Comparam-se, neste artigo, comportamentos observados por mim, para partir daí e analisar a relação entre medo e identidade difusa.
Assim, temos comportamentos observados de adolescentes no autocarro, em grande número, a falar alto entre si, muito grupal, com manifestação de alguma exuberância. Também, comportamentos observados de indivíduos, muito plausivelmente emigrantes, em particular, no caso, cabo-verdeanos, a falar alto entre si, no autocarro, na sua língua-mãe. Ainda, comportamentos observados de indivíduos estudantes universitários Erasmus, no metro, em grupo, a falar alto entre si, na língua-mãe respectiva. Nestes dois últimos grupos, também alguma exuberância.
Considere-se, antes de mais, o fenómeno de identidade difusa na adolescência. Em Dicionário de Psicopatologia da Criança e do Adolescente [ Houzel, Emmanuelli & Moggio ( coord. ) ( 2004 ) ], fala-se numa certa recusa da identidade, dizendo que o mesmo fenómeno será bastante respeitante aos estados-limite e psicoses. São de notar a este respeito as referências de Bergeret ( 1997 ) e de Coimbra de Matos ( 2007 ) quanto à grande e crescente extensão do fenómeno borderline nas sociedades contemporâneas, particularmente sociedades histéricas capitalistas matriarcais, no âmbito do capitalismo global. A identidade difusa ainda será relativa a dificuldades de individuação, como se vê mais à frente em relação ao ego-pele de Anzieu, o que nos remete para comportamentos de associativismo grupal, em termos de sobrecompensação quanto à individuação, ou falhas na mesma individuação. Aquele Dicionário ainda refere que o fenómeno da identidade difusa se pode ver na problemática da personalidade múltipla, podendo nós aqui fazer a comparação que o que se conclui neste artigo quanto a fenómenos de grupo se refere a uma espécie de personalidade grupal.
Temos, pois, problemas identitários na adolescência, dificuldades de integração, muito particularmente ao nível grupal e extra-grupal, o que nos leva a um sentimento de ameaça externa, precisamente porque as fronteiras ego-corporais estão difusas, o que nos levará, como se diz mais à frente, a sentimentos xenófobos, no sentido do termo de medo do diferente. Essas características também serão uma das bases do conflito de gerações, em que os adolescentes terão particular medo dos adultos, do que eles representam, e essa será uma das razões porque se verifica frequentemente ajuntamentos invulgarmente grandes de adolescentes, como por exemplo nos transportes públicos, o que será um mecanismo de defesa que utilizarão para se defenderem do medo sentido, e em que há uma sobrecompensação relativamente às dificuldades de integração.
Quanto aos comportamentos observados, temos semelhança de comportamentos nos grupos referidos, com manifestação de exuberância comportamental, na linha histérica, em que se compara, em particular, adolescente com o turista, estrangeiro, emigrante, etc., particularmente, no sentido de problemas identitários, perante a população local, ou autóctone, com dificuldades de integração. Com estes problemas identitários, de dificuldades de integração, haverá, no comportamento de falar alto, como também alguma exuberância, sobrecompensação ao nível do sentimento de pertença, que se manifesta ao nível da presença física nesses locais, em que o indivíduo manifestará latentemente que não se sente como pertencendo onde está, em que as sobrecompensações serão defesas relativamente a ameaças sentidas no ambiente à volta do sujeito.
Temos, ainda, que no histérico, mais feminino, há sobrecompensações típicas, como se pode ver, por exemplo, em O sobrecompensatório na mulher ( Resende, 2012 ), principalmente derivadas da inveja do pénis, em que nas sociedades histéricas capitalistas matriarcais, haverão essas manifestações de falar alto, com gritos e exuberâncias, muito particularmente visível em talk-shows televisivos ou concursos, em que, no contexto do artigo, estas sobrecompensações revelarão, nestas sociedades, problemas identitários, dificuldades de integração, a nível global, planetário, com ausência de sentimento de pertença, com algum vazio ( fazendo lembrar o livro de Lipovetski, A Era do vazio ), no sentido de as sobrecompensações referidas revelarem um sentimento latente de não pertença àquele local físico, indicando sentimentos de vazio locais. Tendo em conta o capitalismo global, no contexto histérico, dir-se-à que essas sobrecompensações levarão aos sentimentos nacionalistas exacerbados, típicos dos sistemas xenófobos. Daí o sucesso da chamada guerra ao terror estado-unidense, contemporânea, relativamente a países árabes, muçulmanos, em particular, em que se revelam, precisamente, sentimentos xenófobos, no contexto do extremo do capitalismo, o militarismo expansionista fascista, sentimentos esses relativos à ameaça externa sentida quanto à difusidade das fronteiras ego-corporais, já referida. Poder-se-ia dizer que nos sistemas fascistas nacionalistas xenófobos, há, precisamente, e em sobrecompensação, a identificação do indivíduo com o país, ao nível das fronteiras, em que se sentirá a ameaça externa ao nível da difusidade fronteiriça, ego-corporal no indivíduo.
Continuando, naqueles sentimentos de vazio, dir-se-à mesmo que ocorrem dúvidas existenciais, que, no contexto do existencialismo, em particular francês, influenciado por Jean-Paul Sartre, são reveladas na famosa canção francesa, cantada em particular por Joe Dassin, Et si tu n’existe pas, em que se diz na canção Et si tu n’existe pas et si moi n’existerai, fazendo a referência hipotética da situação da mulher não existir e de o homem não existir no futuro. Isto remete-nos para o famoso lema das sociedades histéricas capitalistas matriarcais de viver o momento, que será precisamente uma sobrecompensação à dúvida existencial presente, quanto ao momento presente, com, exactamente, a sua sobrecompensação, enquanto que a situação de o homem não existir no futuro nos remete para falhas, que serão existenciais, de o homem não se imortalizar simbolicamente, tendo em conta a situação histórica de as obras científicas, literárias, artísticas e culturais, que foram sendo deixadas ao longo da história humana, serem precisamente de homens, reflectindo a necessidade de imortalidade simbólica no mesmo, em que precisamente nesta era do vazio já referida, essa necessidade estará a ser colocada em causa, devido às tendências mais contemporâneas das sociedades histéricas capitalistas matriarcais, particularmente com o actual capitalismo global. Isto poderá estar enquadrado no afamado desejo contemporâneo de fama e dinheiro rápidos, que estará associado, precisamente, ao delírio existencial momentâneo, com a sua sobrecompensação.
Voltando aos comportamentos observados, eles serão manifestamente histéricos, o que nos leva, quanto à difusão da identidade, às referências a Didier Anzieu, no Dicionário de Psicopatologia já mencionado, quanto às dificuldades sentidas, no contexto do ego-pele e envelopes psíquicos, sendo estes protótipos da relação do indivíduo com o mundo exterior, na patologia histérica, relativamente ao escudo para-excitações e individuação, quanto à sua constituição e desenvolvimento, em que temos, pois, que os estímulos externos são excessivos para o sujeito, ou, como neste caso, para os sujeitos. Estas considerações de Anzieu estão no enquadramento do já dito, quanto a sentimentos xenófobos, pela ameaça externa sentida pela difusidade das fronteiras ego-corporais, e ao medo sentido no conflito de gerações pelos adolescentes, pelas mesmas razões. Estas ideias nos levam a uma base da formação de comportamentos de gangue, em particular, pelas dificuldades de individuação referidas, mas também ameaça relativamente ao escudo para-excitações, com sobrecompensações, como ao típico comportamento em grupo de grupos neo-nazis, que terão este funcionamento em gangue, e terão as características já aduzidas, quanto à xenofobia, em que haverá sentimentos sobrecompensatórios relativamente ao sentimento de não pertença, que levará a sentimentos nacionalistas exacerbados, típicos dos sistemas xenófobos. Este comportamento grupal neo-nazi será, como já dito, um mecanismo de defesa para se defenderem do medo sentido, em que se pressupõe que o outro, do grupo, será visto como uma extensão do próprio, numa linha particularmente narcísica, constituindo, como já se disse, uma personalidade grupal.
Para mais, sendo o sistema neo-nazi um sistema matriarcal, a difusidade ego-corporal dos seus integrantes nos remete, identitariamente, para a difusidade ego-corporal relativa aos odores sexuais tipicamente exalados da mulher, com a importância da sexualidade feminina, particularmente, nas relações histéricas sexualizadas nos sistemas capitalistas, e seu extremo, fascismo, num contexto em que o neo-nazi, o fascista, se identifica acentuadamente com a mãe castrada, sentindo o mesmo que foi responsável pela amputação do pénis da mãe, com culpabilidade, já que sentirá que a mãe se quer vingar, como se pode ver em A guerra militar no homem fascista ( Resende, 2013 ). Acontecerá que o homem fascista será um filho-falo por excelência, que ao nascer terá amputado o pénis da mãe, cujos vestígios são o clitóris, havendo sentimento de perda de amor do objecto, por aquele desejo de vingança da mãe. Aquela identificação referida do homem fascista será ao nível da identificação fusional psicótica, como se vê naquele artigo agora referido.
Destaca-se, sobremaneira, em relação à difusidade ego-corporal relativa aos odores sexuais tipicamente exalados da mulher, o meu artigo A mulher e a morte ( Resende, 2013 ). Considera-se, no mesmo, o comportamento sexual típico da mulher no dia-a-dia, com comportamentos masturbatórios, sem resolução sexual, a fase após o orgasmo, daí as capacidades multi-orgásmicas, em que quanto mais orgasmos obtém, menor iniciativa sexual manifestará. Ora Jung diz-nos que a mulher que não se identifica com o Eros materno, perde capacidade de iniciativa, o que nos leva a pensar que há maior identificação com o Tanatos materno, ou instinto de morte. Fazendo referência que Jacques Lacan também associa sexualidade feminina e instinto de morte, é de considerar, realçadamente, a minha descrição do comportamento habitual e típico de mulheres mais velhas de pintarem o cabelo branco e grisalho, sinal manifesto de envelhecimento e velhice, denegando a velhice, o que contextualizando o agora dito revela-nos, importantemente, um medo relativamente generalizado do género feminino da morte e da proximidade da mesma. Relacionando a identificação da mulher com o instinto de morte com este medo do género feminino da morte, leva-nos a pensar no medo de morte da mulher dela própria. Ora, no contexto deste artigo, o medo relativo à difusidade sexual que a mulher sente, será, então, em relação a ela própria, em que será ela que se sente diferente, no sentido xenófobo, do medo do diferente, vendo nós então melhor a relação da mulher enquanto mãe com o homem fascista, e ao nível das personalidades grupais descritas neste artigo, e isto quanto à xenofobia. No contexto, o indivíduo identificando-se fusionadamente com a mãe, de modo acentuado, portanto, desenvolve ele próprio sentimentos xenófobos, em que fará a passagem de uma identificação introjectiva acentuada, de tipo fusional, para uma identificação projectiva também acentuada, em que, pelo já dito, teremos nas personalidades grupais descritas relações fusionais, havendo a recusa da identidade, característica da identidade difusa, da imago materna, que quanto mais acentuada fôr mais acentuadas são as relações grupais, explicando isto a passagem das características introjectivas para as características projectivas.
Deste modo, em geral, aqueles comportamentos observados, pelas dificuldades regredidas ao nível da individuação e escudo-para-excitações, em particular, como por tudo já dito, nos remetem para uma identificação acentuada com a mãe, numa linha pré-edipiana, como acontece precisamente com a histeria, que, pelas características fusionais já descritas, será no âmbito borderline, com organização acentuada ao nível oral e fálico, em que podemos comparar o nível oral com os comportamentos de falar alto e o nível fálico, com as sobrecompensações, fálicas, típicas no histerismo, e já referidas no artigo. Estas sobrecompensações estarão no enquadramento daquela recusa da identidade, que caracteriza a identidade difusa, como referido inicialmente, e serão defesas relativamente a medos, ameaças, sentidas no ambiente à volta do sujeito.
Bibliografia
Bergeret, J. ( 1997 ). A personalidade normal e patológica. Climepsi Editores
Coimbra de Matos, A. ( 2007 ). O Desespero: aquém da depressão. Climepsi Editores
Houzel, D., Emmanuelli, M. & Moggio, F. ( Coord. ) ( 2004 ). Dicionário de Psicopatologia da Criança e do Adolescente. Climepsi Editores
Resende, S. ( 2012 ). O sobrecompensatório na mulher em www.psicologado.com ( proposto a 12/2012 )
--------------- ( 2013 ). A guerra militar no homem fascista em www.psicologado.com ( proposto a 01/2013 )
--------------- ( 2013 ). A mulher e a morte em www.psicologado.com ( proposto a 12/2013 )
Considera-se, neste artigo, uma perspectiva transpessoal no tratamento do alcoolismo.
Assim, considerar em Stanislav Grof ( 2007 ), em A Psicologia do Futuro, a referência, no contexto das emergências espirituais, cruciais no trabalho de Grof, que o autor faz a Carl Jung, um dos precurssores dos Alcoólicos Anónimos ( A. A. ), pelo menos a nível teórico, em que Jung terá dito a um dos fundadores dos A. A. que o que os alcoólicos precisavam ou tinham necessidade era de uma experiência espiritual profunda, em que a ânsia de álcool do alcoólico era equivalente à sede espiritual que o nosso ser tem da totalidade, ou a união com Deus, neste caso.
Se relacionarmos experiência espiritual com religião e, em particular, a religião cristã, há que considerar a existência na mesma de Jesus Cristo e, ao nível das profecias, da vinda do Anti-Cristo, no Juízo Final, a sua antítese. Se considerarmos esta experiência um fechamento, um “ closure “, temos então o par antitético religioso espiritual associado ao alcoolismo, o que nos dá uma perspectiva transpessoal associada ao mesmo. Será relevante, pois, que Grof seja um dos fundadores da Psicologia Transpessoal e que Jung seja um dos precurssores ideológicos e teóricos dessa Psicologia, como dos A. A. e da rede mundial dos Doze Passos, sobejamente conhecida no tratamento do alcoolismo, realçando-se a cariz religiosa destas organizações.
Intui-se, então, que para indivíduos histéricos alcoólicos devemos recorrer a medidas obsessivas, considerando obsessão antitética da histeria, em que nesta o deslocamento do afecto entre representações é feita bem mais facilmente do que na obsessão, e que para indivíduos obsessivos alcoólicos devemos recorrer a medidas histéricas.
Considerando a maior sociabilidade do histérico, em que tenderão a beber socialmente, dever-se-à reduzir a sociabilidade no alcoólico histérico, reduzindo a generabilidade dos estímulos associados à sensação de estar alcoolizado, criando pontos de fixação obsessivos, como limitar os locais de consumo de álcool, ou o tipo de bebida alcoólica consumida como ainda de beber cada vez mais sozinho, limitando a grandeza e o grau das sensações alcoolizadas. Já o obsessivo, que tenderá a beber menos socialmente, teremos que, para o mesmo, deveremos aumentar a generabilidade dos estímulos das sensações associadas a estar alcoolizado, aumentando a presença social no que diz respeito à bebida, aumentando os locais de consumo de álcool ou aumentando o tipo de bebida alcoólica, com mais variação, portanto.
Societalmente, e ao nível de políticas governamentais, temos, então, que numa sociedade com predomínio de alcoólicos histéricos deverá haver uma política de fechamento de bares e similares e que, numa sociedade com predomínio de alcoólicos obsessivos deverá haver uma política de abertura de bares e similares.
Temos, pois, uma perspectiva transpessoal no tratamento do alcoolismo.
Bibliografia
Grof, S. ( 2007 ). A Psicologia do Futuro. Via Óptima
Elabora-se, neste artigo, o efeito exopsicológico do Natal na Humanidade.
É de considerar, antes de tudo, que na adolescência há o recrudescimento de vivências edipianas, ocorrendo também, sobremaneira, o luto das imagos parentais.
Ora considerando que caracterizando a adolescência, relativamente ao Natal, está o deixar de acreditar no Pai Natal, ou seja, o descobrir ou vivenciar que os presentes de Natal provêm dos pais, e de outros familiares e amigos, temos que, neste descobrir, há a desilusão, que contudo ocorrerá, geralmente, antes da adolescência, quanto a um aspecto de sentimento mágico ou omnipotente, relativamente a algo crucial do Natal, ou o que ele representa, em particular, o trabalhar e vivenciar o espaço de ilusão.
É aqui que essa desilusão se liga ao luto das imagos parentais, já referida, em que se associa desilusão relativamente ao Pai Natal e relativamente aos pais, particularmente desilusão relativamente à idealização das imagos parentais, particularmente por terem mentido.
Ora, realça-se, agora, um comportamento observado por mim, na Faculdade de Psicologia onde estudei, de um adolescente no fim da adolescência, em que o mesmo verbalizou, durante um jogo de matraquilhos, onde estava a ter sucesso, que não era Natal todos os dias, no sentido de o adversário não dever estar à espera de presentes. Este comentário é um dito, manifestado particularmente pela juventude, mas também frequente noutras faixas etárias, que nos remete para falhas na idealidade, no sistema idealizante, particularmente com desilusão excessiva quanto às imagos parentais.
Este não ser Natal todos os dias remete-nos para um aspecto vilificante do Natal, retratado nesse comentário popular comum, e que dirá respeito à ambição e desejo de sucesso desmesurados, com sobrecompensações fálicas típicas, tão prementes nas sociedades capitalistas contemporâneas, particularmente nas sociedades cristãs, em que parece surgir uma união de mecanismos obsessivos e histéricos, com a obsessão mais masculina e a histeria mais feminina, com o isolamento do afecto, obsessivo, na altura do Natal, respeitante a sentimentos associados ao Natal, como bondade, afectuosidade, amizade, união, comunhão e amor, por exemplo, e com recalcamento histérico, na sequência e consequência do isolamento anterior, desses afectos, como também da representação do Natal, no restante ano aparte do Natal. Precisamente, aqueles afectos referidos deverão idealmente orientar e caracterizar as relações saudáveis. Isto à guisa do preconizado por Wilhelm Reich, em The Function of the Orgasm ( 2009 ), por exemplo, quando ele diz que o amor, o trabalho e o conhecimento são as fontes da vida, devendo também governá-la.
Exopsicologicamente, há que considerar que natal é relativo a nascimento, ao nascer, e tendo em conta o agora dito, temos as indicações de investigadores como David Icke, que nos dizem, particularmente em Human Race – Get Off Your Knees ( Icke, 2010 ) e Remember Who You Are ( Icke, 2012 ), que a evolução da Humanidade terá sido influenciada e controlada por uma raça extraterrestre reptiliana xenomorfa, e que o dia-a-dia da Humanidade é controlada por essa raça, particularmente a partir da Lua, que será uma nave espacial, referindo investigadores que apoiam essa ideia. Esse controlo será feito a partir de energias electromagnéticas que controlarão externamente o comportamento e psique, mente, dos humanos, a nível individual e grupal. Parte desse controlo é feito pelos Illuminati, um alegado governo global secreto, e humano, ou híbrido entre humano e reptiliano, que executará a agenda daquela raça reptiliana.
Assim, aquela junção de um mecanismo obsessivo e histérico contribuirá para que na maior parte do ano haja uma desunião, desagregação, entre os humanos, que bem observado bem se vê isso mesmo, o que estará na linha da agenda reptiliana de dividir e conquistar. Isto estará patente na agressividade e desarmonia evidente nas relações mais típicas nas sociedades capitalistas contemporâneas, em que ocorrem flutuações tumultuosas ao nível societal, com alguma frequência.
Para mais, tendo em conta que natal, natalício, é respeitante ao nascer, isso remete-nos para o envelhecimento característico de sociedades cristãs como a europeia e a estado-unidense, com diminuição acentuada da tendência para nascimentos.
Temos, pois, um efeito exopsicológico reptiliano relativamente ao Natal, que se enquadrará na agenda reptiliana e Illuminati, como exposto por David Icke, naqueles livros referidos, de diminuir cerca de 90% da população humana, com cerca de 500 milhões a servirem de escravos a uma elite governante.
Estes serão, então, os efeitos exopsicológicos do Natal na Humanidade, em que entidades extraterrestres manipularão o evento do Natal para influenciar negativamente e controlar a Humanidade.
Bibliografia
Icke, D. ( 2010 ). Human Race – Get Off Your Knees: The Lion Sleeps No More. David Icke Books
----------- ( 2012 ). Remember Who You Are – Remember “ Where “ You Are and Where You “ Come “ From. David Icke Books
Reich, W. ( 2009 ). The Function of the Orgasm. Souvenir Press
No enquadramento da associação que se estabelece entre a mulher e a morte, relacionam-se, neste artigo, dois artigos escritos por mim, a saber, Masturbação feminina no dia-a-dia: suas implicações psicológicas e comportamentais ( Resende, 2008 ) e Orgasmo feminino enquanto “ pequena morte “ ( la petite mort ) ( Resende, 2012 ), com o dito por Jacques Lacan, no seu livro Escritos ( 1996 ). Destacam-se, ainda, aspectos sisíficos relativos à sexualidade feminina, relacionados particularmente com a morte, e o conflito estético na mulher na sua relação com o instinto de morte.
Resuma-se, então, aqueles meus artigos, para depois passar ao dito por Lacan.
Assim, o primeiro deles refere-se ao hábito diário do comportamento masturbatório feminino, e das suas implicações comportamentais e psicológicas, com o hábito da fêmea humana de se excitar e de se masturbar em qualquer local que se encontre, através da sua musculatura vaginal e pélvica, até atingir o clímax, num movimento paroxístico.
Indica-se que já Freud ( 1905 ), nos Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade, nos falava da satisfação sexual sentida pela rapariguinha contraindo os braços entre as pernas, como contraforça, realçando a prevalência deste tipo de comportamento.
Mais se refere, que na observação quotidiana, associados a estes comportamentos masturbatórios, estão as eventuais ocorrências de um “ engolir em seco “, aquando do clímax, e, muito importante, as ocorrências de comportamentos sonolentos, como o bocejar, aquando do clímax, em que a mulher ou a rapariga começam a ficar com sono, sendo de realçar a proximidade entre o clímax e os comportamentos sonolentos.
Ainda Freud ( 1905 ) nos fala da satisfação sexual associada ao sono, como sendo uma regressão, em que a mulher regressa como que a um estado intra-uterino, em completa dependência de outrem.
Destaca-se, nestes comportamentos, que por mais satisfação sexual que se obtenha, a capacidade multi-orgásmica, os comportamentos de “ engolir em seco “ e do comportamento sonolento não diminuem, indicando que a plena satisfação sexual não é obtida, persistindo os comportamentos masturbatórios. Isto leva a crer que diminui a capacidade de procura efectiva de satisfação sexual, na relação, importantemente, o que nos leva à noção, mais ou menos presente, pelo menos na cultura ocidental, da menor iniciativa sexual da mulher, em termos de comportamentos efectivos de procura de satisfação sexual.
Ora, quanto a esta menor iniciativa, e quanto à dependência, referida anteriormente, é de notar que Jung ( 1968 ) indica que a mulher que não se identifica com o Eros materno perde a capacidade de iniciativa. É como se a mulher, nesse comportamento sexual típico de masturbação, se identificasse mais com o Tanatos materno.
Ainda neste artigo se propõe que preventivamente se deverá facilitar culturalmente, politicamente ( políticas de acesso ao crédito à habitação ), educativamente, etc., a tomada de iniciativa sexual por parte da mulher para que esta possa mais facilmente identificar-se com o Amor.
Já no segundo dos meus artigos referidos, acrescenta-se que considerando que a resolução é a fase da resposta sexual humana que se segue ao orgasmo, teríamos aqui que a irresolução crónica na mulher estará associada à morte, sendo neste contexto que se enquadra a famosa expressão francesa do orgasmo feminino enquanto “ la petite mort ), a pequena morte.
Cite-se, agora, Jacques Lacan, realçando-se a coerência do indicado por mim e o referido por Lacan nesta citação. Temos, então, que da “ descoberta das migrações da líbido nas zonas erógenas à passagem metapsicológica de um princípio de prazer generalizado até o instinto de morte, torna-se o binómio de um instinto erótico passivo modelado sobre a atitude das catadoras de piolhos, caras ao poeta, e de um instinto destrutivo, simplesmente identificado à motricidade. “ ( p. 111 ) ( Lacan, 1996 ), tendo nós, pois, a passividade erótica associada à menor iniciativa sexual.
É ainda de indicar que esta referência ao catar feminino, relaciona-se, por exemplo, com o meu artigo Catar sexual feminino enquanto fobia social ( Resende, 2012 ), podendo nós referenciar o indicado por mim e por Lacan com o comportamento mais primata de catar, em termos de limpeza, outros primatas, podendo nós intuir que o catar sexual feminino, ou o sentimento de estar a sugar sexualmente outra mulher, nos comportamentos sociais tipicamente sexualizados entre mulheres, derivou, de alguma forma, desse mesmo catar primata. Podíamos também intuir, neste contexto, que a limpeza, que estará implícita no catar sexual feminino, será a limpeza de aspectos mortíferos na mulher. Para mais, dir-se-à que, a caminho do clímax, os aspectos mortíferos vão sendo limpos, particularmente a nível psicológico, e que, aquando do orgasmo, surgirá a pequena morte, em que os aspectos mortíferos voltarão, o que confere uma vertente sisífica ao catar sexual feminino no dia-a-dia. Compare-se este sisifismo, relativo ao Mito de Sísifo, ao aspecto importante de quanto mais orgasmos a mulher obter, no dia-a-dia, menor iniciativa sexual terá.
Quanto a estes aspectos sisíficos, já num artigo de 2010, Implicações da castração edipiana na sociedade capitalista ( Resende, 2010 ), referenciei características sisíficas relativas a um enquadramento da histeria, nas sociedades capitalistas. Refere-se aí que a ameaça edipiana implícita em relação ao homem, e decorrente do mito, será a castração visual, castração visuo-narcísica, em que haverá uma tentativa de fazer regredir o homem psiquicamente, narcisicamente, considerando-se que o aspecto visual está associado à voracidade visual das primeiras fases de desenvolvimento do indivíduo. Ora, na mulher, tendo em conta a primazia da sexualidade na histeria, e o facto de esta ser mais característica na mulher, enquadrada nas características fisionómicas da mesma, ter-se-à que ocorrerá uma castração visuo-narcísica, com respectiva sobrecompensação narcísica, que estará subjacente às capacidades multi-orgásmicas da mulher, com dificuldade em obter verdadeira satisfação orgástica. Enquadre-se isto nos relacionamentos sociais tipicamente histéricos, particularmente entre mulheres, e com os homens, em consequência. Ter-se-à que a tendência, psicológica, em particular, multi-orgásmica, decorrerá da sobrecompensação visual associada à castração visuo-narcísica, vista socialmente, em espelho ou imaginada na própria. Considerando que a promiscuidade sexual é característica das mulheres, nas sociedades capitalistas, ter-se-à a tendência de procura e obtenção da visualização do orgasmo feminino. Assim, a mulher procurará restaurar-se narcisicamente pelo orgasmo, próprio e das outras mulheres. Temos, então, o enquadramento sisífico na promiscuidade sexual e na tendência de procura e obtenção da visualização do orgasmo feminino, associados às capacidades multi-orgásmicas da mulher, e isto no sentido da restauração narcísica estar associada ao orgasmo, e visualização do mesmo. O descrito agora faz ainda mais sentido se relacionarmos a castração visuo-narcísica, referida, ao catar sexual feminino, já referenciado quanto ao artigo parcialmente com essa expressão, em que nesse mesmo artigo considera-se que com a variação do surgimento da menstruação nas várias mulheres, ou seja, a mulher não saber quando a outra mulher está menstruada, indagando, eventualmente, de modo visual, sinais como a pintura cosmética, e em que há o sentimento de estar a sugar sexualmente o sangue de outra mulher, o catar sexual feminino surge como uma ameaça de castração, em que a menstruação fará lembrar o sinal depressivo de perda do pénis já efectuada. Para mais, o condicionamento hipnótico típico do catar sexual fará com que a ameaça de castração tenha uma significativa influência. Percebe-se, então, melhor, a relação sisífica entre a castração visuo-narcísica e a restauração narcísica decorrente do orgasmo, e sua visualização, perspectivando-se, ainda, a associação que se pode estabelecer entre a presença do sangue, menstrual, com a amputação precoce imaginada do pénis, e as conotações de morte que lhe estarão relacionadas, como feridas mortais de guerra, de acidentes e outras. Teríamos aqui, poder-se-ia dizer, o luto do pénis perdido, luto esse, pelo descrito, não resolvido.
Continuando, realce-se, antes de mais, o comportamento orgástico tipicamente associado ao dia-a-dia da mulher e as consequências que já mencionei ao nível da identificação da mulher com o instinto de morte.
Também aqueles meus artigos citados nesse sentido, com as referências já descritas, se relacionam com o indicado noutro artigo meu, a saber, O sobrecompensatório na mulher ( Resende, 2012 ), complementando-o importantemente. Neste, refiro, em particular, que o comportamento habitual manifestado, especialmente, por mulheres mais velhas, de pintar o cabelo, cobrindo o cabelo branco e grisalho, sinal manifesto de envelhecimento e velhice, revelam uma espécie de trauma transpessoal de género, o feminino, de não ter contribuído, assim o sentirão, tanto historicamente como os homens, para a sociedade, particularmente a Ocidental. Assim, tentarão sobrecompensatoriamente parecer mais novas, como que tentando afirmar que ainda vão a tempo, tentando denegar que nas suas vidas pessoais não se terão sentido como contribuindo tanto ou compensando tanto aquele sentimento histórico. Ora, o comportamento referido de pintar o cabelo, denegando a velhice, em conjunto com o indicado naqueles dois artigos mencionados primeiramente, como nas restantes descrições, revelarão, importantemente, e de maneira mais ou menos manifesta, um medo relativamente generalizado do género feminino da morte, e importantemente da proximidade da mesma.
Tenha-se em conta que a identificação da mulher com o instinto de morte, já referida, em conjunto com este medo do género feminino da morte, leva-nos a pensar no medo de morte da mulher dela própria, o que nos fornecerá contornos mitológicos Pandóricos, referentes à Caixa de Pandora. Este aspecto também estará presente na citação anterior que fiz de Lacan, quando ele fala em instinto destrutivo, associado ao instinto de morte. Assim é, pois a caixa de Pandora, na mitologia grega, refere-se ao comportamento de Pandora, primeira mulher criada por Zeus e pelos deuses, relativamente a uma caixa misteriosa, onde Zeus metera, em segredo, todos os flagelos e desastres. Esse comportamento, motivado pela curiosidade, foi desobedecer à recomendação de não abrir a caixa, e abri-la. Assim, escaparam-se da caixa os males que atormentam o mundo, acontecendo que quando procurou fechá-la apressadamente, só havia uma coisa lá dentro: a esperança ( Guedes et al., 2004 ). Relativamente ao já dito, quanto à relação entre a mulher e a morte, temos, pois, uma mensagem mitológica de esperança.
Repare-se ainda que Meltzer & Williams ( 1988 ), abordando a apreensão da beleza e o papel do conflito estético na violência, nos dizem que o conflito estético é uma fundação para o desenvolvimento normal, baseado na relação interna mãe-bebé. Ora, o que eu referi anteriormente quanto ao pintar do cabelo como denegação da velhice, tendo nós aqui um conflito estético, aponta consequentemente para um desenvolvimento patológico, tendo, lá está, maior relação com a violência destrutiva do instinto de morte, e com a proximidade dessa mesma morte. Realça-se, agora, o aspecto sincronístico entre uma citação desse mesmo livro de Meltzer & Williams, relacionando conflito estético e violência, e a utilização que eu fiz do mito de Pandora. A citação é: “ Formulation of the aesthetic conflict as an inside-outside problem, as a conflict between what could be perceived and what could only be construed, led directly to the problem of violence as violation: violation of the privacy of internal spaces and their representations. “. Assim, psicanaliticamente, podíamos associar esses espaços internos, e suas representações, assim como a caixa de Pandora, e de forma simbólica, à vagina, ao sexo feminino, o que seria coerente com as características sexuais, e suas consequências, relacionadas com a mulher, descritas neste artigo.
Antes de finalizar, cito um verso, que se refere a uma mulher, de um artista musical estado-unidense famoso, Prince, na sua canção “ Thunder ”: “ Only the children born of me will remain! “.
Finalizando, dir-se-à que a mensagem de esperança, referida no artigo, é de que a mulher deverá ter Amor por ela própria e pelos outros, particularmente, na identificação com o Eros materno.
Bibliografia
Freud, S. ( 1905 ). Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade ( tradução portuguesa ). Edição “ Livros do Brasil “
Guedes, F. et al. ( 2004 ). A Enciclopédia, Vol. 15, p. 6399. Editorial Verbo, S. A.
Jung, C. G. ( 1968 ). The Archetypes and the Collective Unconscious ( 2ª edição ). Routledge & Kegan Paul Ltd.
Lacan, J. ( 1996 ). Escritos. Editora Perspectiva
Meltzer, D. & Williams, M. H. ( 1988 ). The Apprehension of beauty: the role of aesthetic conflict in development, art and violence. Perthshire: Clunie Press. In Google Livros ( consultado em Novembro de 2013 )
Resende, S. ( 2008 ). Masturbação feminina no dia-a-dia: suas implicações psicológicas e comportamentais em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 12/11/2008
--------------- ( 2010 ). Implicações da castração edipiana na sociedade capitalista em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 16/11/2010
--------------- ( 2012 ). Orgasmo feminino enquanto “ pequena morte “ ( la petite mort ) em www.psicologado.com ( proposto a 05/2012 )
--------------- ( 2012 ). Catar sexual feminino enquanto fobia social em www.psicologado.com ( proposto a 06/2012 )
--------------- ( 2012 ). O sobrecompensatório na mulher em www.psicologado.com ( proposto a 12/2012 )
Relacionam-se, neste artigo, as características sexuais envolvidas na teleportação psíquica, e sua elicitação externa, particularmente no histérico e histérica, e tal como descrevi no artigo da teleportação referido abaixo, com as características sexuais envolvidas no controlo externo da mente, tal como apontado por Wilhelm Reich, referenciando, ainda, a corroboração destas ideias por parte de Sigmund Freud, corroboração essa na linha das descrições que faço, em dois artigos meus. Essencialmente, estabelece-se relação entre sexualidade e dependência externa de outrém.
Relaciona-se, então, condicionamento hipnótico, no enquadramento do catar sexual feminino, do artigo Catar sexual feminino enquanto fobia social ( Resende, 2012 ), e o referido no artigo Características psicológicas específicas da teleportação psíquica enquanto viagem entre mundos paralelos ( Resende, 2013 ). No primeiro, refiro que esse catar diz respeito ao sentimento de estar a sugar sexualmente outra mulher, nos comportamentos sociais tipicamente sexualizados entre mulheres, com um condicionamento hipnótico implícito. No segundo dos artigos, tem-se em conta a sugestionabilidade, enquanto traço de carácter histérico, e o transe meditativo, característico da teleportação psíquica, enquanto relacionados com o condicionamento hipnótico característico do catar sexual feminino, já referido, e, como se diz nesse artigo, consideram-se também as características sexuais da sugestionabilidade referida, como ainda no sentido de outro traço de carácter histérico, neste caso, de conversão, da regressão da acção ao pensamento erotizado, em que o pensamento erotizado é reforçado pelas fontes de sugestão. Digo ainda que isto concorrerá para que externamente seja mais fácil elicitar a teleportação psíquica.
Ora, é aqui que entra o tema do controlo da mente, particularmente de modo externo, e o estudo do mesmo controlo. Refira-se, neste contexto, Al Bielek, autor bastante associado ao Projecto Montauk, projecto estado-unidense ultra-secreto, estando este relacionado com viagens no tempo e controlo mental. Isto poderá ser visto na Internet, no website do YouTube, no Canal de Jeff Webber, introduzindo o título Al Bielek: The Montauk Project ( Full Length ), em www.youtube.com/watch?v=Oa9qEwcZZqo.
Esse autor faz referência que Wilhelm Reich, quando foi para os E. U. A., foi contactado pela C. I. A., estabelecendo-se um contracto secreto entre eles, de cinco anos. Os serviços secretos estado-unidenses estavam interessados em saber quais as características do controlo da mente, e quais seriam as características psicológicas relativas às quais se poderia efectuar maior controlo da mente. Reich, depois de investigar, disse-lhes que o ponto de maior vulnerabilidade para controlo externo da mente era o ponto do orgasmo. Mais disse, que isso era particularmente verdadeiro para os homens, mas que para as mulheres havia a particularidade de a maior vulnerabilidade nesse sentido era o ponto orgástico em relações homossexualizadas, ou seja, relações particularmente sexualizadas entre mulheres.
Ora, como foi dito que a maior facilidade externa de elicitar a teleportação psíquica estará relacionada com uma sugestionabilidade sexualizada, e nas mulheres, particularmente, em relações sociais particularmente sexualizadas entre elas, com o condicionamento hipnótico associado, no contexto do catar sexual feminino, ou o sentimento de estar a sugar sexualmente outra mulher, é de ver a coerência do que eu descrevi e as ideias e observações de Wilhelm Reich em relação ao controlo, externo, da mente.
Esta coerência, e relação estabelecida, é particularmente mais acentuada no caso do histérico, e histérica, e quanto às relações sexualizadas e homossexualizadas entre mulheres.
É de notar que Reich, em seu The function of the orgasm ( Reich, 2009 ), não descreve estes aspectos relativos ao controlo da mente, na sua associação com o orgasmo ou ponto orgástico, o que será compreensível, já que, muito plausivelmente, aquelas conclusões do autor terão sido apenas partilhadas com a C. I. A., tendo sido expostas posteriormente por outros autores, como Al Bielek. Refira-se apenas deste livro que Reich via a gratificação orgástica como uma descarga bioeléctrica, seguida de uma desintumescência mecânica. Em geral, vê nas perturbações orgásticas as bases para desenvolvimentos psicopatológicos, e em que considerando a mente e corpo uma unidade funcional e antitética, indica que a função da energia biológica é expressa na função do orgasmo ao nível do funcionamento psicofísico, tendo em conta que quer corpo quer mente funcionam na base de leis biológicas.
Destaque-se, agora, o descrito em dois artigos meus, um deles já mencionado, a saber, Masturbação feminina no dia-a-dia: suas implicações psicológicas e comportamentais ( Resende, 2008 ) e Catar sexual feminino enquanto fobia social ( Resende, 2012 ), para depois relacionar os mesmos artigos com o indicado por Sigmund Freud, em Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade ( 1905 ), relação essa muito pertinente para o presente artigo.
De Catar sexual feminino enquanto fobia social, realça-se que esse catar dirá respeito ao sentimento por parte da mulher de estar a sugar sexualmente outra mulher, nos comportamentos sociais tipicamente sexualizados entre mulheres, com um condicionamento hipnótico implícito, como já se disse. No outro dos artigos, faço a referência ao hábito diário do comportamento masturbatório feminino, e às suas implicações psicológicas e comportamentais, com o hábito da fêmea humana de se excitar e de se masturbar em qualquer local que se encontre, através da sua musculatura vaginal e pélvica, até atingir o clímax, num movimento paroxístico. Indica-se que já Freud, nos Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade, nos falava da satisfação sexual sentida pela rapariguinha contraindo os braços entre as pernas, como contraforça, realçando a prevalência deste tipo de comportamento. Ora, refere-se, ainda, que na observação quotidiana, em relação a estes comportamentos masturbatórios, estão as eventuais ocorrências de um “ engolir em seco “, aquando do clímax, e, muito importante, as ocorrências de comportamentos sonolentos, como o bocejar, aquando do clímax, em que a mulher ou a rapariga começam a ficar com sono, sendo de realçar a proximidade entre o clímax e os comportamentos sonolentos. Destacando, nestes comportamentos, que por mais satisfação sexual que se obtenha, a capacidade multi-orgásmica, o comportamento de “ engolir em seco “ e o comportamento sonolento não diminuem, indicando que a plena satisfação sexual não é obtida, e persistindo os comportamentos masturbatórios, realçam-se, sobremaneira, e muito pertinentemente para o presente artigo, as indicações de S. Freud ( 1905 ), quando ele nos fala da satisfação sexual associada ao sono, como sendo uma regressão, em que a mulher regressa como que a um estado intra-uterino, em completa dependência de outrém.
Pelo dito, em particular a dependência referida, no contexto do descrito, vemos, pois, um apoio Freudiano às ideias do presente artigo, à sua essência, que será a relação entre sexualidade e dependência externa de outrém, onde se enquadram a elicitação externa da teleportação psíquica e o controlo externo da mente.
Finalizando, como é de ver, temos, pois, características semelhantes na teleportação psíquica, ou sua elicitação externa, e no controlo externo da mente.
Bibliografia
Freud, S. ( 1905 ). Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade ( tradução portuguesa ). Edição " Livros do Brasil "
Reich, W. ( 2009 ). The function of the orgasm. Souvenir Press
Resende, S. ( 2008 ). Masturbação feminina no dia-a-dia: suas implicações psicológicas e comportamentais em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 12/11/2008
--------------- ( 2012 ). Catar sexual feminino enquanto fobia social em www.psicologado.com ( proposto a 06/2012 )
--------------- ( 2013 ). Características psicológicas específicas da teleportação psíquica enquanto viagem entre mundos paralelos em www.psicologado.com ( proposto a 08/2013 )
www.youtube.com/watch?v=Oa9qEwcZZqo – Al Bielek: The Montauk Project ( Full Length ) ( consultado em Novembro de 2013 )
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