Sábado, 30 de Março de 2013

Padrões e diferenciações egóicas multiversais

Baseando-me na hipótese de um Universo infinito, no multiverso, avançada por físicos, e referida no meu artigo O consciente e o inconsciente cósmicos ( Resende, 2013 ), proponho a noção de diferentes eus nos diferentes universos, já que haverão Universos repetidos, com diferentes padrões e diferenciações egóicas multiversais, entre um Universo modelo, por exemplo, o nosso, até chegar a esses universos repetidos, que, como se propõe mais à frente, também terão gradações.

 

Naquele artigo, é referida a hipótese de um Universo infinito, avançada por físicos, em que haverão necessariamente universos repetidos, no sentido da finitude de arranjos dos átomos e das moléculas do Universo, num multiverso, em que existirão, proponho eu aqui, eus repetidos, com gradação em relação aos diferentes eus.

 

Com isto, teremos a hipótese de que as diferentes gradações sigam matematicamente uma curva normal de Gauss, com a maioria dos elementos mais padronizados, a nível mediano, e com o diminuir para o extremo inferior e superior dos elementos, numa forma tipo de sino.

 

Diga-se, mais ilustrativamente, que a entrada em histeria de uma mulher, verborraicamente, típico da histérica, por outra mulher ter a mesma roupa do que ela, será uma manifestação inconsciente colectiva transuniversal, ou cósmica, em relação às repetições egóicas multiversais. Isto, considerando o aspecto oro-fálico do histerismo, e da língua enquanto símbolo oro-fálico por excelência, que será uma base para os lapsos inconscientes de linguagem. Claro está, considerando também o histerismo mais típico nas mulheres.

 

Hipotetiza-se, relacionando com o meu artigo Etologia e filopsiquismo   ( Resende, 2012 ), que a maioria dos elementos, mais padronizados, portanto, estejam mais relacionados com o passado, com o historial psíquico, pelo aspecto normativo da padronização, sendo eventualmente menos diferenciados psicologicamente, já que seguem padrões psíquicos mais determinados por esse passado, mais associados a padrões inatos de acção. Realça-se a importância da filogénese, para Jung, e seu conceito de inconsciente colectivo, no psiquismo humano, e para a perspectiva Comportamentalista.

 

É de referir, agora, a plausibilidade da fractalidade do consciente e inconsciente cósmicos, como indicado naquele primeiro artigo referido, que leva a que o psiquismo humano, com seus padrões psicológicos, ao nível do consciente e do inconsciente, se auto-repita ao nível dos eus no multiverso.

 

Quanto aos universos repetidos, ainda se elabora naquele primeiro artigo, quanto à coerência da existência de um inconsciente cósmico, pela característica da compulsão à repetição, que é a tendência de material inconsciente se manifestar repetidamente. Seria, pois, no sentido de um inconsciente cósmico colectivo.

 

Ainda relativamente à diferenciação psicológica, temos que haverão zonas, ao longo do multiverso, mais diferenciadas e outras menos diferenciadas, ao nível dos eus, portanto, ao nível egóico multiversal, em que estes graus de diferenciação se assemelhariam ao grau de diferenciação dos elementos do Universo, desde as poeiras e os gases estelares, até às estrelas, planetas, satélites naturais, buracos pretos, quasars, etc..

 

Noutra perspectiva, mas ainda ao nível da diferenciação, dada aquela padronização referida, dos elementos egóicos mais medianos, teríamos que os mesmos se aproximariam do elemento hidrogénio, já que se considera que o mesmo será, de longe, o elemento mais comum do Universo, pelo menos, o visível, e em que os elementos egóicos tendendo para o extremo inferior da curva normal se aproximariam das partículas sub-atómicas, enquanto que os elementos egóicos tendendo para o extremo superior da curva se aproximariam dos elementos mais pesados. Hipotetiza-se, ainda, que esta diferenciação egóica, tendendo para os extremos inferior e superior, aproximando-se, portanto, do sub-atómico e dos elementos mais pesados, que poderíamos considerar como sendo supra-atómico, tenderá para o que é considerada a existência multi-dimensional do Universo, em que teremos seres de outras dimensões, eventualmente multi-dimensionais. Seres esses que são descritos na literatura ovnilógica variada ou na literatura exopolítica, exopolítica esta definida como o campo que estuda os actores, instituições e processos políticos humanos na sua relação com civilizações extraterrestres, como no livro, dizia, do fundador da exopolítica, Alfred Webre, Exopolitics: Politics, Government and Law in the Universe     ( 2005 ). Como Webre diz, neste seu livro: " Multi-dimensional " spiritual " beings guide us in our planetary development... The spiritual dimensions of the Universe guide us outward into the reaches of interplanetary space and inward into the reaches of the human soul. " ( p. 69 ). 

 

Quanto a estas últimas referências, aos dois extremos da curva normal, tem algum interesse relacioná-las com a fractalidade já referida, em que teríamos auto-repetição egóica em diferentes dimensões, em que o que seria variável, o que caracterizaria a diferenciação, seria o tempo, ou seja, egos semelhantes em diferentes tempos. Apoiando esta ideia, temos o avançado por Paul Davies, em Como construir uma máquina do tempo ( 2003 ), onde ele considera que não há um “ agora “ universal, tendo nós que aceitar que o tempo num lugar longínquo pode ocupar o que entendemos como passado e futuro. Indica, pois, que é errado pensar apenas no presente como real em todo o cosmos.

 

Ainda em relação a estes diferentes tempos, e numa linha exopsicológica, ou seja, do estudo da relação e funcionamento mental, psíquico, entre seres humanos e seres alienígenas, podemos pensar em tempos complementares, em que os seres dimensionais associados ao supra-atómico, hipotetiza-se, caracterizar-se-iam pelas ondas gravitacionais avançadas, que permitirão caracteristicamente viagens no tempo para o passado, e em que os seres dimensionais associados ao sub-atómico, caracterizar-se-iam pelas ondas gravitacionais retardadas, que permitirão caracteristicamente viagens no tempo para o futuro. Esta noção, quanto às ondas gravitacionais, pode ser encontrada, por exemplo, no livro de J. Richard Gott III, Viagens no tempo no Universo de Einstein ( 2001 ). Temos, por conseguinte, a curva normal de Gauss como uma seta temporal do passado para o futuro.

 

As ideias de eus repetidos, alternativos, num multiverso, também em diferentes tempos, são dramatizadas no filme The One, ou Força explosiva, em português, realizado em 2001 por James Wong, e com argumento de Glen Morgan e James Wong.

 

Conclui-se, realçando-se a existência, num multiverso, de eus repetidos, com gradações e diferenciações, caracterizadas, temporalmente, por maior ou menor relação com o passado e com o futuro, e por maior ou menor relação com o sub-atómico e o supra-atómico. Ainda de destaque é a plausibilidade de existência de um inconsciente cósmico colectivo.

 

 

Bibliografia

 

Davies, P. ( 2003 ). Como construir uma máquina do tempo. Gradiva

 

Gott III, J. R. ( 2001 ). Viagens no tempo no Universo de Einstein. Edições quasi

 

Resende, S. ( 2012 ). Etologia e filopsiquismo em www.psicologado.com ( proposto a 01/2012 )

 

Resende, S. ( 2013 ). O consciente e o inconsciente cósmicos em www.psicologado.com ( proposto a 02/2013 )

 

Webre, A. ( 2005 ). Exopolitics: Politics, Government and Law in the Universe. Universebooks

publicado por sergioresende às 18:30
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