Perspectivas evolutivas da histeria e da obsessão Neste artigo, perspectivam-se características evolutivas da histeria e da obsessão. Considerem-se primeiro as noções de identidade de percepção e de identidade de pensamento. A identidade de percepção é aquilo para que tende o processo primário e a identidade de pensamento é aquilo para que tende o processo secundário, em que o processo primário visa reencontrar uma percepção idêntica à imagem do objecto resultante da vivência da satisfação, enquanto que no processo secundário a identidade procurada é a dos pensamentos entre si. Ademais, estando o processo primário mais associado ao princípio do prazer, o processo secundário já não se regula exclusivamente por esse princípio, mas sim pelo princípio da realidade, ou exigências da realidade, em que o pensamento deve interessar-se pelos caminhos de ligação entre as representações sem se deixar iludir pela intensidade delas ( Laplanche & Pontalis, 1990 ). Assim, como visto em Identidade de percepção e Identidade de pensamento ( Resende, 2014 ) e em O sonho e as identidades de percepção e de pensamento ( Resende, 2014 ), é de ter em conta o menor desenvolvimento da identidade de percepção relativamente à identidade de pensamento, particularmente na associação da identidade de percepção com o capitalismo e da identidade de pensamento com o comunismo, a maior evolução deste em relação ao primeiro, com a maior diferenciação do princípio da realidade e do processo secundário relativamente ao princípio do prazer e do processo primário. Em particular, no capitalismo histérico acentuação exacerbada da importância do externo, aparência externa, mais importância do percepto e do princípio do prazer associado à percepção, com percepção mais iludida pela intensidade das representações, enquanto que no comunismo obsessivo, há a importância da identidade dos pensamentos entre si, o que caracteriza a identidade de pensamento, coerência essa reconhecida à ideologia comunista, identidade essa menos iludida pela intensidade das representações. Ainda em relação ao capitalismo histérico, temos a importância da visualização de celebridades, repetição perceptiva essa que enquadra a identidade de percepção. Temos, para mais, a referência de Houzel, Emmanuelli & Moggio ( Coord. ) ( 2004 ), acerca de D. Anzieu considerar de na patologia histérica haver dificuldades ao nível da constituição do escudo para-excitações, com maior dependência, portanto, de estímulos externos, que faz aproximar mais o histérico, do que o obsessivo, da referência acentuadíssima de outros animais, nas suas dependências dos sentidos e dos estímulos externos, em que, considerando o capitalismo um sistema mais histérico e o comunismo mais obsessivo, temos, em conjunto com a violência social e humana da exploração capitalista, um melhor enquadramento da expressão famosa Capitalismo Selvagem, e um enquadramento da menor evolução da identidade de percepção do capitalismo relativamente à identidade de pensamento do comunismo. Sendo a histeria mais tipicamente feminina, poderíamos pensar, neste contexto, que as mulheres são menos evoluídas do que os homens, mas consideremos homens particularmente histéricos, no contexto do capitalismo enquanto sistema histérico, em que referindo-nos novamente aos aspectos perceptivos da identidade de percepção, e à maior dependência deles, podemos observar quotidianamente padrões comportamentais associados, por exemplo, a delinquentes, reclusos, a membros de gangues, com excessiva dependência e referência àquilo que é percepcionado visualmente, em particular, sendo mais reactivos aos estímulos externos, aos comportamentos e gestos dos outros, com reacções de comportamento agido, com realce para aquilo que é externo. Mas tendo em conta que psicanaliticamente se considera, em geral, a prevalência nas mulheres de perversidade polimorfa, com zonas erógenas generalizadas, fazendo-se também a associação com a perversidade polimorfa habitual nas crianças, neste sentido, dir-se-á que a mulher permanece uma criança, em que temos, pois, estes aspectos fixados e regredidos da mulher. Veja-se também Etologia e filopsiquismo ( Resende, 2012 ), onde considero a associação entre padrões inatos de acção, da etologia, e padrões psicológicos, em que proponho, na curva de Gauss, que quanto mais padronizado, com a maioria na zona mediana, mais perto desses padrões inatos de acção. Propõe-se que essa maior padronização está associada à histeria de massas, no contexto do capitalismo histérico matriarcal, no âmbito do capitalismo global contemporâneo. Isto considerando os padrões psicológicos uma sequência e consequência de padrões etológicos, tendo em conta a perspectiva da teoria da evolução, nas relações de parentesco com outros animais. Estas são considerações coerentes com o dito anteriormente da maior proximidade entre aqueles humanos, mais histéricos, mais dependentes de estímulos externos, e outros animais sobremaneira dependentes dos sentidos e dos estímulos externos. Realça-se agora o meu artigo Antropologia psicanalítica: filogenia e ontogenia ( Resende, 2007 ), onde considero e proponho a relação entre desenvolvimento ontogenético e desenvolvimento filogenético, ao nível da psicossexualidade, onde proponho que padrões filogenéticos se repetem nos padrões ontogenéticos, e que estes últimos se repetem nos primeiros. Senão, veja-se. Inicialmente, compara-se espermatozóide e oócito, que dão origem ao zigoto, a coacervados, ao “ caldo primitivo “, do início da vida no planeta, que juntando-se dão origem a algo mais complexo, a um organismo coacerval mais complexo. De seguida, compara-se a predominância anal e a vivência em grutas, relativamente ao que está fora e ao que está dentro, quanto ao é conservado, quanto ao que é expelido, em relação ao que está na gruta, ao que é protegido, e aquilo que é feito no exterior da gruta, como o ir caçar e ir explorar o ambiente. Compara-se, depois, a fase uretral, quanto à demarcação territorial implícita na vivência grutal, e no iniciar desse tipo de vivência. Estabelece-se ainda paralelo quanto à fase fálica, com aspectos relativos à ambição, à vaidade e ao exibicionismo, e as manifestações artísticas na vivência grutal, de celebração do sucesso das caçadas nas pinturas grutais, relativas predominantemente aos aspectos de vaidade e de exibicionismo, com a ambição de novos e melhores sucessos. Há ainda a consideração particular de muitas das figuras humanas representadas serem simples representações pictóricas que não manifestam evidenciadas diferenciações sexuais, o que denota a característica da relativa indiferenciação sexual do falismo. Associa-se, ainda, ambição fálica com agressividade fálica e o desenvolvimento ou o início do desenvolvimento de utensílios de caça, em particular, lanças e setas. Ainda quanto aos aspectos da vaidade e exibicionismo, é de relacionar os mesmos com as manifestações de celebração, como já referido, como com as manifestações de celebração artística e de expressão artística, em particular como as festividades de danças, vocalizações, cantares e expressão artística de vivências e crenças comuns. Deve ainda estabelecer-se o paralelo relativamente a esta fase fálica quanto ao desenvolvimento hominídeo no sentido de comunidades paleolíticas para comunidades neolíticas, onde essas expressões artísticas são mais evidentes. Quanto ao desenvolvimento posterior das comunidades humanas é de considerar, no mesmo, a progressiva complexificação e maturidade dos vínculos estabelecidos entre os seus membros, particularmente a nível intelectual e afectivo, como ao nível da expressão e apreciação estética, da interacção pessoal e grupal, no sentido de uma maior diferenciação, com características mais tipicamente genitais, como a compreensão, o respeito pelo outro, a capacidade de dádiva, o ideal de união afectiva, a possibilidade de trocas, sem receio de perda nem necessidade de proveito, o sentimento amoroso, a diferenciação sexual e a sua vivência, como ainda capacidade de estabilidade nas trocas relacionais. É ainda de relacionar a diversificação dos interesses da criança, após o período de desenvolvimento genital, particularmente aos níveis social, cultural, educativo-escolar, portanto no desejo de aprender, etc., e possibilitada particularmente com as elaborações genitais, com desenvolvimentos posteriores das comunidades humanas como a invenção da escrita, que iniciou o período histórico da humanidade, que terá possibilitado uma melhor e mais diversificada transmissão de conhecimentos, e assim como outras invenções, descobertas e desenvolvimentos que ocorreram desde essa época. Vendo, então, esta repetição ontogenética na filogenia e de padrões filogenéticos na ontogenia, temos que, de acordo com o já referido, em particular, maior dependência histérica de estímulos, com a histeria mais tipicamente feminina, também com a identidade de percepção menos evoluída do que a identidade de pensamento, e associação entre a mulher e a criança, já referida, e a aproximação referida anteriormente do histérico em relação a outros animais, dir-se-á que a mulher, histérica, em particular, e os histéricos, em geral, ter-se-ão fixado filogeneticamente em pontos mais regredidos do que o homem, obsessivo, em particular. Para além do acrescento do paralelo entre o gatinhar da criança e o gatinhar de primatas e o começar a andar do bebé com o surgimento do bipedismo no homem, acrescente-se também aqui ao artigo da Antropologia psicanalítica, já referido, a oralidade, que enquadra-se na perspectiva introjectiva acentuada no bebé, no desenvolvimento precoce, numa maior voracidade oral, mas também visual, auditiva, etc., que posteriormente vai contribuir para o desenvolvimento de associações sensório-motoras, importantes evolutivamente nos esquemas sensório-motores, no desenvolvimento do indivíduo. Isto, ontogeneticamente. Filogeneticamente, ter-se-á a perspectiva daquela voracidade oral, visual e auditiva, em particular em animais não humanos, e seus antepassados, comuns e não comuns, com a já referida maior dependência de estímulos externos, no enquadramento da teoria da evolução. É ainda de relacionar o evento da descoberta do fogo com a diminuição do progmatismo hominídeo, o diminuir do queixo e maxilar, já que a comida cozinhada não faz tanto apelo aos mesmos, o que terá levado a uma deserogeneização da oralidade, permitindo a erogeneização de outras zonas erógenas, como o ânus, em sequência. No contexto, seria de verificar a existência de maiores ou menores vestígios arqueológicos de fogueiras, perto ou longe das cavernas, pressupondo-se aqui que os vestígios mais antigos estarão mais longe das cavernas. Com isto dito, perspective-se que a histeria, mais tipicamente feminina, tem uma organização básica oro-fálica, enquanto que a obsessão, mais tipicamente masculina, tem uma organização básica anal, que será uma organização básica analo-genital, considerando-se a maior presença no homem, particularmente obsessivo, da internalização da lei do pai, do limite, no transmitir de que o filho não pode ter a mãe, possuí-la [ Freud, citado por Silva ( 2014 ) ], o que se pode ver no obsessivo, por exemplo, na importância para o mesmo de regras, e que será numa linha mais genital, e com verdadeira triangulação. Na mulher, as relações homossexualizadas entre filha e mãe, nas relações sociais particularmente sexualizadas entre mulheres, estarão numa linha pré-edipiana, cuja fixação impedirá a passagem para a verdadeira genitalidade, já que não haverá aquela internalização da lei do pai, em que a rapariga sente que pode possuir a mãe, como já referido, não desenvolvendo verdadeiros limites, em que não haverá também o limite em relação a possuir o pai, em particular, no catar sexual feminino, ou o sentimento psicológico paroxisticamente orgástico de estar a possuí-lo, nas características fisionómicas próprias da mulher, em que a própria lei da mãe quanto a não possuir o pai deixa de ser válida, por aquelas relações homossexualizadas já referidas, não dando credibilidade a uma lei da mãe. Isto no quadro do amor à mãe, pré-edipiano, e ódio ao pai, que será mais edipiano, pela triangulação relativa, mas num contexto particularmente incestuoso, não se atingindo a verdadeira triangulação. Ora, também neste sentido, com a histeria numa linha oro-fálica e com a obsessão numa linha analo-genital, teremos a histeria menos evoluída do que a obsessão. Ora, quanto ao oro-falismo da histeria, perspective-se o acrescento feito anteriormente quanto à oralidade, para nos darmos conta da maior precocidade da organização filo-ontogenética da histeria, em relação em particular ao homem histérico e mulher histérica, principalmente com a histeria mais tipicamente feminina. Esta maior precocidade da mulher histérica, ou da histeria, estará no quadro evolutivo, particularmente filogenético, da maternidade humana, e sua necessidade, em que está fixada mais regredidamente para dar conta das relações identitárias entre mão e filho, ou entre adultos e crias, na relação dual precoce, na maternidade, já que o bebé nesta evolução precoce vai desenvolvendo precisamente estes aspectos mais regredidos, ou mais precoces, na evolução. Veja-se, por exemplo, Masson & Sehnem ( 2014 ), que indicam que o estado puerperal é considerado pela literatura um estado mental alterado, muitas vezes causador de uma psicose, em que teríamos, então, pelo descrito, um enquadramento borderline, histero-psicótico, tendo-se ainda em conta a histeria como sendo mais tipicamente feminina e de ser a mulher, precisamente, elemento crucial na maternidade e puerpério, em que temos, pois, mais atestadamente e referencialmente, funcionamentos a níveis mais regredidos e relacionados com a maternidade, com frequentes psicoses, então, derivando da relação fusional psicótica com o feto e o bebé. Ainda enquadrando esta maior precocidade da mulher, ou histérica, em particular, naquilo que diz respeito às relações identitárias mais acentuadas entre mãe e bebé, e da sua necessidade evolutiva, realçando-se a possibilidade de sentimentos regredidos, temos o líquido vaginal feminino, associado à excitação sexual e ao orgasmo, nas relações sociais particularmente sexualizadas das mulheres, e no seu dia-a-dia, que eventualmente molha a cueca, em que a mulher se sentirá molhada na cueca, no seu dia-a-dia, relacionando-se isto, então, identitariamente, com o facto de o bebé habitualmente urinar, e defecar, nas fraldas, sentindo-se, em particular, molhado. Esta relação promoverá maior aproximação identitária entre a mulher, enquanto mãe, e o bebé, e estará enquadrada na necessidade evolutiva, já referida, de a mulher se identificar com o bebé, com a cria, que terá contornos de promover a estabilidade e desenvolvimento da espécie, em termos de criação após a procriação, fomentando a continuação da espécie, através do reforço da maternidade. Também na comparação mais regredida entre homem e mulher, temos a asserção da Psicologia de que as raparigas amadurecem mais cedo, mais rápido, do que os rapazes, podendo isso ver-se nas relações amorosas e sexuais adolescentes, em que há um sistema de equilibração em que rapazes mais velhos entabulam relações com raparigas mais jovens, em que podíamos comparar a maior precocidade do amadurecimento feminino em relação ao homem com a maior precocidade de amadurecimento de vários animais, em particular, mamíferos, em relação ao ser humano, em geral. Temos, pois, maior aproximação da fêmea humana em relação a vários outros animais. Também regredidamente temos a importância habitual que a mulher em geral atribui ao aspecto externo, a roupas, e ao tipo de cores usadas nas mesmas, fazendo maior conjunto ou não das diferentes peças de roupa, porquanto no homem não há tanto essa importância, em que, portanto, há maior associação dessa importância na mulher com a importância das cores para crianças e bebés, em que temos, por exemplo, os brinquedos habituais de cores bem distintas e realçadas. Ainda nesta linha, atente-se às considerações de S. Freud ( 1924 ), em Três Ensaios Sobre a Teoria da Sexualidade, sobre a sexualidade perversa polimorfa, em que ele diz que a média das mulheres comporta-se perante o sedutor como as crianças, ao nível comunal de se constituirem enquanto perversos polimorfos, indicando ele que quanto menos influências as mulheres sofrem da civilização mais conservam a sua fixação numa disposição perversa polimorfa. Vemos, pois, esta predisposição da mulher para uma sexualidade perversa polimorfa semelhante à criança. Pelo dito, pressupõe-se também que evolutivamente, filogeneticamente, ou filopsiquicamente, a histeria terá surgido primeiro do que a obsessão, em que temos, por exemplo, a histeria capitalista mais coerentemente associada ao patronato, do étimo pater, pai, e a obsessão comunista mais coerentemente associada ao proletariado, do étimo prole, filho. Quanto àquelas fixações mais precoces, mais regredidas, na histérica, orais e fálicas, e quanto à necessidade da maternidade, como referida, é de pensar que futuramente essa necessidade e desejo poderá ser menor, se considerarmos o surgimento e desenvolvimento do fenómeno da clonagem, de no futuro a pessoa poder clonar-se a si própria, em que teoricamente, e potencialmente, estamos a falar da imortalidade de cada indivíduo, com o desenvolvimento de técnicas de clonagem biológica, já em existência, e com tendências para serem aperfeiçoadas, e de técnicas, vai-se já falando, de clonagem da personalidade, de emoções, de pensamentos, memórias, etc., com downloads e uploads envolvidos. Se considerarmos em termos históricos, os tempos recentes foram trazendo uma cada vez maior desassociação da mulher relativamente à maternidade, e uma maior desassociação entre prazer sexual e procriação, e o que acabei de descrever irá também nesse sentido, embora tenhamos o líquido vaginal da excitação sexual associado à maternidade. Um dos pontos que se devem realçar é a consideração mais ou menos inconsciente ou consciente do sentimento relacional particular sentido pela mulher da menor evolução em relação ao homem, no quadro do já descrito, e o desejo de evoluir, que, no também já descrito, envolverá a diminuição gradual do desejo de maternidade, e isto individualmente, grupalmente, societalmente e em termos de espécie. Finalizo, em significados mais políticos, para considerar o capitalismo histérico um atraso civilizacional, em termos humanos e psicológicos, tendo-se a perspectiva de futuro, no âmbito dos desenvolvimentos revolucionários da clonagem, da necessidade da diminuição da importância atribuída à maternidade, promovendo o desenvolvimento feminino, masculino e da espécie, em geral, em sociedades mais progressistas. Isto ao nível da emancipação sexual da mulher, que vai sendo realçada pela pílula anticonceptiva e pelo aborto, aspectos considerados mais aversos por sistemas capitalistas e fascistas, particularmente devido a influências religiosas, sendo esses mesmos aspectos defendidos por sistemas mais progressistas, como o comunista. Bibliografia Freud, S. ( 1924 ). Três Ensaios Sobre a Teoria da Sexualidade. Edição “ Livros do Brasil “ Lisboa Houzel, D., Emmanuelli, M. & Moggio, F. ( Coord. ) ( 2004 ). Dicionário de Psicopatologia da Criança e do Adolescente. Climepsi Editores Laplanche, J. & Pontalis, J. B. ( 1990 ). Vocabulário da Psicanálise. Editorial Presença Masson, L. & Sehnem, S. ( 2014 ). O infanticídio decorrente da psicose pós-parto in psicologado.com/atuação/psicologia-juridica/o-infanticidio-decorrente-da-psicose-pos-parto, consultado em 22/05/2014 Resende, S. ( 2007 ). Antropologia psicanalítica: filogenia e ontogenia in www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 29/03/2007 --------------- ( 2012 ). Etologia e filopsiquismo in www.psicologado.com ( proposto a 01/2012 ) -------------- ( 2014 ). Identidade de percepção e Identidade de pensamento in www.psicologado.com ( proposto a 04/2014 ) --------------- ( 2014 ). O sonho e as identidades de percepção e de pensamento in www.psicologado.com ( proposto a 04/2014 ) Silva, J. ( 2014 ). A psicodinâmica da família como um possível sintoma da contemporaneidade in psicologado.com/abordagens/psicanalise/a-psicodinamica-da-familia-como-um-possivel-sintoma-da-contemporaneidade, consultado em 18/05/2014
Psitrões enquanto base dos psemes e os “ psychons “ do pensamento
Consideram-se, neste artigo, alguns artigos meus, a saber, Psemes: para além dos genes e dos memes ( Resende, 2010 ), Psemes: Evolução por Selecção Psicológica ( Resende, 2010 ), Evolução por Selecção Psicológica Lamarckiana ( Resende, 2010 ), Psitrões enquanto base dos psemes e suas relações com a histeria e a obsessão ( Resende, 2010 ), Influência da transmissão psemética por género e por tipo de personalidade ( Resende, 2010 ), A telepatia e suas relações com os psitrões enquanto base dos psemes ( Resende, 2011 ), Características psitrónicas dos inconscientes colectivo e pessoal: a autotelepatia ( Resende, 2011 ), Distinção entre heterotelepatia e autotelepatia ( Resende, 2011 ) e Psemes: fundamentos perinatais e transpessoais ( Resende, 2012 ), para depois se fazer uma referência bibliográfica relativa aos psitrões enquanto base dos psemes, com os “ psychons “ do pensamento a assemelharem-se a esses psitrões.
Assim, de base, deve ter-se a noção dos psemes enquanto unidades de evolução psicológica, enquanto unidades psicológicas de transmissão intergeracional. Os psemes serão pensamentos inconscientes que são constituídos enquanto complexos, ou conjunto de complexos, inconscientes, complexos estes enquanto conjunto de disposições psicológicas, psicológica e significativamente relacionadas. Os psemes terão características Lamarckianas, no sentido de os complexos inconscientes poderem ser modificados durante a vida do indivíduo, com as modificações a serem transmitidas às gerações seguintes. Já os psitrões perspectivam-se enquanto partículas psicológicas que subjazem os psemes, da mesma maneira que o inconsciente, ego e consciente se constituirão enquanto instâncias psíquicas. Relacionando os psitrões com a histeria e a obsessão, dir-se-à que a histeria é caracterizada por psitrões curtos e que a obsessão é caracterizada por psitrões longos. Isto porque a tendência para a satisfação imediata do histérico tem por base psitrões que estariam associados à memória curta, daí o recalcamento histérico, e à inibição dos receptores psitrónicos associados à memória a longo prazo, enquanto que a tendência para o adiamento da satisfação, característica da obsessão, e relacionada com o juízo de condenação, teria por base psitrões que estariam associados à memória a médio e a longo prazo, e à inibição dos receptores psitrónicos associados à memória a curto prazo. Tem-se, pois, a histeria com psitrões curtos e a obsessão com psitrões longos.
Relativamente à influência da transmissão psemética, ter-se-à que com pai e mãe histéricos, o filho tenderá a se caracterizar por psitrões curtos, enquanto que com pai e mãe obsessivos, o filho tenderá a se caracterizar por psitrões longos. Haverá, portanto, respectivamente, dominância de psitrões curtos e de psitrões longos. Já com mãe histérica e pai obsessivo, o filho tenderá a se caracterizar por psitrões longos, havendo dominância psemética de obsessão sobre a histeria, considerando-se, neste sentido, a importância e influência da presença da figura paterna na continuidade psicológica do indivíduo, e a característica psitrónica de os psitrões longos se caracterizarem psemeticamente por um maior alcance, talvez por razões filogenéticas. Quanto a uma mãe obsessiva e a um pai histérico, e considerando o inter-relacionamento dos factores em jogo, ter-se-à uma co-dominância dos psitrões curtos e longos, tendo em conta, sobremaneira, as diferenças, para o desenvolvimento do filho, da presença da figura materna e da presença da figura paterna. Neste último enquadramento de histeria e obsessão, perspective-se que, embora a mãe se caracterize por psitrões longos, e portanto, com uma transmissão psemética de maior alcance, o facto de um pai, tendo em conta a importância psicológica da presença da figura paterna, particularmente pela triangulação edipiana, se caracterizar por psitrões curtos, levará a que, posteriormente, se entre em co-dominância.
Quanto à telepatia, dir-se-à que o telepata obsessivo se caracterizará por características telepáticas de maior alcance, o que se enquadrará por uma maior distância e provavelmente maior intensidade, do que o telepata histérico, que terá características telepáticas de menor alcance, portanto de menor distância e intensidade. Isto, considerando que no telepata obsessivo predominarão psitrões longos e que no telepata histérico predominarão psitrões curtos. Considerando agora meios como televisão, cinema, rádio, videoconferência ou, por exemplo, videochamada num programa de mensagem instantânea na Internet, podemos caracterizá-los como aproximando, tornando mais curtas as distâncias, mas com a característica presente de representar algo a uma maior distância do que evidencia. Assim, na utilização de telepatia através destes meios, o telepata obsessivo vê encurtado o seu alcance enquanto que o telepata histérico vê esse alcance ser aumentado, em que dir-se-à que o obsessivo é atrofiado com estes meios enquanto que o histérico é potenciado. Deste modo, a telepatia histérica será mais materialista e a telepatia obsessiva mais idealista, o que é coerente, por exemplo, com o materialismo capitalista das sociedades histéricas matriarcais capitalistas, considerando a histeria mais tipicamente feminina. Resumidamente, tem-se que com materiais de contacto, de aproximação, o telepata histérico, com seus psitrões curtos, funciona melhor, e que sem esses materiais, estritamente de ser para ser, será o telepata obsessivo, com seus psitrões longos, a funcionar melhor. No caso dos histéricos, tenha-se em conta a típica superficialidade dos relacionamentos e como isso se conjuga com os característicos psitrões, precisamente curtos, enquanto que nos obsessivos a maior intensidade típica das vinculações conjuga-se bem com as características telepáticas já indicadas de maior intensidade.
Voltando às questões filogenéticas e ao maior alcance psemético dos psitrões longos no obsessivo, tipicamente masculino, dir-se-à que o inconsciente colectivo, que se constituirá enquanto vestígios de experiências passadas da Humanidade, particularmente pelas questões associadas à memória a longo prazo, caracterizar-se-à por uma espécie de autotelepatia, em que cada indivíduo contribuirá para a memória colectiva através destes movimentos autotelepáticos. Ao nível desta memória longa, teríamos questões como a reflexão sobre o passado e o planeamento do futuro, que se caracterizariam por movimentos psíquicos, ou mais precisamente, psitrónicos autotelepáticos, para o passado e para o futuro. Estes movimentos autotelepáticos, para o passado e para o futuro, explicarão, em boa medida, os fenómenos das premonições e dos déjà vu. Assim, temos que no caso das premonições, os movimentos autotelepáticos irão do futuro para o passado, do momento X1 para o momento X0, ou presente, enquanto que nos déjà vu, os movimentos autotelepáticos irão para o passado e para o futuro, do momento X2 para o momento X0 relativamente ao momento X1, de forma a que quando se passa por X1, sente-se que já aconteceu. Em termos de arquétipos, esta autotelepatia também poderá explicar porque é que os arquétipos, por exemplo, de Herói ou de Mãe, sejam mais fortes nuns indivíduos do que em outros. Considerando-se, como Jung, os arquétipos enquanto propensões psíquicas, tendências probabilísticas, os movimentos autotelepáticos funcionarão como actualizadores das tendências, em que uma determinada propensão é mais privilegiada do que outra. Da mesma maneira, mas mais ao nível de uma memória média, se pode caracterizar o inconsciente pessoal. Temos, então, a transmissão autotelepática intergeracional e intraindividual do inconsciente colectivo e a transmissão autotelepática intraindividual do inconsciente pessoal. Dir-se-à ainda que as descrições autotelpáticas são reminiscentes de quando se fala de experiências de vidas passadas, que se podem alcançar, por exemplo, através de hipnose regressiva, em que se está a falar do fenómeno da reencarnação.
Distinguir-se-à a autotelepatia da telepatia de ser para ser, ou heterotelepatia.
Tendo em conta as minhas elaborações, quanto à telepatia, terem surgido numa aproximação à realidade última, a nível mental, poder-se-à dizer que na caracterização geral da telepatia, poderemos aproximar a heterotelepatia ao estado holotrópico, tal como considerado por Stanislav Grof, que nos diz que o estado holotrópico é um estado alterado de consciência que se caracteriza por ir na direcção da totalidade. Surgindo esta noção no âmbito da Psicologia Transpessoal, outra noção desta área permitirá caracterizar melhor esta heterotelepatia, que são os campos alargados de consciência. Introduzo, de seguida, a noção da autotelepatia como se caracterizando por campos alargados de inconsciência. Temos, então, a heterotelepatia enquanto relacionada com a consciência e a autotelepatia enquanto relacionada com a inconsciência. Voltando aos psemes, constituindo-se eles enquanto complexos inconscientes, os mesmos transmitem-se interindividualmente, quer pela sua apreensão inconsciente como também, por exemplo, por comportamentos e verbalizações. No contexto, os psemes fundeiam o inconsciente, particularmente o inconsciente colectivo e o inconsciente pessoal, e influenciam o consciente, particularmente pela consciencialização dos fenómenos inconscientes, e lapsos inconscientes, que irá permitir, por exemplo, os campos alargados de consciência, onde se incluirá a heterotelepatia. Temos, pelo descrito, os psemes com características quer heterotelepáticas quer autotelepáticas.
Quanto aos fundamentos perinatais e transpessoais relacionando-se com os psemes, é crucial notar a associação de similitude que Stanislav Grof, um dos fundadores da Psicologia Transpessoal, faz, entre os seus COEX, ou sistemas de experiência condensada, e as ideias de Jung quanto aos complexos psicológicos. Para Grof, os sistemas COEX são encarados como princípios organizadores gerais da psique humana. Os COEX estão associados, para além dos dados biográficos pós-natais, a experiências peri-natais ( trauma do nascimento ) e transpessoais, particularmente, memórias colectivas do inconsciente colectivo, ao nível filogenético. Para Grof, o domínio perinatal da psique humana representa uma entrada importante para o inconsciente colectivo no sentido Junguiano. É que a identificação com a criança que enfrenta a provação de passagem pelo canal de parto parece dar acesso a experiências que envolvem pessoas de outras épocas e culturas. Para mais, este autor refere as interligações íntimas entre acontecimentos da nossa história biológica e os arquétipos Junguianos. Já as experiências transpessoais relacionam-se com experiências de vidas passadas, arquétipos Junguianos, identificação consciente com vários animais e outros e, mais em geral, com memórias ancestrais, raciais, colectivas e filogenéticas, experiências cármicas e com a dinâmica arquetípica. Denote-se, então, que os sistemas perinatais e transpessoais de Stanislav Grof relacionam-se com os psemes e, coerentemente, fundamentam a ideia de transmissão dos psemes de geração em geração, ao longo das gerações, como também quanto ao facto de os psemes constituirem-se enquanto objecto de evolução psicológica humana.
Agora, indo de encontro aos “ psychons “ do pensamento, temos J. B. Rhine [ ( Hemmert & Roudene, Correia, M. ( Coord. ), ? ], que começa por submeter os trabalhos sobre a Percepção Extra-Sensorial a critérios quantitativos. Procura um método de investigação muito rigoroso, escolhendo as cartas Zener e o método Fischer. Os resultados são positivos: a transmissão do pensamento ultrapassa as coincidências possíveis. Entre os cientistas que continuaram a obra de Rhine está o inglês W. Carington, cujas experiências deixaram supor que existe nos seres humanos um fundo comum de subconsciência, o que equivale ao subconsciente colectivo de Jung. Carington imagina “ psychons “, espécie de partículas psíquicas que atravessam o tempo e o espaço, comparáveis aos iões e protões que nos chegam dos astros.
Podemos, então, comparar os “ psychons “ e os psitrões, quer por se constituirem enquanto partículas psíquicas quer por as mesmas atravessarem espaço e tempo, no fenómeno telepático, em que estando ambas relacionadas com o inconsciente colectivo e com os campos alargados de consciência e de inconsciência, poderemos supor que a autotelepatia estará mais relacionada com o tempo e que a heterotelepatia, ou telepatia de ser para ser, estará mais relacionada com o espaço, em que temos, de alguma maneira, consciência mais associada ao espaço e inconsciência mais associada ao tempo.
Bibliografia
Hemmert, D. & Roudene, A., Correia, M. ( Coord. ) ( ? ). O espírito humano – 1 in Grandes Enigmas Do Homem. Amigos do Livro, Editores, Lda.
Resende, S. ( 2010 ). Psemes: para além dos genes e dos memes em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 27/05/2010
--------------- ( 2010 ). Psemes: Evolução por Selecção Psicológica em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 01/09/2010
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--------------- ( 2011 ). A telepatia e suas relações com os psitrões enquanto base dos psemes em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 06/02/2011
--------------- ( 2011 ). Características psitrónicas dos inconscientes colectivo e pessoal: a autotelepatia em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 14/02/2011
--------------- ( 2011 ). Distinção entre heterotelepatia e autotelepatia em www.psicologado.com ( proposto a 03/2011 )
--------------- ( 2012 ). Psemes: fundamentos perinatais e transpessoais em www.psicologado.com ( proposto a 03/2012 )
Descrevendo inicialmente o meu artigo Teoria dos Jogos, Teoria da Realidade e evolução psicológica da espécie humana ( Resende, 2012 ), complemento depois o mesmo com informação advinda de uma entrevista realizada por uma enfermeira a um alienígena sobrevivente do incidente de Roswell, mundialmente conhecido como a queda de uma nave alienígena na Terra. Essa informação vem apoiar o que é descrito naquele meu artigo referido. Elaboro ainda um complemento acerca da Teoria da Realidade e do Princípio da Certeza.
Descreve-se, pois a Teoria dos Jogos como estudando as escolhas de comportamentos óptimos quando o custo e o benefício da cada opção não é fixo, dependendo, sobretudo, das escolhas dos outros indivíduos.
Depois, refiro-me ao Princípio da Incerteza de Heisenberg, que indica que não se pode determinar ao mesmo tempo a velocidade e a localização de uma partícula, passando ao chamado Princípio da Certeza, em que há a certeza de não se poder determinar ao mesmo tempo a velocidade e a localização de uma partícula.
I
sso leva-nos, por contraponto à Teoria dos Jogos, em que as escolhas de comportamentos óptimos quando o custo e benefício de cada opção não é fixo, mas dependem das escolhas dos outros indivíduos, à Teoria da Realidade, em que as escolhas de comportamentos óptimos dependem da certeza das escolhas dos outros indivíduos. Temos, pois, em relação ao Princípio da Certeza, a certeza do valor de uma das opções e a certeza da ausência do valor da outra. Psicologicamente, isto levar-nos-ia a uma estabilidade optativa e, quanto à certeza da ausência, levar-nos-ia a um melhor trabalhar da angústia de separação, que é, por exemplo, caracteristicamente associada ao fenómeno borderline. Este melhor trabalhar levaria a nova estabilidade optativa, resultante da resolução da ambivalência.
Temos, ainda, a Teoria da Realidade enquanto estratégia evolucionariamente estável, a nível psicológico, no mesmo sentido em que Maynard Smith cunhou a expressão no campo da biologia. Isto seria o seguimento da aplicação da Teoria dos Jogos à biologia, no sentido da compreensão e previsão do desfecho da evolução de certas espécies. Assim, estaremos a falar da previsão da evolução psicológica da espécie humana.
Nesse sentido, algo que poderá muito bem ser o futuro psíquico da Humanidade é o de a mesma estar ligada telepaticamente. Refiro ainda que este tipo de ligação telepática, no interior de uma espécie alienígena, ou entre espécies, parece ser algo comum em várias espécies alienígenas, particularmente evoluídas, como se pode ver, por exemplo, em Sequestro, de John Mack, The Custodians – Beyond Abduction, de Dolores Cannon ou em The Keepers – An Alien Message for the Human Race, de Jim Sparks.
Outro fenómeno a enquadrar nesta Teoria da Realidade será a capacidade de viajar no tempo, em que se pode conhecer antecipadamente as acções dos outros indivíduos. Dou o exemplo de um indivíduo, Andrew Basiago, ter tido acesso a um livro que iria escrever no futuro, como ainda de dois futuros presidentes dos E. U. A. terem sido avisados, no passado, de que iriam tornar-se presidentes, no futuro. Temos, pois, outro exemplo estratégico da certeza da escolha de outros indivíduos.
Temos, então, a Teoria da Realidade, em que as escolhas de comportamentos óptimos dependem da certeza das escolhas de outros indivíduos, que estará relacionada evolutivamente com uma ligação telepática entre os indivíduos da espécie humana, com aquela certeza garantida por essa ligação e pela capacidade de viajar no tempo.
Para o presente artigo, pode dizer-se que este artigo agora resumido vem ser apoiado pelas indicações do livro Alien Interview ( Spencer, 2008 ), que é descrito verbalmente no YouTube. Veja-se o canal do YouTube BackToConstitution, e introduzindo os títulos: Roswell – Alien Interview – The Letter from Mrs. MacElroy; Roswell – Alien Interview – Chapter 1 a Chapter 16; Roswell – Alien Interview – The Mystery of UFOs and Extraterrestrials e ainda Roswell – Alien Interview – Postscript from Mrs. MacElroy. Veja-se directamente a compilação em www.youtube.com/playlist?=PLD2B86237EO454AC1&feature=view_all. Trata-se de uma entrevista feita por uma enfermeira, Matilda O´Donnell MacElroy, a um alienígena sobrevivente do incidente de Roswell. Este incidente, a queda de uma nave alienígena, com recuperação de corpos e de sobreviventes, ou sobrevivente, clarifique-se, deu origem à moderna investigação de ovnilogia, e deu-se em 1947.
Tendo em conta o artigo referido, é de notar, com realce, que o alienígena indica, sobremaneira, que ele, e a sua espécie, sentem um certo tipo de entediamento, por conhecerem, saberem, os acontecimentos presentes e futuros, nas linhas temporais. Isto aponta uma certa tendência depressiva nas espécies que têm esse tipo de ligação e capacidade.
Ora, dado que eu indico que a Teoria da Realidade baseia-se no conhecimento relativamente assegurado dos acontecimentos presentes e futuros, com a ligação telepática na espécie, e com a capacidade de viajar para o futuro, de viajar no tempo, esta entrevista apoia grandemente aquilo que eu indico como sendo a Teoria da Realidade.
Repare-se, que em relação ao Princípio da Certeza e à Teoria da Realidade, como descrito no artigo resumido, fala-se da certeza do valor de uma das opções e a certeza da ausência do valor da outra. Em sequência, e tendo em conta o presente artigo, isso refere-se à certeza de uma das linhas temporais e à certeza da ausência de todas as outras. Isto fortalecerá a estabilidade optativa em cada uma das linhas temporais. Ainda quanto a viagens no tempo, temos, quer em relação a viagens para o passado quer a viagens para o futuro, que o tempo final será considerado como a certeza do valor de uma das opções e que o tempo inicial será considerado como a certeza da ausência do valor da outra, já que ocorreu a viagem no tempo. Esta descrição será mais relativa às viagens no tempo. Quanto a acontecimentos presentes, mais relacionados com a ligação telepática entre seres, é de realçar as descrições alienígenas incluídas no livro de Dolores Cannon, The Custodians – Beyond Abduction ( 2001 ). Baseando-se na hipnose com sujeitos, ela terá acedido a comunicações telepáticas feitas por entidades extraterrestres. Numa dessas comunicações, a entidade terá dito que nas comunicações telepáticas entre seres com essa capacidade, cada sujeito aprenderá a dar mais relevo a umas comunicações do que a outras, ou a uma comunicação do que a outras. Isto é pertinente, porque temos, precisamente, a certeza do valor de uma das opções e a certeza da ausência do valor da outra, ou outras. A entidade referida explica que é dessa maneira que os seres com capacidade telepática conseguem entender-se melhor.
Pelo dito, temos, pois, apoios corroboratórios do artigo inicialmente resumido.
Bibliografia
Cannon, D. ( 2001 ). The Custodians – Beyond Abduction. Ozark Mountain
Resende, S. ( 2012 ). Teoria dos Jogos, Teoria da Realidade e evolução psicológica da espécie humana em www.psicologado.com ( proposto a 11/2012 )
Referências
Spencer, L. R. ( 2008 ). Alien Interview. Lawrence R. Spencer
www.youtube.com/playlist?=PLD2B86237EO454AC1&feature=view_all
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