Neste artigo, estabelecem-se relações espaço-temporais e filo-psíquicas em relação ao pensamento, elaborando-se quanto à qualidade do mesmo, por contraponto à quantidade, ou seja, à velocidade da transmissão neuronal.
Tem-se que, no pensamento, há diferenciação entre o aspecto quantitativo da velocidade da luz nos neurónios e o aspecto qualitativo do pensamento, que ultrapassa em importância, para o pensamento, a velocidade da luz dos neurónios, com o exemplo da percepção de estímulos externos ser antecipada mentalmente, pensativamente, e a capacidade de planeamento, reflexão, ser mais evoluída do que a simples transmissão neuronal. Temos que a qualidade do pensamento ultrapassa a velocidade da quantidade do pensamento.
Na caracterização quântica dos pensamentos, o pensamento caracterizar-se-à mais por saltos quânticos, alterações dos estados quânticos, em que no neurónio há a transmissão da informação através de saltos através da mielina. No contexto, há como que uma prossecução da mielinização do pensamento, em que há o acentuar da qualidade do pensamento e não tanto a quantidade, da velocidade da luz dos neurónios.
Noutra perspectiva, considera-se que o sujeito à velocidade da luz, fica, relativamente ao ponto de origem, mais novo, tornando-se, portanto, um viajante do tempo. Considerando que quando olhamos para as estrelas, é como se estivéssemos a observar o passado, já que a luz das estrelas, viajando à velocidade da luz, demora um certo tempo a chegar à Terra, podemos hipotetizar que a “ informação fotónica pensativa “, de um observador a partir das estrelas, hipoteticamente telepático, cuja transmissão telepática tem em conta o futuro da mesma, mesmo do Big Bang, ou, actualmente, perto dele, chega inversamente ao início da “ mensagem fotónica “, já que esta informação como que viajou no tempo. Tendo em conta as considerações, tem-se que a informação mais antiga, mais distante, chega em primeiro lugar do que a mais recente, mais perto, em que o pensamento qualitativo tem mais primazia do que o pensamento quantitativo. Esta ideia da inversão da chegada da informação ( ou observador ) é-nos dada por Paul Davies, em seu Como construir uma máquina do tempo ( 2003 ), quando aborda a viagem mais rápida do que a velocidade da luz.
É esta noção da inversão da chegada da informação que faz a passagem da quantidade do pensamento, ao nível da transmissão dos impulsos neuronais, à qualidade do pensamento, já que permite perceber a capacidade de antecipação, planeamento e reflexão mentais.
Quanto à luz das estrelas, no passado, o pensar em relação às mesmas, leva a que a mensagem pensativa chegue primeiro do que a luz, considerando nós, aqui, um contexto exopsicológico, ou o estudo psicológico da relação entre seres humanos e extraterrestres, em que se tem noção das capacidades mentais telepáticas de raças extraterrestres, como pode ser perspectivado na literatura ovnilógica variada, como Sequestro ( 1994 ), de John Mack ( psiquiatra ) e The Custodians – Beyond Abduction ( Cannon, 2001 ). Ou seja, há uma diminuição da perspectiva do passado e um avançar para o futuro. Será coerente, então, que quanto mais longe a estrela mais perto em termos de tempo, e quanto mais perto, mais longe em termos temporais, e isto em termos de pensamento.
É de relacionar estas ideias com o meu artigo Relações espaço-temporais dos psemes e psitrões no contexto exopsicológico e da Teoria do Tudo em Psicologia ( Resende, 2012 ), em que se conclui que há correlação inversa entre psitrões do tempo e psitrões do espaço. Importantemente, indica-se a coerência desta ideia, e do artigo referido, por consequência, já que na Física considera-se que o espaço e o tempo têm sinais opostos, como Richard Gott III refere, no contexto das viagens do tempo para o futuro, no seu livro Viagens no tempo no Universo de Einstein ( 2001 ).
Mas veja-se mais em pormenor as relações espaço-temporais dos psitrões, tal como descrevi no meu artigo das Relações espaço-temporais, já referido, considerando psitrões enquanto partículas psicológicas que subjazem os psemes, ou unidades psicológicas de transmissão intergeracional, que se constituem enquanto complexos inconscientes.
Temos, pois, a conceptualização dos psemes enquanto unidades psicológicas espaço-temporais, constituídas por psitrões. Temos os psi enquanto unidade temporal e espacial do pseme e psitrão, em que o psitemp será a unidade psemética temporal e o psiesp a unidade psemética espacial. Haverá uma escala de utilização dos psitemps que vai do maníaco, histérico, obsessivo ao deprimido, em que cada vez menos unidades tempo-mentais são utilizadas, indo-se da aceleração temporal do maníaco à lentificação temporal do deprimido. Postula-se uma correlação inversa entre unidades tempo-mentais e unidades espaço-mentais, em que quanto mais psitemps menos psiesps, e vice-versa. Exemplarmente, dado um determinado trajecto de A a B, a maior utilização temporal do maníaco induz sentimentos de menor distância a percorrer enquanto que a menor utilização temporal do deprimido induz sentimentos de maior distância a percorrer. Já o histérico utiliza bastantes unidades tempo-mentais, daí o tempo passar rápido, e menos unidades espaço-mentais vai tendo. Daí a correlação do histerismo com o capitalismo, e com o seu extremo, o expansionismo imperialista, precisamente devido à necessidade de unidades espaço-mentais. Quanto ao obsessivo, o mesmo utiliza bastantes unidades espaço-mentais, que se poderá relacionar com a presença obsessiva de estrelas no céu ( como observado ) e Espaço Sideral, e com a União Soviética e com a Revolução Russa, associando-se tipicamente, claro está, a obsessão com o comunismo. Isto, do ponto de vista exopsicológico, em que haverá uma mensagem alienígena, de terraformação e de influência nas sociedades humanas, com o tamanho da União Soviética e da Rússia, associado à vastidão do inconsciente, sendo a Rússia, de longe, o maior país do planeta Terra, e havendo menos unidades tempo-mentais, portanto. Haverá necessidade de unidades tempo-mentais, que se relacionará com a necessidade de imortalidade simbólica, e com o facto de o obsessivo ser tendencialmente masculino, e de, predominantemente, as obras científicas, literárias, filosóficas, de arte, etc., que foram sendo deixadas, serem precisamente de homens. Conclui-se, pois, da correlação inversa entre os psemes e psitrões enquanto unidades espaço-mentais e enquanto unidades tempo-mentais, ou seja, correlação inversa entre os psitemps e os psiesps.
Continuando, em relação ao pensamento, à mensagem “ electrónica “ pensativa, é de considerar que a qualidade do pensamento é mais rápida do que a luz, nos neurónios, o que é de relacionar com a perspectiva da Física, de que se se viajar mais rápido do que a luz, chegar-se-à antes de se ter partido, andando para trás no tempo, invertendo causa e efeito e o antes e o depois ( Davies, 2003 ). Ou seja, a qualidade do pensamento implica que quanto melhor qualidade tiver o pensamento mais o mesmo tem em consideração e influência do futuro, já que a informação é transportada do futuro para o passado, o que podemos dar o exemplo do visionário.
Isto também implica, considerando-se o artigo das relações espaço-temporais já referido, na correlação inversa entre psitrões do espaço e psitrões do tempo, que haverá menos espaço psíquico utilizado em relação ao passado, perspectivando maior eficiência psíquica.
Já tendo em conta o meu artigo Etologia e filopsiquismo ( Resende, 2012 ), isto aponta para que quanto maior fôr a qualidade do pensamento menos influência terá do passado e menos determinado pelo passado será. Isto, considerando-se, no artigo, que quanto mais relação psíquica com o passado mais determinado é-se por ele. Tenha-se em conta, também, que no mesmo artigo, serão a maioria dos sujeitos, mais medianos, na curva normal de Gauss, que têm mais relação com o passado, ao nível dos padrões psicológicos, realçando-se o aspecto normativo mediano, associados a padrões inatos de acção, ou seja, tendo em conta a filogénese no psiquismo humano, como consideram, por exemplo, as perspectivas Comportamentalista e Junguiana, particularmente com o conceito de Jung de inconsciente colectivo. Deste modo, compreende-se melhor que o visionário, por exemplo, se afaste da mediania.
Finalizando, diga-se que á apoiada a ideia da relação inversa entre espaço e tempo, a nível psicológico, como também a ideia de que quanto melhor qualidade tiver o pensamento, mais influência o mesmo tem do futuro, não sendo tão influenciado pelo passado, não sendo tão determinado pelo mesmo.
Bibliografia
Cannon, D. ( 2001 ). The Custodians – Beyond Abduction. Ozark Mountain Publishers
Davies, P. ( 2003 ). Como construir uma máquina do tempo. Gradiva
Gott III, J. R. ( 2001 ). Viagens no tempo no Universo de Einstein. Edições quasi
Mack, J. E. ( 1994 ). Sequestro ( tradução portuguesa ). Lisboa: Temas da Actualidade, D. L.
Resende, S. ( 2012 ). Etologia e filopsiquismo in Artigos vários de Psicologia em www.infogestnet.com, Todos os Arquivos/Livros/ Artigos vários de Psicologia ( 2013 )
Resende, S. ( 2012 ). Relações espaço-temporais dos psemes e psitrões no contexto exopsicológico e da Teoria do Tudo em Psicologia in Artigos vários de Psicologia em www.infogestnet.com, Todos os Arquivos/Livros/ Artigos vários de Psicologia ( 2013 )
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