols. Dell Publishing
Jung, C. G. ( 1974 ). Dreams. Ark PaperBacks
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Laplanche, J. & Pontalis, J. B. ( 1990 ). Vocabulário da Psicanálise ( 7º edição ). Editorial Presença
Resende, S. ( 2011 ). Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia em www.psicologado.com ( proposto em 03/2011 )
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