Terça-feira, 30 de Abril de 2013

Características psicológicas da teleportação psíquica

Abordando o tema da teleportação, particularmente psíquica, destacam-se algumas características psicológicas que poderão estar associadas a esse fenómeno, como relação entre introjecção e projecção, e características psicológicas espaço-temporais associadas a diferentes condições de personalidade, com realce das unidades tempo-mentais e unidades espaço-mentais. De realce, é também a referência à utilização e manipulação de núcleos da personalidade, associados a traços de carácter. Antes destas incursões, refiro ainda contributos de outros autores na área da teleportação.

 

É de dizer, inicialmente, que a Humanidade já terá começado a abordar o fenómeno da teleportação, tecnologicamente, naquela experiência que é mais conhecida, associada ao fenómeno, o Projecto Filadélfia ou Projecto Arco-Íris, ou Philadelphia Experiment. O mesmo terá sido um projecto militar secreto dos Estados Unidos da América, realizado em 1943, no navio de guerra USS Eldridge. Alegadamente, um dos cientistas envolvidos no projecto foi o próprio Albert Einstein. O objectivo era tornar o navio invisível e teleportá-lo, dizendo alguns que a própria teleportação terá sido um efeito secundário do tornar o navio invisível. Depois de o navio ter ficado invisível e ter sido teleportado, havendo relatos de ter estado simultaneamente em diferentes locais, terão acontecido alguns efeitos aos tripulantes. Relata-se que vários tripulantes ficaram fundidos com o metal, ou seja, metal e homem no mesmo local, e que outros terão enlouquecido. Pode consultar-se o Website do YouTube, que contém vários vídeos sobre o assunto, dando eu o exemplo de um vídeo em particular com o endereço www.youtube.com/watch?v=ChjyCR8V2Bg. Realçando desta experiência, o aspecto das consequências a nível mental no ser humano, elaboro no presente artigo características psicológicas que poderão estar associadas à teleportação, particularmente para uma viagem saudável, ou mais saudável, na teleportação.

 

Indica-se, agora, um estudo da física da teleportação, no qual o autor, Eric Davis, se refere, entre outros conceitos, à teleportação psíquica. Este estudo, ou relatório, pode ser visualizado no endereço electrónico www.fas.org/sgp/eprint/teleport.pdf. O estudo, com o título Teleportation Physics Study, foi publicado em 2004 ( Davis, 2004 ).

 

O autor começa por dar cinco definições possíveis de teleportação. Na teleportação de ficção-científica, haverá o transporte desencarnado de pessoas e objectos inanimados através do espaço por meios tecnológicos avançados ( futuristas ). Dá-lhe o nome de teleportação – sf. Na teleportação – vm, ou por engenharia do vácuo ou métrica espaçotempo, há o transporte de pessoas ou objectos inanimados através do espaço alterando as propriedades do vácuo do espaçotempo ou alterando a métrica                  ( geometria ) do espaçotempo. Na teleportação por “ quantum entanglement “ ou        “ mistura “ quântica, designada por teleportação – q, há o transporte desencarnado do estado quântico de um sistema e suas correlações através do espaço para outro sistema, em que sistema se refere a qualquer unidade ou conjunto de partículas de matéria ou energia tais como bariões ( protões, neutrões, etc. ), leptões ( electrões, etc. ), fotões, átomos, iões, etc.. Na teleportação exótica ou teleportação – e, há o transporte de pessoas ou objectos inanimados através de dimensões espaciais extra ou de universos paralelos. Por último, temos a teleportação psíquica, ou teleportação – p, em que há o transporte de pessoas ou objectos inanimados por meios psíquicos.

 

Como é de ver, concentra-mo-nos agora apenas na teleportação psíquica, pela pertinência para o presente artigo.

 

Segundo Davis, a teleportação psíquica é uma forma de psicocinese, semelhante à telecinese, mas geralmente usada para designar o movimento de objectos ( aportes ) através de outros objectos físicos ou grandes distâncias. A telecinese é uma forma de psicocinese, que descreve o movimento de objectos estacionários sem o uso de qualquer força física conhecida. A psicocinese, em si, é essencialmente a influência directa da mente sobre a matéria sem qualquer instrumentação ou energia física intermediária conhecida.

 

Davis dá, de seguida, referências bibliográficas relativas a pesquisa feita e/ou documentada, de forma científica controlada rigorosamente, sobre psicocinese ou fenómenos psíquicos relacionados ( psi, paranormal ou parapsicologia ). Assim, as referências que ele dá são: Rhine ( 1970 ), Schmidt ( 1974 ), Mitchell ( 1974 a,b ), Swann ( 1974 ), Puthoff & Targ ( 1974, 1975 ), Hasted et al. ( 1975 ), Targ & Puthoff       ( 1977 ), Nash ( 1978 ), Shigemi et al. ( 1978 ), Hasted ( 1979 ), Houck ( 1984 a ), Wolman et al. ( 1986 ), Schmidt ( 1987 ), Alexander et al. ( 1990 ), Giroldini ( 1991 ), Gissurarsson ( 1992 ), Radin ( 1997 ), Tart et al. ( 2002 ), Schoup ( 2002 ) e Alexander      ( 2003 ).

 

O autor refere-se, ainda, ao programa de Visualização Remota, desenvolvida pelos Estados Unidos, e patrocinado por entidades governamentais, que terá decorrido entre  a década de 1970 e de 1990. Dizendo que a visualização remota envolve precognição e clarividência, adianta que o fenómeno da psicocinese também foi estudado nesse programa, em que, por exemplo, os sujeitos eram ensinados a dobrar especímenes metais apenas mentalmente, sem qualquer força física aplicada.

 

Terão havido investigações e experiências sobre a teleportação psíquica no séc. XIX e princípios do séc. XX, em que muitos casos terão sido estudados, tendo-se verificado que os casos eram devido a fraude, enquanto que apenas algumas das experiências eram rigorosamente controladas.

 

Os relatórios mais credíveis sobre teleportação psíquica e experiências relacionadas controladas terão ocorrido no final do séc. XX, nas referências bibliográficas já indicadas. Alguma desta investigação envolveu o psíquico Uri Geller. Davis refere-se às asserções de Uri Geller ( 1975 ) e de Ray Stanford ( 1974 ) acerca de terem sido teleportados em várias ocasiões, e ainda às investigações científicas de Vallee ( 1988, 1990, 1997 ) acerca de um pequeno número de relatórios credíveis de indivíduos que relataram terem sido teleportados para/e de OVNIs, durante um encontro imediato com um OVNI.

 

Eric Davis destaca ainda experiências laboratoriais, rigorosamente controladas e repetíveis, realizadas na China. Segundo ele, Shuhuang et al. ( 1981 ), publicaram na revista Nature Journal, um artigo  com o título “ Algumas experiências sobre a transferência de objectos desempenhada por capacidades inabituais do corpo  humano “, que relata que crianças dotadas causaram a aparente teleportação de pequenos objectos, de um local para outro, sem os tocar de antemão. Mais pesquisa na China terá sido feita, continua Davis, e publicada na Revista Chinesa de Ciência Somática ( Kongzhi et al., 1990; Jinggen et al., 1990; Banghui, 1990 ). Esta pesquisa adicional envolvia o gravar em vídeo e em fotografia de alta-velocidade a transferência de especímenes através das paredes e limites fechados de vários tipos de contentor. Utilizando crianças e jovens adultos dotados, com capacidade psicocinética, verificou-se a teleportação nos vários casos e que os especímenes utilizados ficavam completamente inalterados relativamente ao estado inicial, após a teleportação.

 

Os resultados destas experiências mostraram que: o tempo requerido para a teleportação variava entre fracções de segundo e vários minutos, a fotografia de alta-velocidade e a gravação em vídeo gravaram que, numa das séries de experiências, os especímenes misturavam-se fisicamente com as paredes do contentor, e que, noutras séries, os especímenes simplesmente desapareciam de dentro do contentor para reaparecer noutro local, e ainda que o micro-transmissor de rádio, utilizado nos especímenes, numa série de experiências, mostrava oscilar o sinal significativamente durante todo o processo de teleportação, o espécimen de teste e as barreiras do contentor, antes e depois, são objectos completamente sólidos, os psíquicos não podiam tocar ou ver os especímenes ou os contentores antes e depois da experiência, os resultados experimentais são todos repetíveis e que as condições para fraude e utilização das mãos foram totalmente eliminadas, havendo múltiplas testemunhas externas independentes garantindo a total fidelidade das experiências.

 

É indicado que os Chineses foram incapazes de oferecer qualquer hipótese física significativa para explicar os resultados. Alguns desses investigadores afirmaram que é necessário invocar uma nova física, unificando a consciência humana ( física da consciência ) com a física quântica e o espaçotempo, para compreender a teleportação psíquica e os fenómenos psicocinéticos relacionados.

 

Davis realça, ainda, a existência, durante a Guerra Fria, de relatórios governamentais sobre pesquisa parapsicológica da União Soviética, e dos seus aliados do Pacto de Varsóvia, dando as referências bibliográficas como sendo LaMothe ( 1972 ), Maire & LaMothe ( 1975 ) e Relatório DIA ( 1978 ). Os relatórios destacaram a pesquisa e desenvolvimento sobre psicotrónica, controlo humano mente/comportamento e todo o espectro da parapsicologia, na história da Rússia pré-revolucionária ( Czarista ), durante e após a 2ª Guerra Mundial da era Soviética. É ainda relatado que os Soviéticos retiraram muita pesquisa desta área, de inúmeros centros de pesquisa nazis, e utilizaram-na posteriormente para desenvolvê-la. Os Soviéticos e os seus aliados terão explorado uma tecnologia de influência a que eles designaram “ comportamento ofensivo controlado “ e definido como pesquisa na vulnerabilidade humana enquanto aplicada aos métodos de influenciar ou alterar comportamento humano. Destacam-se, ainda, as técnicas utilizadas pelos Soviéticos para influenciar o comportamento humano, como som, luz, côr, odores, privação sensorial, sono, campos electromagnéticos, bioquímicos, autossugestão, hipnose e fenómenos parapsicológicos, incluindo psicocinese, telecinese, percepcção extra-sensorial, projecção astral, clarividência, precognição, estado de dormir, etc.. Tendo em conta que a psicotrónica é o termo que era usado pelos soviéticos e aliados para categorizar estes fenómenos psíquicos, é de realçar que os relatórios governamentais, referidos, identificaram dentro da categoria da psicotrónica duas capacidades discretas: bioenergética, relacionada com a produção de efeitos objectivamente detectáveis, como psicocinese, telecinese, efeitos de levitação, transformações de energia, ou seja, alterando ou afectando a matéria, e bioinformação, relacionada com o obter de informação por outros meios que não os canais sensoriais normais ( P. E.-S. ), como telepatia, precognição e clarividência, isto é, usando a mente para abordar os pensamentos dos outros ou para adquirir informação presente ou futura sobre eventos objectivos no mundo.

 

Estes fenómenos envolverão usar a mente e/ou algum campo do corpo afectando outras mentes e objectos inanimados independentemente da distância ou tempo decorrido, e sem usar qualquer ferramenta. Bioenergética e bioinformação são duas classificações que formam um único ramo da ciência que os Soviéticos chamaram biocomunicações. A pesquisa de biocomunicações dos Soviéticos estava primariamente preocupada em explorar a existência de um grupo definido de fenómenos naturais controlados por leis não baseadas em qualquer influência               ( energética ) conhecida. Os tipos de fenómenos de biocomunicação incluem actividades biofísicas sensoriais especiais, controlo do corpo e da mente, comunicações telepáticas ou de bioinformação, emissões bioluminescentes e bioenergéticas e os efeitos dos estados alterados da consciência na psique humana.

 

Eric Davis ainda nos dá mais referências bibliográficas atestando a pesquisa científica factual por todo o mundo, atestando a realidade física da teleportação psíquica e fenómenos psi anómalos relacionados, como Mitchell ( 1974 b ), Targ & Puthoff             ( 1977 ), Nash ( 1978 ), Radin ( 1997 ) e Tart et al. ( 2002 ).

 

Já mais para o final do relatório, o autor diz-nos que a teoria da mecânica quântica, e a física relacionada de “ mistura “ quântica e teleportação quântica, têm sido o foco principal de todas as teorias físicas da consciência/psicotrónica, aconselhando, por exemplo, a leitura de Shan ( 2003 ).

Realça, pois, que a física da teleportação quântica terá imensa relevância para a física da teleportação psíquica e da psicotrónica, afastando-se , contudo, de a explicar dessa maneira, já que não haverá um consenso alargado sobre os fenómenos quânticos.

 

Ele ainda avança a hipótese, para explicar estes fenómenos, e baseada na geometria matemática, da existência de uma quarta dimensão espacial, como, por exemplo, a côr. Fala, em geral, em pensamentos de quarta dimensão, e de uma consciência de quarta dimensão. É para mais indicado que outra propriedade da geometria dimensional superior é que se pode passar por obstáculos tridimensionais sólidos sem os penetrar, passando na direcção da quarta dimensão ( espacial ), sendo esta perpendicular às tridimensionais, acontecendo, assim, que os fechamentos tridimensionais não têm paredes nesta direcção.

 

Embora o autor não o refira explicitamente, a hipótese que ele avança de uma quarta dimensão espacial estará enquadrada num dos tipos de teleportação que ele próprio define, como já vimos, que será a teleportação exótica.

 

Davis conclui que os resultados das experiências chinesas poderão ser explicados como um fenómeno da consciência humana que age para mover ou rotacionar os especímenes de teste através de uma quarta dimensão espacial, de maneira que os mesmos puderam penetrar as barreiras sólidas dos contentores sem fisicamente causar brechas. Diz ainda que não terá havido desmaterialização/rematerialização, e que os fenómenos relativos aos especímenes com o rádio-transmissor apenas revelarão que o desaparecimento do sinal indicou que o espécimen estava na quarta dimensão, e que o sinal fraco era indicativo do regresso da quarta dimensão para a terceira dimensão.

 

Eric Davis conclui, em geral, que será necessário uma nova teoria da física da consciência e da psicotrónica.

 

Neste contexto, refiram-se alguns artigos meus, em que tento relacionar características psicológicas com características físicas, particularmente com uma Teoria do Tudo em Psicologia, relacionada com a Teoria do Tudo em Física, com aspectos da Física e da Astrofísica, e com relação entre a psique e o Universo, e ainda artigos meus sobre a telepatia e as viagens no tempo.

 

Assim, em Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia ( Resende, 2011 ), relaciono características da Psicologia com características da Física. Começo por indicar a influência psicotizante dos sistemas solares, pela depressividade cíclica, no contexto da psicose maniaco-depressiva, envolvida na translacção da Terra em relação ao Sol, considerando o elemento depressígeno de amor dado não correspondido, ou pouco correspondido, pela diferença relativa da influência da estrela sobre o planeta e do planeta sobre o Sol. Ademais, o afastamento e aproximação das galáxias umas das outras remete-nos para uma angústia borderline de separação. Relaciona-se ainda a simetria da Física, proposta para a unificação das partículas e das forças fundamentais do Universo, com as características de simetria, implícitas na organização neurótica, genital, de, por exemplo, respeito pelo outro, capacidade de dádiva e de união afectiva, ou a reciprocidade e a cooperação.

 

Em Segundo complemento a Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia: correlatos politico-económicos ( Resende, 2012 ), avanço com os correlatos politico-económicos relativos ao Capitalismo, no âmbito do Capitalismo global, pela existência cíclica de euforias, nas bolhas económicas especulativas, e de depressões económicas, relativamente ao enquadramento maniaco-depressivo indicado no artigo anteriormente referido, de que este agora enunciado é um segundo complemento.

 

Em Teoria do Tudo em Psicologia: a caminho do Todo ( Resende, 2012 ), e continuando o estabelecimento de relações entre características psicológicas e físicas, dir-se-à que há um paralelo, entre o que caracteriza a depressão, com introjecções maciças, e o buraco negro, com a sua absorção maciça de matéria e energia. Tendo em conta que, segundo a Física, pelo menos a maior parte das galáxias têm um buraco negro no centro, estabelece-se um sentido a caminho do Todo. Assim, o buraco negro, no centro das galáxias, se reportará à depressão original, que se relacionará com o útero materno. De seguida, estabelecer-se-ão em relação às galáxias o mesmo processo, já descrito, que em relação aos sistemas solares, ou seja, que têm um efeito psicotizante. Isto pelas diferenças relativas de efeitos gravitacionais, e outros, de galáxias maiores sobre galáxias mais pequenas, e vice-versa. Tem-se, ainda, a consideração clínica do borderline enquanto personalidade em mosaico, com compartimentos estanques na personalidade, estabelecendo-se um paralelo com o multiverso, ou vários universos, postulado pela Física. Seguidamente, numa evolução progressiva, relaciona-se o multiverso com características neuróticas, particularmente obsessivas. Realçam-se mecanismos de defesa tipicamente obsessivos, no caso, o isolamento do afecto e a formação reactiva, sendo esta a manifestação de sentimentos contrários àquilo que o indivíduo realmente sente. Assim, o isolamento dirá respeito ao isolamento de cada universo em relação a outros, no multiverso, enquanto que a formação reactiva é reminiscente da relação entre matéria e anti-matéria. Isto implicaria, psicofisicamente, que cada Universo de matéria é cercado contiguamente por universos de anti-matéria.

 

No artigo Teoria do Tudo em Psicologia: a caminho dos mundos paralelos em Física       ( Resende, 2012 ), e relacionando características psicológicas com características físicas, tem-se a questão dos mundos paralelos. Pressupõem-se determinadas capacidades psicológicas e desenvolvimento mental para viajar entre mundos paralelos. Faz-se referência ao não-seio, conceito psicanalítico enquanto potenciador do pensamento, que nos leva a pensar em ausência e no facto desta estar implícita naquela capacidade de viajar. Refere-se ainda o não, enquanto importante organizador psíquico, que nos leva a pensar em rejeição. Temos, então, que para viajar entre mundos paralelos, teremos que trabalhar a ausência e a rejeição psicológicas no viajante. Transpondo da Psicologia para a Física, teremos que a ausência e a rejeição remetem-nos para o conceito de anti-matéria. A ausência faz-nos lembrar da ausência de anti-matéria no mundo material universal e a rejeição faz-nos lembrar a natureza repulsiva da matéria em relação à anti-matéria. Nesse sentido, uma máquina para transportar o viajante entre mundos paralelos terá que ter em conta a anti-matéria e a matéria. Sumarizando, dir-se-à que para uma viagem mais saudável psicologicamente, haverá a necessidade de numa eventual máquina haver a existência de um mecanismo atómico implosivo, ideia que é apoiada pelo conhecido físico Michio Kaku, transformando matéria em anti-matéria, enquanto que relacionado com a ausência referida, o viajante dever-se-à caracterizar por bastante constância objectal, e no que no que diz respeito à rejeição, o indivíduo não deverá padecer de angústia de separação, ou seja, não dever-se-à constituir enquanto borderline.

 

Já noutro artigo, Teoria do Tudo em Psicologia e as forças fundamentais do Universo    ( Resende, 2012 ), relaciono as características de melhor lide claustrofóbica do obsessivo  com as forças nucleares forte e fraca, as características de melhor lide agorafóbica do histérico com a nuvem electrónica, à volta do núcleo, as características do deprimido, de abatimento, com a gravidade, as características do psicótico, como a denegação da realidade, a projecção maciça, a despersonalização, a desrealização, a fuga e o roubo do pensamento, com as características não-locais das partículas e, ainda, as características do borderline, com duas organizações de personalidade simultaneamente, com as características do bosão de Higgs, supostamente unificador das partículas elementares, permitindo às mesmas estarem no mesmo local, no mesmo estado quântico.

 

Quanto à viagem no tempo, considere-se o meu artigo Exploração cósmica e viagens no tempo e suas relações com a histeria e a obsessão ( Resende, 2010 ). Tendo a noção dos psemes enquanto unidades psicológicas de transmissão intergeracional, constituídos enquanto complexos inconscientes, e dos psitrões enquanto partículas psicológicas que subjazem os psemes, dir-se-à que a histeria é caracterizada por psitrões curtos, pela tendência para a satisfação imediata, que estarão associados à memória curta, daí o recalcamento histérico, e que a obsessão é caracterizada por psitrões longos, pela tendência para o adiamento da satisfação, relacionado com o juízo de condenação, que estarão associados à memória a médio e a longo prazo. Assim, os viajantes no tempo histéricos deverão fazer apenas viagens temporais de curto alcance, enquanto que os viajantes no tempo obsessivos poderão fazer viagens de longo alcance, não sendo aconselhável fazê-las de curto alcance.

 

Baseado nestas ideias dos psitrões curtos do histérico e dos psitrões longos do obsessivo, indico, em A telepatia e suas relações com os psitrões enquanto base dos psemes ( Resende, 2011 ), que o telepata obsessivo se caracterizará por características telepáticas de maior alcance, com provável maior distância e intensidade, e que o telepata histérico terá características telepáticas de menor alcance, de menor distância e intensidade. Considerando a histeria mais tipicamente feminina e a obsessão mais tipicamente masculina, haverão correlatos filogenéticos quanto a estas diferenciações quanto aos psitrões. Ainda refiro que com materiais de contacto, de aproximação, o telepata histérico funciona melhor, e que sem esses materiais, mais estritamente de ser para ser, será o telepata obsessivo a funcionar melhor.

 

Já em Características psitrónicas dos inconscientes colectivo e pessoal: a autotelepatia  ( Resende, 2011 ), volta-se às questões filogenéticas de maior alcance psemético dos psitrões longos no obsessivo, tipicamente masculino, para indicar que o inconsciente colectivo, que se constituirá enquanto vestígios de experiências passadas da Humanidade, e particularmente pelas questões associadas à memória a longo prazo, se caracterizará por uma espécie de autotelepatia, em que cada indivíduo contribuirá para a memória colectiva, através destes movimentos autotelepáticos. Abordam-se ainda aspectos, como reflexão sobre o passado e planeamento do futuro, relativos aos movimentos psíquicos, psitrónicos autotelepáticos, para o passado e para o futuro, que explicarão, em boa medida, os fenómenos das premonições e dos déjà vu. Em termos de arquétipos, esta autotelepatia também poderá explicar porque é que determinados arquétipos sejam mais fortes nuns indivíduos do que em outros. Considerando os arquétipos enquanto propensões psíquicas, como Jung o fez, tendências probabilísticas, os movimentos autotelepáticos funcionarão como actualizadores das tendências, em que uma determinada propensão é mais privilegiada do que outra. Fazem-se, ainda, os mesmos considerandos, mas mais ao nível de uma memória média, para o inconsciente pessoal.

 

No artigo Distinção entre heterotelepatia e autotelepatia ( Resende, 2011 ), em que distingo a heterotelepatia, ou telepatia de ser para ser, e a autotelepatia, ou telepatia intraindividual, e também individuo-colectivo, abordo a noção de campos alargados, da Psicologia Transpessoal. Começo por indicar que as descrições autotelepáticas são reminiscentes de quando se fala de experiências de vidas passadas, que se conseguem alcançar, por exemplo, através de hipnose regressiva, estando nós a falar, portanto, do fenómeno da reencarnação. Continuo por equiparar a telepatia ao estado holotrópico, tal como considerado por Stanislav Grof, que o define como um estado alterado de consciência que se caracteriza por ir na direcção da totalidade. Sendo esta noção da Psicologia Transpessoal, aborda-se outra noção desta área para melhor caracterizar a telepatia, que são os campos alargados de consciência, enquanto estado alterado da mesma. Assim, a heterotelepatia caracterizar-se-à por estes campos alargados de consciência, propondo eu que a autotelepatia se caraterizará por campos alargados de inconsciência, em que, portanto, a heterotelepatia estará relacionada com a consciência e a autotelepatia estará relacionada com a inconsciência.

 

Ainda são de realçar os meus artigos O consciente e o inconsciente cósmicos                  (  Resende, 2013 ) e Padrões e diferenciações egóicas multiversais ( Resende, 2013 ).

 

No primeiro deles, são de referir o estado holotrópico, ou estado alterado da consciência que se caracteriza por ir na direcção da totalidade, conceito da Psicologia Transpessoal, e a mandala, símbolo do arquétipo do self, considerada por Jung, que representa o equilíbrio entre o inconsciente e o self. Resumidamente, temos que enquanto o estado holotrópico representa a tendência consciente da totalidade, a mandala representa a passagem para a tendência inconsciente da totalidade. Destacam-se ainda os autores Amit Goswami e Rebecca Hardcastle, que realçam a relação do consciente e do inconsciente com a não-localidade, postulada pela Física, em que para o primeiro a não-localidade estará mais relacionada com o inconsciente, com o consciente com características mais locais, enquanto que para a segunda a não-localidade está mais relacionada com o consciente. Ainda para Goswami, ele considera que tudo é feito de consciência, em vez de tudo ser feito de átomos.

Ainda no artigo do consciente e do inconsciente cósmicos, para além de artigos meus, já mencionados, apontando para relação entre características psíquicas e características do Universo, aponta-se, também, na relação entre a psique e o Universo, a hipótese, avançada por alguns físicos, da possível infinitude do Universo, e a consequência de haver Universos repetidos, já que há um número finito de arranjos dos átomos e moléculas do Universo. Ora, isto levou-me a pensar na compulsão à repetição, ou seja, a tendência para que o material do inconsciente se manifeste repetidamente. Continuando, considerando as características de não-localidade, postulada pela Física, ou seja, as mesmas partículas estarem presentes em diferentes locais, leva-me a pensar que a não-localidade também se caracteriza pela compulsão à repetição. Os fenómenos referidos caracterizarão um inconsciente cósmico, que se caracterizará pela tendência de material repetido se manifestar, o que aponta para características fractais do Universo.

Para mais, e na tentativa de lidar e, possivelmente, resolver o efeito de observador, ou seja, o efeito de que tudo o que estamos a observar estamos a influenciar, destaco a importância do estudo da percepção inconsciente e dos lapsos inconscientes, na influência do inconsciente no consciente, e no sentido de uma percepção indirecta do Universo.

 

Quanto às características egóicas multiversais, mais quanto ao segundo artigo referido, e na sequência da hipótese do Universo infinito, já referida, e dos Universos repetidos, proponho a existência de eus repetidos, com gradações em relação aos diferentes eus. Temos a hipótese que as diferentes gradações sigam matematicamente uma curva normal de Gauss, com a maioria dos elementos mais padronizados, a nível mediano, e com o diminuir para o extremo inferior e superior. Quanto à plausibilidade da fractalidade do consciente e inconsciente cósmicos, indicada no artigo anterior, a mesma leva a que o psiquismo humano, com seus padrões psicológicos, ao nível do consciente e do inconsciente, se auto-repita ao nível dos eus no multiverso. Leva-nos, então, a pensar num inconsciente cósmico colectivo. Hipotetiza-se ainda que a diferenciação egóica multiversal se assemelhe ao grau de diferenciação dos elementos do Universo, como as poeiras, estrelas, planetas, etc.. Dada aquela padronização, já referida, teríamos a maioria dos elementos egóicos mais próximos ao nível atómico mais simples, havendo uma tendência para o extremo inferior e superior aproximarem-se do sub-atómico e dos elementos  mais pesados, ou supra-atómico. Haveria uma tendência para a existência multi-dimensional do universo, em que tendo em conta a auto-repetição egóica em diferentes dimensões, hipotetiza-se que o que seria variável, e caracterizaria a diferenciação, seria o tempo, ou seja, egos semelhantes em diferentes tempos. Apoiando esta ideia, temos o avançado por Paul Davies, em Como construir uma máquina do tempo, como referenciado no artigo em questão, onde ele considera que não há um “ agora “ universal, e que o tempo num lugar longínquo poderá ocupar o que entendemos como passado e futuro. Indica, pois, que é errado pensar apenas no presente como real em todo o cosmos.

 

Assim, relativamente aos fenómenos psicocinéticos, e fenomenologia associada, interessará saber que tipo de personalidade  se está a abordar, importando também distinguir quanto aos fenómenos conscientes e inconscientes.

 

Continuando, mais sobre a teleportação, refira-se, agora, o hipnoterapeuta Bruce Goldberg, que distingue teleportação da experiência fora-do-corpo. Ele indica que, nesta última, a alma deixa o corpo físico e vai para o plano astral. Já na teleportação, o corpo gradual e lentamente desaparece, em que nada mais no ambiente será alterado. Podendo esta informação ser visualizada no endereço de internet www.coasttocoastam.com/show/2011/07/07, ele ainda refere que na teleportação há uma energia aumentada vibrando à volta do corpo físico, espiralando para cima, surgindo um som no topo da cabeça. Dá, aqui, dois exemplos acontecidos. Num incidente, uma mulher foi ejectada do carro, ficando deitada na estrada. Ela utilizou a sugestão pós-hipnótica de Goldberg para teleportar-se em segurança para a sua sala, enquanto os condutores na estrada relataram que viram o corpo dela desaparecer. Já um caso de princípio do séc. XX, envolveu dois irmãos de Bolonha, Itália, de quem era dito que podiam teleportar-se para vários locais na cidade. Para testá-los, um bispo fechou-os no quarto deles, e mesmo com estas precauções os rapazes desapareceram em minutos.

 

Mas exponha-se mais em pormenor as ideias e experiência de Goldberg, enquanto hipnoterapeuta, que podem ser encontradas no artigo dele What is teleportation?, que pode ser visualizado no próprio website dele, com o endereço www.drbrucegoldberg.com/Teleportation2.htm.

 

Ele define teleportação como o processo de fisicamente relocalizar o corpo de um sítio para outro sem o tocar, ou sem usar qualquer mecanismo mecânico, em que na verdadeira teleportação o corpo físico desmaterializa ( desaparece ) de um local e subsequentemente rematerializa-se ( reaparece ) num local diferente, num instante.

 

Este processo também pode ser usado para viagens no tempo. Baseado no seu livro Time travelers from our future, ele indica que os primeiros viajantes no tempo, do séc. XXXI até finais do séc. XXXIV, necessitavam de algum tipo de nave para viajar para trás no tempo, sendo durante o séc. XXXV que as técnicas de teleportação serão desenvolvidas, não sendo mais precisas naves.

 

Voltando à distinção relativamente à experiência fora-do-corpo, ele indica que nesta há um movimento da alma ou subconsciente ( radiação electromagnética ) de um local ou dimensão para outro, enquanto que na teleportação todo o corpo físico é relocalizado.

Importantemente, ele diz que podemos experienciar teleportação durante o sonho. Difere dos sonhos normais ou dos sonhos lúcidos, no sentido em que o corpo fisicamente deixa a cama e viaja para outro local numa dimensão diferente.

 

Goldberg distingue três tipos de teleportação: teleportação espontânea, teleportação dirigida durante o dormir e teleportação dirigida conscientemente. Na espontânea, ele refere a experiência mais comum de se fazer uma coisa que se fez muitas vezes mas sentir por um momento que se esteve noutro local. Outra possibilidade é estar a andar na rua ou a correr, e perceber que se está muito mais longe da origem do que seria possível no período de tempo em questão. Naquela teleportação dirigida durante o dormir, a experiência difere de sonhos normais ou dos sonhos lúcidos, no sentido em que não se é confrontado com símbolos ou acontecer meramente o subconsciente ser transportado para o mundo dos sonhos. Acontece que o corpo físico é fisicamente relocalizado para o plano astral ou outra dimensão. Esta memória de um teleportação verdadeira é clara e acompanhada de lembranças de sensações físicas. Na teleportação conscientemente dirigida, acontecerá que no princípio há a deslocação para sítios longe do objectivo. Este baixo nível de precisão melhora dramaticamente com práctica regular. Goldberg diz ainda que viajando o corpo à velocidade da luz, a distância não tem grande significado.

 

De seguida, o autor descreve recomendações para uma experiência de teleportação bem sucedida. Assim, ele aconselha a focar a mente e bloquear todas as outras distracções, dizendo ainda que apenas as crenças limitadas evitarão com que o sujeito experiencie esta forma única de viajar. O corpo deverá estar bem descansado, sendo a melhor altura, para teleportação, a noite. Isto, porque já que o corpo faz muitas teleportações espontâneas durante o sonho, a noite será o melhor ambiente e altura para o teleportador aprendiz. Recomenda, ainda, o sujeito teleportar-se para sítios escondidos para evitar chocar outras pessoas quando há a materialização em frente a elas. Agir sempre como já se se estivesse no local desejado ao praticar a teleportação. Ainda, ver-se a si mesmo como se se estivesse a ver este novo local de dentro do corpo ( perspectiva de primeira pessoa ) e não como num sonho ou filme. Garantir que se vê e sente o próprio no novo local. Outra recomendação é não prender a respiração, durante a teleportação, já que há alguma tendência para isso, devendo-se respirar conscientemente com inalações lentas e profundas. Isto, particularmente por a teleportação ser uma actividade mental, não se devendo privar as células cerebrais do oxigénio preciso. Haverá sensação de cabeça leve, com uma sensação em espiral para cima. Ocasionalmente, as pessoas relatam náusea durante as fases iniciais da relocalização. Isto desaparecerá rapidamente, diz o autor, podendo ser prevenido por uma respiração adequada. Há ainda relatos de sensações sexuais no corpo e ainda de uma dureza entre as sobrancelhas. A percepção do local desejado aparecerá como se estivesse a vê-lo através do buraco da fechadura, o que desaparecerá com a práctica. Afirmar sempre claramente a intenção de viajar para determinado local ou visitar algum indivíduo. Não se deverá implicitar que este desejo pode falhar, mas sim fazer uma declaração, diz Goldberg, de uma alma com crescente poder que está confiante em suceder na aventura.

 

Ele termina o artigo, dizendo que o sujeito deve sempre confiar em si próprio e no seu self elevado, reconhecendo a sua própria capacidade de teleportação para qualquer lugar no Universo ou para qualquer outra dimensão.

 

Realço, em particular, destas descrições, o facto de que se deve agir sempre como já se se estivesse no local desejado ao praticar a teleportação, na sua relação com a minha contribuição para este tema, em especial, como se pode ver mais à frente, o desejo inicial de teleportação, associado, precisamente, a uma fase inicial projectiva, implícita nesse desejo, para depois, no âmbito de um introprojecto, passar-se a uma introjecção e a uma posterior nova projecção.

 

Considere-se, pois, que a teleportação psíquica, do próprio indivíduo, caracterizar-se-à por uma desintegração psíquica com posterior reintegração psíquica, realçando-se que agora nos referiremos à teleportação do próprio indivíduo, como nos casos referidos anteriormente de Uri Geller e Ray Stanford, os relativos à ovnilogia, ou os relatados por Bruce Goldberg, estando-se mais no contexto das descrições deste autor.

 

Como em A contemplação meditativa enquanto resultante das posições modificadas de Melanie Klein e da posição castrativa ( Resende, 2013 ), considero que o obsessivo, através do juízo de condenação, adia a gratificação, levando à meditação, e à integração da introjecção e da projecção, num introprojecto, isto leva-nos a considerar que, dado que esta integração é mais evoluída, a teleportação é caracterizada por este introprojecto, caracterizando-se, pois, por uma espécie de transe meditativo.

 

Temos, então, que para uma viagem psicologicamente mais saudável na teleportação, deverá haver uma introjecção e depois uma projecção, com uma fase inicial projectiva, que está presente no desejo inicial de teleportar-se. Após a fase inicial, introjecção, pela necessidade de desintegração, e projecção, pela necessidade ulterior de reintegração.

 

Tenha-se em conta, agora, o artigo Relações espaço-temporais dos psemes e psitrões no contexto exopsicológico e da Teoria do Tudo em Psicologia ( Resende, 2012 ), no sentido em que há uma escala de utilização dos psemes, enquanto unidades psicológicas de transmissão intergeracional, do maníaco ao deprimido, em que se vai da maior utilização das unidades tempo-mentais até à menor utilização das unidades tempo-mentais, passando pelo histérico e pelo obsessivo, indo-se da aceleração temporal do maníaco à lentificação temporal do deprimido, em que neste há menor progressão espacial por utilizar muitas unidades espaço-mentais. Conclui-se que quanto mais unidades tempo-mentais são utilizadas menos unidades espaço-mentais são utilizadas, e vice-versa, havendo correlação inversa entre unidades tempo-mentais e unidades espaço-mentais, realçando-se que na Física considera-se que o espaço e o tempo têm sinais opostos, como Richard Gott III refere, no contexto das viagens no tempo para o futuro, no seu livro Viagens no tempo no Universo de Einstein ( 2001 ).

 

Assim, o deprimido utiliza menos unidades tempo-mentais e mais unidades espaço-mentais, em que, nesse caso, haverá a necessidade de menor utilização de unidades espaço-mentais.

 

Será neste contexto, e em transe meditativo, que surge a projecção inicial, do desejo de teleportação, já que há um enquadramento psicológico de menor deslocação física em si, o que promoverá o fenómeno da teleportação propriamente dito.

 

Continuando, dado que em A posição castrativa como complemento das posições modificadas de Melanie Klein ( Resende, 2010 ), considero que, inicialmente, a posição esquizo-paranóide se caracteriza mais pela introjecção, e que a posição depressiva se caracteriza mais pela projecção, consentaneamente com a perspectiva teórica das relações de objecto internalizadas, com o bebé inicialmente enquanto continente  e a mãe enquanto originadora de conteúdos, uma perspectiva micro-sociológica ao invés da perspectiva psicogenética de Klein, há que considerar, dizia, o artigo das Relações espaço-temporais, já indicado. Isto, para referir que, na teleportação, há a passagem regressiva transitiva da fase borderline depressiva, caracterizada pela projecção, no deprimido, com utilização de menos unidades tempo-mentais e mais unidades espaço-mentais, já que há uma menor necessidade de expandir espacialmente, o que se verifica pelas dificuldades psicológicas de deprimido sentidas em deslocar-se espacialmente, para a fase psicótica, dizia, caracterizada pela introjecção.

 

A fase introjectiva considerada estará associada à inveja do clitóris, como se pode ver em A inveja do pénis e a inveja do clitóris e suas implicações políticas ( Resende,    2010 ), em que a mesma inveja se caracteriza por uma tentativa de diminuição narcísica, na comparação pénis-clitóris. Esta tentativa de diminuição narcísica pode ser melhor acompanhada em Aspectos criativos e evolutivos da inveja do clitóris                  ( Resende, 2010 ), Exemplos específicos das características subcompensatórias do homem derivadas da inveja do clitóris ( Resende, 2010 ) e em O poder criativo e as características subcompensatórias do homem derivadas da inveja do clitóris: culpabilidade fálica ( Resende, 2013 ).

Há um aspecto subcompensatório associado à inveja do clitóris, com realce para a tentativa de diminuição narcísica do homem relativa ao sentimento de superioridade sentido na comparação pénis-clitóris, tentativa essa que surgirá por culpabilidade fálica, sendo esta relativa aos sentimentos sobrecompensatórios associados ao sentimento de superioridade sentido pelo homem na comparação pénis-clitóris, como se pode ver no artigo do poder criativo e culpabilidade fálica, referido anteriormente. Isto está enquadrado por motivos filogenéticos, num sistema de equilibração evolutivo em relação às características sobrecompensatórias associadas à inveja do pénis, tipicamente sentida pela mulher. A subcompensação estará associada a sentimentos de hetero-reparação narcísica, ou reparação narcísica do outro, particularmente no âmbito do sistema de equilibração referido.

 

Podemos associar este aspecto subcompensatório da inveja do clitóris à renunciação das identidades, anunciada por um espiritualista oriental, indiano, no caso, Paramahamsa Nithyananda, no contexto dos arquivos akashicos, ou akashic records, como caminho para atingir o Enlightenment, ou, como eu traduzo, o Esclarecimento. Pode ser acompanhado o canal de Nithyananda no website do Youtube, com o nome de LifeBlissFoundation.

 

Assim, temos, na teleportação, a subcompensação narcísica, com tentativa de diminuição narcísica, associada à inveja do clitóris, associada à renunciação da identidade, num sentido psicológico e espiritual mais evoluído, para atingir o Esclarecimento, e, no contexto, a teleportação.

Só depois surgirá nova fase projectiva, já que terá que haver uma reintegração noutro local, em que da fase introjectiva psicótica terá que haver a passagem para a fase projectiva depressiva, e em que haverá a passagem inversa do deprimido ao maníaco, como já se disse, em que passa-se da menor necessidade espaço-mental do deprimido até à maior necessidade espaço-mental do maníaco.

 

Como se compreenderá, também haverá a passagem da inveja do clitóris à inveja do pénis, passagem da subcompensação narcísica à sobrecompensação narcísica, e isto para uma viagem mais saudável na teleportação.

 

Em relação àquelas passagens, ida e volta, do maníaco ao deprimido, passando pelo histérico e obsessivo, e vice-versa, interessará referir-mo-nos a núcleos de personalidade, tal como podemos propor aqui como intervindo no fenómeno da teleportação. Teríamos, pois, no mesmo indivíduo, e personalidade, do indivíduo a teleportar-se, núcleos de personalidade com um núcleo maníaco, um histérico, um obsessivo e um deprimido, no contexto deste artigo. Estes núcleos aproximar-se-iam do conceito relativamente conhecido de traços de carácter, que existirão no âmbito de uma estrutura de personalidade, como a neurótica e a psicótica, ou na organização-limite, enquadramento este que poderá ser visto, por exemplo, no livro de Jean Bergeret, A personalidade normal e patológica ( 1997 ). Como esse autor indica, poderá haver, por exemplo, uma estrutura psicótica de personalidade com traços de carácter obsessivos. Estes serão os traços de carácter estruturais, sendo elementos estruturais isolados não dependentes da estrutura de base do sujeito. Também há os traços de carácter pulsionais, que serão a base para os estruturais. Os traços de carácter pulsionais dividem-se em traços de carácter libidinais e traços de carácter agressivos. Temos nos primeiros, os traços orais, anais, uretrais, fálicos e genitais, e nos segundos, os traços sádicos, masoquistas e autopunitivos.

 

Assim, no contexto da teleportação, é como se fossem utilizadas técnicas de manipulação de diferentes tipos de traços de carácter, dos núcleos referidos, portanto.

 

Deste modo, na teleportação, teremos uma pré-fase maníaco-depressiva, em que da mania à depressão, passar-se-à por traços fálicos, associados ao histerismo, e por traços anais, associados à obsessão, em que chegamos à fase deprimida, em que devido àquela projecção inicial requerida, teremos a utilização de traços falico-depressivos. Na sequência, em que chegamos à introjecção na fase psicótica, enquadrada na psicose maníaco-depressiva, teremos a manipulação de traços orais, associados a características incorporativas. Nesta fase, devido àquela diminuição narcísica requerida e à renúncia de identidade, referidas, estaremos a falar aqui da manipulação de traços de carácter agressivos autopunitivos. Posteriormente, a caminho da reintegração, teremos o caminho inverso, passando pelos traços anais, traços fálicos, quer histéricos quer depressivos, que caracterizarão a projecção nesta fase, chegando à reintegração, que será sobremaneira conseguida pela manipulação  de traços de carácter genitais, que se caracterizam pela integração, particularmente egóica mas também das diferentes pulsões.

 

É de destacar, aqui, que no artigo das Relações espaço-temporais, já referido, associo o histerismo ao capitalismo, e ao seu extremo, o expansionismo imperialista, pelo tipo de sociedades capitalistas histéricas, indicando que o histérico utiliza bastantes unidades tempo-mentais, daí o tempo passar rápido, e menos unidades espaço-mentais vai tendo. A associação é feita, precisamente, devido à necessidade de unidades espaço-mentais. Relaciona-se, também, em termos de efeitos psicológicos, o comunismo, associado à Revolução Russa, e ao facto de a União Soviética ter sido, e de a Rússia ser, de longe, o maior país do planeta, com, dizia eu, as características do obsessivo de utilizar bastantes unidades espaço-mentais, utilizando menos unidades tempo-mentais, considerando-se, claro está, o comunismo enquanto sistema mais obsessivo. Haverá, então, necessidade de unidades tempo-mentais, que se relacionará com a necessidade de imortalidade simbólica, e com o facto de o obsessivo ser tendencialmente masculino, e de, predominantemente, as obras científicas e culturais que foram sendo deixadas serem precisamente de homens.

 

Mais se adianta que, nesse mesmo artigo, faço referência ao artigo das forças fundamentais do Universo, já anteriormente indicado, para se relacionar o histerismo, o expansionismo, particularmente espacial e as trocas habituais de electrões entre os átomos, relacionando-se, ainda, a necessidade de unidades tempo-mentais, no obsessivo, com os neutrões e protões do núcleo, pressupondo-se, pois, relação mais estrita entre tempo e núcleo atómico.

 

Num aparte, poderemos associar a relação entre tempo e núcleo atómico com o fenómeno das estrelas de neutrões, que, estando em rotação, são chamadas de pulsares. Sendo a estrela de neutrões um dos fins possíveis para uma estrela, temos, pois, estrelas compostas por neutrões, uma das partículas subatómicas do núcleo, que enquanto pulsares constituem fontes de rádio que piscam intermitentemente com uma frequência constante. É esta constância da frequência que faz realçar as características temporais das estrelas de neutrões, neutrões estes, pois, enquanto partículas do núcleo atómico. A referência à constância da frequência intermitente das estrelas de neutrões, enquanto pulsares, pode ser visualizada em imagine.gsfc.nasa.gov/docs/science/know_l1/pulsars.html, uma página de internet da Agência Espacial Estado-Unidense NASA.

 

Continuando, no contexto do presente artigo, o dito leva-nos a considerar que quando há a passagem do maníaco ao deprimido, passando pelo histérico e pelo obsessivo, há uma primazia inicial da manipulação de características espaciais para depois haver uma primazia de características temporais, e que na fase inversa, a primazia vai das características temporais às espaciais.

 

É só coerente que o início de um processo de teleportação de um sítio para outro passe pela manipulação inicial de características espaciais, fálico-espaciais, tendo nós em conta, contudo, a teleportação na viagem no tempo, como referenciado por Bruce Goldberg, já referido, em que se acentuará a manipulação inicial de características temporais obsessivas, analo-temporais.

 

Assim, num processso de teleportação primariamente espacial, teremos a primazia da manipulação inicial de características histerico-espaciais, enquanto que num processo de teleportação primariamente temporal, teremos a primazia da manipulação inicial de características obsessivo-temporais.

 

Se se pensar num processo integrativo espaço-temporal, teremos a integração de características fálicas e anais, tendo nós, pois, a primazia da manipulação inicial de características falico-anais.

 

Serão estas, pois, as características dos diferentes núcleos no indivíduo, no contexto da teleportação, em que, pelo dito, na fase final de reintegração, que eu associo no artigo à mania, teremos como que um indivíduo se caracterizando por aspectos maníacos, que serão, particularmente, no contexto, de megalomania, ou estando num estado megalomaníaco, pressupondo-se que, quer no início quer no fim, seja um estado transitório. Este estado megalomaníaco estará associado ao facto psicológico da capacidade ou poder do indivíduo em se conseguir teleportar, o que é de associar ao indicado por Goldberg, e já referido, quanto à necessidade de um crescente poder e confiança da alma do indivíduo que se teleporta.

 

É ainda de relacionar a ideia da introjecção subcompensatória com aquela do mecanismo implosivo, para viajar entre mundos paralelos, referenciada no meu artigo, já referido, dos mundos paralelos.

 

Finalizando, na teleportação, temos, no geral, uma fase inicial projectiva, presente no desejo de teleportação, para depois passar-se a uma fase introjectiva, com subcompensação narcísica, tentativa de diminuição narcísica, associada à inveja do clitóris, para seguidamente haver uma nova fase projectiva, com sobrecompensação narcísica, associada à inveja do pénis. Haverá, então, uma fase inicial projectivo-depressiva, transitiva, no desejo de teleportação, para depois subcompensar da fase maníaca à fase depressiva, de mais necessidade à menor necessidade espaço-mental, para posteriormente, e inversamente, caminhar-se para a maior necessidade espaço-mental, do deprimido ao maníaco. Inversamente, pois, haverá a passagem da maior utilização tempo-mental à menor utilização tempo-mental, para depois se caminhar novamente à maior utilização tempo-mental. Completa-se, assim, o introprojecto, referido inicialmente, com uma fase inicial projectiva, pelo desejo de teleportação, e com técnicas de utilização e manipulação de núcleos de personalidade, associados aos traços de carácter.

 

 

Bibliografia

 

Bergeret, J. ( 1997 ). A personalidade normal e patológica. Climepsi Editores

 

Davis, E. ( 2004 ). Teleportation Physics Study. Special Report, Air Force Research Laboratory, Air Force Materiel Command, Edwards Air Force Base in www.fas.org/sgp/eprint/teleport.pdf

 

Goldberg, B. ( ? ). What is teleportation? In www.drbrucegoldberg.com/Teleportation2.htm

 

Gott III, R. ( 2001 ). Viagens no tempo no Universo de Einstein. Edições quasi

 

Resende, S. ( 2010 ). A inveja do pénis e a inveja do clitóris e suas implicações políticas em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 15/10/2010

 

Resende, S. ( 2010 ). A posição castrativa como complemento das posições modificadas de Melanie Klein em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 08/11/2010

 

Resende, S. ( 2010 ). Aspectos criativos e evolutivos da inveja do clitóris em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 17/11/2010

 

Resende, S. ( 2010 ). Exploração cósmica e viagens no tempo e suas relações com a histeria e a obsessão em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 26/11/2010

 

Resende, S. ( 2010 ). Exemplos específicos das características subcompensatórias do homem derivadas da inveja do clitóris em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 28/11/2010

 

Resende, S. ( 2011 ). A telepatia e suas relações com os psitrões enquanto base dos psemes em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 06/02/2011

 

Resende, S. ( 2011 ). Características psitrónicas dos inconscientes colectivo e pessoal: a autotelepatia em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 14/02/2011

 

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Resende, S. ( 2012 ). Teoria do Tudo em Psicologia: a caminho do Todo em www.psicologado.com ( proposto a 01/2012 )

 

Resende, S. ( 2012 ). Teoria do Tudo em Psicologia: a caminho dos mundos paralelos em Física em www.psicologado.com ( proposto a 01/2012 )

 

Resende, S. ( 2012 ). Segundo complemento a Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia: correlatos politico-económicos em www.psicologado.com ( proposto a 08/2012 )

 

Resende, S. ( 2012 ). Teoria do Tudo em Psicologia e as forças fundamentais do Universo em www.psicologado.com ( proposto a 11/2012 )

 

Resende, S. ( 2012 ). Relações espaço-temporais dos psemes e psitrões no contexto exopsicológico e da Teoria do Tudo em Psicologia em www.psicologado.com                   ( proposto a 12/2012 )

 

Resende, S. ( 2013 ). O consciente e o inconsciente cósmicos em www.psicologado.com ( proposto a 03/2013 )

 

Resende, S. ( 2013 ). Padrões e diferenciações egóicas multiversais em www.psicologado.com ( proposto a 03/2013 )

 

Resende, S. ( 2013 ). A contemplação meditativa enquanto resultante das posições modificadas de Melanie Klein e da posição castrativa em www.psicologado.com             ( proposto a 03/2013 )

 

Resende, S. ( 2013 ). O poder criativo e as características subcompensatórias do homem derivadas da inveja do clitóris: culpabilidade fálica em www.psicologado.com   ( proposto a 04/2013 )

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Sexta-feira, 5 de Abril de 2013

O pénis enquanto objecto transicional na criatividade

Faz-se, neste artigo, um resumo do meu artigo Variação diferencial do tamanho do pénis e sua importância no poder criativo ( Resende, 2011 ), para melhor enquadrar como a variação diferencial entre o pénis erecto e o pénis flácido é um factor importante no poder criativo. A partir daí, faz-se uma incursão pelos fenómenos transicionais para elaborar sobre como a ilusão associada ao pénis erecto e a desilusão associada à flacidez do pénis estão na base de elaborações criativas importantes.

 

Tem-se, então, que a variação diferencial entre o pénis erecto e o pénis flácido contribui decisivamente quanto ao poder criativo. Nesta variação diferencial do pénis, é de ter em conta a primazia da genialidade, e das produções intelectuais e artísticas, do homem relativamente à mulher, no decurso civilizacional humano. Para mais, caracteristicamente, a diferença entre o pénis erecto e o pénis flácido é tal, que o homem terá uma tendência para se identificar com outros homens como com as mulheres. Poderá ter em sua mente a percepção da realidade tanto de um homem como de uma mulher. Especificando, na aproximação do pénis da flacidez, haverá uma tendência, uma aproximação, realçando-se a mesma, relativamente ao clitóris. Com esta tendência sentida pelo homem, haverá um sentimento vivencial do mundo, tal como vivido pelas mulheres. Com esta identificação, poderá ter uma perspectiva mais abrangente e diferenciada da realidade, já que tem ambos os pontos de vista. Isto permite-lhe maior produção genial e criativa, podendo nós falar aqui na identificação com a mulher no contexto das musas inspiradoras.

 

Com o reconhecimento do homem do poder inspirador que lhe surge através da identificação com as mulheres, surgirá, importantemente, a inveja do clitóris, com suas características subcompensatórias, que caracteriza as produções intelectuais do homem, como dou a indicação de se poder consultar em dois artigos meus, a saber, Aspectos criativos e evolutivos da inveja do clitóris e Exemplos específicos das características subcompensatórias do homem derivadas da inveja do clitóris. Como se pode ver mais à frente, para além do reconhecimento referido, a inveja do clitóris, em si, com suas características subcompensatórias, terá tido, e vindo a ter, crucial importância evolutiva. Ainda neste resumo, há ainda a destacar, quanto à inveja do clitóris, que a subcompensação narcísica, presente na inveja do clitóris do homem, caracteriza-se por uma tentativa de diminuição narcísica, derivada do sentimento de superioridade narcísica advindo da comparação pénis-clitóris. É que ter-se-à que o sentimento de superioridade narcísica referido estará relacionado com o sentimento de masculinidade. Ora tem-se que a tentativa de diminuição narcísica surgirá no sentido de diminuição do sentimento de masculinidade, diminuição esta que terá importância evolutiva nas relações entre homens e mulheres. Tendo em conta que há um sentimento de masculinidade inicial, derivado da comparação pénis-clitóris, dir-se-à que as características subcompensatórias que caracterizam a inveja do clitóris estarão mais relacionadas com o sentimento de feminilidade inconsciente no homem, ou seja, com o arquétipo anima, de que Jung fala. Assim, pelo dito, na produção criativa do homem haverá uma diminuição do sentimento de masculinidade e uma acentuação do sentimento de feminilidade inconsciente.

 

Passando agora aos fenómenos transicionais, temos que, segundo Houzel, Emmanuelli & Moggio ( Coord. ) ( 2004 ), Winnicott refere-se aos fenómenos transicionais e objectos transicionais como a passagem do auto-erotismo à relação de objecto, à passagem do que é subjectivamente concebido ao que é objectivamente apercebido.

 

Consideram-se dois tempos nos fenómenos transicionais, o tempo de ilusão e o tempo de desilusão.

 

No contexto, na ilusão, há o sentimento de superioridade do homem na comparação pénis-clitóris, particularmente, com o pénis erecto. Haverá, com a erecção do pénis, um controlo omnipotente sobre o mesmo.

 

Com a flacidez do pénis, surge a desilusão relativamente ao sentimento de superioridade sentido, e já referido, desilusão essa que surge no contexto da inveja do clitóris. Como se pode ver no artigo O poder criativo e as características subcompensatórias do homem derivadas da inveja do clitóris: culpabilidade fálica         ( Resende, 2013 ), a inveja do clitóris, com suas características subcompensatórias, surgirá da culpabilidade fálica, em relação ao sentimento de superioridade já referido, culpabilidade fálica, precisamente em relação às características sobrecompensatórias associadas a esse sentimento de superioridade. Surgirá também com o reconhecimento do homem do poder inspirador que lhe advém através da identificação com as mulheres, como já referido no resumo inicial deste artigo. A inveja do clitóris no homem terá possíveis motivos filogenéticos num sistema de equilibração evolutivo em relação ao sentimento de inveja do pénis, tipicamente sentido pela mulher, e suas características sobrecompensatórias. Para ver exemplos e relação entre a inveja do clitóris e criatividade, veja-se o artigo do poder criativo, referido acima.

 

Continuando, temos, pois, que na passagem da ilusão à desilusão, surge a inveja do clitóris, que estará associada à flacidez do pénis, estando, pois, a desilusão associada à flacidez do pénis. Haverá, então, a percepção do indivíduo enquanto estando separado do outro, o que caracteriza a desilusão, em que o homem sente que não é igual à mulher, em que terá a experiência semelhante a ela, como indicado no artigo já referido da Variação diferencial, mas estando separado dela. Há, assim, a desilusão com a flacidez do pénis, relativamente ao sentimento de superioridade sentido com a potência do pénis erecto. Note-se, aqui, a semelhança com o que já foi descrito, quanto às ideias de Winnicott, em que há, na ilusão de superioridade na potência do pénis erecto, o auto-erotismo, e na desilusão da flacidez do pénis, relativamente ao sentimento de superioridade referido, a relação de objecto, com a mulher, com a percepção da experiência dela, mas estando separado dela, passando-se, então, do que é subjectivamente concebido ao que é objectivamente apercebido. Temos, assim, na desilusão, experiências de frustração, em que a relação de controlo omnipotente atenua-se para dar lugar à relação de objecto. Posteriormente, o sujeito reconhece e aceita a realidade externa, tolerando a experiência de frustração. Então a área transicional, privada, torna-se área partilhada, “ área intermediária de experiência “, que se situa no limite entre o subjectivo e o objectivo.

 

Temos, no contexto do artigo, diferença entre espaço de ilusão e de desilusão, um espaço transitivo, transicional e potencial, potencialmente de elaboração simbólica, de onde poderão surgir posteriormente as manifestações culturais e criativas. Considerando, pois, o pénis, enquanto objecto transicional, temos que, segundo Houzel, Emmanuelli & Moggio ( Coord. ) ( 2004 ), após a ilusão e desilusão, que caracterizam os fenómenos transicionais, os fenómenos, o espaço e os objectos transicionais começarão então a ser desinvestidos e dissolver-se-ão em todo o domínio cultural. “ Subsistirá ao longo de toda a vida, no modo de experimentação interna, que caracteriza as artes, a religião, a vida imaginária e o trabalho científico criativo “             [ Winnicott, citado por Houzel, Emmanuelli & Moggio ( Coord. ) ( 2004 ), p. 998 ].

 

Finalizando, e considerando também o início deste artigo, temos que para maior produção criativa no homem, há a necessidade, para além da acentuação da feminilidade inconsciente, da desilusão associada à flacidez do pénis, após a ilusão associada à erecção do mesmo, numa tendência contrária à potência eréctil permanente, que se pode ver numa patologia como o priapismo.

 

 

Bibliografia

 

Houzel, D., Emmanuelli, M. & Moggio, F. ( Coord. ) ( 2004 ). Dicionário de Psicopatologia da Criança e do Adolescente. Climepsi Editores

 

Resende, S. ( 2011 ). Variação diferencial do tamanho do pénis e sua importância no poder criativo em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no  Campo Psi em 02/01/2011

 

Resende, S. ( 2013 ). O poder criativo e as características subcompensatórias do homem derivadas da inveja do clitóris: culpabilidade fálica em www.psicologado.com  ( proposto a 04/2013 )

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Quinta-feira, 4 de Abril de 2013

O poder criativo e as características subcompensatórias do homem derivadas da inveja do clitóris: culpabilidade fálica

Destaco alguns artigos que escrevi acerca da inveja do clitóris, e sua relação com aspectos criativos, para posteriormente fazer a consideração de que a mesma surgirá da culpabilidade fálica.

 

Assim, em A inveja do pénis e a inveja do clitóris e suas implicações políticas ( Resende, 2010 ), considero que a inveja do clitóris, na comparação pénis-clitóris, se caracteriza pelo sentimento de subcompensação narcísica, em que há uma tentativa de diminuição narcísica, com características ao falismo, sendo uma inveja tipicamente masculina.

 

Em Aspectos criativos e evolutivos da inveja do clitóris ( Resende, 2010 ), considero que aquela tentativa de diminuição narcísica é derivada do sentimento de superioridade narcísica advindo da comparação pénis-clitóris. Para mais, indica-se que a tentativa de diminuição narcísica, mais típica no homem, terá uma crucial importância evolutiva, no sentido do estabelecimento e manutenção de relações amorosas e sexuais, em particular entre homens e mulheres, por contraponto às características sobrecompensatórias da inveja do pénis, mais típico na mulher. Dá-se ainda um exemplo quanto à tendência histórica do maior poder criativo do homem, em relação à mulher, em que se tem em conta uma descrição cinéfila de Miguel Ângelo, em que na mesma esse artista é tido como considerando que a obra já está feita à partida, sendo tarefa do artista, particularmente, do escultor, tirar o que está a mais. Neste exemplo escultural, realçam-se as características subcompensatórias do poder criativo do homem, podendo-se fazer uma generalização desta noção a outras áreas artísticas.

 

Já em Exemplos específicos das características subcompensatórias do homem derivadas da inveja do clitóris ( Resende, 2010 ), para além daquele exemplo de Miguel Ângelo, introduzo outro paradigma que é relativo à guerra, e tem tanta relevância quanto a mesma tem tido crucial importância, desde tempos idos, na formação de nações, blocos estratégicos e ideologias. Os exemplos são retirados de A Arte da Guerra, de Sun Tzu, autor chinês que terá escrito o dito livro há cerca de 2500 anos. O livro tem influenciado, para além de militares, empresários e empreendedores, destacando-se, pois, em outras guerras para além das militares. Realça-se, ainda, quanto às características subcompensatórias da inveja do clitóris no homem, o facto de as guerras militares, e as empresariais, entre outras, serem protagonizadas por homens. Assim, exemplos paradigmáticos das características subcompensatórias são a indicação, por Sun Tzu, de que o clímax da capacidade em batalha é submeter o inimigo sem lutar e, ainda, que se deve fingir incapacidade para iludir o inimigo. Caracterizando o perito na guerra, o autor reconhece que, por vezes, se deve sacrificar uma porção da sua força guerreira para obter um objectivo mais valioso. Outros exemplos são quando ele diz que onde o inimigo é forte, é de evitá-lo, e, ainda, pretender inferioridade, encorajando a arrogância do inimigo. Terminando o resumo deste artigo, invoca-se outro exemplo paradigmático das características subcompensatórias do homem, no caso, a máxima socrática, “ Só sei que nada sei! “.

 

Ainda noutro artigo, dá-se um pequeno exemplo das características subcompensatórias do homem derivadas da inveja do clitóris, como se pode ver em O cavalheirismo como manifestação das características subcompensatórias do homem derivadas da inveja do clitóris ( Resende, 2011 ). Assim, no campo do estabelecimento e manutenção de relações amorosas e sexuais entre homens e mulheres, dá-se o exemplo paradigmático do cavalheirismo. Deste modo, quando um homem deixa passar uma mulher à frente, numa qualquer passagem, estará a perder prioridade de passagem em relação a ela. Quando, por exemplo, o homem arrasta a cadeira da mulher, numa mesa, está a fazer de servente, diminuindo-se. Outra diminuição subcompensatória, ao nível do narcisismo, bastante paradigmática, é quando o homem se ajoelha para pedir a mulher em casamento, como acontece frequentemente. O homem diminui-se perante a mulher, portanto. Vê-se, então, que na proposta de casamento típica, em que o homem se ajoelha perante a mulher, o homem está a contrabalançar a sobrecompensação falo-narcísica típica da mulher, sendo a mesma advinda do sentimento de inferioridade narcísica, relacionada com a inveja do pénis, portanto.

 

Depois destes resumos feitos, para melhor enquadrar a relação das características subcompensatórias da inveja do clitóris com o poder criativo, em particular, dir-se-à que a inveja do clitóris surgirá da culpabilidade fálica, em relação ao sentimento de superioridade sentido pelo homem na comparação pénis-clitóris, com possíveis motivos filogenéticos, num sistema de equilibração evolutivo em relação ao sentimento de inveja do pénis, tipicamente sentido pela mulher, e suas características sobrecompensatórias. Culpabilidade fálica, precisamente, em relação às características sobrecompensatórias associadas ao sentimento de superioridade referido.

 

Dir-se-à que o homem verdadeiramente criativo não se caracteriza pelo exibicionismo nem pela vaidade, características tipicamente fálicas.

 

Faz, então, sentido, quando se diz que o artista prefere que os outros não vejam a sua obra, antes de ela estar acabada, controlando, precisamente, exibicionismos e vaidades.

 

 

 

Bibliografia

 

Resende, S. ( 2010 ). A inveja do pénis e a inveja do clitóris e suas implicações políticas em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 15/10/2010

 

Resende, S. ( 2010 ). Aspectos criativos e evolutivos da inveja do clitóris em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 17/11/2010

 

Resende, S. ( 2010 ). Exemplos específicos das características subcompensatórias do homem derivadas da inveja do clitóris em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 28/11/2010

 

Resende, S. ( 2011 ). O cavalheirismo como manifestação das características subcompensatórias do homem derivadas da inveja do clitóris em www.psicologado.com ( proposto a 12/2011 )

publicado por sergioresende às 09:09
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Segunda-feira, 1 de Abril de 2013

Exopsicologia e a genética humana

Neste artigo, realça-se o artigo The “ Wow! signal “ of the terrestrial genetic code          ( shCherbak & Makukov, 2013 ), no qual os autores, no contexto da procura de vida extraterrestre e da Astrobiologia, demonstram que o código genético humano tem padrões que correspondem a critérios de um sinal inteligente, considerando eu, aqui, que isso fundamenta a noção de uma possível criação da Humanidade por engenharia genética, por alienígenas, apoiando a ideia da existência de uma exopsicologia, por fundamentar-se uma relação da Humanidade com seres extraterrestres.

 

Assim, shCherbak, matemático, e Makukov, astrofísico, ambos do Cazaquistão, no contexto da procura de vida extraterrestre e da Astrobiologia, referem que tem sido repetidamente proposto expandir o âmbito do SETI ( Search for Extraterrestrial Intelligence ) ( Procura de Inteligência Extraterrestre ), e que uma das alternativas ao rádio sugeridas é o meio biológico.

 

Considera-se que o ADN genómico já é utilizado na Terra para guardar informação não-biológica. Realçam que mais pequeno em capacidade, mas mais forte em imunidade está o código genético. O código será um mapeamento flexível entre códões e aminoácidos, em que esta flexibilidade permite modificar o código artificialmente. Uma vez fixado, o código poderá permanecer inalterado por escalas de tempo cosmológicas, sendo, de facto, o constructo mais durável conhecido. Os cientistas indicam, ainda, que o mesmo representa um armazenamento excepcionalmente fiável para uma assinatura inteligente, se isso conforma com os requisitos biológicos e termodinâmicos. Consideram que dado que o actual cenário para a origem da vida terrestre está longe de estar assente, a proposta de que poderá ter sido semeada intencionalmente não pode ser desconsiderada.

 

Assim, um “ sinal “ tipo-inteligente estatisticamente forte é uma consequência testável de tal cenário. Os autores, no seu artigo, mostram que o código terrestre mostra uma ordem bastante precisa correspondendo aos critérios para ser considerado um sinal informacional. Arranjos simples do código revelam um conjunto de padrões aritméticos e ideográficos com a mesma linguagem simbólica. Precisos e sistemáticos, estes padrões subjacentes aparecem como um produto de lógica de precisão e computação não-trivial. Os cazaques revelam ainda que os padrões apresentam marcas prontamente reconhecíveis de artificialidade, entre as quais o símbolo do zero, a sintaxe decimal e as simetrias semânticas. Os autores discutem ainda possíveis maneiras de embutir o sinal no código e possíveis interpretações do seu conteúdo. No todo, enquanto o código é quase optimizado biologicamente, a sua capacidade limitada é usada extremamente eficientemente para passar informação não-biológica.

 

Destaca-se que a hipótese SETI de um sinal inteligente no código genético é testada, que o código apresenta possuir um conjunto de padrões de precisão e do mesmo estilo, e ainda que os padrões mostram corresponder aos critérios de um sinal inteligente.

 

Estas noções corroboram as ideias avançadas pelas plaquetas sumérias de 6000 anos de idade, traduzidas por Zecharia Sitchin, onde é indicado que a Humanidade foi criada por engenharia genética, por uma raça extraterrestre chamada Anunnaki. Para mais detalhes, consultar o livro de Sitchin, Genesis Revisited – Is Modern Science Catching Up With Ancient Knowledge? ( Sitchin, 1990 ).

 

Pelo dito, fundamenta-se a noção da relação da Humanidade com seres extraterrestres, tornando, assim, mais plausível e verosímil a existência de uma exopsicologia, e as minhas ideias que avanço nos meus artigos sobre exopsicologia. A saber, os artigos são: Exopsicologia: uma nova área de estudo ( Resende, 2009 ), Exopsicologia e esquizofrenia ( Resende, 2009 ), Exopsicologia e o Ser ( Resende,     2010 ), Serologia: a filha da Psicologia ( Resende, 2010 ), Exopsicologia e a “ Cara “ de Marte ( Resende, 2010 ), Complemento a Exopsicologia e a “ Cara “ de Marte                  ( Resende, 2010 ), Caracterização específica da Serologia e do Ser ( Resende, 2011 ), A telepatia e suas relações com os psitrões enquanto base dos psemes ( Resende, 2011 ), Características psitrónicas dos inconscientes colectivo e pessoal: a autotelepatia            ( Resende, 2011 ), Exopsicologia e o autismo ( Resende, 2011 ), Distinção entre heterotelepatia e autotelepatia ( Resende, 2011 ), Exopsicologia, sincronicidade e telepatia ( Resende, 2011 ), Exopsicologia e o HAARP ( Resende, 2012 ), Visão exopsicológica da Terra ( Resende, 2012 ), Teoria do Tudo em Psicologia, as forças fundamentais do Universo e a relação exopsicológica com a presença alienígena na Terra ( Resende, 2012 ), Relações espaço-temporais dos psemes e psitrões no contexto exopsicológico e da Teoria do Tudo em Psicologia ( Resende, 2012 ) e Exopsicologia e a depressividade planetária ( Resende, 2013 ).

 

 

Bibliografia

 

Resende, S. ( 2009 ). Exopsicologia: uma nova área de estudo em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no  Campo Psi em 27/07/2009

 

Resende, S. ( 2009 ). Exopsicologia e esquizofrenia em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 08/10/2009

 

Resende, S. ( 2010 ). Exopsicologia e o Ser em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 16/10/2010

 

Resende, S. ( 2010 ). Serologia: a filha da Psicologia em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 09/11/2010

 

Resende, S. ( 2010 ). Exopsicologia e a “ Cara “ de Marte em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 26/12/2010

 

Resende, S. ( 2010 ). Complemento a Exopsicologia e a “ Cara “ de Marte em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 28/12/2010

 

Resende, S. ( 2011 ). Caracterização específica da Serologia e do Ser em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 01/02/2011

 

Resende, S. ( 2011 ). A telepatia e suas relações com os psitrões enquanto base dos psemes em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 06/02/2011

 

Resende, S. ( 2011 ). Características psitrónicas dos inconscientes colectivo e pessoal: a autotelepatia em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 14/02/2011

 

Resende, S. ( 2011 ). Exopsicologia e o autismo em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 26/02/2011

 

Resende, S. ( 2011 ). Distinção entre heterotelepatia e autotelepatia em www.psicologado.com ( proposto a 07/2011 )

 

Resende, S. ( 2011 ). Exopsicologia, sincronicidade e telepatia em www.psicologado.com ( proposto a 07/2011 )

 

Resende, S. ( 2012 ). Exopsicologia e o HAARP em www.psicologado.com ( proposto a 01/2012 )

 

Resende, S. ( 2012 ). Visão exopsicológica da Terra em www.psicologado.com                 ( proposto a 05/2012 )

 

Resende, S. ( 2012 ). Teoria do Tudo em Psicologia, as forças fundamentais do Universo e a relação exopsicológica com a presença alienígena na Terra em www.psicologado.com ( proposto a 11/2012 )

 

Resende, S. ( 2012 ). Relações espaço-temporais dos psemes e psitrões no contexto exopsicológico e da Teoria do Tudo em Psicologia em www.psicologado.com                    ( proposto a 12/2012 )

 

Resende, S. ( 2013 ). Exopsicologia e a depressividade planetária em www.psicologado.com ( proposto a 03/2013 )

 

shCherbak, V. & Makukov, M. ( 2013 ). The “ Wow! Signal “ of the terrestrial genetic code in http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0019103513000791             ( disponível online a 6 de março de 2013 )

 

Sitchin, Z. ( 1990 ). Genesis Revisited – Is Modern Science Catching Up With Ancient Knowledge. Avon Books

publicado por sergioresende às 11:55
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