Quinta-feira, 3 de Abril de 2014

Identidade de percepção e Identidade de pensamento

Identidade de percepção e Identidade de pensamento

 

Neste artigo, pretende-se relacionar identidade de percepção e identidade de pensamento no enquadramento societal capitalista e comunista, relacionando-se também essas identidades ao nível da percepção extra-sensorial e psicocinese.

 

Assim, Laplanche & Pontalis ( 1990 ), ao caracterizarem identidade de percepção e identidade de pensamento, nos dizem que a primeira surge da tendência do processo primário e que a segunda surge da tendência do processo secundário, em que considera-se que o processo primário visa reencontrar uma percepção idêntica à imagem do objecto resultante da vivência da satisfação e que no processo secundário a identidade procurada é a dos pensamentos entre si. Em termos económicos, o processo primário caracteriza-se pela descarga imediata e o processo secundário pela inibição, adiamento da satisfação e desvio, mas ao nível da identidade de percepção, temos equivalências estabelecidas entre representações, em que procurando a vivência da satisfação, liga uma descarga eminentemente satisfatória à representação de um objecto electivo. Assim, o indivíduo vai daí em diante repetir a percepção que está ligada à satisfação da necessidade. Considera-se, para mais, que a identidade de pensamento constitui uma modificação da identidade de percepção, não se deixando regular exclusivamente pelo princípio do prazer, em que fazendo a ligação entre representações não se deixa iludir pela intensidade delas, sem tanta necessidade de satisfação imediata. Temos, então, que esta modificação constituirá a emanação daquilo a que a lógica chama princípio de identidade.

 

Ao nível societal capitalista, temos acentuação da Máscara, esta enquanto arquétipo de adaptação externa, sobrecompensatoriamente, com enfoque excessivo do aspecto externo, com características histéricas de sedução, de tentar agradar, particularmente através da imagem do próprio perante os outros, com maior caracterização ao nível da identidade de percepção, com o exemplo cultural de filmes e reality-shows estado-unidenses, com capitalismo acentuado, a indicarem que tudo é percepção, o que interessa é a imagem transmitida aos outros. Para mais, temos, no capitalismo, a importância da satisfação, gratificação, imediata, muito ao nível do processo primário e do princípio do prazer.

 

Já no comunismo, por contraponto ao capitalismo, temos acentuação da Sombra, com eventual enfoque sobrecompensatório excessivo do aspecto interno, mais obsessivo, não importando tanto a imagem transmitida aos outros, com a caracterização ao nível da identidade de pensamento, com o exemplo específico do epíteto atribuído aos Partidos Comunistas, particularmente pela sua coerência, de partido de pensamento único, em que temos, pois, a identidade dos pensamentos entre si, podendo isso ser generalizado aos indivíduos comunistas, reconhecidamente politizados, e como se faz a análise política de, em geral, o eleitorado comunista ser relativamente fixo, pelo menos não tão variante como em relação a outros partidos.

 

Considerando nós que a identidade de pensamento é mais evoluída psicologicamente do que a identidade de percepção, em particular, considerando o processo secundário mais evoluído do que o processo primário e o princípio de realidade correspondente mais evoluído do que o princípio do prazer, dir-se-á que o comunismo é psicologicamente mais evoluído do que o capitalismo. Laplanche & Pontalis ( 1990 ) nos dizem, efectivamente, que “ A oposição entre processo primário e processo secundário é correlativa da oposição entre princípio do prazer e princípio de  realidade. “ ( p. 316 ), em que este último princípio, ao contrário do primeiro, tem em conta as condições impostas pelo mundo exterior, não se funcionando, portanto, tão egocentricamente, tão ao nível do auto-narcisismo e da omnipotência mais precoce, anterior no desenvolvimento psíquico, com a correspondente necessidade de satisfação imediata.

 

Continuando, tendo em conta que há acentuação da Sombra no comunismo, dir-se-á que o comunista lidará excessivamente com medos desconhecidos e com aquilo que o indivíduo não aceita em si próprio, particularmente através do juízo de condenação, adiando a gratificação, mais próprio do obsessivo, em que se pode dizer que para o equilíbrio dialéctico Máscara-Sombra, no sentido Junguiano, o indivíduo deverá Mascarar, por assim dizer, a sua personalidade, com mais gratificações imediatas e mais acentuação da imagem transmitida aos outros, com acentuação do aspecto externo, e da identidade de percepção, e com técnicas mais histéricas, como o recalcamento, recalcando mais pensamentos e emoções desagradáveis ao próprio.

 

Por outro lado, e também para aquele equilíbrio Máscara-Sombra, o capitalista, com acentuação da Máscara e do aspecto externo, lidará excessivamente com aquilo que é percepcionado, com a percepção, com excessiva influência de estímulos externos, podendo nós invocar o dito por D. Anzieu [ Houzel, Emmanuelli & Moggio ( Coord. )      ( 2004 ) ], no contexto do ego-pele e envelopes psíquicos, acerca de na patologia histérica haver dificuldades ao nível do escudo para-excitações, estando, pois, o indivíduo mais dependente da influência de estímulos externos, em que o capitalista, portanto, deverá Sombrear a sua personalidade, por assim dizer, não recalcando histericamente tudo o que lhe é desagradável, lidando mais com o pensamento sobre medos desconhecidos e sobre o que não aceita em si próprio, com técnicas mais obsessivas, como o juízo de condenação, adiando a gratificação, mentalizando mais a sua personalidade, com acentuação do aspecto interno e da identidade de pensamento.

 

Aquela maior dependência de estímulos externos do histérico capitalista, considerando as sociedades histéricas capitalistas matriarcais, no âmbito do capitalismo global contemporâneo, faz, em termos evolutivos, aproximar mais o histérico do que o obsessivo, este mais ligado ao comunismo, da referência acentuadíssima de outros animais relativamente à dependência em relação aos sentidos e aos estímulos externos. Isto, em conjunto com a violência social e humana da exploração capitalista, fará melhor enquadrar a famosa expressão do Capitalismo Selvagem. Temos, também neste sentido, a identidade de percepção menos evoluída do que a identidade de pensamento, com o comunismo psicologicamente mais evoluído do que o capitalismo e outros sistemas mais reaccionários, reactivos excessivamente aos estímulos externos, com dependência deles, como o fascismo, extremo do capitalismo, ou o socialismo reacionário, com políticas de direita, que, como o Manifesto Comunista ( Marx & Engels, 1998 ) nos diz, promove a permanência dos habituais políticos e dirigentes de linha conservadora e de tendência burguesa. Em particular, no expansionismo espacial militarista fascista, teremos um enquadramento das características já apresentadas, com um acting out, com a passagem ao acto mais imediata, menos mentalizado, com relação mais directa entre estímulos externos e reacção comportamental, resposta comportamental.

 

Num outro assunto, e considerando a diferença evolutiva entre identidade de percepção e identidade de pensamento, já referida, considere-se a temática da percepção extra-sensorial. Tenha-se em conta o fenómeno relativamente conhecido de, no que diz respeito aos cinco sentidos, quando um deles é diminuído mais ou menos significativamente, há um acréscimo de qualidade nos outros, como, por exemplo, quando um indivíduo cega, haver um acréscimo de qualidade auditiva. Transpondo isto para a relação entre percepção extra-sensorial e identidade de percepção e identidade de pensamento, acentuando-se, sobremaneira, o aspecto extra-sensorial, ou fora dos sentidos, teremos que para indivíduos caracterizando-se mais pela identidade de pensamento haverá uma diminuição da importância da identidade de percepção, sensorial, neste caso. Intui-se que haverá uma acentuação da percepção extra-sensorial ao nível da identidade de pensamento, em que teríamos uma evolução progressiva da importância da percepção para uma mentalização ao nível do pensamento, em que temos na percepção extra-sensorial uma fase pós-identidade de percepção, em que ciclicamente haverá correspondentes perceptivos para correspondentes de pensamento, no enquadramento da identidade de pensamento, considerando-se, como já se disse, que a identidade de pensamento consitui uma modificação da identidade de percepção.

 

Teríamos que a visualização remota, relacionando-se mais com visualização à distância, estaria no início evolutivo da percepção extra-sensorial, seguindo-se depois a psicocinese, ou capacidade de mover objectos à distância, estando mais relacionada com a psicomotricidade, embora a psicocinese não seja considerada estritamente como percepção extra-sensorial, por constituir uma manifestação objectiva do psiquismo, como podemos ler em Hemmert & Roudene, Correia ( Coord. ) ( ? ), em que a percepção extra-sensorial seria uma manifestação subjectiva desse psiquismo, em que teríamos uma evolução, ao nível da evolução dos humanos aquando do bebé, da importância dos olhos, para a psicomotricidade, em que já teríamos relações entre esquemas sensório-motores. Sequenciadamente, teríamos depois a telepatia, ou capacidade de transmitir e/ou receber pensamentos à distância, em que estaríamos mais ao nível de esquemas formais e/ou pós-formais do pensamento, estando, pois, essa telepatia mais enquadrada e mais identificada com a identidade de pensamento, com a identidade dos pensamentos entre si.

 

Pelo dito, e na sequência do psiquismo humano, da estrutura psicótica até à estrutura neurótica, passando pela organização borderline, teríamos que a visualização remota, pela importância perceptiva visual, se associaria à estrutura psicótica, a psicocinese, pela importância de relacionamentos sensório-motores, em que podemos enquadrar o catar sexual feminino, ou o sentimento de estar a sugar sexualmente outra mulher, nos relacionamentos sociais tipicamente sexualizados entre mulheres, tendo nós, ainda, neste contexto, o contributo de Jacques Lacan ( 1996 ), que associa este catar à psicomotricidade, em que teríamos o catar sexual feminino enquanto psicocinese ainda com alguma ligação à identidade de percepção, pela procura do reencontrar da percepção idêntica à imagem do objecto resultante da vivência da satisfação, a psicocinese, dizia eu, se associaria à organização borderline histérica, com a histeria mais tipicamente feminina, enquanto que a telepatia, pela importância dos pensamentos e da identidade dos pensamentos entre si, se associaria à estrutura neurótica obsessiva.

 

Intui-se, neste contexto, que o telepata, com características psicológicas mais evoluídas, terá a capacidade, particularmente em potência, de desenvolver o fenómeno psicocinético, e o fenómeno visual remoto, anteriores, portanto, este último eventualmente de forma inconsciente, como, por exemplo, ao nível do inconsciente colectivo, funcionando, eventualmente, ao nível do automatismo, por ser anterior em evolução. Também podemos supor que, inversamente, o visualizador remoto poderá ser treinável, digamos assim, para executar o fenómeno psicocinético e o telepático, e o psicocinético o telepático, mas será particularmente difícil, já que se associam a organizações psíquicas menos evoluídas, podendo não ter a capacidade psíquica para executar fenómenos psíquicos mais evoluídos, particularmente como eu os descrevi. Mas esse treinamento estaria ao nível do trabalhar dos esquemas sensório-motores e dos esquemas formais e/ou pós-formais do pensamento.

 

Nestas associações feitas, em particular, entre psicocinese e telepatia, é de referir que em Hemmert & Roudene, Correia ( Coord. ) ( ? ) se indica que Émile Boirac, em 1911, baseado em experiências feitas por ele, liga a telepatia e a teledinâmica ( telecinese ), onde a psicocinese está incluída, no sentido de efeitos objectivamente detectáveis.

 

Relativamente à visualização remota, Davis ( 2004 ) nos diz que houve um programa de visualização remota, desenvolvido pelos Estados Unidos, e patrocinado por entidades governamentais, que terá decorrido entre a década de 1970 e de 1990, avançando que a visualização remota envolve precognição e clarividência.

 

Quanto à psicocinese, Davis ( 2004 ) ainda nos diz que a mesma é essencialmente a influência directa da mente sobre a matéria sem qualquer instrumentação ou energia física intermediária conhecida, avançando que a teleportação psíquica é uma forma de psicocinese, realçando as asserções de Uri Geller ( 1975 ) e de Ray Stanford ( 1974 ) acerca de terem sido teleportados em várias ocasiões, e ainda as investigações científicas de Vallee ( 1988, 1990, 1997 ) acerca de um pequeno número de relatórios credíveis de indivíduos que relataram terem sido teleportados para/e de OVNIs. Eric Davis ainda destaca experiências laboratoriais, rigorosamente controladas e repetíveis, realizadas na China, referindo-se a Shuhuang et al. ( 1981 ), que relata que crianças dotadas causaram a aparente teleportação de pequenos objectos, de um local para outro, sem os tocar de antemão, e a Kongzhui et al. ( 1990 ), Jinggen et al. ( 1990 ) e Banghui ( 1990 ), em que utilizando crianças e jovens adultos dotados, com capacidade psicocinética, verificou-se a teleportação nos vários casos e que os especímenes utilizados ficavam completamente inalterados relativamente ao estado inicial, após a teleportação. Há ainda o realce, por parte de Davis ( 2004 ), de relatórios governamentais sobre pesquisa parapsicológica da União Soviética, e dos seus aliados do Pacto de Varsóvia, dando as referências bibliográficas de LaMothe ( 1972 ), Maire & LaMothe ( 1975 ) e Relatório DIA ( 1978 ). Assim, os soviéticos, considerando a psicotrónica como envolvendo fenómenos psíquicos como psicocinese, telecinese, percepção extra-sensorial, projecção astral, clarividência, precognição, etc., identificaram dentro dessa psicotrónica duas capacidades discretas: bioenergética, relacionada com a produção de efeitos objectivamente detectáveis, como psicocinese, telecinese, efeitos de levitação, transformação de energia, ou seja, alterando ou afectando a matéria, e bioinformação, relacionada com o obter de informação por outros meios que não os canais sensoriais normais ( P. E.-S. ), como telepatia, precognição e clarividência, isto é, usando a mente para abordar os pensamentos dos outros ou para adquirir informação presente ou futura sobre eventos objectivos no mundo.

 

Ainda quanto à psicocinese, e no livro de Hemmert & Roudene, Correia ( Coord. ) ( ? ), é indicado que Charles Richet, partindo do estudo de médiuns, distinguiu duas categorias de sujeitos: os médiuns de efeitos físicos e os médiuns de efeitos psíquicos. Os primeiros produzem teledinamismos ( ou deslocamentos de objectos à distância e sem contacto ), vozes, odores, materializações. Os segundos são dotados de criptestesia, ou seja, da faculdade de perceber o que é irreconhecível pelos sentidos, sendo capaz de uma lucidez anormal. Indica-se, para mais, que sendo os médiuns de efeitos psíquicos muito comuns, os médiuns de efeitos físicos parecem ser raros, podendo nós aqui contrapor, como já indicado, na associação entre psicocinese e catar sexual feminino, que o comportamento sexual feminino, em geral, numa espécie de psique colectiva feminina, indica-nos que os fenómenos de efeitos físicos à distância são relativamente prevalentes.

 

Tendo em conta esta prevalência do catar sexual feminino, na sua associação com a psicocinese, ou enquanto psicocinese, é de considerar o já dito, quanto à sequenciação do psiquismo humano, da visualização remota à telepatia, passando pela psicocinese, para se perspectivar, como já foi dito em relação aos sentidos, que diminuindo a psicocinese, ou a tendência para a mesma, aumentar-se-á a tendência para a telepatia, para o fenómeno telepático, em que nessa diminuição considera-se o trabalhar da diminuição da dependência psicocinética sexual, associada às características fisionómicas próprias da mulher, envolvida no catar sexual feminino. Deste modo, considere-se a inveja do clitóris, como caracterizando o catar sexual feminino, e enquanto estando na base de poder criativo, diferenciadamente para homens e mulheres. Esta base pode ver-se, por exemplo, em Aspectos criativos e evolutivos da inveja do clitóris ( Resende, 2010 ), em Influência da inveja do clitóris na sistematização política por género ( Resende, 2010 ), em Exemplos específicos das características subcompensatórias do homem derivadas da inveja do clitóris ( Resende, 2010 ) ou em Inveja do clitóris e criatividade ( Resende, 2014 ).

 

Deste último artigo, considere-se a noção psicológica do objecto transicional no fundamento da criatividade, com um tempo de ilusão e um tempo de desilusão. Temos que a vivência imaginada no feto e a identificação do sujeito com esta, está na linha do espaço de ilusão, da vivência de ilusão, numa relação fusional, e a identificação com o pai, que implica a frustração da saída da relação omnipotente, no útero, na relação fusional, na diferença relacional relativamente à mãe e ao feto, enquanto próprio, está na linha da desilusão, em que o espaço transicional que terá sido o útero começa a ser desinvestido e começa a haver trabalho imaginativo e criativo, em que a mãe, e a mulher, em geral, nas identificações secundárias, continuam a ser fonte de inspiração, com o útero feminino enquanto espaço de ilusão e, precisamente, pela triangulação edipiana ocorrida, em que a mãe é vista enquanto ser separado e distinto, e o próprio imaginariamente no útero da mãe também é visto enquanto separado, e em que na identificação com o pai, e outros homens, nas identificações secundárias, ocorre uma desenfetização e uma desuterização. Ora, ocorre a inveja do clitóris por o clitóris, pela associação com o útero feminino enquanto espaço transicional, ser sinal de fonte criativa, ser sinal do início do processo criativo, e ocorre um sentimento de superioridade no homem, que caracteriza a inveja do clitóris no homem, pela mais fácil identificação, na triangulação edipiana, enquanto género, com o pai, figura paterna, e outros homens, permitindo a continuação e conclusão do mesmo processo criativo. Na mulher deverá haver diminuição da inveja do clitóris, esta, particularmente, pela excitação sexual imaginada noutra mulher através do clitóris da mesma, diminuindo-se a diluição do poder criativo, com a escolha de uma ou poucas figuras de eleição, havendo posteriormente a identificação com o pai ou figura paterna, para também na triangulação edipiana haver a continuação e conclusão do processo criativo. Do mesmo modo, para a mulher, o clitóris será sinal de fonte criativa, sendo, contudo, mais difícil para a mesma sair do início do processo criativo, quer pela diluição do poder criativo nos comportamentos histéricos particularmente sexualizados nas relações sociais entre mulheres quer por a identificação posterior com o pai ou figura paterna ser mais difícil, na triangulação edipiana, por em termos de género ser mais difícil a passagem de objecto de amor materno para objecto de amor paterno, porquanto no homem o objecto de amor permanece em geral o mesmo, o materno.

 

No contexto da diminuição do catar sexual feminino enquanto psicocinese, está também o proposto por mim, particularmente no artigo da Influência da inveja do clitóris acima mencionado, de que para que a mulher sinta verdadeiro poder criador e criativo, deverá dessexualizar os relacionamentos, invertendo a histeria relacional, através da concentração da inveja do clitóris. Para além da inveja do pénis, que habitualmente se associa como caracterizando a mulher, temos que a inveja do clitóris também caracteriza os sistemas de relacionamento típicos do histerismo, considerando a histeria mais típica da mulher. É que baseando o sistema histérico de relacionamento está a inveja que cada mulher sentirá da excitação sexual que o clitóris, de outra mulher, proporciona a essa mulher, nos relacionamentos sociais particularmente sexualizados com outras mulheres. O facto de cada mulher caracterizar-se pelas duas invejas referidas terá importante sentido evolutivo, sendo que cada uma das invejas se constituirá como facilitadora psíquica da maternidade, da mulher ter cada bebé dentro de si, macho ou fêmea. Quanto ao poder criador e criativo da inveja do clitóris na mulher, dir-se-á que este poder diminui quanto mais se dilui esta inveja nos relacionamentos histéricos típicos na mulher, particularmente sexualizados. Sendo assim, será também na utilização deste poder criativo da dessexualização dos relacionamentos histéricos femininos, com a concentração da inveja do clitóris, que se diminuirá o catar sexual feminino enquanto psicocinese e se acentuará a tendência para a telepatia na mulher.

 

Se considerarmos agora o comportamento sexual feminino enquadrado numa espécie de psique colectiva feminina, que podemos designar por psica, será de realçar o fenómeno da religião, em particular a Santa Trindade cristã, ou o Pai, Filho e o Espírito Santo, num contexto matriarcal histérico capitalista, particularmente no capitalismo global contemporâneo. É que uma das bases do capitalismo é a divinização do dinheiro, com a sacralização matriarcal da sexualidade feminina, que será uma das vertentes mais influentes daquele capitalismo. A sacralização da sexualidade feminina será, em particular, na psica já designada, associada ao Espírito Santo, já que Pai e Filho serão masculinos, em que Espírito Santo será uma maneira influente de unir as pessoas, que se associa, neste contexto, aos eflúvios odoríficos femininos tipicamente exalados pela mulher, aspecto muito importante nas relações sociais entre as pessoas, particularmente no contexto histérico matriarcal capitalista. Assim, no contexto, para se diminuir o catar sexual feminino enquanto psicocinese e acentuar o fenómeno telepático, dever-se-á também diminuir a influência da religião nas sociedades, desmistificando e dessacralizando a sexualidade feminina, diminuindo, de alguma maneira, a psica, e acentuando o psico, ou psique colectiva masculina.

 

Quanto à plausibilidade da existência do fenómeno da telepatia, temos de base os trabalhos de J. B. Rhine [ Hemmert & Roudene, Correia ( Coord. ) ( ? ) ], que começa por submeter a percepção extra-sensorial a critérios quantitativos, em que, procurando um método de investigação muito rigoroso, escolhe as cartas Zener e o método Fischer. Os resultados são positivos: a transmissão do pensamento ultrapassa as coincidências possíveis. Entre os cientistas que continuaram a obra de Rhine está o inglês W. Carington, cujas experiências deixaram supor que existe nos seres humanos um fundo comum de subconsciência, o que equivale ao subconsciente colectivo de Jung. Carington imagina “ psychons “, espécie de partículas psíquicas que atravessam o tempo e o espaço. Também o francês René Warcollier abordou o assunto, tendo verificado que o acaso foi matematicamente ultrapassado. É de dizer que os meios oficiais começaram a se interessar pelo assunto, sobretudo nos Estados Unidos e na União Soviética. No primeiro caso, refiram-se duas experiências, que foram, em grande parte, bem sucedidas. A primeira, realizada em 1959, tinha por finalidade uma tentativa de transmissão de pensamento entre dois homens, um dos quais se encontrava a bordo do submarino atómico Nautilus, em imersão sob os gelos polares, e o outro localizado no Pentágono, em Washington. Quanto à segunda, desenrola-se em 1971, entre a cápsula Apolo XIV, em viagem para a Lua, e a cidade de Chicago. No caso dos soviéticos, destaca-se Leonid Vassiliev, muito conhecido pelas investigações sobre o fenómeno de “ sugestão à distância “, que parece ser da mesma natureza que a telepatia, pois ambas supõem a existência de “ ondas “ cerebrais. Estas indicações são do mesmo livro, já referido, de Hemmert & Roudene, Correia ( Coord. ) ( ? ).

 

Também daqui se precisa que a faculdade telepática parece ser apanágio de um pequeno número de indivíduos, em grupos de dois, formando, de certa maneira, pares complementares, constituídos por um indutor ( o que emite o pensamento ) e por um percepiente ( aquele que o capta ), e ainda que a mesma faculdade parece permitir uma transmissão instantânea do pensamento. Para mais, quanto às associações subconscientes na telepatia, M. Tyrrell precisa que é necessário um certo estado de sonho, uma ligeira abdicação do estado normal da consciência. Da mesma fonte, e relacionando estes fenómenos com o psiquismo, temos Paul Chauchard, que nos indica que há, em primeiro lugar, o infraconsciente, domínio dos maquinismos íntimos da actividade motriz, que podíamos relacionar com a psicocinese e com o catar sexual feminino já referido, e a menos menos elementar, já no plano do consciente, o paraconsciente, que compreende toda a actividade que originariamente era consciente, mas que se tornou automática com o hábito, que podíamos relacionar com a inconsciencialização do fenómeno visual remoto do telepata, já referida, e proposta por mim. Segundo Chauchard, a consciência propriamente dita apenas engloba o que é “actualizado “ das recordações acumuladas fora da consciência e que podem, em determinadas circunstâncias, ressurgir para dar origem a pensamentos e actos inexplicáveis. Se essas recordações forem “ interditas “ à consciência devido à sua carga afectiva ou ao seu significado doloroso, tornar-se-ão origem de neuroses. Mais profundas no psiquismo, estão as mais antigas recordações, as que remontam à vida infantil e até mesmo à vida pré-natal, ao momento em que o organismo estava nos primeiros estádios da sua formação, em que este inconsciente, segundo Chauchard, reproduz-se no nosso pensamento, de tal maneira que as nossas imaginações, intuições, vêm de um trabalho psicológico inconsciente, e é este trabalho que nos aparece no sonho. No mesmo livro, é indicado que para além do infraconsciente e  paraconsciente se juntará o transconsciente, a que alguns chamam superconsciente, que será fonte de êxtase e de união mística com a divindade, como de poderes, em que temos no psiquismo humano, então, os níveis inconsciente, consciente e superconsciente, sendo indicado que interessa para os fenómenos paranormais o inconsciente e o superconsciente.

 

Finalizando, foram estas, pois, as considerações identitárias ao nível da percepção e do pensamento, no enquadramento societal capitalista e comunista, como também ao nível da percepção extra-sensorial e psicocinese.

 

 

Bibliografia

 

Davis, E. ( 2004 ). Teleportation Physics Study. Special Report, Air Force Research Laboratory, Air Force Materiel Command, Edwards Air Force Base in www.fas.org/sgp/eprint/teleport.pdf, consultado em 25/03/2014

 

Hemmert, D. & Roudene, A., Correia, M. ( Coord. ) ( ? ). O espírito humano – 1 in Grandes Enigmas do Homem. Amigos do Livro, Editores, Lda.

 

Houzel, D., Emmanuelli, M. & Moggio, F. ( Coord. ) ( 2004 ). Dicionário de Psicopatologia da Criança e do Adolescente. Climepsi Editores

 

Lacan, J. ( 1996 ). Escritos. Editora Perspectiva

 

Laplanche, J. & Pontalis, J. B. ( 1990 ). Vocabulário da Psicanálise ( tradução  portuguesa ) 7ª edição. Editorial Presença

 

Marx, K. & Engels, F. ( 1998 ). The Communist Manifesto. Signet Classic ( Publicação original, 1848 )

 

Resende, S. ( 2010 ). Aspectos criativos e evolutivos da inveja do clitóris em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 17/11/2010

 

--------------- ( 2010 ). Influência da inveja do clitóris na sistematização política por género em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 25/11/2010

 

--------------- ( 2010 ). Exemplos específicos das características subcompensatórias do homem derivadas da inveja do clitóris em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 28/11/2010

 

--------------- ( 2014 ). Inveja do clitóris e criatividade em www.psicologado.com               ( proposto a 01/2014 )

publicado por sergioresende às 07:37
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Quarta-feira, 2 de Abril de 2014

Capitalismo e Comunismo e o consciente e o inconsciente

Capitalismo e Comunismo e o consciente e o inconsciente

 

Baseando-me nas conclusões do meu artigo Psitrões enquanto base dos psemes e os   “ psychons “ do pensamento ( Resende, 2014 ), desenvolvo, neste artigo, elaborações quanto à relação entre Capitalismo e Comunismo e o consciente e o inconsciente.

 

Assim, naquele artigo, concluo quanto à maior relação entre heterotelepatia, ou telepatia de ser para ser, e espaço, e entre autotelepatia e tempo e, consequentemente, entre consciência e espaço, por a heterotelepatia estar associada a campos alargados de consciência, e entre inconsciência e tempo, por a autotelepatia estar associada a campos alargados de inconsciência, em que a heterotelepatia será mais espacial pelo atravessar dos pensamentos de ser para ser, com maiores particularidades espaciais, portanto, e em que a autotelepatia, ou movimentos psíquicos psitrónicos, com os psitrões enquanto partículas psíquicas que subjazem os psemes, para o passado e para o futuro, nos inconscientes colectivo e pessoal, será mais temporal, portanto.

 

Considere-se, agora, o capitalismo enquanto oposto ao comunismo e, como nos diz a Física, tempo e espaço com sinais opostos, como se pode ver, por exemplo, em Viagens no Tempo no Universo de Einstein, de Richard Gott III ( 2001 ).

 

Para mais, tenha-se em conta o capitalismo com o individualismo, o Self-Made Man, com a importância da acção, de o próprio fazer o seu próprio presente e futuro, acentuando-se o consciente sobre o inconsciente, em que, pelo dito, realça-se a relação do capitalismo com o seu extremo fascismo, com o correspondente expansionismo espacial, e com o consciente.

 

No comunismo, temos a acentuação do colectivo sobre o individual, com o grande lema Até à Vitória Sempre!, e com a consideração comunista da história da humanidade como a história da luta de classes, tendo-se, pois, estas relações entre comunismo e tempo, em que também, por contraponto ao capitalismo, se intuirá no comunismo necessidade de expansionismo temporal, pressupondo-se, então, maior relação entre comunismo e inconsciente.

 

De tudo dito, pressupõe-se maior relação entre heterotelepatia, ou telepatia estrita de ser para ser, e capitalismo, e entre autotelepatia e comunismo, concluindo-se, também, pelo dito, pela maior relação entre capitalismo e consciente e entre comunismo e inconsciente.

 

Considerando-se a relação entre comunismo e existencialismo, ou tendência para o ser, e capitalismo e tendência para o fazer, ter-se-á que o comunismo existencialista remeterá para o inconsciente temporal e que o capitalismo agido remeterá para o consciente espacial.

 

Exopsicologicamente, tendo em conta a quarentena infligida à Humanidade por parte da restante sociedade do Universo, de acordo com um dos fundadores da exopolítica, Alfred Webre ( 2005 ), devido a uma alegada rebelião por parte da Humanidade, teremos, considerando a história humana, uma progressiva consciencialização da quarentena a nível inconsciente transpessoal de um passado mais comunista por parte da Humanidade, tendo em conta as manifestações historicamente mais recentes do comunismo, em que a quarentena em si se remeterá mais para o aspecto espacial do imperialismo capitalista, em que a Humanidade, provando do próprio veneno, dir-se-á, ter-se-á rebelado a nível imperialista, com a consequente caracterização imperialista da história da humanidade.

 

Assim, como o próprio Webre ( 2005 ) nos diz, quanto à tendência de reintegração da Humanidade na restante sociedade do Universo, e por essa própria sociedade, teremos uma consciencialização do inconsciente transpessoal mais a nível espacial, pela relação entre consciente e espaço, que nos remeterá para uma sugestão por parte da restante sociedade do Universo para uma progressão pelo espaço sideral de acordo com uma tendência comunista.

 

 

Bibliografia

 

Gott III, J. R. ( 2001 ). Viagens no Tempo no Universo de Einstein. edições quasi

 

Resende, S. ( 2014 ). Psitrões enquanto base dos psemes e os “ psychons “ do pensamento em www.psicologado.com ( proposto a 03/2014 )

 

Webre, A. ( 2005 ). Exopolitics: Politics, Government and Law in the Universe. Universebooks

publicado por sergioresende às 14:34
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Domingo, 12 de Maio de 2013

As técnicas anais enquanto relacionadas com o capitalista e com o comunista

No presente artigo, considera-se a analidade, na sua relação com o dinheiro, e suas características expulsivas e retentivas, no que diz respeito ao sistema capitalista e comunista.

 

Considerando a analidade como relacionada com o dinheiro, com o que está dentro e com o que está fora, enquanto meio transitivo de relação com o mundo exterior, associando-se, pois, fezes e dinheiro, interessa-nos, sobremaneira, para o presente artigo, as características expulsivas e retentivas da fase anal, do desenvolvimento psicossexual do indivíduo. Como se pode ver em Vocabulário da Psicanálise, de Laplanche & Pontalis ( 1990 ), temos, pois, a relação de objecto impregnada de significações ligadas ao fenómeno da defecação ( expulsão-retenção ) e ao valor simbólico das fezes, em que, como dizem os autores, terá Freud posto em evidência a equivalência simbólica fezes-dinheiro.

 

No contexto, tem-se, deste modo, a técnica anal expulsiva enquanto relacionada com a partilha da riqueza, preconizada pelos comunistas, e a técnica anal retentiva enquanto relacionada com a retenção da riqueza, preconizada pelos capitalistas.

 

No âmbito do capitalismo contemporâneo, em que há imperialismo económico, como extremo do capitalismo, em que há tentativa de apropriação da riqueza de outros, particularmente das elites em relação ao povo, teremos, considerando também o oro-falismo do histérico capitalista, que haverá uma regressão para a fase oral, ao nível da introjecção, que será uma introjecção maciça, incorporativa, que será um reforço das características anais retentivas, reforço este que caracterizará o imperialismo económico, precisamente, o extremo do capitalismo. Isto está enquadrado no meu artigo A posição castrativa como complemento das posições modificadas de Melanie Klein ( Resende, 2010 ), em que se considera a introjecção como mais característica da posição esquizo-paranóide, associada ao psicótico, e a projecção mais associada à posição depressiva, associada ao borderline, estando estas modificações consentâneas com a perspectiva teórica das relações de objecto internalizadas, com o bebé inicialmente enquanto continente e a mãe enquanto originadora de conteúdos, uma perspectiva micro-sociológica ao invés da perspectiva psicogenética de Klein.

 

Quanto a estas manobras económicas imperialistas, teremos o exemplo do empréstimo “ predador “, ou “ predatory “ loaning, em que as empresas e bancos fazem empréstimos às pessoas, sabendo, na sua análise, que muito provavelmente as pessoas não vão poder pagar os empréstimos. Haverão também apostas económicas paralelas contra a boa execução destes empréstimos, em que se ganha por as pessoas não conseguirem pagar os empréstimos. Isto levou alguns analistas a chamar estas manobras de economia de casino. Estas análises são feitas por vários economistas, como, por exemplo, Max Keiser, no seu Keiser Report, um programa de análise económica no canal russo Russia Today ( RT ). Este analista poderá ser contactado em keiserreport@rttv.ru.

 

Quanto às características do imperialismo económico, ver, por exemplo, o artigo Teoria do Tudo em Psicologia, as forças fundamentais do Universo e a comparação da coerência psicofísica dos sistemas politico-económicos da União Europeia e China         ( Resende, 2012 ), em que se aborda particularmente o imperialismo económico practicado no âmbito da União Europeia, por países como a Alemanha e a França, em relação a países da periferia da União Europeia, particularmente, Espanha, Portugal e Grécia.

 

Temos, pois, uma fase introjectiva oral, anterior à anal, em que, resumidamente, teremos uma regressão oro-anal, de modo agressivo, com técnicas retentivo-sádicas.

 

Em Vocabulário da Psicanálise, já referenciado, os autores realçam que, para Melanie Klein, o conjunto da fase oral é uma fase oral-sádica, precisamente, enquanto que para Karl Abraham, dentro da fase oral, há uma fase precoce de sucção e uma fase oral-sádica, em que a líbido e a agressividade são dirigidas para um mesmo objecto. Estas considerações de Abraham são de relacionar com a primazia dos comportamentos sexualizados nas sociedades histéricas capitalistas, realçando-se o oro-falismo do histérico, em particular, com a importância da promiscuidade sexual, e da agressividade envolvida nos correlatos expansionistas militaristas das sociedades capitalistas, nas quais podemos ver ambos os factores, sexualização e agressividade, em tão aclamados meios como os filmes de Hollywood, e séries e programas televisivos estado-unidenses, numa linha capitalista, portanto, de grande sucesso um pouco por todo o mundo. As delineações de Abraham, quanto à fase precoce de sucção e fase oral-sádica, leva-nos, pois, ao que já indiquei, quanto a uma técnica retentivo-sádica.

 

É de relacionar, agora, o imperialismo económico, já referido, com o imperialismo militar dos sistemas económicos capitalistas ocidentais, no âmbito de uma economia de guerra, particularmente nas recentes intervenções na ex-Jugoslávia, no Kosovo, Líbia, Síria e Mali, como em relação a outras intervenções por todo o mundo, especialmente por parte dos Estados Unidos da América, enquanto bastião do Capitalismo, no quadro do capitalismo global. Como se pode ver em A inveja do pénis e a inveja do clitóris e suas implicações políticas ( Resende, 2010 ), isto está relacionado com a raiva narcísica associada à inveja do pénis, com sentimentos sobrecompensatórios associados ao expansionismo imperialista, e à menstruação que, em fantasia, faz lembrar a amputação anterior do pénis. Isto no caso da mulher, sendo que no caso do homem, haverá uma identificação maciça, numa fusão psicótica, com a mãe castrada, como se pode ver em A guerra militar no homem fascista ( Resende, 2013 ), considerando o expansionismo imperialista enquanto extremo do capitalismo.

 

Repare-se que, segundo o exemplo referenciado no artigo da coerência psicofísica, já indicado, em que a China tem comunismo centralmente e Zonas Económicas Especiais capitalistas, não havendo o capitalismo selvagem do Ocidente, haverá uma integração da técnica anal expulsiva e técnica anal retentiva, e em que não haverá regressão para a fase oral, de retenção maciça, introjecção, incorporação, maciças. Isto leva-nos a supor que o que caracteriza o imperialismo económico, o capitalismo selvagem, é a regressão para a fase oral, com técnicas oro-anais agressivas, particularmente retentivo-sádicas, em que, como já se disse, há um reforço oral à retenção anal. Quanto à China, é como se o sistema politico-económico chinês obtivesse o controlo esfincteriano anal. Podemos relacionar isto com a crescente influência política e económica da China, ao ponto de, como alguns analistas vaticinam, a China poder vir, num futuro próximo, a substituir os E. U. A. como maior superpotência global, particularmente a nível económico. Isto, claro está, enquadrado no investimento maciço da China, fora desse país, em infraestruturas e oportunidades de desenvolvimento económico em várias regiões, particularmente menos desenvolvidas, como África. Isto será mais expulsivo-anal, portanto. Estas características aduzidas aqui, quanto à China, apoiam uma coerência geral, em aditamento àquela descrita no âmbito do outro artigo já indicado, do sistema politico-económico chinês, particularmente quanto ao aspecto integrativo das características anais.

 

Contudo, é de destacar que, para Laplanche & Pontalis ( 1990 ), a ligação entre o sadismo e o erotismo anal, com a natureza bipolar do sadismo, em que o mesmo tenta contraditoriamente destruir o objecto e mantê-lo dominando-o, aquela ligação, dizia eu, passa pelo funcionamento bifásico do esfíncter anal, na expulsão-retenção, e pelo controlo deste. Mais em particular, é indicado por esses autores que, para Karl Abraham, a fase anal-sádica tem dois períodos, em que no primeiro o erotismo anal está ligado à evacuação, expulsão, e a pulsão sádica à destruição do objecto, e em que no segundo período o erotismo anal está ligado à retenção e a pulsão sádica ao controlo possessivo.

 

Temos, pois, quanto ao aspecto integrativo das características anais e do controlo esfincteriano anal, referido, um manuseio integrativo do sadismo anal. Por um lado, a destruição do objecto associada à evacuação, expulsão, é manuseada pelas características já indicadas, em particular, do investimento maciço da China, fora do país, em infraestruturas e oportunidades de desenvolvimento económico, em várias regiões, particularmente menos desenvolvidas, estabelecendo e desenvolvendo, dessa maneira, o alargamento da sua esfera de influência, em detrimento de outras potências. Por outro lado, o controlo possessivo associado à retenção, é manuseado em particular pelo exemplo recente dos aumentos salariais nesse país, de 21% nas zonas rurais e de 12% nas zonas urbanas, aumentos estes inimagináveis, por exemplo, no Ocidente.

 

Assim, temos, em geral, no exemplo chinês, o controlo esfincteriano anal e o controlo do sadismo a ele associado.

 

 

Bibliografia

 

Laplanche, J. & Pontalis, J. B. ( 1990 ). Vocabulário da Psicanálise ( 7ª edição ). Editorial Presença

 

Resende, S. ( 2010 ). A inveja do pénis e a inveja do clitóris e suas implicações políticas em Artigos vários de Psicologia, Resende, S., em www.infogestnet.com/publicacoes/antpsica.pdf ( 2013 )

 

Resende, S. ( 2010 ). A posição castrativa como complemento das posições modificadas de Melanie Klein em Artigos vários de Psicologia, Resende, S., em www.infogestnet.com/publicacoes/antpsica.pdf ( 2013 )

 

Resende, S. ( 2012 ). Teoria do Tudo em Psicologia, as forças fundamentais do Universo e a comparação da coerência psicofísica dos sistemas politico-económicos da União Europeia e China em Artigos vários de Psicologia, Resende, S., em www.infogestnet.com/publicacoes/antpsica.pdf ( 2013 )

 

Resende, S. ( 2013 ). A guerra militar no homem fascista em Artigos vários de Psicologia, Resende, S., em www.infogestnet.com/publicacoes/antpsica.pdf ( 2013 )

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Quarta-feira, 26 de Setembro de 2012

Segundo complemento a Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia: correlatos politico-económicos

Baseio-me em dois artigos escritos por mim, a saber, Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia ( Resende, 2011 ) e Complemento a Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia ( Resende, 2011 ), para resumi-los, e para depois descrever alguns correlatos politico-económicos.

 

Assim, relaciono a procura das forças fundamentais que governam o Universo, da Teoria do Tudo em Física, com a procura das forças e processos fundamentais que governam a mente, esta procura relacionada com a Teoria do Tudo em Psicologia. Considera-se que somos nós, humanos, que pensamos as ideias e teorias, devendo-se ter isso em conta ao pensar na influência que o Universo exerce sobre o pensamento humano, como sobre as emoções, relacionamentos, etc..

 

Parte-se, então, da ideia de maior atracção que uma estrela exerce sobre um planeta do que um planeta exerce sobre ela, relacionando isto com o amor dado não correspondido, ou pouco correspondido, em que um dos elementos da questão atrai mais do que o outro. Teremos, então, que o elemento depressígeno do amor não correspondido como que caracteriza a relação entre estrelas e planetas. Deste modo, os sistemas solares caracterizam-se pela depressividade, em que, pelos movimentos de translacção, teremos uma depressividade cíclica. Sendo assim, teremos uma entrada e saída da depressão, correspondendo isso, pois, a movimentos relacionais maníaco-depressivos. Assim, tendo em conta que a patologia maníaco-depressiva constitui-se enquanto psicose, teremos que os sistemas solares exercem uma influência psicotizante sobre o ser humano.

 

Faz-se agora um aparte, para resumir a sequência a estas ideias, tendo a noção de que os correlatos politico-económicos, que serão descritos, estão mais relacionados com o agora descrito do que com estas sequências. A seguir à influência psicotizante da patologia maníaco-depressiva, teremos sequenciadamente, no desenvolvimento humano, o afastamento e aproximação das galáxias umas das outras, e a expansão do Universo, com o afastamento dos seus limites, como estando relacionados com a angústia de separação característica da patologia borderline. Relaciona-se, também, a simetria como proposta final para a completa unificação de todas as partículas, como defendido pela maioria dos físicos, com características neuróticas genitais como o respeito pelo outro, capacidade de dádiva e capacidade de união afectiva, como, ainda, com o sentimento de reciprocidade e a cooperação.

 

Voltando novamente à influência psicotizante, no quadro da patologia maníaco-depressiva, que os sistemas solares exercem sobre o ser humano, indicam-se agora correlatos politico-económicos, que consubstanciam as ideias descritas neste artigo e nos outros dois referidos.

Considera-se, pois, no âmbito do Capitalismo global actual, e não só, características do capitalismo, que se têm verificado historicamente. Estou a referir-me à ciclicidade do desenvolvimento capitalista, em que surgem não só recessões, como, para além disso, depressões económicas, por um lado, e, por outro, euforias, mais relacionadas com as bolhas especulativas, como acontece frequentemente, relativamente ao ramo imobiliário, por exemplo. Temos o exemplo histórico da Grande Depressão, dos anos 30 do séc.XX, como temos a referência recente das bolhas económicas eufóricas, com as grandes recessões que lhes seguiram.

 

Resumidamente, parece haver, pois, consubstanciação da ideia da ciclicidade maníaco-depressiva, com a sua influência no ser humano, através da referida ciclicidade que historicamente parece verificar-se no Capitalismo, com as suas bolhas especulativas e euforias e recessões e depressões.

 

 

Bibliografia

 

Resende, S. ( 2011  ). Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi ( em apreciação ) ( proposto em 15/03/2011 )

 

Resende, S. ( 2011 ). Complemento a Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi ( em apreciação ) ( proposto em 12/08/2011 )

publicado por sergioresende às 15:15
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Sexta-feira, 3 de Fevereiro de 2012

Complemento a Psicologia matemática relacionada com tendências capitalistas e tendências comunistas

Relacionam-se, neste artigo, as tendências capitalistas e tendências comunistas com as noções matemáticas de curva normal de Gauss e limites, relacionando ainda com a Máscara e Sombra Junguianas.

 

Baseando-me em Psicologia matemática relacionada com tendências capitalistas e tendências comunistas ( Resende, 2010 ), considero as tendências capitalistas, numa curva normal de Gauss, como tendendo para uma curva invertida, enquanto que as tendências comunistas terão uma curva normal. Para mais, utilizando a noção matemática de limite, ter-se-à que em termos de futuro, o Capitalismo tenderá no limite, com a variável x a tender para mais ou menos infinito, para um universo desabitado exclusivo, com as populações a ficarem excluídas, enquanto que o Comunismo tenderá, no limite com a variável x a tender para zero, para um universo habitado inclusivo, com as populações a ficarem incluídas.

Considere-se agora a Sombra, como indo no espectro de menos infinito a 0, e a Máscara, como indo no espectro de 0 a mais infinito.

 

Teríamos no Comunismo, com o limite com x a tender para 0, a integração entre Sombra e Máscara, o que Junguianamente aponta para uma sociedade psicologicamente bem integrada. Teríamos que na dialéctica Junguiana de oposição entre arquétipos, a boa integração equilibrada entre arquétipos opostos, como Máscara e Sombra e Animus e Anima. Junguianamente, isso aponta para a Individuação, para personalidades mais individuadas. Assim, e como indiciado no artigo referido anteriormente, e corroborando o mesmo, teríamos no Comunismo uma sociedade saudável.

 

Considere-se agora o Capitalismo, com o limite com x a tender para menos infinito e mais infinito, e seus extremos, fascismo e nazismo. Teríamos a vivência de uma parte da população apenas na Sombra e de outra parte da população apenas na Máscara, considerando que o Capitalismo indica psicomatematicamente que, na tendência das populações para menos infinito e mais infinito, há uma desagregação entre as populações.  Tem-se a população com vivência apenas na Sombra, a viver o desconhecido e os seus medos, mas também com acesso às potencialidades criativas que o desconhecido oferece. A outra parte da população, vivendo apenas na Máscara, teria uma vivência com ambições e exibicionismos patológicos, característico na Máscara capitalista, considerando estas características psicológicas associadas ao falismo, cuja sobrecompensação se relaciona mais com a Máscara [ ver Características sobrecompensatórias das fases psicossexuais da Máscara e Sombra da histeria capitalista ( Resende, 2010 ) ]. Exemplos destes dois tipos de população são o Nazismo, com ambições imperialistas evidentes, e as vítimas do Holocausto Nazi, vivendo vários horrores humanos, como as perseguições ( ideológicas, religiosas, raciais, intelectuais, etc. ) e deportações, até às vivências nos campos de concentração, vivências estas mais relacionadas com os medos da Sombra.  Isto aponta para uma vivência não saudável, como de resto se indicia no artigo Psicologia matemática relacionada com tendências capitalistas e tendências comunistas ( Resende, 2010 ).

 

Psicomatematicamente, estas enunciações apontam para o maior equilíbrio da sociedade comunista relativamente à sociedade capitalista, com seus extremos, fascismo e nazismo.

 

 

Bibliografia

 

Resende, S. ( 2010 ). Psicologia matemática relacionada com tendências capitalistas e tendências comunistas em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 05/11/2010

 

Resende, S. ( 2010 ). Características sobrecompensatórias das fases psicossexuais da Máscara e Sombra da histeria Capitalista em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 29/11/2010

publicado por sergioresende às 14:26
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Quinta-feira, 5 de Janeiro de 2012

Etologia e filopsiquismo

Relaciono, neste artigo, o conceito etológico de padrões inatos de acção com conceitos psicológicos, baseando isso um filopsiquismo, ou uma psique com uma evolução psicológica ao longo das gerações humanas.

 

É de notar que, nas influências e relações estabelecidas entre Etologia e Psicologia, há abordagens da Psicologia que dão particular importância à filogénese, como o Comportamentalismo e a perspectiva Junguiana, com o seu conceito de inconsciente colectivo.

 

Começo este artigo, referindo-me ao conceito fundamental em etologia de padrões inatos de acção. Estes padrões, presentes nos animais, indicam comportamentos inatos, baseados na genética, na lide do animal com o meio ambiente à sua volta.

 

Ora, um aspecto a realçar aqui é, na Psicologia, a existência de padrões de funcionamento psicológico, tal como determinados por testes psicológicos, que seguem uma tendência padronizada, passe-se o pleonasmo, particularmente uma tendência matemática gaussiana.

 

Dados ambos os aspectos serem fundamentais, básicos, pressupõe-se aqui uma relação entre os padrões inatos de acção e os padrões psicológicos gaussianos. É como se os padrões psicológicos tivessem derivado, na evolução humana, dos padrões inatos de acção. Ora, dado este inatismo, isto remete-nos para o conceito de inconsciente colectivo ( Jung, 1988 ), que diz respeito a vestígios de experiências passadas da Humanidade.

 

Outro pressuposto, neste artigo, é que quanto mais a psique fôr de tendência central, mais norma, mais essa psique está relacionada com os tais padrões inatos de acção e mais estará dependente deles, estando, em sequência, mais próxima do inconsciente colectivo. Isto, porque a frequência mais normativa da psique estará mais próxima dos aspectos mais padronizados, já referidos, dos animais, particularmente a nível evolutivo.

 

Dou dois exemplos explanatórios para o já indicado. Esses exemplos são as tendências comunistas e as tendências hedonistas capitalistas.

 

Quanto às tendências comunistas, remeto para o meu artigo Psicologia matemática relacionada com tendências capitalistas e tendências comunistas ( Resende, 2010 ), em que elaborando as tendências psicológicas gaussianas comunistas, indico a tendência central comunista, ou seja, a tendência para as massas funcionarem medianamente. Relacionado com o referido neste artigo, tem-se que os comunistas consideram que a história da humanidade é a história da luta de classes, em que se tem coerentemente uma relação entre os ideais comunistas, mais a nível ontogenético, e a análise da evolução histórica humana, mais a nível filogenético. Ora, em conjunto isto remete-nos para um filopsiquismo comunista.

 

Já em relação às tendências hedonistas capitalistas, é de notar que as massas, mais normativo, portanto, nas sociedades capitalistas, particularmente no Capitalismo global, tendem a ter como ideal extremo o hedonismo. Isto, numa análise psicológica, remete-nos para a tendência para a brincadeira hedonista, após a infância, estar relacionada com as brincadeiras infantis, particularmente com a sobrecompensação das mesmas. Dir-se-à, numa primeira análise, que parece que as massas hedonistas capitalistas não brincaram em criança, ou pelo menos não brincaram o suficiente.

Em termos históricos da evolução humana, e relacionado com este artigo, remeto para a noção especulativa de Zecharia Sitchin ( 1990 ), no seu Genesis revisited - Is modern science catching up with ancient knowledge?. A noção, baseada na tradução de tábuas cuneiformes sumérias milenares, indica-nos que a Humanidade terá sido criada por engenharia genética, juntando geneticamente um primata, já existente na Terra, e extraterrestres. Ademais, assim a noção traduzida avança, o ser humano terá sido criado  para ser uma espécie escrava, dedicando-se à mineração de ouro, que os extraterrestres necessitavam para proteger a atmosfera do seu planeta. 

Temos esta noção do ser humano ter sido criado escravo, o que, filopsiquicamente,  indica-nos que o ser humano, no seu início, não se terá dedicado ao lazer, não terá brincado, por assim dizer. Assim, parece que, filopsiquicamente, as massas hedonistas das sociedades capitalistas estão a sobrecompensar o que não brincaram no início da sua evolução, o que é também coerente com o não terem brincado o suficiente enquanto crianças. Dada a natureza deste artigo, a noção especulativa de Sitchin ganha plausibilidade. 

 

A reforçar as ideias deste artigo, é de considerar um artigo meu, a saber, Antropologia psicanalítica: filogenia e ontogenia ( 2007 ). Nesse artigo, procuro evidenciar a repetição de padrões da filogenia na ontogenia, como a base ontogenética da filogenia, recorrendo, para isso, às fases de desenvolvimento psicossexual. Considerando a sequência destas fases, é de referir dois exemplos relativos à fase anal e à fase fálica. Assim, compara-se a predominância da fase anal e a vivência em grutas, relativamente ao que está fora e ao que está dentro, quanto ao que é conservado quanto ao que é expelido. Em relação ao que está na gruta, ao que é protegido, conservado, e àquilo que é feito no exterior da gruta, como o ir caçar e ir explorar o ambiente. Para mais, é de comparar a fase fálica, com aspectos relativos à ambição, à vaidade e ao exibicionismo, em particular, e as manifestações artísticas na vivência grutal, de celebração do sucesso das caçadas nas pinturas grutais, relativas predominantemente aos aspectos da vaidade e de exibicionismo, com a ambição de novos e melhores sucessos. É de considerar ainda os aspectos da ambição fálica no que se relaciona com a agressividade fálica, e o desenvolvimento ou o início do desenvolvimento de utensílios de caça, em particular, lanças e setas.

 

Para finalizar o artigo, dir-se-à que se tem, pois, coerentemente, filopsiquismos comunistas e capitalistas, importantes nas sociedades humanas, derivados de noções etológicas.

 

 

Bibliografia

 

Jung, C. G. ( 1988 ). A prática da psicoterapia ( trad. port. ). In Obras Completas de C. G. jung, Vol. XVI. Petrópolis: Editora Vozes ( edição original, 1971 )

 

Resende, S. ( 2007 ). Antropologia psicanalítica: filogenia e ontogenia em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 29/03/2007

 

Resende, S. ( 2010 ). Psicologia matemática relacionada com tendências capitalistas e tendências comunistas em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 05/11/2010

 

Sitchin, Z. ( 1990 ). Genesis revisited - Is modern science catching up with ancient knowledge?. Avon Books

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Quinta-feira, 27 de Outubro de 2011

Característica do sistema capitalista

Uma grande característica do sistema capitalista é:

 

Socialização dos prejuízos, privatização dos ganhos!

publicado por sergioresende às 22:12
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Terça-feira, 21 de Dezembro de 2010

Natal, Capitalista, perpetua as piores tendências humanas!

O Natal Capitalista desenvolve uma religiosidade mercantilista que não abona às melhores tendências filosóficas do Cristianismo.

Para além disso, tem a tendência de perpetuar as piores características humanas.

Já que Cristo foi crucificado, parece que aquilo que é entendido pelas pessoas no Capitalismo é que se deve fazer tudo para não se ser crucificado, prejudicado, fazendo, para isso, tudo para que o próximo seja aquele a ser prejudicado, não entendendo que Cristo morreu e ressuscitou expiando os pecados humanos. Isto para aqueles religiosos, crentes, practicantes ou não.

Assim, parece que aquilo que está sempre presente no Capitalismo é o dizer O mundo é dos espertos, que bem se complementa com a tendência de enganar o outro, de roubar, mentir, de prejudicar, etc..

Ora, o Natal, supostamente significando o nascimento de Jesus, e a sua adoração, parece ter o efeito tal como o descrevi, isto é, crucificar sempre o outro, o próximo.

Isto são as piores tendências humanas, que são suficientes para descredibilizar o argumento de que o Natal é acima de tudo uma festa de família, e isto, porque se pretende numa época concentrar algo que não existe durante o ano, e, muito pelo contrário, tende-se a enganar o outro, a depreciá-lo, a mentir, a roubar, quando não é matar!

 

A influência da celebração do Natal nas sociedades histéricas capitalistas, as suas maiores proponentes, parece ser, pois, o de perpetuar estas piores tendências humanas!

 

Estes argumentos, mais aqueles que indicam que a celebração natalícia, com a troca de prendas, surgiu da Saturnália, uma celebração romana, no império romano antes da conversão ao Cristianismo, que é uma adoração a Saturno, e que não tem nada a ver com Jesus Cristo, para além do facto de ser ateu, levam-me a ser contra a celebração natalícia!

publicado por sergioresende às 14:27
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Segunda-feira, 6 de Outubro de 2008

Acerca de Obama!

Disse anteriormente, noutro post, que apoiava a eleição de Obama para Presidente dos Estados Unidos da América!

Disse isso, sobretudo, porque a alternativa ( a única viável politicamente, diga-se de passagem; pelo sistema bipartidário típico nos E. U. A. ) é McCain, um Republicano, quiçá, ainda pior que Bush - se isso fôr possível.

Mas também porque representava alguma esperança de estabelecer uma viragem relativamente ao Capitalismo selvagem, imperialista, típico do capitalismo Estado-Unidense.

Mas, já se viu que não!

Logo no dia seguinte a garantir a nomeação Democrata indicou que apoiaria uma Jerusalém una, governada por Israelitas, isto perante uma Associação judaica norte-americana. E isto depois de ter indicado que estabeleceria diálogo com as várias partes dos conflitos, a nível global. Após isto mesmo, indicou que, se fôr eleito Presidente, ordenará a invasão do Paquistão, havendo a mesma tendência relativamente ao Irão!

 

Para ver se me entendem -  na vossa linguagem: Ó por amor de Deus!

 

Basta!

 

Já se viu que os Estados Unidos não têm qualquer esperança!

 

Tendo em consideração a  gravíssima crise global actual ( 2008 ) do Capitalismo global, passe-se o pleonasmo, antevejo o fim do Capitalismo - para já, pelo menos, como o conhecemos!

Temos, por exemplo, nos Estados Unidos da América, o grande bastião do Capitalismo, várias nacionalizações de importantíssimas empresas, o que é histórico!

Na Europa, passa-se o mesmo! E assim por diante!

 

Já Fidel previa o fim do Capitalismo!

 

Já a análise comunista previa o fim do Capitalismo!

 

Já eu, por duas vezes, previ o fim do Capitalismo: com o fim da imprevisibilidade da sexualidade feminina e no sentido da evolução da espécie, para que a espécie evolua significativamente, com a união das mulheres para acabar com o Capitalismo!

 

Siga!!!

publicado por sergioresende às 23:56
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