Sábado, 3 de Maio de 2014

Fobia da ausência, da falta, do nada e do vazio

Fobia da ausência, da falta, do nada e do vazio

 

Considerando-se inicialmente diversos contornos fóbicos relativos ao capitalismo e fascismo e ainda relativos à mulher, elabora-se depois sobre as fobias relativas à ausência do pénis, com correspondências fóbicas em relação ao nada e ao vazio, no contexto xenofóbico dos Estados Unidos da América em relação às contribuições dos árabes, em particular o zero.

 

Descrevam-se primeiramente dois artigos meus, a saber, Tendências psicológicas e medos futuros das sociedades capitalistas ( Resende, 2010 ) e Exemplo paradigmático relativo às tendências psicológicas e medos futuros das sociedades capitalistas               ( Resende, 2011 ). Nos mesmos baseio-me no apoio incondicional dos Estados Unidos, enquanto bastião do capitalismo, a Israel, e na historicidade da coluna de fogo que guiou as tribos hebraicas pelo deserto, considerando-se que a coluna de fogo moderna nas sociedades capitalistas é a religião, enquanto modo de unir as pessoas, baseada na divinização do dinheiro, em que este é considerado psicologicamente a nível anal, que por sua vez baseia-se na divinização do sistema matriarcal, que está baseado na sexualidade feminina. Indico, para mais, a utilização da sexualidade feminina para controlo do indivíduo e das massas, em que teríamos o deslocamento das culpabilidades associadas ao controlo para o fogo eterno do Inferno, na religião cristã, mantendo-se, deste modo, o controlo individual e societal. Há, então, uma paranoia anal, surgindo como principal medo capitalista, particularmente, ao nível das elites, acrescente-se, com a noção da máxima comunista de que a ideologia dominante numa sociedade é a ideologia da classe dominante, como medo, dizia eu, a desmistificação das tradições judaico-cristãs e da sexualidade feminina, concluindo-se que o medo capitalista de o “ fogo “ se extinguir significará o medo do frio do espaço ou o medo de uma invasão alienígena. O exemplo paradigmático dado é a utilização do Vai-Vém espacial, utilizado pelos Estados Unidos, uma sociedade capitalista, com caracterizações fóbicas. De facto, afigura-se o mecanismo relacional, na exploração espacial, de aproximação/evitamento, pelo ir e vir do Vai-Vém, perspectivando-se estratégias defensivas fóbicas de fuga para a frente e de evitamento, estratégias estas como consideradas por Houzel, Emmanuelli & Moggio, em Dicionário de Psicopatologia da Criança e do Adolescente, diz-se ainda. Acrescente-se, para mais, que aquela divinização do sistema matriarcal baseado na sexualidade feminina será, para sermos mais precisos, também uma sacralização da psicossexualidade feminina, com a histeria mais tipicamente feminina, com sobrecompensações fálicas, que nos reportará às sociedades falocêntricas, características do capitalismo global contemporâneo.

 

Ora destaque-se que daquele medo capitalista da desmistificação da sexualidade e psicossexualidade femininas surgirá que essa desmistificação levar-nos-ia à consideração do real reconhecimento da diferença anatómica entre os sexos, pela mulher, mas também pelo homem, não se tendo tanto a presença do pénis enquanto falo-todo-poderoso, presença esta mais de nível fálico, com a histeria mais tipicamente feminina e de organização oro-fálica, ao contrário daquele reconhecimento, mais a nível genital, mais evoluído.

 

Já em A mulher e a morte ( Resende, 2013 ), baseado noutros dois artigos meus, Masturbação feminina no dia-a-dia: suas implicações psicológicas e comportamentais e Orgasmo feminino enquanto “ pequena morte “ ( la petite mort ), considero que nos comportamentos masturbatórios da mulher típicos no dia-a-dia, por mais satisfação sexual que se obtenha, a capacidade multi-orgásmica e esses comportamentos persistem, indicando que a plena satisfação sexual não é obtida, levando a crer que diminui a capacidade de procura efectiva de satisfação sexual, na relação, importantemente, já que aqueles comportamentos persistem, levando-nos à noção mais ou menos presente da menor iniciativa sexual da mulher. Para mais, considerando também a indicação de Freud da satisfação sexual associada ao sono, com comportamentos sonolentos que se verifica no dia-a-dia, naqueles comportamentos masturbatórios, associados ao clímax sexual, em que numa regressão a um estado intra-uterino, fica-se em completa dependência de outrem. Ora, quanto à menor iniciativa referida, e à dependência, é de notar que Jung, como se diz no artigo agora resumido, indica que a mulher que não se identifica com o Eros materno perde a capacidade de iniciativa. Será como se a mulher, nesse comportamento sexual típico de masturbação se identificasse mais com o Tanatos materno. Acrescenta-se que considerando que a resolução é a fase de resposta sexual humana que se segue ao orgasmo, teríamos aqui que a irresolução crónica na mulher está associada à morte, sendo neste contexto que se enquadra a famosa expressão francesa do orgasmo feminino enquanto “ la petite mort “, a pequena morte. Ainda neste artigo agora resumido d’ A mulher e a morte, refiro-me a outro artigo meu, O sobrecompensatório na mulher, para dizer que o comportamento habitual manifestado, especialmente por parte de mulheres mais velhas, de pintar o cabelo, cobrindo o cabelo branco e grisalho, sinal manifesto de envelhecimento e velhice, revela uma espécie de trauma transpessoal de género, o feminino, de não ter contribuído, assim o sentirão, tanto historicamente como os homens para a sociedade. Assim, tentarão sobrecompensatoriamente parecer mais novas, como que tentando afirmar que ainda vão a tempo, tentando denegar que nas suas vidas pessoais não se terão sentido como contribuindo tanto ou compensando tanto aquele sentimento histórico. Ora, o comportamento referido de pintar o cabelo, denegando a velhice, em conjunto com o já indicado, revelarão, importantemente, e de maneira mais ou menos manifesta, um medo relativamente generalizado do género feminino da morte, e importantemente da proximidade da mesma, e isto em particular pela identificação da mulher com o instinto de morte, levando-nos a pensar no medo de morte da mulher dela própria. Acrescenta-se que Lacan, em Escritos, associa o catar sexual feminino e o instinto de morte.

 

Destaca-se, ainda, o meu artigo Catar sexual feminino enquanto fobia social ( Resende, 2012 ), catar esse que se baseia no sentimento de estar a sugar sexualmente outra mulher, nos comportamentos sociais tipicamente sexualizados entre mulheres, e, em particular, no sentimento de estar a sugar sexualmente o sangue de outra mulher, na eventual menstruação da mesma, que lhe faz lembrar o sinal depressivo da perda do pénis já efectuada, com sentimento de perda do amor do objecto, já que fantasia que foi o objecto na relação precoce que lhe amputou o pénis. Assim, considerando a histeria mais tipicamente feminina, com comportamentos sexualizados típicos na mesma, a fobia dá conta da superficialidade típica dos relacionamentos histéricos, enquanto que a contrafobia dá conta da sociabilidade também típica desses mesmos relacionamentos.

 

Considere-se, agora, o meu artigo A guerra militar no homem fascista ( Resende,    2013 ), para dizer que neste homem haverá um sentimento para a morte, com a raiva narcísica do militarismo expansionista espacial fascista, em que haverá uma identificação acentuada do homem fascista com a mãe, que é considerada castrada, em que há o sentimento por parte do homem de que quando nasceu amputou o pénis da mãe, sendo ele pois um filho-falo, cujos vestígios serão o clitóris da mãe, havendo também um sentimento de culpabilidade por parte desse homem, por fantasiar que a mãe sabe que foi ele que amputou o pénis dela, com sentimentos consequentes de perda do amor do objecto, o que é particularmente depressivo. Ora, a menstruação da mãe, e de outras mulheres, fazem lembrar ao homem fascista toda esta situação, em que o sentimento para a morte e a raiva narcísica relacionada, também associada à violência imaginada da amputação, serão projectados sobre o inimigo, fomentando investidas expansionistas espaciais falo-sobrecompensatórias, em que haverá a procura do pénis da mãe e para a mãe, que estará simbolizado na bandeira hasteada do inimigo. Esta procura terá aquele sentimento de culpabilidade inconsciente subjacente, em que quanto mais culpado maior a procura.

 

Com este imperialismo, e relação identitária com a mãe, acentuadamente, com o já dito, com a importância do catar sexual feminino no capitalismo e fascismo, teremos globalmente a identificação do capitalista e seu extremo, fascista, no âmbito do capitalismo estado-unidense, com a identificação neste nível da mulher com a Europa, no todo, com a bota de Itália e a cara de Portugal, antropomorficamente, em que o medo da desmistificação da sexualidade feminina e da sua psicossexualidade, como já referido, particularmente no não reconhecimento real da diferença anatómica entre os sexos, leva a que não se reconheça que a Europa não tem pénis, com fobia, portanto, da ausência do pénis, globalmente na Europa, que nos levará por consequência a uma ideologia de fobia ao nihilismo, relativo à ausência, à falta, portanto, ao nada.

 

Enquadraríamos aqui o materialismo excessivo do consumismo típico das sociedades capitalistas, particularmente ocidentais, mas especialmente dos Estados Unidos da América. E isto será no sentido de preenchimento de sentimentos de vazio, sentimentos esses que também enformarão aquela fobia. Outro enquadramento que podemos fazer neste contexto é o de se saber amiúde que as mulheres têm um gosto particular por compras, naquele consumismo materialista, e o facto de a mulher ter a vagina, com a consideração de espaço vazio, dentro da mesma, com correspondentes sentimentos de vazio, o que promoverá aquela tendência consumista. Assim, temos que as compras, no contexto do consumismo materialista, são um mecanismo contrafóbico, em relação à fobia do vazio, da ausência, em que, particularmente, se nota novamente medo da mulher dela própria. Intui-se que homens caracterizando-se por esse consumismo têm medo ou fobia da mulher, com o enquadramento que quer homem quer mulher têm fobia do reconhecimento da diferença anatómica entre os sexos e do reconhecimento da ausência efectiva do pénis na mulher, com fobia da valoração da vagina, com seu espaço vazio, como se viu, com a excitação sexual do homem, com o pénis com os seus tecidos cavernosos enchidos de sangue, ocorrendo uma espécie de “ menstruação interna “, que está associada à excitação sexual, também a contribuir para que quer estes homens quer estas mulheres não façam o real reconhecimento da diferença anatómica entre os sexos, caracterizando-se os mesmos pelo apoio às sociedades falocêntricas, apoiando as ideologias correspondentes capitalistas, particularmente ocidentais. Dir-se-á ainda que no coito vaginal, com a penetração do pénis na vagina, a mulher sentirá uma diminuição do sentimento de vazio respeitante à sua vagina e uma diminuição dos efeitos da menstruação a nível psíquico na mulher, pela “ menstruação interna “ no homem, já referida, como a raiva narcísica associada à mesma, e relacionada com a fantasia da agressividade imaginada na amputação do pénis por parte do objecto, na relação precoce. Esta consequência, e considerando o nazismo alemão da década de 30  e 40 do séc. XX enquanto sistema matriarcal, poderá explicar o efeito hipnótico da suástica nazi, no contexto nazi, na bandeira, com a adesão em massa por parte da população, tendo nós em conta a análise que Wilhelm Reich faz em Psicologia de Massas do Fascismo ( 1976 ) da suástica nazi na bandeira como representando o acto sexual entre duas pessoas. Haverão aquelas diminuições mas o efeito da “ menstruação interna “ do homem, na excitação sexual, na psique da mulher, levará a que esta continue a identificar-se com o pénis enquanto falo, e este pénis-falo será considerado enquanto pénis-falo vazio, pelos tecidos cavernosos do mesmo e, pela importância do falo nas sociedades falocêntricas actuais, faz-nos lembrar do título do livro A Era do Vazio, de Lipovetski. Esta vacuidade do pénis enquanto falo, pelos tecidos cavernosos que se enchem de sangue na excitação sexual, e pelas identificações já referidas do fascista com a mãe considerada castrada, de forma acentuada, leva-nos a pensar que no expansionismo espacial militarista fascista, haverão tentativas falo-sobrecompensatórias de preencher esse vazio, lá está, por fobia à existência desse vazio, com a raiva narcísica associada, como já referido, em que essas tentativas estarão no contexto da fuga para a frente, que faz parte do sistema fóbico, como nos dizem Houzel, Emmanuelli & Moggio ( Coord. ) ( 2004 ), em que os mesmos nos dizem que a outra parte é o evitamento, que enformará a xenofobia destes sistemas fascistas, como no caso estado-unidense em relação aos islâmicos, com, portanto, medo e evitamento do diferente, no contexto da “ guerra ao terror “, como se vê à frente.

 

Continuando, é então que, na fobia à ausência, ao nada, tendo também em conta as evoluções nas últimas décadas, estão as fobias relativamente às contribuições e cultura dos árabes, em que especialmente se incluem os números árabes, utilizados globalmente, onde está incluso o zero, que terá sido uma contribuição dos árabes.

 

No contexto da “ guerra ao terror “ mais actual perpetrada pelos Estados Unidos e aliados, mas chefiados pelos primeiros, relativamente ao alegado terrorismo islâmico árabe, teremos então esta fobia às contribuições árabes, em que se incluirá medo do frio do espaço, por maior aproximação ao zero absoluto, medo do espaço sideral vazio, com matéria a tender para zero, no vácuo, e um outro aspecto muito importante, a fobia às consequências da investigação da chamada energia de ponto-zero.

 

Realço que estamos a falar de consequências e influências linguísticas e conceptuais no psiquismo humano.

 

Mas clarifiquemos acerca da energia de ponto-zero.

 

Temos, no wikipedia, que energia de ponto-zero, também chamada energia de ponto-zero de vácuo quântico, é a mais baixa energia possível que um sistema físico mecânico quântico pode ter; é a energia do seu estado de base. Todos os sistemas mecânicos quânticos sofrem flutuações mesmo no seu estado de base e têm uma energia de ponto-zero associada, em consequência da sua natureza de tipo-onda. O princípio de incerteza requer que todos os sistemas físicos tenham uma energia de ponto-zero maior que o mínimo do seu poço potencial clássico. Isto resulta em movimento mesmo no zero absoluto. O conceito de energia de ponto-zero foi desenvolvido na Alemanha por Albert Einstein e Otto Stern em 1913, como um termo correctivo adicionado à fórmula de base-zero desenvolvida por Max Planck em 1900. A energia de vácuo é a energia de ponto-zero de todos os campos no espaço, que no Modelo Standard inclui o campo electromagnético, campos fermiónicos e o campo de Higgs. É a energia do vácuo, que na teoria do campo quântico é definida não como espaço vazio mas como o estado de base dos campos. Na cosmologia, a energia de vácuo é uma explicação para a constante cosmológica. Um termo relacionado é o campo de ponto-zero, que é o menor estado de energia de um campo particular.

 

Como conceito científico, a existência de energia de ponto-zero, continua o artigo do wikipedia, não é controversa, mas a capacidade de a aproveitar é. Ao longo dos anos terão havido numerosas assunções de aparelhos capazes de extrair energia de ponto-zero utilizável. Nenhuma das assunções terá sido confirmada pela comunidade científica em geral, porquanto assunções mais actuais de sistemas de geração de energia baseados-na-energia-de-ponto-zero são consideradas pseudociência pela mesma comunidade, em que os cépticos geralmente consideram os esforços de aproveitar a energia de ponto-zero por defeito. O céptico proeminente Martin Gardner terá qualificado assunções de tais sistemas baseados na energia de ponto-zero tão infrutíferas como esforços passados de construir máquinas de movimento perpétuo. A máquina de movimento perpétuo refere-se à concepção técnica de máquinas que podem operar indefinidamente, com a opção de eduto adicional de energia excessiva, sem qualquer induto de uma fonte de energia, que será uma violação das leis da termodinâmica. Formalmente, concepções técnicas que assumem o aproveitamento da energia de ponto-zero não cairiam nesta categoria, já que a energia de ponto-zero é assumida como a fonte de induto de energia. Apesar da posição científica desconfirmatória, numerosos autores têm escrito a favor do potencial de aproveitar energia de ponto-zero em hipotéticas aplicações técnicas de “ energia livre “, afirmando mesmo que essas aplicações já existem, invocando por vezes a teoria da conspiração de supressão da energia livre. Exemplo de tais autores incluem: Claus Wilhelm Turtur, Jeane Manning, Joel Garbon, John Bedini, Tom Bearden, Thomas Valone, Morey B. King, Christopher Toussaint, Bill Jenkins, Nick Cook e William James. Continuando, uma das hipóteses que afirma que a energia de ponto-zero é infinita é a electrodinâmica estocástica, na qual o campo de ponto-zero é visto simplesmente como um campo de onda de ruído isotrópico de fundo clássico, que excita todos os sistemas presentes no vácuo sendo assim responsável pela sua energia-mínima ou estados de base.

 

De acordo com um relatório de uma empresa associada à NASA, o conceito de aceder a quantidades significativas de energia útil de energia de ponto-zero ganhou muita credibilidade, quando um artigo importante neste tópico foi publicado em Aviation Week & Space Technology, em 1 de Maio de 2004, uma revista da indústria aeroespacial de ponta.

 

O artigo do wikipedia ainda nos diz que um documento publicado pelo NGIC mostra que há pesquisa a decorrer a nível mundial sobre a energia de ponto-zero, particularmente na China, Alemanha, Rússia e Brasil, dizendo-nos ainda que um analista da DIA ( Agência Secreta de Defesa ) estado-unidense indicou que a pesquisa para aproveitar com sucesso a energia de ponto-zero, com o propósito de gerar energia, é uma preocupação séria na comunidade de agências secretas.

 

Também Edgar Mitchell, ex-astronauta e actual investigador do paranormal, e como se pode ver em Forbidden Science ( Kenyon, 2008 ), se debruça sobre a temática do ponto-zero. Ele conclui que o universo é formado por pares inseparáveis chamados díades, que emergem no tempo e no espaço a partir de um ponto-zero, a fonte auto-geradora inteligente do universo, onde toda a informação está guardada e nunca perdida, com a qual é possível ressoar, ganhando-se, teoricamente, acesso a todo o conhecimento. Ele define ponto-zero como tendo zero dimensões, constituído apenas por flutuação quântica, trabalhando como um espelho para criar uma imagem virtual, que ganha ressonância. Influenciado pelos esforços de Nikola Tesla, John Keeley e outros, que tentaram com sucesso aparente aproveitar uma fonte de energia disponível universalmente, Mitchell vê nos mesmos uma possível corroboração das suas ideias, dizendo ainda que a fonte de energia daqueles será o que chamamos de campo de ponto-zero, com propriedades interconectadas não-locais. Kenyon ainda nos fala da resistência e “ portas fechadas “ que Mitchell tem encontrado no desenvolvimento das suas ideias.

 

Alonguei-me um pouco mais sobre a energia de ponto-zero, e suas aplicações, baseadas num potencial energético que se dirá infinito, para realçar a importância da necessidade de indústrias globais, vulgarmente apelidadas de Big Oil e Big Energy, particularmente associadas aos Estados Unidos, e os grandes interesses associados, de não verem esta investigação como sendo bem sucedida, já que a nível político, ideológico e tecnológico, a nível global, haverá o financiamento por essas indústrias, e a chamada “ energia livre “ acabaria com esse financiamento e o consequente domínio e controlo instalados. Um exemplo cultural dado pelo famoso músico Prince, estado-unidense, referindo-se às guerras associadas e motivadas para defender o acesso ao petróleo, em particular, pelos Estados Unidos, é: “ Maybe now we can find a good reason to send a child off to war, So what if we’re controlling all the oil is it worth the child dying for “, da sua canção Money don’t matter tonight, do álbum Diamonds and Pearls.

 

Precisamente essas guerras, como as recentes do Iraque e Afeganistão, contra países árabes, no contexto da xenofobia contra muçulmanos, e árabes em geral, da chamada “ guerra ao terror “, perpetrada pelos Estados Unidos e aliados, mas comandados por aqueles, estarão no contexto mais global fóbico da fuga para a frente, especialmente por terem sido motivos que terão sido forjados, em que autores como David Icke          ( 2010, 2012 ), referindo-se a diversos autores, nos dizem que o ataque do 11 de Setembro de 2001 às Torres Gémeas, que terão dado origem à chamada “ guerra ao terror “, terá sido forjado pelos próprios Estados Unidos e pela Mossad, agência secreta israelita, no lidar, portanto, com a fobia em relação ao diferente, xenofobia em relação aos islâmicos, que caracteriza parte do sistema fóbico, como Houzel, Emmanuelli & Moggio ( Coord. ) ( 2004 ) nos dizem. Indicam-nos ainda que outra parte desse sistema é o evitamento, que estará enquadrado no evitamento de aspectos relativos aos árabes, à sua cultura, como a sua contribuição a nível global dos números utilizados a nível planetário, como se vê na alteração recente da ordem das datas utilizada por alguns, incluindo o zero, que terá sido uma criação árabe, em que por contraponto temos o exemplo da numeração romana que não tinha e não tem o zero. É nesse contexto de fobia e evitamento à cultura e contribuições árabes, que surgirá a nível mais global a fobia às consequências da investigação da energia de ponto-zero, como já vimos, em que uma das consequências, precisamente, seria o pôr em causa da hegemonia dos Estados Unidos, pelos acessos energéticos que dominam actualmente.

 

Outra análise linguística que pode ser feita, com influência no psiquismo humano, é a consideração do zero, em inglês e em português, numa análise reversiva, em que temos orez, com ore em inglês a significar minério, e z a indicar o fim do alfabeto, a indicar o fim, significando o fim do minério. No contexto, temos a fobia dos Estados Unidos, no contexto do capitalismo global contemporâneo, em que o minério se acabe, acabando a sua hegemonia, no quadro do evitamento do desenvolvimento de novas formas de energia ou da sua supressão.

 

Foram estas, pois, as elaborações sobre a fobia da ausência, da falta, do nada e do vazio.

 

 

Bibliografia

 

Houzel, D., Emmanuelli, M. & Moggio, F. ( Coord. ) ( 2004 ). Dicionário de Psicopatologia da Criança e do Adolescente. Climepsi Editores

 

Icke, D. ( 2010 ). Human Race – Get Off Your Knees: The Lion Sleeps No More. David Icke Books Ltd

 

Icke, D. ( 2012 ). Remember Who You Are – Remember “ Where “ You Are and Where You “ Come “ From: Remember…. David Icke Books Ltd

 

Kenyon, J. D. ( 2008 ). From Apollo to Zero-Point – when is a walk on the moon not the highest point in life? In Forbidden Science – From Ancient Technologies to Free Energy, Kenyon, J. D. ( Editor ) ( 2008 )

 

Reich, W. ( 1976 ). Psicologia de Massas do Fascismo ( tradução portuguesa ). Publicações Dom Quixote

 

Resende, S. ( 2010 ). Tendências psicológicas e medos futuros das sociedades capitalistas em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 26/11/2010

 

--------------- ( 2011 ). Exemplo paradigmático relativo às tendências psicológicas e medos futuros das sociedades capitalistas em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 05/01/2011

 

--------------- ( 2012 ). Catar sexual feminino enquanto fobia social em www.psicologado.com ( proposto a 06/2012 )

 

--------------- ( 2013 ). A guerra militar no homem fascista em www.psicologado.com       ( proposto a 01/2013 )

 

--------------- ( 2013 ). A mulher e a morte em www.psicologado.com ( proposto a 12/2013 )

 

Referência de internet

 

Zero-point energy in en.wikipedia.org/wiki/zero-point_energy, consultado em 23/04/2014

publicado por sergioresende às 10:38
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