Exopsicologia e ascensão universal
Neste artigo, fala-se da relação entre características psicológicas, psicofísicas, e o fenómeno da ascensão universal.
Assim, interessa-nos um artigo de Michael Salla ( 2014 ), a saber, From contact to ascension: extraterrestrial contact as a prelude to universal ascension, que é baseado num livro de Gesanna, From Contact to Ascension – Timely Messages From the Intergalactic Board of Council.
Fala-se na vindoura ascensão do Universo, Terra incluída, e dos humanos, para dimensões superiores, em particular da primeira, segunda e terceira dimensões, ou tríade inferior, para a quinta, sexta e sétima dimensões, ou tríade superior. Isto, será baseado na livre escolha de cada um, de cada espírito, em que se poderá passar da consciência dual, ou de dualidade, para consciência singular, ou de singularidade. Quem decidir não ascender, permanecendo na tríade inferior, migrará para mundos num novo universo físico onde encarnarão em novos corpos e tornar-se-ão criadores de novos sistemas de valores dualísticos para os mundos que habitarão, em que temos que a consciência dual caracteriza-se por valores baseados no certo/errado, bom/mau, e que na consciência singular toda a vida está interligada e desenvolve-se em harmonia.
Salla fala depois na possibilidade física, das partículas, da ascensão acontecer, dizendo que o bosão de Higgs, e o campo de Higgs, estudados pela Física, permitirão a possibilidade de o universo físico actual colapsar, desenvolvendo-se depois, então, para a ascensão, para outra realidade dimensional. É que o bosão de Higgs, e o campo de Higgs, como também se pode ver na wikipedia ( Higgs boson ) e wikipédia ( bosão de Higgs ), estão relacionados com a força unificadora das partículas elementares, já que é a interacção das partículas elementares com o campo de Higgs que fornece a massa a essas partículas elementares. Assim, considerando sobremaneira que o campo de Higgs e a sua partícula é bastante instável, e tendo o campo de Higgs por todo o Universo, poder-se-á ver como poderá haver o colapso da realidade física, permitindo a ascensão.
Resuma-se agora o meu artigo Teoria do Tudo em Psicologia e as forças fundamentais do Universo ( Resende, 2012 ), onde relaciono o bosão de Higgs e o campo de Higgs com a organização borderline, por os primeiros permitirem partículas estarem no mesmo local, no mesmo estado quântico ( ver as referências da wikipedia e wikipédia, já mencionadas ), e a organização borderline permitir a existência de duas organizações de personalidade ao mesmo tempo, a psicótica e a neurótica, acentuando-se também a alta instabilidade do bosão e campo de Higgs como da organização borderline.
Assim, procurando relacionar a Psicologia com a Teoria do Tudo em Física, ou seja, com a procura e unificação das forças fundamentais do Universo, relaciona-se aquela Psicologia com as forças fundamentais do Universo, a saber, a gravidade, o electromagnetismo e as forças nucleares forte e fraca. Conceptualiza-se, então, o átomo, com seu núcleo de protões e neutrões, e a nuvem electrónica, de electrões à volta do núcleo. Refiro-me, então, ao meu artigo A agorafobia enquanto perturbação obsessiva, para considerar que a obsessão relaciona-se particularmente com fenómenos agorafóbicos, em que o indivíduo obsessivo tem mais dificuldade em lidar com falta de referências, de detalhes. Deste modo, o obsessivo lida melhor com fenómenos claustrofóbicos, já que se dá bem com a presença de estímulos referenciais. Assim podemos aproximar o fenómeno obsessivo da existência nuclear, com o núcleo, mais ou menos apertado, de protões e neutrões, e associar, assim, a obsessão com as forças nucleares forte e fraca. Continuando este resumo, tem-se em conta depois outro artigo meu, A claustrofobia enquanto perturbação histérica, para considerar que o histerismo está relacionado com fenómenos claustrofóbicos, em que o histérico tem dificuldade em lidar com a presença dos referenciais, os quais são sentido como perto demais. Assim, o histérico lida melhor com fenómenos agorafóbicos, já que se dá bem com a ausência de estímulos referenciais. Deste modo, podemos aproximar o fenómeno histérico da existência da nuvem elctrónica, de electrões à volta do núcleo, e associar, assim, o histerismo ao electromagnetismo, fenómeno este que se coaduna bem com as características relacionais histéricas de energéticas relações sociais. Já a gravidade tem particular relação com o fenómeno depressivo e/ou depressão, em que psicologicamente e psicomotrizmente o indivíduo se encontra abatido, sendo até verificável na própria postura, em que se pode entender que há um campo gravitacional particularmente grave, mais acentuado. Aproxima-se, depois, o psicótico ao fenómeno da não-localidade, postulado pela Física, em que a denegação, a desrealização, a despersonalização remetem para a consideração da não existência estrita do real local, o que em conjunto com a projecção maciça remetem para características não-locais, que a Física considera como sendo a presença em mais do que um local da mesma partícula. Relaciono posteriormente o fenómeno borderline, ou estado-limite, com uma partícula e campo particulares, o de Higgs, em que temos que a interacção do campo de Higgs com outras partículas elementares fornecerá a massa a essas mesmas partículas elementares. Tem-se, ainda, importantemente, que há uma característica do bosão de Higgs, no enquadramento do Modelo Standard, que a permite relacionar com o fenómeno borderline, que é dessa partícula permitir múltiplas partículas existirem no mesmo local, no mesmo estado quântico. Ora, isto aproxima-se da característica do estado-limite de ter múltiplas organizações de personalidade como a caracterizando simultaneamente, particularmente a neurótica e a psicótica. Outro paralelo que se estabelece é o de a partícula ou bosão de Higgs ser muito instável e o facto de algo que caracteriza o borderline ser a sua instabilidade. Destaca-se, finalmente, neste resumo, a consideração de Bergeret ( 1997 ) de que o fenómeno borderline caracterizará mais de 50% da população europeia, e a asserção de Coimbra de Matos ( 2007 ) de que o fenómeno borderline não cessa de expandir nas sociedades modernas.
Baseado neste artigo, agora resumido, temos outro artigo meu, a saber, Teoria do Tudo em Psicologia, as forças fundamentais do Universo e a relação exopsicológica com a presença alienígena na Terra ( Resende, 2012 ). O mesmo é uma contribuição exopsicológica para tentar perceber a relação borderline-depressividade, e a cada vez maior expansão quer do fenómeno borderline quer do fenómeno depressivo, como se pode ver mais à frente. É agora de referir que alguns investigadores, particularmente no campo da ovnilogia, analisam os fenómenos terrestres de tal modo que indicam que as alterações climáticas e geoclimatéricas, como o buraco de ozono e o aquecimento global, ou indicando a maior ou menor prevalência de terramotos, cheias, erupções vulcânicas e outros fenómenos, estarão precisamente a ocorrer de modo provocado, por engenharia geoclimatérica, por parte de entidades alienígenas ou conluios humanos-E.T.s, para que clima na Terra seja mais propício a essas entidades extraterrestres, de modo a permanecerem mais adaptados na Terra. Será neste sentido, e num contexto exospsicológico, que se estabelecerá a relação borderline-depressivo e/ou deprimido, de borderlines para depressivos e/ou deprimidos, através da manipulação bosónica, aumentando a gravidade nos deprimidos e/ou depressivos. Muito possivelmente, e num contexto exopsicológico, isso far-se-á para ir controlando o tipo de gravidade que se sente na Terra, para poder acomodar extraterrestres que eventualmente provenham de planetas com maior ou menor gravidade do que a Terra. Assim, será induzida depressão ou fenómenos depressivos, para se efectuar esse controlo, controlando os indivíduos depressivos e/ou deprimidos, mas a partir de indivíduos borderline. Provavelmente, o controlo geral para este fenómeno será através da manipulação do bosão de Higgs. Isto pelas relações psíquicas que haverão entre seres humanos e extraterrestres, uma espécie de consciente e inconsciente cósmicos. Ou seja, haverá manipulação bosónica ( de Higgs ) ao nível psíquico dos humanos, para que a nível mais ou menos psicológico dos E.T.s, haja a percepção psíquica de maior ou menor gravidade, em que provavelmente os diversos tipos de E. T. controlarão esse fenómeno mais ou menos conscientemente. Agora, para atestar, neste resumo, da crescente expansão do fenómeno depressivo, citam-se, no mesmo artigo, dois estudos a darem essas indicações, um do Centro de Controlo de Doenças e Prevenção, de 2006, instituição estado-unidense, e o outro da Organização Mundial de Saúde, de 2011.
Agora, pertinentemente para o presente artigo, temos ainda outros dois artigos meus, a saber, A religião enquanto fenómeno borderline – perspectiva psicodinâmica ( Resende, 2010 ) e Pequeno complemento a A religião enquanto fenómeno borderline – perspectiva psicodinâmica ( Resende, 2012 ). No primeiro, consideram-se as características que fazem justificar um quadro borderline, particularmente as características psicóticas e neuróticas, para aplicá-las à religião. Tem-se a clivagem do self com o mundo exterior, que neste caso se fará através da instância superegóica. Haverá uma clivagem entre a imago superegóica materna e a imago superegóica paterna. A imago materna caracterizar-se-á pela idealização positiva, que faz com que haja o contacto e propagação da religião, através da conhecida característica contagiante do histerismo, lá está, mais característico nas mulheres, contágio esse efectuado através da identificação histérica. A imago paterna caracterizar-se-á pela idealização negativa, em que há a identificação com um Deus ( por exemplo no Cristianismo ) a quem é devido temor e servidão, assim como também com características vingativas, como no caso de não se acreditar na fé religiosa, cuja consequência é o Inferno. Nas características descritas, teremos a linha neurótica, que se vê claramente no medo de retaliação por parte de Deus, condenando o indivíduo ao Inferno, o que nos remete para a angústia de castração, tão característica da neurose. Como já vimos, a linha neurótica também está presente no histerismo com a sua identificação histérica. É neste sentido descrito que se fará o contacto do self com o mundo exterior. Este self estará ele próprio clivado, o que nos remete para as características psicóticas do quadro borderline religioso. Por um lado, parte do self caracteriza-se pela idealização positiva, com necessidades afectivas efectivas, buscando satisfazer as mesmas, o que far-se-á pelo contacto e permanência das ligações religiosas, sejam elas sociais, grupais ou institucionais. Por outro lado, a outra parte do self terá características de idealização negativa, com medo de retaliação e caracterizada por sentimentos masoquistas de necessidade de castigo. Pelo descrito, vemos as relações entre as idealizações positivas da imagem superegóica materna e parte do self, em que a necessidade de satisfazer as carências afectivas se relacionam com a ligação e propagação religiosa. Também são indiciadas as relações entre as idealizações negativas da imago superegóica paterna e a outra parte do self, com as necessidades masoquistas de castigo ligadas à angústia de castração. Dir-se-á ainda que as carências afectivas, na idealização positiva, estão mais ligadas às tendências depressivas, enquanto que na idealização negativa, a necessidade de castigo e a angústia de castração estão mais ligadas à ansiedade. Já no segundo dos artigos, acrescenta-se a referência ao Segundo Advento, da religião cristã, com a vinda do Anti-Cristo realizando o Juízo Final, em que reparamos na vinda anterior do Salvador, implicando esta diferença, no afastamento de uma figura divina, e central na religião cristã, dos seus crentes cristãos. Ora, este afastamento temporário remete-nos para uma angústia de separação, que é característica precisamente de um quadro borderline. Temos, pois, que esta angústia, presente particularmente na religião cristã, vem fundamentar o fenómeno religioso borderline, descrito anteriormente.
Temos, pois, borderlines com clivagem entre self e mundo exterior, cuja relação com esse mundo se fará pelo superego, como proposto no primeiro artigo mencionado acerca da religião, e em relação à religião, lembrando que esta religião estará enquadrada nos aspectos tradicionais e de costumes geralmente associados ao superego. A clivagem entre self e mundo exterior do borderline é-nos indicada, por exemplo, por Bergeret ( 1997 ), em seu A personalidade normal e patológica, citando O. Kernberg, também com referência às já mencionadas idealização positiva e idealização negativa.
Por tudo dito, já que a ascensão terá que ser por livre escolha de cada espírito, dever-se-á diminuir a influência da religião nas sociedades, diminuindo a influência borderline, pela diminuição da influência da massa psíquica, que contribuirá para a influência destes indivíduos, particularmente na propagação religiosa, e enquadrada nas tendências depressivas habitualmente associadas ao borderline, contextualmente com acentuações gravitacionais, para que aqueles caracterizados pelo fenómeno borderline, particularmente através da religião, não sejam obrigados a ascender contra a sua vontade, particularmente pela influência de outros borderlines religiosos, pela sua ligação religiosa, nem que obriguem alguém a ascender contra a sua vontade, com os campos gravitacionais depressivos dos borderline a poderem contribuir para essa eventualidade, através e em consequência da alteração do campo de Higgs ao nível universal. Isto permitirá estabelecer o contributo humano para a ascensão universal, também com a diminuição borderline na causação de fenómenos depressivos e depressões, com seus campos gravitacionais particularmente acentuados, permitindo o colapso da realidade física e a ascensão, particularmente pela redução acentuada da tensão gravitacional.
Bibliografia
Bergeret, J. ( 1997 ). A personalidade normal e patológica. Climepsi Editores
Coimbra de Matos, A. ( 2007 ). O desepero: aquém da depressão. Climepsi Editores
Resende, S. ( 2010 ). A religião enquanto fenómeno borderline – perspectiva psicodinâmica em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 09/03/2010
--------------- ( 2012 ). Pequeno complemento a A religião enquanto fenómeno borderline – perspectiva psicodinâmica em www.psicologado.com ( proposto a 08/2012 )
--------------- ( 2012 ). Teoria do Tudo em Psicologia e as forças fundamentais do Universo em www.psicologado.com ( proposto a 11/2012 )
--------------- ( 2012 ). Teoria do Tudo em Psicologia, as forças fundamentais do Universo e a relação exopsicológica com a presença alienígena na Terra em www.psicologado.com ( proposto a 11/2012 )
Salla, M. ( 2014 ). From contact to ascension: extraterrestrial contact as a prelude to universal ascension em Galactic Diplomacy em exopolitics.org/from-contact-to-ascension-extraterrestrial-contact-as-a-prelude-to-universal-ascension/, consultado em 05/04/2014
Referências de Internet
Wikipedia. Higgs boson em en.wikipedia.org/wiki/Higgs_boson, consultado em 22/07/2014
Wikipédia. Bóson de Higgs em pt.wikipedia.org/wiki/Bóson_de_Higgs, consultado em 22/07/2014
Indução borderline
Depois de se resumirem alguns artigos meus relacionando características psicológicas e características físicas, ou astrofísicas, em particular relacionados com a Teoria do Tudo em Psicologia, para melhor enquadrar o presente artigo, fazem-se posteriores elaborações acerca da indução borderline, particularmente ao nível das massas.
Assim, em Segundo complemento a O sobrecompensatório na mulher ( Resende, 2014 ), faz-se um complemento ao meu artigo O sobrecompensatório na mulher, no qual se indica que na linha da questão básica da mulher da inveja do pénis, ocorrem sobrecompensações várias, para compensar a falta do pénis, este enquanto falo, com sobrecompensações falo-narcísicas, com a histeria mais tipicamente feminina, tendo uma organização básica oro-fálica. Refere-se, de Dicionário de Psicopatologia da Criança e do Adolescente, de Houzel, Emmanuelli & Moggio, que, segundo D. Anzieu, no contexto do ego-pele e envelopes psíquicos, na patologia histérica, ocorrem falhas ao nível do escudo para-excitações e individuação, que lhes estão associados, por constituirem a base destas funções, estabelecendo precocemente a relação do indivíduo com o mundo exterior. Verifica-se, assim, que no histérico, com estas falhas, há maior dependência de estímulos externos. Ainda daquele outro artigo, há indicações que no uso de acessórios, em particular, brincos, colares e pulseiras, há a ocorrência das sobrecompensações referidas, em que se conclui que a utilização de acessórios estará relacionada com um sentimento de inferioridade narcísica, em que adornos e importância excessiva atribuída ao aspecto externo compensarão esse sentimento. Deste modo, temos, para o artigo agora resumido, que o gosto bastante predilecto de mulheres, de resto conhecido, em particular da histérica, sendo a histeria mais tipicamente feminina, de brincos, colares e pulseiras brilhantes, de diamantes, de ouro, etc., revela, na maior dependência dos estímulos externos, uma sobrecompensação em relação à assimilação excessiva da escuridão do espaço sideral, que contribuirá para tendências depressivas na histérica, que tentarão ser contrariadas pelo uso de tais acessórios. Em relação ao sentimento de inferioridade narcísica, referido anteriormente, dir-se-á que as tendências depressivas originadas na escuridão do espaço sideral causarão uma diminuição correspondente da auto-estima, que surgirá, intui-se, da vastidão desse mesmo espaço, em que teremos, precisamente, a mulher a sentir-se pequena, ou demasiado pequena.
Já em Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia ( Resende, 2011 ), indica-se que somos nós, humanos, que pensamos as teorias, devendo-se ter isso em conta ao pensar na influência que o Universo exerce sobre o pensamento humano, como sobre as emoções, relacionamentos, etc.. Considera-se, então, que quando há um amor não correspondido, amor dado não correspondido, ou pouco correspondido, temos uma situação em que um dos elementos em questão atrai mais do que o outro. Transpondo para a Física, na Teoria do Tudo, teríamos um paralelo, em que há uma estrela, por exemplo, que exerce maior atracção sobre um planeta do que o planeta exerce sobre a estrela. Correlacionando, teremos, pois, que o elemento depressígeno do amor não correspondido como que caracteriza a relação entre estrelas e planetas. Sendo assim, os sistemas solares caracterizam-se pela depressividade, em que, pelos movimentos de translacção, teremos uma depressividade cíclica, depressividade cíclica esta, também enformada nos movimentos de rotação, revolução, na criação de dia e noite, com a noite a ter mais carácter depressivo do que o dia, acrescente-se. Deste modo, temos uma entrada e saída da depressão, correspondendo isso, pois, a movimentos relacionais maníaco-depressivos. Ainda, tendo em conta que a patologia maníaco-depressiva constitui-se enquanto psicose, teríamos que os sistemas solares exercem uma influência psicotizante sobre o ser humano. Ademais, e sequenciadamente, no desenvolvimento humano, teremos que o afastamento e aproximação das galáxias umas das outras, remete-nos para uma angústia borderline, particularmente, a angústia de separação, que mais lhe caracteriza. Ainda, a expansão do Universo, com o afastamento dos seus limites, acentua esta angústia borderline, pela angústia e ansiedade de separação presentes. De seguida, e entrando já na organização neurótica, citam-se alguns físicos como Abdus Salam, Michio Kaku e Steven Weinberg, que nos dizem, acerca da busca da unificação das forças fundamentais, que a supersimetria é a proposta final para uma completa unificação de todas as partículas e mesmo que a simetria será o elo perdido da Física. Assim, tendo em conta estas considerações sobre a simetria, perspectivam-se as caracterizações de Jean Bergeret sobre as fases de desenvolvimento psicossexual, particularmente a fase genital, portanto neurótica. Em relação a ela, ele estabelece características tipicamente genitais como o respeito pelo outro e a capacidade de dádiva e como a capacidade de união afectiva, podendo nós ainda nos referir ao sentimento de reciprocidade e à cooperação, ao invés da interdependência. Temos, pois, este paralelo entre características de natureza física e características psicológicas, notando-se a passagem da assimetria inicial relativa à psicose para a simetria final relativa à neurose.
Em Segundo complemento a Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia: correlatos politico-económicos ( Resende, 2012 ), e voltando à influência psicotizante, no quadro da patologia maníaco-depressiva, que os sistemas solares exercem sobre o ser humano, indicam-se correlatos politico-económicos que consubstanciam as ideias do artigo correspondente já resumido. Consideram-se, no âmbito do capitalismo global actual, características do capitalismo que se têm verificado historicamente. Refiro-me à ciclicidade do desenvolvimento capitalista, em que por um lado surgem não só recessões como depressões económicas e, por outro, euforias mais relacionadas com as bolhas especulativas.
Em Teoria do Tudo em Psicologia: a caminho dos mundos paralelos em Física ( Resende, 2012 ), também se relacionam características psicológicas com características físicas, de partículas, abordando-se a questão dos mundos paralelos. Pressupondo-se determinadas capacidades psicológicas para viajar entre mundos paralelos, haverá necessidade de desenvolvimento mental para o fazer. Nesse sentido, faço referência ao não-seio, que, no contexto da teoria do pensar de Wilfred Bion, nos indica que é potenciador de pensamento. Ora, o não-seio leva-nos a pensar em ausência, e no facto de esta estar implícita naquela capacidade de viajar referida. Noutra perspectiva, o não, que constituir-se-á enquanto importante organizador psíquico, que importará para essa mesma capacidade de viajar, leva-nos a pensar em rejeição. Teremos, então, que, para viajar entre mundos paralelos, trabalhar a ausência e a rejeição psicológicas no viajante. Transpondo da Psicologia para a Física, teremos que a ausência e a rejeição remetem-nos para o conceito de anti-matéria, em que a ausência faz-nos lembrar da ausência de anti-matéria no mundo material universal, e a rejeição faz-nos lembrar a natureza repulsiva da matéria em relação à anti-matéria, em que ambas se juntando se aniquilam mutuamente. Nesse sentido, faz-se referência a uma máquina para transportar o viajante entre mundos paralelos, que terá que ter em conta a anti-matéria e a matéria, que envolverá um processo implosivo, ideia esta de implosão que é apoiada coerentemente por Michio Kaku, no seu Mundos Paralelos. Finalizando o resumo deste artigo, dir-se-á que, psicologicamente, e para uma tendência mais saudável, na questão relacionada com a ausência, o viajante entre mundos paralelos dever-se-á caracterizar por bastante constância objectal, enquanto que no que diz respeito à rejeição, o indivíduo não deverá padecer de angústia de separação, ou seja, não dever-se-á constituir enquanto borderline.
Teoria do Tudo em Psicologia: a caminho do Todo ( Resende, 2012 ) diz-nos que, continuando o estabelecimento de relações entre características psicológicas e físicas, há um paralelo entre o que caracteriza a depressão, com introjecções maciças, e o buraco negro, com a sua absorção maciça de matéria. Tendo em conta que, segundo a Física, pelo menos, a maior parte das galáxias tem um buraco negro no centro, poderemos estabelecer um sentido a caminho do Todo. Assim, o buraco negro, no centro das galáxias, se reportaria à depressão original, que se relacionaria com o útero materno. De seguida, estabelecer-se-á em relação às galáxias o mesmo processo que já foi descrito em relação aos sistemas solares, ou seja, que têm um efeito psicotizante, particularmente pela diferença de tamanho e influência gravítica entre elas e considerando o movimento relativo entre elas. Ainda a caminho do Todo, tem-se a consideração clínica do borderline enquanto personalidade em mosaico, pela incapacidade de contacto entre diferentes elementos da personalidade, estabelecendo nós aqui um paralelo com o multiverso, ou vários universos, postulado pela Física moderna. Seguidamente, numa evolução progressiva, relaciona-se o multiverso com características neuróticas, no caso neurose obsessiva. Nesta, realçam-se mecanismos de defesa tipicamente obsessivos, como o isolamento do afecto e a formação reactiva, sendo esta a manifestação de sentimentos contrários àquilo que o indivíduo realmente sente. Assim, o isolamento diria respeito ao isolamento de cada universo em relação a outros, no multiverso, enquanto que a formação reactiva é reminiscente da relação entre matéria e anti-matéria. Isto implicaria, psicofisicamente, que cada universo de matéria é cercado contiguamente por universos de anti-matéria. Assim, no geral, estabelecem-se relações entre características psicológicas e características físicas, desde os buracos negros do centro das galáxias até às relações entre diferentes universos no multiverso, ou seja, em direcção ao Todo.
Considera-se, agora, que também haverão influências borderline no uso de cabelo humano, no sentido em que o uso de cabelo rabo-de-cavalo, ou simplesmente cabelo comprido, por parte de mulheres, principalmente, mas também por parte de homens, se relaciona psicologicamente com o cometa e sua cauda, quando se aproxima do Sol, e com o facto de a maior parte dos cometas ter origem na nuvem de Oort, que circunda o sistema solar, com esses cometas ciclicamente a saírem dessa zona e a aproximarem-se do Sol, voltando depois para a tal nuvem, realçando-se a ciclicidade ( Nuvem de Oort, Wikipédia ).
É de referir novamente, do artigo já mencionado, Segundo complemento a O sobrecompensatório na mulher, com realce da inveja do pénis e suas consequências sobrecompensatórias, falando-se do uso do cabelo comprido na mulher no sentido de sobrecompensar um sentimento de inferioridade narcísica em relação ao homem, devido à diferença histórica de contribuições várias de uns e outras para as sociedades, ocorrendo então tentativas sobrecompensatórias de tentar engrandecer o cérebro e a cabeça. Relaciona-se, então, a inveja do pénis e a menstruação, no sentido em que mulheres mais velhas, pós-menopáusicas, perdendo a menstruação perdem o motivo psicológico de sentimentos de inferioridade em relação ao homem, relacionados com a inveja do pénis e menstruação, em que esta é fantasiada como derivada da perda do pénis já efectuada na relação precoce, perda de motivo essa evidenciada, então, no uso habitual nestas mulheres mais velhas de cabelo curto, não tentando engrandecer-se.
Continuando, quanto àquela ciclicidade, temos a importância cultural e societal das notícias e documentários indicando que há esta ciclicidade, que os mesmos cometas já passaram no passado e voltarão no futuro. Realça-se que esta influência tem particular importância em mulheres loiras, pela semelhança visual, imagética, com aquilo que é visto da Terra, dos cometas. Temos globalmente uma consideração destas mulheres enquanto indutoras de um sistema borderline, considerando o que é dito a seguir. Isto, tendo em conta a importância da sexualidade feminina nos sistemas histéricos capitalistas matriarcais, no âmbito do capitalismo global contemporâneo, com a histeria sendo mais tipicamente feminina, com o cabelo enquanto elemento de atracção sexual. Com o aproximar e afastamento dos cometas, temos, presente no tal uso do cabelo rabo-de-cavalo, ou cabelo comprido, uma influência psicológica ao nível da angústia de separação, que caracteriza sobremaneira a organização borderline. Destaquem-se as considerações de Bergeret ( 1997 ) e Coimbra de Matos ( 2007 ) acerca da crescente expansão do fenómeno borderline nas sociedades contemporâneas. Temos, portanto, para além da influência psicotizante dos sistemas solares e galáxias, e influências borderlines destas, pelos seus aproximares e afastamentos, relacionando-se com a mesma angústia de separação, considerando-se também a associação borderline do multiverso, já referida, esta influência borderline, ao nível das massas, ao nível da psicologia de massas.
Um correlato exemplificativo que podemos dar é a tendência habitual, transmitida pela Sexologia, de que a principal disfunção sexual na mulher é a falta de desejo sexual [ ver, por exemplo, UOL ( 2013 ), Morbeck ( 2010 ) e Kinsey et al. ( 2010 ), em que estes últimos nos dizem, relacionadamente, que em relação ao coito marital, e à sua frequência e incidência, não há outro tipo de actividade sexual entre as fêmeas que mostre um declínio tão regular com o avanço da idade ], podendo nós contrapor isto às tendências promíscuas características das sociedades histéricas capitalistas matriarcais, no âmbito do capitalismo global contemporâneo, em que temos ciclicamente o gelo do cometa, quando este se aproxima do Sol, começar a derreter, com o aquecimento do mesmo, formando a cauda, associando-se isto, neste contexto, à promiscuidade sexual referida, enquanto que o afastamento do cometa, com o seu arrefecimento, com perda da cauda, se associaria à falta de desejo sexual na mulher, como principal disfunção sexual na mesma.
Também indutoras de um sistema borderline, temos as chamadas mulheres boas, ou boazonas, em português, ou mulheres “ hot “ em inglês, significando mulheres com um corpo muito apelativo, com muito sex-appeal, eventualmente bonitas ou muito bonitas, já que pela intensidade das emoções envolvidas na visualização destas mulheres, com a importância da sexualidade feminina no matriarcado histérico capitalista, no âmbito do capitalismo global contemporâneo, temos o amor/ódio, esta ambivalência ou clivagem, de afectos distintos ou claramente distintos, em que no amor, mais por parte de homens, temos aqueles que fazem adulação, a emulação, ou imitação, com acentuada idealização da mesma, enquanto que no ódio, mais por parte de outras mulheres, há a inveja, principalmente por parte de outras mulheres, que leva a que se desenvolva sentimentos contrários àqueles que a mulher considerada boazona representa, ou emana. Esta clivagem amor/ódio caracteriza sobremaneira o indivíduo borderline, e temos, pois, uma influência ao nível da psicologia de massas, por parte dessas mulheres boazonas, de uma indução de sistemas borderline, enquanto indutoras de sistemas borderline ao nível das massas, que é complementado pelo uso de cabelo assemelhando-se a cometas, como já descrito, que pelo já dito, nos identificam a angústia de separação que caracteriza sobremaneira o sistema borderline, complemento esse também ao nível da psicologia de massas.
Temos ainda uma análise a nível linguístico, e considerando as formas antropomórficas dos continentes da Terra, e da Europa em particular, com a bota em Itália e a cara em Portigal, em que Lisboa, capital de Portugal e situada antropomorficamente na boca da Europa, nos leva a analisar que Lis é relativo à flôr-de-lis, particularmente símbolo monárquico, relativo à história, europeia, em particular, e boa será relativo à mulher boa, boazona, considerando o que já vimos, com o realce do hino português ter o título de A Portuguesa. Considerando a influência disto no psiquismo humano, e a nível global, antropomorficamente, teremos que lis nos remete para um factor histórico, e que boa, em Lisboa, no contexto presente, nos indica que, a nível global, a linguagem humana é um indutor de sistemas borderline, que, dada a característica de a organização borderline ser muito instável e de a mesma não poder ser considerada uma verdadeira estrutura de personalidade, faz lembrar a história bíblica da Torre de Babel, em que Deus terá confundido a linguagem humana, criando várias línguas para que os humanos não se entendessem, ou tivessem mais dificuldade em se entender.
Foram estas, pois, as elaborações acerca da indução borderline.
Bibliografia
Bergeret, J. ( 1997 ). A personalidade normal e patológica. Climepsi Editores
Coimbra de Matos, A. ( 2007 ). O Desespero – Aquém da Depressão. Climepsi Editores
Kinsey, A. et al. ( 2010 ). Sexual Behavior in the Human Female, Vol. 1. Ishi Press ( Publicação original, 1953 )
Resende, S. ( 2011 ). Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia em www.psicologado.com ( proposto a 03/2011 )
--------------- ( 2012 ). Teoria do Tudo em Psicologia: a caminho dos mundos paralelos em Física em www.psicologado.com ( proposto a 01/2012 )
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Referências de Internet
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UOL ( 2013 ). Falta de desejo sexual é queixa de 48% das mulheres atendidas em SP, publicado em 21/11/2013, em noticias.uol.com.br/saúde/ultimasnoticias/redação/2013/11/21/falta-de-desejo-sexual-e-queixa-de-48-das-mulheres-atendidas-em-sp.htm, e consultado em 12/05/2014
Wikipédia. Nuvem de Oort em pt.wikipedia.org/wiki/Nuvem-de-Oort, consultado em 12/05/2014
Resumindo, inicialmente, o meu artigo Desenvolvimento da personalidade histérica para uma verdadeira estrutura de personalidade ( Resende, 2008 ), onde indico as características pseudo-genitais do histerismo, complemento essa ideia com a noção da angústia depressiva, que marcará mais a personalidade histérica do que propriamente a angústia de castração. Avanço ainda com algumas características que mais enquadrarão a personalidade histérica no fenómeno borderline.
Assim, enuncia-se a personalidade histérica enquanto organização pseudo-genital, sem uma verdadeira estrutura genital, portanto, com características pré-edipianas predominantes, como marcadas fixações e regressões oro-fálicas. É de indicar que segundo Bergeret ( 1997 ), a personalidade histérica é uma estrutura verdadeira de personalidade, com angústia de castração predominante, como ainda com recalcamento predominante. Nesse artigo, inicialmente referido, considera-se a observação clínica e quotidiana de histéricos, onde se desenvolve a noção da personalidade histérica como pseudo-genital. Para além de fortes fixações e regressões oro-fálicas predominantes, o recalcamento, como mecanismo de defesa predominante, indica um menor desenvolvimento da personalidade, já que o indivíduo histérico tende a não lidar conscientemente com as problemáticas que lhe são mais conflituais, ao contrário do mais evoluído juízo de condenação do obsessivo. Para além disso, muitas das características genitais que são apontadas, por exemplo, por Bergeret ( 1997 ), como reciprocidade, valoração do outro e constância objectal, não estarão presentes no histérico, se tivermos em consideração aquelas observações referidas. Edipianamente, considera-se, sobretudo, o pseudo-Édipo positivo, com a ambivalência homossexual pré-edipiana predominante, na rapariga e na mulher, que desenvolveu-se na relação pré-edipiana com a mãe.
Já para o presente artigo, tenha-se a noção de que o histerismo é mais característico em mulheres. Considere-se, sobretudo, que ao invés da angústia de castração, estaremos a falar, isso sim, de uma angústia depressiva, de uma angústia de certeza de perda do pénis, o que só vem a ser confirmado em fantasia pela menstruação, o que nos remete para uma angústia de perda de amor do objecto, já que em fantasia, o objecto terá sido responsável pela perda do pénis. A angústia de perda do amor do objecto implicará uma diminuição significativa da auto-valoração narcísica. Esta diminuição levará, por seu turno, à já referida desvaloração do outro, pois, num sistema de equilibração narcísica, desvalorizando o outro, o próprio será autoperspectivado a um nível mais valorativo, por precisamente o auto-narcisismo ser dimuído. Podíamos ver aqui, também ao nível das massas, a génese de sistemas xenófobos. Continuando, essa angústia referida será, pois, depressiva e fará enquadrar mais a personalidade histérica no fenómeno borderline, tendo em conta que este caracteriza-se, sobretudo, por desenvolvimentos depressivos. Esta angústia depressiva também caracterizará o homem histérico, em que falaremos mais em erecções fálicas sobrecompensatórias, já que haverá essa certeza de perda de amor do objecto, tal como sentido em fantasia, mentalmente, o que em conjunto com a histérica, que terá predominantemente orgasmos clitoridiano-fálicos sobrecompensatórios, e não tanto orgasmos vaginais, genitais, mais maduros, o que só aí nos indica o menor desenvolvimento do histerismo, nos remete, dizia, para o fenómeno da promiscuidade sexual característica nas sociedades histéricas capitalistas. Estaremos a falar, pois, em sobrecompensações anti-depressivas. Em particular, o homem histérico ter-se-à sentido diminuído oro e falo-narcisicamente, ou seja, com frustrações orais e fálicas, em que podemos ver a língua como um falo, tendo nós a mesma como síntese da frustração oro-fálica, o que nos fornece uma base interessante para os lapsos inconscientes de linguagem, com uma associação a uma maior ou menor intensidade verborraica, precisamente mais caracteristicamente histérica. Continuando, terá experienciado, portanto, situações a esse nível oro-fálico, em que terá sentido a perda do amor do objecto. Temos, então, quer no caso da histérica, quer do histérico, características carências afectivas.
O enquadramento do histerismo no fenómeno borderline poderá ser, por exemplo, consultado em A posição castrativa como complemento das posições modificadas de Melanie Klein ( Resende, 2010 ). Aí, desenvolvo a noção, relacionando a posição depressiva de Klein com a depressividade, de que a depressividade se caracterizará mais pela projecção do que pela introjecção. Isto é baseado na noção de que a economia depressígena básica, de afecto dado e não correspondido, terá características projectivas, já que o afecto é dado, é externalizado. É feito, ainda, o enquadramento da depressividade nos quadros borderline. Assim, tendo-se em conta as características projectivas referidas, considere-se a externalização verbal agressiva fálica, típica no histérico [ ver, por exemplo, Complexo de Anti-Cristo – Perspectiva Psicodinâmica ( Resende, 2007 ) ], podendo nós falar aqui em projecção histérica, de modo mais ou menos maciço. Um exemplo paradigmático da externalização verbal agressiva, típica no histérico, é o fenómeno das chamadas “ mean girls “, ou “ raparigas más “, típico na adolescência, nas escolas secundárias, particularmente em regiões capitalistas, em que habitualmente são feitos comentários pejorativos, denegridores, desvalorativos, etc., do outro. Continuando, mais classicamente, teríamos, pois, projecção maciça de características histéricas, ou dito de outra maneira, meios de relacionamento histéricos com bases psicóticas, o que caracterizará a organização borderline.
Esta noção de projecção histérica é considerada por mim como um tipo de mecanismo de ataque, que em conjunto com o controlo histérico, são tidos como dois tipos base de mecanismos de ataque. Estes mecanismos de ataque contrapõem-se aos mecanismos de defesa, no sentido em que ao invés de se destinarem à defesa do ego, como os de defesa, destinam-se sobretudo à preservação de relacionamentos interpessoais e à preservação de fenómenos de massas [ ver Mecanismos de defesa e Mecanismos de ataque ( Resende, 2010 ) e Enunciação de Mecanismos de ataque ( Resende, 2010 ) ]. Estas características enquadram-se bem com a sociabilidade típica do histérico. Já um tipo particular de projecção histérica será o ataque preemptivo, que podemos ver num exemplo relativamente a fenómenos de massas. Esse ataque preemptivo será feito, particularmente, por sociedades histéricas capitalistas, com o seu extremo, militarismo expansionista, em que num exemplo recente, terá sido feito com fundamentos falsos, em que, posteriormente, através desses fundamentos falsos, terá sido indicado que essas sociedades histéricas capitalistas estariam sob risco de ataque, o que levou, precisamente, como indicado a nível governamental, ao ataque externo para não ser atacado internamente. Em consequência, isso levou a um sentimento de insegurança a nível das massas, e a que as pessoas cedessem mais facilmente direitos cívicos a troco de segurança. Ora, isto remete-nos para outro mecanismo de ataque, que é o controlo histérico, pois, precisamente, terão sido utilizados fundamentos falsos para atingir o objectivo deste controlo das massas.
Quanto àquela externalização, projecção, verbal agressiva típica no histérico, é de considerar, no contexto da depressividade, a noção clínica da prévia introjecção de agressividade, particularmente em relacionamentos precoces, e a posterior agressividade voltada sobre o próprio. Assim, como já indicado exemplarmente em relação à promiscuidade sexual, teremos, aqui, a externalização agressiva como fenómeno anti-depressivo, na luta do indivíduo contra o afundamento na depressão.
Considerando a externalização verbal agressiva referida, característica do histérico, e num enquadramento borderline, é de referir, sobremaneira, a tendência para a sedução do histérico, que, relacionados os fenómenos, nos remete para o estilo de relacionamento clivado amor/ódio, típico dos relacionamentos borderline. Isto mais corrobora o enquadramento da personalidade histérica no fenómeno borderline.
É de realçar, pelo já dito, que as bases psicóticas, referidas, estarão relacionadas precisamente com a angústia depressiva, já que há uma angústia de certeza de perda do pénis, ou mais geralmente, de perda de amor do objecto, no passado mais ou menos precoce, o que em conjunto com o já dito sobre o histérico, nos remete para fortes fixações precoces e regressões a esse nível.
Deste modo, pelo explanado neste artigo, teremos, pois, a personalidade histérica bem enquadrada no fenómeno borderline, em que a mesma se caracterizará mais por uma angústia depressiva, com sentimento de perda do amor do objecto, consubstanciando o enquadramento referido, já que a linha depressiva, ou, os quadros depressivos são centrais no fenómeno borderline, havendo ainda as já indicadas fortes fixações e regressões a um nível precoce. Por isto, fundamenta-se a pseudo-genitalidade e a pseudo-estruturação da personalidade histérica, considerando-se, claro está, a organização borderline enquanto aestruturação.
Bibliografia
Bergeret, J. ( 1997 ). A personalidade normal e patológica. Climepsi Editores
Resende, S. ( 2007 ). Complexo de Anti-Cristo – Perspectiva Psicodinâmica em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 28/10/2007
Resende, S. ( 2008 ). Desenvolvimento da personalidade histérica para uma verdadeira estrutura de personalidade em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 30/12/2008
Resende, S. ( 2010 ). Mecanismos de defesa e Mecanismos de ataque em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 15/10/2010
Resende, S. ( 2010 ). A posição castrativa como complemento das posições modificadas de Melanie Klein em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 08/11/2010
Resende, S. ( 2010 ). Enunciação de Mecanismos de ataque em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 14/11/2010
Resumindo inicialmente o meu artigo Teoria do Tudo em Psicologia e as forças fundamentais do Universo ( Resende, 2012 ), procuro depois relacionar exopsicologicamente esses constructos com a presença alienígena na Terra.
Assim, estabelece-se a relação entre Psicologia e Física, entre a Teoria do Tudo em Psicologia e a Teoria do Tudo em Física. Se por um lado, a Teoria do Tudo em Psicologia [ ver, por exemplo, Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia ( Resende, 2011 ) ] procura relacionar a Psicologia com a Teoria do Tudo em Física, esta última Teoria assenta na procura e unificação das forças fundamentais do Universo. Deste modo, mais especificamente, procura-se estabelecer a relação entre a Teoria do Tudo em Psicologia e as forças fundamentais do Universo, a saber, a gravidade, o electromagnetismo e as forças nucleares forte e fraca. Sobre estas forças fundamentais, e a procura da sua unificação, consultar, por exemplo, A Brief History of Time – From the Big Bang to Black Holes, de Stephen Hawking ( 1995 ). Na relação das duas Teorias do Tudo, torna-se importante a procura da verdade, da realidade última, a nível mental, que Bion fala ( Symington & Symington, 1999 ).
Continuando, relaciona-se a conceptualização do átomo, com o seu núcleo de protões e neutrões, e com a nuvem electrónica, de electrões à volta do núcleo, com dois conceitos da Psicologia, a agorafobia e a claustrofobia.
Em A agorafobia enquanto perturbação obsessiva ( Resende, 2008 ), indico que o obsessivo tem particulares dificuldades com fenómenos agorafóbicos, pela dificuldade de lidar com falta de referências, de detalhes, e que lida melhor com fenómenos claustrofóbicos, pela melhor lide com a presença de estímulos referenciais. Assim, aproxima-se o fenómeno obsessivo da existência nuclear, com o núcleo, mais ou menos apertado, de protões e neutrões, associando a obsessão com as forças nucleares forte e fraca. Acrescente-se, aqui, que uma das características da força nuclear forte é ter uma propriedade chamada de confinamento. O próprio Hawking ( 1995 ), já referido, chama a esta propriedade de curiosa. No contexto deste artigo, é efectivamente curioso relacionar as características de melhor lide claustrofóbica do obsessivo com esta propriedade de, precisamente, confinamento, da força nuclear forte. Resumidamente, no confinamento, a força nuclear forte junta sempre partículas em combinações que não têm côr, em que um quark não poderá esta singularmente porque terá côr, juntando-se sempre a outros quarks através de uma fila de gluões, não havendo côr, portanto. Estas combinações de quarks e gluões constituem o protão e o neutrão. Assim, trata-se de confinamento, pois as partículas têm de estar confinadas sempre juntas.
Noutro artigo, A claustrofobia enquanto perturbação histérica ( Resende, 2008 ), indico que o histérico tem particulares dificuldades com fenómenos claustrofóbicos, pela pior lide com a presença de referenciais, que são sentidos como perto de mais, e que lida melhor com fenómenos agorafóbicos, já que se dá bem com a ausência de estímulos referenciais. Aproximamos, assim, o fenómeno histérico da existência da nuvem electrónica, de electrões à volta do núcleo, associando, deste modo, o histerismo ao electromagnetismo, fenómeno este que se coaduna bem com as características relacionais histéricas de energéticas relações sociais.
Falando da gravidade, dir-se-à que a mesma relaciona-se com o fenómeno depressivo e/ou depressão em si, em que psicologicamente e psicomotrizmente, o indivíduo se encontra abatido, verificável na própria postura, em que se pode entender que há um campo gravitacional particularmente grave, mais acentuado.
Continuando este resumo, e relativamente ao psicótico, aproximamos a denegação da realidade, a desrealização, a despersonalização, e ainda fenómenos como a fuga do pensamento e o roubo do pensamento, da consideração da não existência estrita do real local, e que em conjunto com a projecção maciça, nos remetem para a Não-Localidade, características não-locais, que a Física considera como sendo a presença em mais do que um local da mesma partícula.
Particularmente importante, é relacionar o fenómeno borderline com o bosão e campo de Higgs. O bosão de Higgs tem sido conceptualizado como unificador das partículas elementares, cujas interacções com o campo de Higgs fornecerão a massa a essas mesmas partículas elementares. Tendo em conta esta importância das partículas interagindo com o campo de Higgs adquirirem a sua massa, é de considerar que o bosão de Higgs é a menor excitação possível do campo de Higgs. A partícula de Higgs só terá sido presumivelmente descoberta a 4 de Julho de 2012. Uma característica do bosão de Higgs, no Modelo Standard, permite relacioná-lo com o fenómeno borderline, que é o de essa partícula permitir múltiplas partículas existirem no mesmo local, no mesmo estado quântico. Isto aproxima-se da característica do borderline de ter múltiplas organizações de personalidade como a caracterizando simultaneamente, particularmente a neurótica e a psicótica. Outro paralelo a estabelecer é o da alta instabilidade do bosão de Higgs e a instabilidade própria e característica do borderline.
Termino este resumo, indicando que Bergeret ( 1997 ) considera que o fenómeno borderline caracterizará mais de 50% da população europeia, e que Coimbra de Matos ( 2007 ) considera que o fenómeno borderline não cessa de expandir nas sociedades modernas. Seria, pois, interessante, relacionar aquela aquisição de massa pelas partículas elementares, com a sua interacção com o campo de Higgs, e os fenómenos da gravidade associada ao fenómeno depressivo. Tem particular importância porque o fenómeno depressivo é transversal às várias estruturas e organizações de personalidade.
O presente artigo é, precisamente, uma contribuição exopsicológica para tentar perceber a relação borderline-depressividade, e a cada vez maior expansão quer do fenómeno borderline, como já se disse, quer do fenómeno depressivo, como se pode ver, mais especificamente, mais à frente.
É, agora, de referir que alguns investigadores, particularmente, no campo da ovnilogia, analisam os fenómenos terrestres, de tal modo que indicam que as alterações climáticas e geoclimatéricas, como o buraco de ozono e o aquecimento global, que parte da comunidade científica diz estarem ocorrendo, ou indicando a maior ou menor prevalência de terramotos, cheias, erupcções vulcânicas e outros fenómenos, estarão precisamente a ocorrer de modo provocado, por engenharia geoclimatérica, por parte de entidades alienígenas ou conluios humanos-E.T.s, para que o clima na terra seja mais propício a essas entidades extraterrestres, de modo a permanecerem mais adaptados na Terra.
Será neste sentido, e num contexto exopsicológico, definido em Exopsicologia: uma nova área de estudo ( Resende, 2009 ) como sendo o estudo da relação e funcionamento mental, psíquico, entre humanos e seres extraterrestres e/ou alienígenas, que se estabelecerá a relação borderline ( lembre-se, simultaneamente neurótico e psicótico )-depressivo e/ou deprimido, particularmente, por aquelas alterações referidas, de borderlines para depressivos e/ou deprimidos, através da manipulação bosónica, aumentando a gravidade nos deprimidos e/ou depressivos.
Muito possivelmente, e num contexto exopsicológico, isso far-se-à para ir controlando o tipo de gravidade que se sente na Terra, para poder acomodar extraterrestres que eventualmente provenham de planetas com maior ou menor gravidade do que a Terra. Assim, será, mais ou menos, induzida depressão ou fenómenos depressivos, para se efectuar esse controlo, controlando os indivíduos depressivos e/ou deprimidos, mas a partir de indivíduos borderline. Provavelmente, o controlo geral para este fenómeno será através da manipulação do bosão de Higgs. Isto, pelas relações psíquicas que haverão entre seres humanos e extraterrestres, uma espécie de consciente e inconsciente cósmico, com a referência particular dos contactos telepáticos entre E. T.s e humanos, e com o possível consciente colectivo e inconsciente colectivo entre eles. Ou seja, haverá manipulação bosónica ( de Higgs ) ao nível psíquico dos humanos, para que a nível, mais ou menos, psicológico dos E. T.s, haja a percepção psíquica de maior ou menor gravidade. Provavelmente, os diversos tipos de E. T., controlarão esse fenómeno mais ou menos conscientemente.
É curioso notar, relativamente aos E. T.s, que os Greys, ou Cinzentos, um tipo de E. T., estejam associados predominantemente aos fenómenos das abducções alienígenas [ ver, por exemplo, Sequestro ( 1994 ), de John Mack ], tendo em conta que têm uns olhos completamente pretos e relativamente grandes. Possivelmente, os Greys serão aqueles a serem utilizados para as abducções, precisamente para se estudar o efeito psicológico do fenómeno depressivo, podendo-se associar a depressividade à falta de luminosidade, ou escuridão, e, nesse sentido, à côr preta. É de notar que há descrições, na literatura ovnilógica variada, do interior de naves alienígenas, particularmente por contactados por alienígenas, ou por abduzidos, como sendo altamente iluminado, muito provavelmente para combater o efeito depressivo de viajar na escuridão do espaço sideral. Haverá, neste sentido, na relação entre luminosidade e depressividade, uma comunalidade psicológica entre humanos e alienígenas. Continuando, o estudo do efeito psicológico, referido atrás, estará associado ao trauma da abducção. Relativamente a este trauma, ver o meu artigo Calustrofobia histérica: por trás do trauma das abducções alienígenas ( Resende, 2012 ), no qual indico que o trauma da abducção alienígena será no âmbito da claustrofobia histérica, sendo, por isso, uma reacção histérica. Isto pela presença sentida como demasiado próxima dos alienígenas, geralmente, no quarto do sujeito.
Assim, a transferência de energia particular bosónica entre borderlines e depressivos e/ou deprimidos far-se-à, muito provavelmente, numa predominância histerico-psicótica, no sentido depressivo, e vice-versa, e não tanto numa linha obsessivo-psicótica, no sentido depressivo, e vice-versa.
Essa delineação fará o fenómeno enquadrar-se mais nas sociedades histéricas capitalistas, num enquadramento borderline, que, como já indicado anteriormente do outro artigo ( das forças fundamentais do Universo ), é extenso nas sociedades modernas, particularmente no âmbito do Capitalismo global.
Neste contexto, e no contexto global do artigo, podemos referir dois estudos relativamente à depressão, realizados em sociedades capitalistas, a saber, os E. U. A. E a Índia [ ver referências, respectivamente, C. D. C. ( 2006 ) e W. H. O. ( 2011 ) ], onde se denota a alta prevalência da depressão nos dois países. Também se denota, aí, que a prevalência da depressão, a nível mundial, tender-se-à a agravar. Assim, o estudo nos Estados Unidos ( Center for Disease Control and Prevention, 2006 ) indica que na década de 2000, há uma estimativa de 1 em cada 10 adultos Estado-Unidenses relatarem depressão, ou seja, 10%. Já o estudo da Oraganização Mundial de saúde, feito em 2011, revela que a Índia tem a mais alta taxa de Depressão Major no mundo, com cerca de 9%, e com cerca de 36% com Modo Depressivo Major. Nesta data, a O. M. S. classifica a depressão como a quarta principal causa de incapacidade, a nível mundial, e projecta que em 2020 será a segunda causa. Estes dados da O. M. S. foram publicados no BMC ( BioMed Central ) Medicine, uma revista científica médica.
Finalizo, dizendo que, exopsicologicamente, a prevalência da depressão, e a tendência para o seu agravamento, e a cada vez maior extensão do fenómeno borderline, como já referido, poderão indicar que há uma presença cada vez mais maciça de alienígenas na Terra. Assim, para se combater este fenómeno ( depressivo-borderline ), tão caracteristicamente humano, dever-se-à pensar terapeuticamente num tipo de extractor bosónico, indo trabalhando o nível gravítico nos humanos.
Bibliografia
Bergeret, J. ( 1997 ). A personalidade normal e patológica. Climepsi Editores
Coimbra de Matos, A. ( 2007 ). O Desepero: Aquém da Depressão ( 2ª edição ). Climepsi Editores
Hawking, S. ( 1995 ). A Birief History of Time – From the Big Bang to Black Holes. Bantam Books
Mack, J. E. ( 1994 ). Sequestro ( tradução portuguesa ). Lisboa: Temas da Actualidade, D. L.
Resende, S. ( 2008 ). A agorafobia enquanto perturbação obsessiva em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 02/12/2008
Resende, S. ( 2008 ). A claustrofobia enquanto perturbação histérica em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 12/12/2008
Resende, S. ( 2009 ). Exopsicologia: uma nova área de estudo em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 27/07/2009
Resende, S. ( 2011 ). Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi ( proposto a 03/2011 )
Resende, S. ( 2012 ). Calustrofobia histérica: por trás do trauma das abducções alienígenas em www.psicologado.com ( proposto a 11/2012 )
Resende, S. ( 2012 ). Teoria do Tudo em Psicologia e as forças fundamentais do Universo em www.psicologado.com ( proposto a 11/2012 )
Symington, J. & Symington, N. ( 1999 ). O pensamento clínico de Wilfred Bion. Climepsi Editores
Referências
C. D. C. ( 2006 ). www.cdc.gov/features/dsdepression/ - Site governamental do Centro de Controlo de Doenças e Prevenção ( Center for Disease Control and Prevention ) dos E. U. A.
W. H. O. ( 2011 ). Zeenews.india.com/news/world/indians-most-depressed-WHO-report_722442.html – Resultados publicados no BMC ( BioMed Central ) Medicine
Neste artigo, faz-se um resumo a A religião enquanto fenómeno Borderline – perspectiva psicodinâmica ( Resende, 2010 ), para depois complementá-lo com o aspecto importante relativo ao Segundo Advento, ou Segunda Vinda, particularmente de Jesus Cristo na religião cristã. É um aspecto que mais fundamenta o artigo já referido. Dá-se, depois, um exemplo ilustrativo do dia-a-dia, relativo ao jogador de futebol.
Assim, consideram-se as características que fazem justificar um quadro borderline, particularmente as características psicóticas e neuróticas, para aplicá-las à religião.
Tem-se, pois, a clivagem do self com o mundo exterior, que se fará através da instância superegóica, havendo uma clivagem entre a imago superegóica materna e a imago superegóica paterna. A imago materna caracterizar-se-à pela idealização positiva, que faz com que haja o contacto e a propagação da religião, através da conhecida característica contagiosa do histerismo, lá está, mais característico nas mulheres, contágio esse efectuado através da identificação histérica. A imago paterna caracterizar-se-à pela idealização negativa, em que há a identificação com um Deus ( por exemplo, no Cristianismo ), a quem é devido temor e servidão, havendo também identificação com características vingativas, como no caso de não se acreditar na fé religiosa, com a consequência da ida para o Inferno.
Teremos a linha neurótica, que se vê no medo de retaliação por parte de Deus, condenando o indivíduo ao Inferno, o que no remete para a angústia de castração, tão característica da neurose. A linha neurótica também está presente no histerismo com a sua identificação histérica.
É neste sentido que se fará o contacto do self com o mundo exterior.
O self estará ele próprio clivado, remetendo-nos para as características psicóticas do quadro borderline religioso. Parte do self caracteriza-se pela idealização positiva, com necessidades afectivas, buscando-se satisfazer as mesmas, o que far-se-à pelo contacto e permanência das ligações religiosas, sejam elas sociais, grupais ou institucionais. Por outro lado, a outra parte do self terá características de idealização negativa, com medo de retaliação e caracterizada por sentimentos masoquistas de necessidade de castigo.
Vemos, pois, as relações entre as idealizações positivas da imago superegóica materna e parte do self, em que a necessidade de satisfazer as carências afectivas se relacionam com a ligação e propagação religiosa. Veêm-se, também, as relações entre as idealizações negativas da imago superegóica paterna e a outra parte do self, com as necessidades masoquistas de castigo ligadas à angústia de castração.
Referindo-nos agora ao Segundo Advento, da religião cristã, com a vinda de Jesus realizando o Juízo Final, reparamos na vinda anterior do Salvador, implicando, esta diferença, no afastamento desta figura divina, e central na religião cristã, dos seus crentes cristãos.
Ora este afastamento temporário remete-nos para uma angústia de separação, que é característico, precisamente, de um quadro borderline. Temos, pois, que esta angústia, presente, particularmente na religião cristã, vem fundamentar o fenómeno religioso borderline, descrito no artigo já referido e neste.
Dá-se, agora, um exemplo ilustrativo do dia-a-dia, que é o jogador de futebol religioso enquanto borderline. Refira-se Desmond Morris, que, no seu A tribo do futebol ( 1981 ), nos indica que o estádio de futebol é um templo no qual os adeptos vão adorar os deuses, e que os deuses são os jogadores de futebol. Mas analisemos esses deuses. No golo, o jogador comemora, levantando os braços para o céu, louvando e agradecendo à divindade adorada, mas pensando infirmativamente, quando o mesmo jogador falha o golo, não há essa comemoração, ou há uma indicação, pensamos nós, de que o jogador sentir-se-à culpabilizado por não ter tido a fé suficiente, o que revela um raciocínio circular, já que o jogador não está a admitir que, nesse momento, a divindade não esteve com ele. Teremos presente que a presença da divindade a ajudar ou a guiar o jogador não é constante, ou é intermitente, o que nos leva a pensar numa angústia de separação, característica, precisamente, da organização borderline. Assim, isto levar-nos-à a pensar que o jogador de futebol religioso constituirá um correlato desportivo corroboratório do artigo referido anteriormente, da religiosidade enquanto fenómeno borderline. Num acrescento final, o levantar aos céus dos braços, na comemoração do golo, faz lembrar a criança que olha para cima, para o pai, por exemplo, querendo colo, o que é coerente com a consideração psicanalítica de Deus enquanto figura paterna exacerbada. Neste contexto, faz sentido a procura, do jogador de futebol religioso, da admiração da figura paterna, revelando-se carente e a necessitar de afecto.
Bibliografia
Morris, D. ( 1981 ). A tribo do futebol ( tradução portuguesa ). Publicações Europa-América, Lda.
Resende, S. ( 2010 ). A religião enquanto fenómeno Borderline – perspectiva psicodinâmica em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 09/03/2010
Baseio-me em dois artigos escritos por mim, a saber, Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia ( Resende, 2011 ) e Complemento a Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia ( Resende, 2011 ), para resumi-los, e para depois descrever alguns correlatos politico-económicos.
Assim, relaciono a procura das forças fundamentais que governam o Universo, da Teoria do Tudo em Física, com a procura das forças e processos fundamentais que governam a mente, esta procura relacionada com a Teoria do Tudo em Psicologia. Considera-se que somos nós, humanos, que pensamos as ideias e teorias, devendo-se ter isso em conta ao pensar na influência que o Universo exerce sobre o pensamento humano, como sobre as emoções, relacionamentos, etc..
Parte-se, então, da ideia de maior atracção que uma estrela exerce sobre um planeta do que um planeta exerce sobre ela, relacionando isto com o amor dado não correspondido, ou pouco correspondido, em que um dos elementos da questão atrai mais do que o outro. Teremos, então, que o elemento depressígeno do amor não correspondido como que caracteriza a relação entre estrelas e planetas. Deste modo, os sistemas solares caracterizam-se pela depressividade, em que, pelos movimentos de translacção, teremos uma depressividade cíclica. Sendo assim, teremos uma entrada e saída da depressão, correspondendo isso, pois, a movimentos relacionais maníaco-depressivos. Assim, tendo em conta que a patologia maníaco-depressiva constitui-se enquanto psicose, teremos que os sistemas solares exercem uma influência psicotizante sobre o ser humano.
Faz-se agora um aparte, para resumir a sequência a estas ideias, tendo a noção de que os correlatos politico-económicos, que serão descritos, estão mais relacionados com o agora descrito do que com estas sequências. A seguir à influência psicotizante da patologia maníaco-depressiva, teremos sequenciadamente, no desenvolvimento humano, o afastamento e aproximação das galáxias umas das outras, e a expansão do Universo, com o afastamento dos seus limites, como estando relacionados com a angústia de separação característica da patologia borderline. Relaciona-se, também, a simetria como proposta final para a completa unificação de todas as partículas, como defendido pela maioria dos físicos, com características neuróticas genitais como o respeito pelo outro, capacidade de dádiva e capacidade de união afectiva, como, ainda, com o sentimento de reciprocidade e a cooperação.
Voltando novamente à influência psicotizante, no quadro da patologia maníaco-depressiva, que os sistemas solares exercem sobre o ser humano, indicam-se agora correlatos politico-económicos, que consubstanciam as ideias descritas neste artigo e nos outros dois referidos.
Considera-se, pois, no âmbito do Capitalismo global actual, e não só, características do capitalismo, que se têm verificado historicamente. Estou a referir-me à ciclicidade do desenvolvimento capitalista, em que surgem não só recessões, como, para além disso, depressões económicas, por um lado, e, por outro, euforias, mais relacionadas com as bolhas especulativas, como acontece frequentemente, relativamente ao ramo imobiliário, por exemplo. Temos o exemplo histórico da Grande Depressão, dos anos 30 do séc.XX, como temos a referência recente das bolhas económicas eufóricas, com as grandes recessões que lhes seguiram.
Resumidamente, parece haver, pois, consubstanciação da ideia da ciclicidade maníaco-depressiva, com a sua influência no ser humano, através da referida ciclicidade que historicamente parece verificar-se no Capitalismo, com as suas bolhas especulativas e euforias e recessões e depressões.
Bibliografia
Resende, S. ( 2011 ). Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi ( em apreciação ) ( proposto em 15/03/2011 )
Resende, S. ( 2011 ). Complemento a Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi ( em apreciação ) ( proposto em 12/08/2011 )
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