Quinta-feira, 26 de Dezembro de 2013

Exopsicologia e o Natal

Elabora-se, neste artigo, o efeito exopsicológico do Natal na Humanidade.

 

É de considerar, antes de tudo, que na adolescência há o recrudescimento de vivências edipianas, ocorrendo também, sobremaneira, o luto das imagos parentais.

 

Ora considerando que caracterizando a adolescência, relativamente ao Natal, está o deixar de acreditar no Pai Natal, ou seja, o descobrir ou vivenciar que os presentes de Natal provêm dos pais, e de outros familiares e amigos, temos que, neste descobrir, há a desilusão, que contudo ocorrerá, geralmente, antes da adolescência, quanto a um aspecto de sentimento mágico ou omnipotente, relativamente a algo crucial do Natal, ou o que ele representa, em particular, o trabalhar e vivenciar o espaço de ilusão.

 

É aqui que essa desilusão se liga ao luto das imagos parentais, já referida, em que se associa desilusão relativamente ao Pai Natal e relativamente aos pais, particularmente desilusão relativamente à idealização das imagos parentais, particularmente por terem mentido.

 

Ora, realça-se, agora, um comportamento observado por mim, na Faculdade de Psicologia onde estudei, de um adolescente no fim da adolescência, em que o mesmo verbalizou, durante um jogo de matraquilhos, onde estava a ter sucesso, que não era Natal todos os dias, no sentido de o adversário não dever estar à espera de presentes. Este comentário é um dito, manifestado particularmente pela juventude, mas também frequente noutras faixas etárias, que nos remete para falhas na idealidade, no sistema idealizante, particularmente com desilusão excessiva quanto às imagos parentais.

 

Este não ser Natal todos os dias  remete-nos para um aspecto vilificante do Natal, retratado nesse comentário popular comum, e que dirá respeito à ambição e desejo de sucesso desmesurados, com sobrecompensações fálicas típicas, tão prementes nas sociedades capitalistas contemporâneas, particularmente nas sociedades cristãs, em que parece surgir uma união de mecanismos obsessivos e histéricos, com a obsessão mais masculina e a histeria mais feminina, com o isolamento do afecto, obsessivo, na altura do Natal, respeitante a sentimentos associados ao Natal, como bondade, afectuosidade, amizade, união, comunhão e amor, por exemplo, e com recalcamento histérico, na sequência e consequência do isolamento anterior, desses afectos, como também da representação do Natal, no restante ano aparte do Natal. Precisamente, aqueles afectos referidos deverão idealmente orientar e caracterizar as relações saudáveis. Isto à guisa do preconizado por Wilhelm Reich, em The Function of the Orgasm ( 2009 ), por exemplo, quando ele diz que o amor, o trabalho e o conhecimento são as fontes da vida, devendo também governá-la.

 

Exopsicologicamente, há que considerar que natal é relativo a nascimento, ao nascer, e tendo em conta o agora dito, temos as indicações de investigadores como David Icke, que nos dizem, particularmente em Human Race – Get Off Your Knees ( Icke, 2010 ) e Remember Who You Are ( Icke, 2012 ), que a evolução da Humanidade terá sido influenciada e controlada por uma raça extraterrestre reptiliana xenomorfa, e que o dia-a-dia da Humanidade é controlada por essa raça, particularmente a partir da Lua, que será uma nave espacial, referindo investigadores que apoiam essa ideia. Esse controlo será feito a partir de energias electromagnéticas que controlarão externamente o comportamento e psique, mente, dos humanos, a nível individual e grupal. Parte desse controlo é feito pelos Illuminati, um alegado governo global secreto, e humano, ou híbrido entre humano e reptiliano, que executará a agenda daquela raça reptiliana.

 

Assim, aquela junção de um mecanismo obsessivo e histérico contribuirá para que na maior parte do ano haja uma desunião, desagregação, entre os humanos, que bem observado bem se vê isso mesmo, o que estará na linha da agenda reptiliana de dividir e conquistar. Isto estará patente na agressividade e desarmonia evidente nas relações mais típicas nas sociedades capitalistas contemporâneas, em que ocorrem flutuações tumultuosas ao nível societal, com alguma frequência.

 

Para mais, tendo em conta que natal, natalício, é respeitante ao nascer, isso remete-nos para o envelhecimento característico de sociedades cristãs como a europeia e a estado-unidense, com diminuição acentuada da tendência para nascimentos.

 

Temos, pois, um efeito exopsicológico reptiliano relativamente ao Natal, que se enquadrará na agenda reptiliana e Illuminati, como exposto por David Icke, naqueles livros referidos, de diminuir cerca de 90% da população humana, com cerca de 500 milhões a servirem de escravos a uma elite governante.

 

Estes serão, então, os efeitos exopsicológicos do Natal na Humanidade, em que entidades extraterrestres manipularão o evento do Natal para influenciar negativamente e controlar a Humanidade.

 

 

Bibliografia

 

Icke, D. ( 2010 ). Human Race – Get Off Your Knees: The Lion Sleeps No More. David Icke Books

 

----------- ( 2012 ). Remember Who You Are – Remember “ Where “ You Are and Where You “ Come “ From. David Icke Books

 

Reich, W. ( 2009 ). The Function of the Orgasm. Souvenir Press

publicado por sergioresende às 12:16
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Sexta-feira, 5 de Abril de 2013

O pénis enquanto objecto transicional na criatividade

Faz-se, neste artigo, um resumo do meu artigo Variação diferencial do tamanho do pénis e sua importância no poder criativo ( Resende, 2011 ), para melhor enquadrar como a variação diferencial entre o pénis erecto e o pénis flácido é um factor importante no poder criativo. A partir daí, faz-se uma incursão pelos fenómenos transicionais para elaborar sobre como a ilusão associada ao pénis erecto e a desilusão associada à flacidez do pénis estão na base de elaborações criativas importantes.

 

Tem-se, então, que a variação diferencial entre o pénis erecto e o pénis flácido contribui decisivamente quanto ao poder criativo. Nesta variação diferencial do pénis, é de ter em conta a primazia da genialidade, e das produções intelectuais e artísticas, do homem relativamente à mulher, no decurso civilizacional humano. Para mais, caracteristicamente, a diferença entre o pénis erecto e o pénis flácido é tal, que o homem terá uma tendência para se identificar com outros homens como com as mulheres. Poderá ter em sua mente a percepção da realidade tanto de um homem como de uma mulher. Especificando, na aproximação do pénis da flacidez, haverá uma tendência, uma aproximação, realçando-se a mesma, relativamente ao clitóris. Com esta tendência sentida pelo homem, haverá um sentimento vivencial do mundo, tal como vivido pelas mulheres. Com esta identificação, poderá ter uma perspectiva mais abrangente e diferenciada da realidade, já que tem ambos os pontos de vista. Isto permite-lhe maior produção genial e criativa, podendo nós falar aqui na identificação com a mulher no contexto das musas inspiradoras.

 

Com o reconhecimento do homem do poder inspirador que lhe surge através da identificação com as mulheres, surgirá, importantemente, a inveja do clitóris, com suas características subcompensatórias, que caracteriza as produções intelectuais do homem, como dou a indicação de se poder consultar em dois artigos meus, a saber, Aspectos criativos e evolutivos da inveja do clitóris e Exemplos específicos das características subcompensatórias do homem derivadas da inveja do clitóris. Como se pode ver mais à frente, para além do reconhecimento referido, a inveja do clitóris, em si, com suas características subcompensatórias, terá tido, e vindo a ter, crucial importância evolutiva. Ainda neste resumo, há ainda a destacar, quanto à inveja do clitóris, que a subcompensação narcísica, presente na inveja do clitóris do homem, caracteriza-se por uma tentativa de diminuição narcísica, derivada do sentimento de superioridade narcísica advindo da comparação pénis-clitóris. É que ter-se-à que o sentimento de superioridade narcísica referido estará relacionado com o sentimento de masculinidade. Ora tem-se que a tentativa de diminuição narcísica surgirá no sentido de diminuição do sentimento de masculinidade, diminuição esta que terá importância evolutiva nas relações entre homens e mulheres. Tendo em conta que há um sentimento de masculinidade inicial, derivado da comparação pénis-clitóris, dir-se-à que as características subcompensatórias que caracterizam a inveja do clitóris estarão mais relacionadas com o sentimento de feminilidade inconsciente no homem, ou seja, com o arquétipo anima, de que Jung fala. Assim, pelo dito, na produção criativa do homem haverá uma diminuição do sentimento de masculinidade e uma acentuação do sentimento de feminilidade inconsciente.

 

Passando agora aos fenómenos transicionais, temos que, segundo Houzel, Emmanuelli & Moggio ( Coord. ) ( 2004 ), Winnicott refere-se aos fenómenos transicionais e objectos transicionais como a passagem do auto-erotismo à relação de objecto, à passagem do que é subjectivamente concebido ao que é objectivamente apercebido.

 

Consideram-se dois tempos nos fenómenos transicionais, o tempo de ilusão e o tempo de desilusão.

 

No contexto, na ilusão, há o sentimento de superioridade do homem na comparação pénis-clitóris, particularmente, com o pénis erecto. Haverá, com a erecção do pénis, um controlo omnipotente sobre o mesmo.

 

Com a flacidez do pénis, surge a desilusão relativamente ao sentimento de superioridade sentido, e já referido, desilusão essa que surge no contexto da inveja do clitóris. Como se pode ver no artigo O poder criativo e as características subcompensatórias do homem derivadas da inveja do clitóris: culpabilidade fálica         ( Resende, 2013 ), a inveja do clitóris, com suas características subcompensatórias, surgirá da culpabilidade fálica, em relação ao sentimento de superioridade já referido, culpabilidade fálica, precisamente em relação às características sobrecompensatórias associadas a esse sentimento de superioridade. Surgirá também com o reconhecimento do homem do poder inspirador que lhe advém através da identificação com as mulheres, como já referido no resumo inicial deste artigo. A inveja do clitóris no homem terá possíveis motivos filogenéticos num sistema de equilibração evolutivo em relação ao sentimento de inveja do pénis, tipicamente sentido pela mulher, e suas características sobrecompensatórias. Para ver exemplos e relação entre a inveja do clitóris e criatividade, veja-se o artigo do poder criativo, referido acima.

 

Continuando, temos, pois, que na passagem da ilusão à desilusão, surge a inveja do clitóris, que estará associada à flacidez do pénis, estando, pois, a desilusão associada à flacidez do pénis. Haverá, então, a percepção do indivíduo enquanto estando separado do outro, o que caracteriza a desilusão, em que o homem sente que não é igual à mulher, em que terá a experiência semelhante a ela, como indicado no artigo já referido da Variação diferencial, mas estando separado dela. Há, assim, a desilusão com a flacidez do pénis, relativamente ao sentimento de superioridade sentido com a potência do pénis erecto. Note-se, aqui, a semelhança com o que já foi descrito, quanto às ideias de Winnicott, em que há, na ilusão de superioridade na potência do pénis erecto, o auto-erotismo, e na desilusão da flacidez do pénis, relativamente ao sentimento de superioridade referido, a relação de objecto, com a mulher, com a percepção da experiência dela, mas estando separado dela, passando-se, então, do que é subjectivamente concebido ao que é objectivamente apercebido. Temos, assim, na desilusão, experiências de frustração, em que a relação de controlo omnipotente atenua-se para dar lugar à relação de objecto. Posteriormente, o sujeito reconhece e aceita a realidade externa, tolerando a experiência de frustração. Então a área transicional, privada, torna-se área partilhada, “ área intermediária de experiência “, que se situa no limite entre o subjectivo e o objectivo.

 

Temos, no contexto do artigo, diferença entre espaço de ilusão e de desilusão, um espaço transitivo, transicional e potencial, potencialmente de elaboração simbólica, de onde poderão surgir posteriormente as manifestações culturais e criativas. Considerando, pois, o pénis, enquanto objecto transicional, temos que, segundo Houzel, Emmanuelli & Moggio ( Coord. ) ( 2004 ), após a ilusão e desilusão, que caracterizam os fenómenos transicionais, os fenómenos, o espaço e os objectos transicionais começarão então a ser desinvestidos e dissolver-se-ão em todo o domínio cultural. “ Subsistirá ao longo de toda a vida, no modo de experimentação interna, que caracteriza as artes, a religião, a vida imaginária e o trabalho científico criativo “             [ Winnicott, citado por Houzel, Emmanuelli & Moggio ( Coord. ) ( 2004 ), p. 998 ].

 

Finalizando, e considerando também o início deste artigo, temos que para maior produção criativa no homem, há a necessidade, para além da acentuação da feminilidade inconsciente, da desilusão associada à flacidez do pénis, após a ilusão associada à erecção do mesmo, numa tendência contrária à potência eréctil permanente, que se pode ver numa patologia como o priapismo.

 

 

Bibliografia

 

Houzel, D., Emmanuelli, M. & Moggio, F. ( Coord. ) ( 2004 ). Dicionário de Psicopatologia da Criança e do Adolescente. Climepsi Editores

 

Resende, S. ( 2011 ). Variação diferencial do tamanho do pénis e sua importância no poder criativo em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no  Campo Psi em 02/01/2011

 

Resende, S. ( 2013 ). O poder criativo e as características subcompensatórias do homem derivadas da inveja do clitóris: culpabilidade fálica em www.psicologado.com  ( proposto a 04/2013 )

publicado por sergioresende às 11:23
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