Domingo, 11 de Outubro de 2015

Complemento a Etologia e filopsiquismo

Complemento a Etologia e filopsiquismo

 

Faz-se, neste artigo, um complemento a Etologia e filopsiquismo ( Resende, 2015 ), que se baseia na relação entre padrões etológicos e padrões psicológicos, propondo-se a noção de curvas ( matemáticas gaussianas ) psicológicas sobrepostas em loop, relacionando-as com conceitos Junguianos, como com idade e memória, aqui, também com relações exopsicológicas, especialmente enquadrando aspectos psicobiológicos e psicológicos entre homem e mulher, abordando-se ainda aspectos psicológicos do existencialismo.

Assim, naquele artigo, refiro-me ao conceito fundamental em Etologia de padrões inatos de acção, que, estando presentes nos animais, indicam comportamentos inatos, baseados na genética, na lide do animal com o meio ambiente à sua volta. Realça-se, para mais, na Psicologia, a existência de padrões de funcionamento psicológico, que, seguindo uma tendência padronizada, têm uma tendência matemática gaussiana. Dado ambos os aspectos serem fundamentais, básicos, pressupõe-se uma relação entre os padrões inatos de acção e os padrões psicológicos gaussianos, sendo como se os padrões psicológicos tivessem derivado, na evolução humana, dos padrões inatos de acção, sendo uma sua consecução. Este inatismo remete-nos para o conceito de inconsciente colectivo de Jung, que diz respeito a vestígios de experiências passadas da Humanidade.

Ainda, daquele artigo, há o pressuposto que quanto mais a psique fôr de tendência central, mais norma, mais essa psique está relacionada com os tais padrões inatos de acção e mais estará dependente deles, estando, em sequência, mais próxima do inconsciente colectivo. Isto porque a frequência mais normativa da psique estará mais próxima dos aspectos mais padronizados dos animais, particularmente a nível evolutivo.

Temos, pois, nestas relações padronizadas, que quanto mais gaussianamente mediano mais relacionado com o passado.

Dou, ainda, os exemplos das tendências comunistas e das tendências hedonistas capitalistas.

Em relação às segundas, é de notar que as massas, mais normativo, tendem a ter como ideal extremo o hedonismo, em que, numa análise psicológica, remete-nos para a tendência para a brincadeira hedonista, após a infância, e estar relacionado com as brincadeiras infantis, particularmente com a sobrecompensação das mesmas. Dir-se-á que parece que as massas hedonistas capitalistas não brincaram em criança, ou, pelo menos, não brincaram o suficiente. Em termos históricos da evolução humana, remete-se para Zecharia Sitchin ( 1990 ), em que, baseado na tradução de tábuas cuneiformes sumérias milenares, indica-nos que a Humanidade terá sido criada por engenharia genética, pela raça extraterrestre Anunnaki, para ser uma espécie escrava, dedicando-se à mineração de ouro, que os extraterrestres necessitavam para proteger a atmosfera do seu planeta.

Temos esta noção do ser humano ter sido criado escravo, o que, filopsiquicamente, indica-nos que o ser humano, no seu início, não se terá dedicado ao lazer, não terá brincado, por assim dizer. Assim, parece que, filopsiquicamente, as massas hedonistas das sociedades capitalistas estão a sobrecompensar o que não brincaram no início da sua evolução.

Já quanto às tendências psicológicas gaussianas comunistas, indico a tendência central comunista, ou seja, a tendência para as massas funcionarem medianamente, acrescente-se aqui, a tendência para a preconização da igualdade, tendo-se, ainda, que os comunistas consideram que a história da humanidade é a história da luta de classes, em que se tem uma relação entre os ideais comunistas, mais a nível ontogenético, e a análise da evolução histórica humana, mais a nível filogenético, tendo-se um filopsiquismo comunista.

Acrescente-se mais, que no comunismo, sendo pouco ou não hedonista, por comparação ao capitalismo, não haverá a sobrecompensação em relação à escravatura, em que haverá uma percepção mais ou menos inconsciente de que a mesma perdura, com consideração consciente da luta de classes, com a história sendo a luta de classes. Relaciono essa percepção com o indicado por autores como David Icke ( 2010, 2012 ), de que haverá na Terra um controlo dos humanos por uma raça extraterrestre reptiliana, apoiados e em conluio com humanos, que serão híbridos humanos-reptilianos, que são os Illuminati, alegado governo sombra a nível global, que farão, pois, a execução da pretensão de escravizar a Humanidade, ou manter essa escravatura, em particular, através de escravatura financeira, em permanente dívida financeira.

Aquela percepção mais ou menos inconsciente por parte dos comunistas, de que a escravatura perdura, revela-nos um maior acesso à história da Humanidade, não dependendo tanto dela, em que a Humanidade sofrerá uma amnésia em relação ao seu passado, facto realçado, por exemplo, por Kenyon ( Ed. ) ( 2005 ), em Forbidden History, que nos fala de aspectos históricos da Humanidade que têm sido suprimidos pelas elites, em particular.

Ainda do artigo da Etologia e filopsiquismo, e como indicado no mesmo, temos que as ideias aí presentes são reforçadas por outro artigo meu, Antropologia psicanalítica: filogenia e ontogenia. Aí, procuro evidenciar a repetição de padrões da filogenia na ontogenia, como a base ontogenética da filogenia, recorrendo, para tal, às fases de desenvolvimento psicossexual. Considerando a sequência destas fases, referem-se dois exemplos relativos à fase anal e à fase fálica. Assim, compara-se a predominância da fase anal e a vivência em grutas, relativamente ao que está fora e ao que está dentro, quanto ao que é conservado quanto ao que é expelido. Em relação ao que está na gruta, ao que é protegido, conservado, e àquilo que é feito no exterior da gruta, como o ir caçar e ir explorar o ambiente. Para mais, é de comparar a fase fálica, com aspectos relativos à ambição, à vaidade e ao exibicionismo, em particular, e as manifestações artísticas na vivência grutal, de celebração do sucesso das caçadas nas pinturas grutais, relativas predominantemente aos aspectos da vaidade e de exibicionismo, com a ambição de novos e melhores sucessos. É de considerar ainda os aspectos da ambição fálica no que se relaciona com a agressividade fálica, e o desenvolvimento ou o início do desenvolvimento de utensílios de caça, em particular, lanças e setas.

Mais para o presente artigo, numa outra análise, e realçando a consideração anterior de Etologia e filopsiquismo, que quanto mais mediano mais relacionado com o passado, refira-se Cremo & Thompson ( 1998 ), em seu Forbidden Archeology, que citam Ernst Haeckel, zoólogo do séc. XIX, especialista em embriologia, com a sua famosa teoria de que, a nível embriológico, a ontogenia recapitula a filogenia, que, segundo os autores foi rejeitada há muito tempo por cientistas do séc. XX, tendo nós que um cientista mais recente, Richard Dawkins ( 2005 ), talvez o mais famoso dos biólogos evolutivos, nos diz, referindo-se à teoria de Haeckel da recapitulação, que actualmente se considera que a mesma é por vezes verdade mas nem sempre.

Dito isto, e considerando os fenómenos psicológicos como sequência e consequência de fenómenos etológicos, num contexto evolutivo, temos o caso do imprinting, ou a primeira impressão determinante no recém-nascido relativamente ao vínculo em relação ao objecto de imprinting, geralmente o progenitor, fenómeno muito importante no reino animal. Associamos este imprinting etológico ao fenómeno da associação sensório-motora, com primazia para a visão, do início do desenvolvimento do bebé humano.

Ora, no campo da matemática aplicada às ciências humanas, no qual se considera que muitos fenómenos psicológicos seguem uma curva normal de Gauss, em forma de sino, em relação aos quais assevero que quanto mais mediano mais relacionado com o passado, teríamos que, comparativamente ao fenómeno da inducção embrionária, da diferenciação das estruturas do embrião, os indivíduos humanos mais medianos, terão como que menor importância de uma inducção psicológica, uma menor diferenciação psicológica, no sentido de serem menos diferenciados psicologicamente, estando mais perto de aspectos evolutivos mais regredidos. Uma hipótese associada é de que a menor diferenciação, com a maioria dos indivíduos mais medianos, está mais associada à sobrevivência de grupo, à sobrevivência da espécie, em que os indivíduos tendendo para as extremidades, na curva de Gauss, estão mais relacionados com um fenómeno que se poderia designar de mutações psicológicas, podendo nós intuir que a maior variabilidade psicológica caracterizando estes indivíduos estaria relacionada com aspectos adaptativos do ser humano, no contexto de uma variabilidade de mudanças psicológicas no sentido evolutivo do psiquismo humano.

Podemos dar o caso ilustrativo daquele considerado popularmente como o cientista louco, em que associaríamos variáveis como a inteligência, com a genialidade numa extremidade superior da curva, diga-se aqui, com curvas gaussianas sobrepostas, e doença mental, com a psicopatologia na extremidade inferior da outra curva, em que nestas curvas sobrepostas, teríamos, à maneira da dupla hélice do ADN, na biologia, curvas psicológicas sobrepostas em loop. Diga-se aqui, neste caso, que a tendência do cientista louco é aceder psicologicamente ao potencial criativo da psique colectiva humana, assemelhando-se à caracterização desse potencial que Carl Jung ( 1988 ) faz do inconsciente colectivo, relacionado com vestígios de experiências passadas da Humanidade, e em que o cientista louco se aproximaria tanto das extremidades como da mediania, com esta mediania mais relacionada com aquele inconsciente.

Quanto à referência identitária entre as curvas psicológicas em loop e a dupla hélice de ADN, veja-se a comparação entre psemes e genes, psemes enquanto unidades psicológicas de transmissão intergeracional, no meu artigo Similitude e diferença entre psemes e genes ao nível da auto-replicância ( Resende, 2015 ).

Nas curvas psicológicas sobrepostas em loop, teríamos como que diferentes realidades, diferentes mapas, relativos à mesma existência, em que existiria um pensamento loopal síncrono e em que o loop seria caracterizado como estando associado a um presente contínuo, abarcando diferentes realidades temporais, no passado e no futuro.

É de notar que sábios hindus da Antiga Índia caracterizavam o tempo como sendo cíclico, numa procissão interminável de criação, preservação e dissolução, como se pode ler num website ( www.hinduwisdom.info ) sobre conceitos avançados do hinduísmo.

Temos, ainda, interessantemente, exemplos de Jung ( 1988, 2009 ), de conceitos Junguianos, os tipos de personalidade, os tipos psicológicos, com atitudes básicas de introvertido e extrovertido e modos funcionais de sensação ( “ sensing “ ) ou sensibilidade, que remete para aspectos mais perceptivo-conscientes, intuição, sendo estes dois modos irracionais, e sentimento e pensamento, como modos racionais.

Teríamos uma curva indo do introvertido ao extrovertido, com sobreposição da curva, com a extremidade inferior começando pelos modos irracionais de sensação, mais relacionado com os sentidos, e intuição, em que veríamos a chamada intuição feminina ou sexto sentido, precisamente como uma integração destes dois modos. Depois vem o sentimento e finalmente o pensamento, em que, sendo modos racionais, veríamos na passagem do sentimento para o pensamento a fase da idade da razão, tipicamente associada ao início da fase piagetiana operatório-concreta, em que teríamos o início da integração de sentimento e pensamento.

Exemplificando mais especificamente, temos o extrovertido, que, segundo Jung ( 1988, 2009 ), são pessoas mais preocupadas com o mundo exterior das coisas e pessoas, com sensação, lembrando a associação desta com aspectos perceptivo-conscientes. Seria o exemplo do histérico, tipicamente extrovertido, em que também se consideraria a asserção de D. Anzieu, referenciado por Houzel, Emmanuelli & Moggio ( Coord. )           ( 2004 ), de que na patologia histérica, há dificuldades ao nível da constituição e desenvolvimento do escudo para-excitações, em relação às quais se infere maior dependência de estímulos externos, em que desta maneira nota-se a coerência deste loop em particular. Outro exemplo é o introvertido, que, segundo Jung ( 1988, 2009 ), são pessoas mais preocupadas com aspectos interiores do indivíduo, suas ruminações, e pensamento, que aproximaria este tipo psicológico do obsessivo, notando-se o afastamento relativamente às dependências de estímulos externos. Teríamos como medianos na sobreposição, e mais predominantes em termos de frequência, o introvertido sentimental e o extrovertido intuitivo, que, considerando as asserções de Bergeret ( 1997 )  e de Coimbra de Matos ( 2007 ) de que há, nas sociedades modernas, uma crescente expansão do fenómeno borderline, com Bergeret a indagar-se acerca da caracterização borderline de mais de 50% da população europeia, indicar-nos-ia intuitivamente de que esses tipos psicológicos estarão enquadrados na fenomenologia borderline ou limítrofe, em que a zona mediana da sobreposição loopal caracterizar-se-ia pela transitividade entre obsessivo e histérico.

Nesta transitividade, deveremos fazer referência ao já mencionado anteriormente, quanto ao loop ser caracterizado como estando associado a um presente contínuo, abarcando diferentes realidades temporais, no passado e no futuro. Para além de considerarmos o presente em si mesmo como transitivo entre passado e futuro, veríamos na maior influência do sistema perceptivo, na maior dependência de estímulos externos, algo mais próximo de outros animais, nas relações de parentesco no enquadramento da teoria da evolução, isto no histérico, aproximando-o mais do passado, enquanto que a menor dependência de estímulos externos e um sentido da primazia do sistema perceptivo para uma maior mentalização, para o pensamento, aproximariam o obsessivo do futuro. Finalizando estes exemplos, seria na base do introvertido sentimental e do extrovertido intuitivo que se faria a transição do histérico para o obsessivo, tendo-se a noção da histeria como mais tipicamente feminina e com a já mencionada intuição feminina, ou sexto sentido, como ficando enquadradas nesta transição.

Para mais, temos outros exemplos que caracterizarão as curvas psicológicas sobrepostas em loop, que nos vêm também de conceitos Junguianos, no caso, os arquétipos. Estando associados ao inconsciente colectivo enquanto propensões psíquicas, Jung ( 1988 ) caracteriza-os como os sedimentos ou vestígios de todas as experiências dos antepassados. Enquadrando-se na tendência em loop, teremos exemplarmente a percepção consciente da sexualidade e os arquétipos do Anima, ou feminilidade inconsciente no homem, ou Animus, masculinidade inconsciente na mulher, como ainda a interrelação entre Máscara e Sombra, em que no sentido Junguiano deverá haver um equilíbrio, a caminho da individuação, entre estas diferentes tendências.

Quanto ao primeiro exemplo, veja-se o meu artigo Anima e Animus: conquistas amorosas e sexuais, feminismo e imperialismo ( Resende, 2015 ), no qual indico haver a tendência, nas sociedades actuais, predominantemente histéricas, de surgirem homens mais histéricos, mais animados, precisamente, mais teatrais e exuberantes, na linha histérica, em que concluo que foram conquistados, foram dominados, pelas mulheres, pelo Anima, pela sua maior animação. Do mesmo modo, concluo que, particularmente no contexto feminista, surgem frequentemente tendências lésbicas com manifestações de comportamento masculinizado, indicando as mesmas que estas mulheres terão sido conquistadas, dominadas, pelos homens, pelo Animus, pela sua maior animosidade. Em termos de curvas em loop, teremos uma aproximação entre os comportamentos manifestos, pelo descrito, e o controlo sofrido pelo inconsciente, o que leva a considerar haver uma tendência central. Interessantemente, e isto é melhor percebido no caso das lésbicas referidas, podemos fazer uma distinção entre escolha de objecto, neste caso homossexual, e identidade de género, neste caso mais próxima do género masculino. Podemos intuir que a tendência central mencionada também terá características transitivas, transitividade já mencionada atrás, neste caso entre a tendência de escolha de objecto e a tendência de identidade de género. Esta transitividade, na associação descrita neste artigo entre tendência mediana e passado, levar-nos-ia a pensar na tendência de escolha de objecto heterossexual, imposta quante baste por ditames religiosos nas suas tradições milenares, a seguir uma propensão, particularmente no contexto feminista, e suas influências de revoluções progressivas na emancipação da mulher, para uma identidade de género cada vez mais masculina, seguindo a passagem progressiva de escolha de objecto para identidade de género.

Para mais, se considerarmos a relação destas mulheres em espelho, poderemos antever a anulação da própria pelo objecto de escolha, em que, na tendência para identidade de género masculina, consideraríamos estas mulheres na linha do existencialismo francês, que, como o artista Joe Dassin também canta, diz da mulher:  “ Et si tu n’existe pas, et si moi n’existerai “, considerando existencialmente a possibilidade da não existência da mulher, e precisamente na linha do aqui descrito, questionando a mulher de se o homem não existir no futuro, enquadrado nesta tendência para identidade de género masculina.

Para além disso, se tivermos em conta o existencialismo na linha do ser enquanto constructo, serão de realçar outras produções culturais, neste caso, musicais. Temos, por exemplo, Michael Jackson, em seu Dirty Diana, dizendo à mulher: “ Why don’t you just let me be “  e Lenny Kravitz, dizendo em American Woman: “ Baby, just let me      be “, enformando apelos masculinos transmitindo à mulher para deixar o homem ser.

Ademais, realçando aquela relação em espelho, teremos o que é considerado em Psicanálise dos Contos de Fadas, de Bruno Bettelheim ( 2006 ), e considerando a influência dos contos de fadas na psique humana, e representativos da mesma, com a história da Branca de Neve, que “ relata como a mãe – a rainha – “, ao espelho, “ é destruída pelo ciúme por sua filha, que, ao crescer, a ultrapassa “ ( p. 247 ). Teríamos, nestas mulheres, em si, a vivência da figura da rainha como a mãe que é ultrapassada pelo objecto de escolha, na escolha de objecto homossexual, em que é ultrapassada pela própria filha, que a anula, então. A própria filha, enquanto objecto de amor homossexual, faria o papel de substituta da mãe, no Édipo negativo, com desejos de ódio em relação à mãe, substituindo-a, para alcançar o amor do pai, avançando em relação ao primeiro objecto de amor da mulher, a mãe. Na identificação com a mãe, teríamos, em si, a mulher a sentir-se anulada, ultrapassada, com a tendência de identificação progressiva com a figura masculina, no sentido de buscar afecto, amor, da mãe, que é, neste caso, a filha, que a anulou, o que explicaria, em boa parte, tendências da rapariga e mulher de tentar agradar e seduzir, na linha histérica, com a histeria mais tipicamente feminina, com a sedução histérica de tentar agradar o outro e de o seduzir, ao nível intergeracional.

Ainda, naquela transitividade, de escolha de objecto para identidade de género, deveremos considerar, sobremaneira, o contexto feminista, ao nível da emancipação progressiva das mulheres, em que haverá uma acentuada referência em relação ao homem, intuindo nós que, em relação ao comportamento masculinizado, ter-se-á em conta a asserção psicanalítica da habitual perversidade polimorfa nas mulheres, em que essa perversidade se caracterizará pelo objecto parcial, o que nos indica que há uma identificação com aspectos parciais do homem, que sobressairão mais, com identidade progressiva, então, na linha de aspectos estereotipados, particularmente mais externos.

Ademais, teríamos, nessa transitividade, uma relação edipiana, de Édipo positivo, em que a mulher, na escolha de objecto homossexual, com masculinização progressiva, se identificaria e fantasia substituir o pai, com tentativa fantasiada na procura do amor da mãe, em que teríamos essas lésbicas feministas com acentuadas carências afectivas, com sentimento de desamor por parte do objecto materno, numa linha depressiva.

Num aparte, também teríamos no homossexual masculino, com seus comportamentos mais exuberantes e teatrais, na linha histérica, com influência acentuada do Anima, ou feminilidade inconsciente no homem, que a escolha de objecto homossexual, associada à progressiva feminilização, nos leva a pensar que estes homens farão a transição de escolha de objecto para identidade de género, num movimento em que tentam substituir a mãe, para procurarem amor do objecto de amor paterno.

Ainda naquela transitividade na mulher, na oscilação entre escolha de objecto homossexual e identidade de género masculina, relaciona-mo-la com o Édipo positivo, numa tentativa de triangulação edipiana, tentando identificar-se com o pai, mas com grandes dificuldades em deixar o amor pré-edipiano pela mãe.

Continuando, relativamente ao segundo exemplo, da Máscara e da Sombra, a Máscara se referirá à adaptação externa, com importância do papel público perante os outros, com importância acrescida dos aspectos externos da realidade, mais associados à histeria e ao capitalismo, enquanto que a Sombra se referirá àquilo que o indivíduo não consegue aceitar em si próprio, àquilo de que tem medo, particularmente medos desconhecidos, com destaque dos aspectos internos do indivíduo, e com maior associação à obsessão e ao comunismo, embora também referente ao potencial criativo, em particular, do inconsciente colectivo, e em que aqueles medos da Sombra terão por base, importantemente, diga-se aqui, sentimentos fóbicos tidos no decorrer da evolução humana, em particular, dirigidos à escuridão do espaço sideral e à noite, ao cair desta, com sentimentos de impotência perante os acontecimentos da natureza e do universo, na linha do predomínio do desconhecido sobre o ser humano.

Quanto às curvas em loop, podemos considerar essa interrelação já feita em Complemento a Psicologia matemática relacionada com tendências capitalistas e tendências comunistas ( Resende, 2015 ). Aí, considera-se, para o comunismo, a integração equilibrada entre Máscara e Sombra. Como baseado em, e referido em, Psicologia matemática relacionada com tendências capitalistas e tendências comunistas ( Resende, 2015 ), considero as tendências comunistas como uma curva normal de Gauss, com tendências de limite matemático com x a tender para 0, numa tendência para um universo populacional habitado inclusivo, de tendência central, no sentido da igualdade, esta preconizada pelo comunismo, numa propensão de eliminação das extremidades, de desfavorecidos e de privilegiados. Ora, no artigo do Complemento referido atrás, considera-se a Sombra como indo no espectro de menos infinito a 0, e a Máscara, como indo no espectro de 0 a mais infinito. Teríamos no comunismo, com o limite com x a tender para 0, a integração entre Sombra e Máscara, o que Junguianamente aponta para uma sociedade psicologicamente bem integrada, em que a Máscara comunista lida com o apoio, a solidariedade, aos mais desfavorecidos, e à união implícita, enquanto que a Sombra comunista lida com o enfrentar dos privilegiados, e medos associados.

Quanto ao capitalismo, considera-se na mesma o artigo do Complemento já mencionado, e enquanto baseado naquele ao qual se faz o complemento. Assim, neste último, têm-se em conta as tendências capitalistas, numa curva normal de Gauss, como tendendo para uma curva invertida, no contexto da exploração capitalista, na criação de uma sociedade de ricos e pobres, com o progressivo aumentar do fosso entre esses ricos e pobres. Para mais, utilizando a noção matemática de limite, ter-se-á que em termos de futuro, o capitalismo tenderá no limite, com a variável x a tender para mais ou menos infinito, para um universo desabitado exclusivo, com as populações a ficarem excluídas, com a desagregação das populações. Já no artigo do complemento, considera-se a Sombra como indo no espectro de menos infinito a 0, e a Máscara, como indo no espectro de 0 a mais infinito. Destaque-se agora o capitalismo, com o limite com x a tender para menos infinito e mais infinito, e seus extremos, fascismo e nazismo. Teríamos a vivência de uma parte da população apenas na Sombra e de outra parte da população apenas na Máscara, em que a Sombra está mais associada a medos, desconhecidos ou não, e ao não aceitar do próprio, das suas tendências, e em que a Máscara está mais associada aos aspectos externos, aspectos perceptivos, à adaptação externa e papel público perante os outros, de adaptação externa a este tipo de sistema.

Tem-se, para mais, que o capitalismo indica psicomatematicamente que, na tendência das populações para menos infinito e mais infinito, há uma desagregação entre as populações. Tem-se a população com vivência apenas na Sombra, a viver o desconhecido e os seus medos, mas também com acesso às potencialidades criativas que o desconhecido oferece. A outra parte da população, vivendo apenas na Máscara, teria uma vivência com ambições e exibicionismos patológicos, característico na Máscara capitalista, considerando estas características psicológicas associadas ao falismo, cuja sobrecompensação se relaciona mais com a Máscara, citando a esse respeito outro artigo meu, Características sobrecompensatórias das fases psicossexuais da Máscara e Sombra da histeria capitalista. Exemplos destes dois tipos de populações são o Nazismo, com ambições imperialistas evidentes, e as vítimas do Holocausto nazi, vivendo vários horrores humanos, como as perseguições                        ( ideológicas, religiosas, raciais, intelectuais, etc. ) e deportações, até às vivências nos campos de concentração, vivências estas mais relacionadas com os medos da Sombra. Isto apontará para uma vivência não saudável.

Psicomatematicamente, as enunciações acabadas de fazer, apontam para um maior equilíbrio da sociedade comunista relativamente à sociedade capitalista, com seus extremos, fascismo e nazismo, em que dir-se-á que há curvas loopais sobrepostas invertidas nesta última, enquanto anormais, e que na primeira há verdadeiramente tendência normal.

Na mesma linha de raciocínio, temos a relação entre idade e memória, com a evolução da menor idade para a maior idade, e da memória curta, passando pela memória média até à memória longa.

Assim, exemplarmente, teremos a memória longa interrelacionada em loop com a pouca idade, em que teríamos a memória biográfica do indivíduo até ao idoso, associada à conceptualização psicanalítica de influência freudiana de que a vida psicológica do indivíduo é determinada nos primeiros cinco anos de vida, ao nível do desenvolvimento psicossexual. Também teremos a interrelação loopal entre o funcionamento psicológico do idoso e a memória curta, em que associaríamos as frequentes falhas de memória, a frequente amnésia, do idoso, à memória curta e à sua predominância, particularmente nos casos de não reconhecimento de pessoas conhecidas, como em processos degenerescentes e senis.

Consideremos, agora, o indicado no livro Forbidden History ( Kenyon, 2005 ), em que é mencionado que o ser humano, a Humanidade, tem uma amnésia relativamente ao seu passado mais longínquo.

Dito isto, e tendo presentes algumas das questões existenciais da Humanidade, como quem somos, de onde viemos e para onde vamos, teríamos no idoso a passagem loopal da associação idoso-memória curta para a associação criança-memória longa, em que o idoso tentaria aceder a memórias extra-biográficas, mais transpessoais, e em que teríamos a aproximação àquilo que se pode designar de sabedoria anciã. Naquela passagem, veríamos na frequente degenerescência, senilidade, com regressões somáticas e psíquicas, como comportamentos infantilizados, e fenómenos como a incontinência, de não controlo do esfíncter, como em certas fases infantis, atestando aquela passagem loopal, a passagem do avô ao neto do testemunho na procura do conhecer e buscar responder às questões existenciais, como já referidas, e isto ao nível de uma memória mais média e longa, numa tendência direcional ontogenia-filogenia.

Quanto àquela passagem de testemunho, e considerando as já mencionadas regressões, degenerescência e senilidade, tenhamos em conta certas características da mulher, como aquando da excitação sexual, o líquido vaginal nas cuecas, no dia-a-dia, assemelhando-se às fraldas do bebé, com aspectos mais regredidos, portanto, e como promovendo a maior identificação da mulher com o bebé, promovendo a maternidade em termos evolutivos. Teremos, assim, como que a passagem de testemunho do avô para a mãe do bebé, para a mulher, em que dir-se-á que um entrega e o outro, ou a outra, recebe.

Do agora dito, quanto ao tempo, deduzir-se-á que ocorrem passagens loopais temporais, em que, ao invés da loopagem dupla, o tempo promoverá o regressar à curva única, em que assemelhar-se-ia isto ao funcionamento biológico, da dupla hélice de ADN se quebrar dando origem a uma única cadeia de ADN, preparando-se a tradução biológica. Assim, a curva psicológica única, relativa à idade mental, estaria na tendência de que será a mãe a fazer essa tradução psicológica. Noutra analogia, comparando biologia e psicologia, é de notar que a passagem do bebé pelo canal vaginal, pelo canal de parto, aquando do parto, faz lembrar, no contexto do já descrito, a passagem da cadeia única de ADN, aquando da transcrição, como processo de formação do ARN mensageiro a partir dessa cadeia de ADN [ Transcrição ( genética ), Wikipédia ], que no nosso contexto será equiparada ao pai da mãe, com a posterior tradução do ARN transferência, que se formou a partir do ARN mensageiro, na síntese proteica. Ora, nesta síntese proteica, a tradução realiza-se, precisamente, em estruturas chamadas de ribossomas, que posicionam correctamente ARN transferências e ARN mensageiros e catalisam as ligações peptídicas entre aminoácidos para a síntese de proteínas [ Tradução ( genética ), Wikipédia ].

Temos, então, pelo descrito, que o pai da mãe fica associado à transcrição, e a mãe, pelas características de parto referidas, fica associada à tradução, com características análogas aos ribossomas, em que temos a mãe, na maternidade, como catalisadora do nascimento humano e do continuar da espécie, particularmente a nível psicológico, ou, de outra forma, a nível psicobiológico.

Para mais, para além de biblicamente termos a consideração de que no princípio era o Verbo, que podemos equiparar ao chamado em biologia de alfabeto genético, relativo às letras das bases do código genético, que no nosso contexto estaria mais associado ao pai da mãe, e em que o ARN mensageiro estaria associado biblicamente, na Bíblia cristã, ao mensageiro de Deus, a Jesus Cristo, tendo nós o pai da mãe associado na Trindade cristã ao Nome do Pai, o mensageiro ARN mensageiro ao Filho, e a tradução psicológica, no ARN transferência, ao Espírito Santo, mais à mulher, destaque-se, importantemente, a concepção bíblica da religião cristã de que a mulher foi concebida da costela do homem, e que costela em inglês seja rib, com a implicação mais exopsicológica de que esse facto seria uma mensagem alienígena, no contexto da Teoria do Astronauta Antigo, que diz que o ser humano tem sido visitado por extraterrestres ao longo da sua história, em que teria vindo a deixar mensagens aos humanos, particularmente para o futuro. Há a implicação de terem vindo a preocupar-se na transmissão da mensagem de acordo com cada época, e seus conhecimentos e evolução mental. Ora, a concepção analógica da mulher enquanto ribossoma parece adequada a esta época, com mais conhecimentos de biologia, genética e psicologia, em particular, e em que a noção da origem da mulher da costela do homem terá sido adequada para essa época em questão, sendo actualmente algo mais mistificado. Deve ainda ser dito que isto implica que terão vindo a haver influências desses extraterrestres na escolha de nomes e suas associações conceptuais, e outras influências, tendo em conta a plausibilidade da importância de viagens no tempo, e sua aplicação, também com a noção, particularmente do Movimento Raeliano                ( www.rael.org ), de a Humanidade ter sido criada por engenharia genética por extraterrestres, os Elohim, que este movimento realça que no texto sagrado original hebreu, Elohim não significa Deus mas sim “ aqueles  que vieram dos céus “, com a Bíblia cristã a relatar as suas influências na Humanidade.

De resto, se, com este texto, a noção da origem da mulher a partir de uma costela estar mais desmistificada, na palavra ribossoma, falta-nos a parte do resto da palavra, referente ao soma. Se tivermos em conta o já descrito, quanto à influência extraterrestre e de suas mensagens, direi que o soma dirá respeito à separação do bebé da parturiente, com a mensagem implícita de que o bebé tem corpo próprio, distinto do da mãe, e de que a mãe não deve sentir de que perdeu o seu próprio corpo, com consequente identidade em perda. Não deverá sentir o bebé apenas como extensão de si própria, na linha narcísica, permitindo a relação mãe-bebé, com o bebé enquanto ser por direito próprio.

Ainda, quanto à passagem loopal temporal referida, e na relação entre gerações, ao nível psicológico e psicobiológico, será interessante notarmos duas tendências: a queda da idade da menarca, ou aparecimento do período menstrual na rapariga, e a maior expectativa média de vida na mulher.

Por exemplo, num artigo publicado num website médico estado-unidense estatal, Karapanou & Papadimitriou ( 2010 ) dizem-nos que o marcador mais fiável das mudanças seculares, particularmente no séc. XX, do desenvolvimento pubertal, foi a queda da idade da menarca, com uma média dessa queda de cerca de três meses por década. Noutro exemplo, nos Oxford Journals, em particular, no Human Reproduction, Clavel-Chapelon & E3N-EPIC group ( 2001 ) dizem-nos que, particularmente, a partir de 1930 houve uma diminuição estável da idade média da menarca nas suas amostras. Ainda noutro site, do The Museum of Menstruation and Women’s Health, é indicado que na Europa e na América, e provavelmente noutras culturas, a idade média da menarca tem gradualmente caído em tempos históricos recentes.

Já em relação à maior expectativa média de vida nas mulheres relativamente aos homens, temos a referência no Wikipedia, em List of countries by life expectancy, de que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, as mulheres, em média, vivem mais tempo do que os homens em todos os países. Alhures, no The Harvard University Gazette, temos, precisamente, um artigo de Cromie ( 1998 ) com o título Why Women Live Longer than Men.

Tendo em conta o já dito, proponho, num contexto mais exopsicológico, já mencionado, e num quadro da plausível influência de alienígenas na Terra e nos humanos, que haverá uma mensagem alienígena, relativamente aos dois factores agora referenciados. Será de que as mulheres, vivendo mais tempo do que os homens, enquanto sinal de longevidade, representarão o conservadorismo histórico da história humana na vivência em impérios, que têm sido uma constante na história da Humanidade, com esse conservadorismo mais relacionado, precisamente, com o matriarcado imperialista e colonialista, em geral, e com o matriarcado capitalista e/ou fascista, em particular. O continuar da diminuição da idade de aparecimento da menarca, do período menstrual, significando a maior prontidão reprodutiva da rapariga, significará, ao nível de curvas em loop, com a menarca em contraponto àquela maior expectativa de vida da mulher, um anunciar da passagem na História humana de sistemas matriarcais imperialistas, colonialistas, particularmente capitalistas, e seu extremo fascismo, para sistemas mais progressistas, patriarcais, socialistas e comunistas, com o aspecto da menor idade da menarca, a representar a juventude da rapariga enquanto Mulher-Nova, na linha do Homem-Novo preconizado pelo comunismo, e isto ao nível psicológico e psicobiológico.

Neste plano, e desta feita, em termos de curvas sobrepostas em loop entre homem e mulher, psicobiológicas e psicológicas, é de ter em conta outro fenómeno: a redução da contagem de espermatozoides no homem. De facto, e como o website do jornal britânico Daily Mail nos diz ( www.dailymail.co.uk ), num artigo com o título Why male fertility could be in decline, vários estudos verificaram que, em média, a contagem de espermatozoides nos homens por todo o mundo mais do que diminuiu em metade nos últimos 50 anos e continua a cair a uma taxa de dois por cento cada ano. Os mesmos valores são-nos dados num artigo de título Is there a decline in sperm counts in men?, que pode ser consultado num website da Sociedade Americana de Andrologia                 ( andrologysociety.org ).

Tendo isto dito, associaríamos esta diminuição, da contagem de espermatozoides no homem, com correspondentes diminuições na capacidade reprodutiva, à menopausa na mulher, como não podendo ter filhos, com ausência de período menstrual correspondente ao endométrio, com homens geralmente a poderem ter filhos até mais tarde, e podendo, por exemplo, engravidar várias mulheres num curto espaço de tempo, e com as mulheres, mesmo pré-menopáusicas, engravidando, a terem um certo período de tempo que não poderão engravidar outra vez. Proponho que a associação referida estará na linha de uma harmonização psicobiológica e preparando uma harmonização psicológica entre homem e mulher, e isto num contexto exopsicológico, com plausível influência alienígena no sentido de estabelecerem a harmonização mencionada.

Agora, se tivermos em conta aquelas indicações do Movimento Raeliano, principalmente que Elohim significa “ aqueles que vieram dos céus “, enquanto extraterrestres, realce-se o referido na Bíblia cristã, em Genesis 6:2: “ That the sons of God saw the daughters of men that they were fair; and they took them wives of all wich they chose “ ( biblehub.com ). Considerando o já indicado no referenciado pelo Movimento Raeliano, que os Elohim, enquanto extraterrestres, criaram a Humanidade por engenharia genética, podemos ter a interpretação de que os filhos “ daqueles que vieram dos céus “ seriam os humanos, particularmente homens, mas na mesma frase é referido “ as filhas dos homens “, afigurando-se que os filhos dos Elohim não são os homens, neste contexto, mas sim extraterrestres. Isto, tendo em conta o já indicado, por esse Movimento, que a Bíblia cristã relatará a influência desses extraterrestres na Humanidade e na Terra.

Digo isto, para considerarmos, mais exopsicologicamente, e tendo curvas em loop a nível psicobiológico e psicológico entre homens e mulheres, particularmente no sentido reprodutivo ou reprodutor, para considerarmos, dizia eu, os já referenciados fenómenos da diminuição da idade da menarca, na rapariga, e a diminuição da contagem de espermatozoides, no homem.

Se temos aumento da capacidade reprodutora na mulher, por essa capacidade surgir mais cedo, e diminuição da capacidade reprodutora no homem, uma interpretação possível é que há um aumento da presença alienígena na Terra, em particular dos Elohim, para fazerem precisamente aquilo que é descrito na Bíblia cristã, na referência já dada, ou seja, tomarem as mulheres humanas, no sentido mais estrito de procriarem com elas, impedindo maiores capacidades reprodutoras nos homens humanos, para plausível maior influência, particularmente genética, desses seres, na Humanidade.

Isto faz mais sentido, se levarmos em linha de conta o anunciado regresso dos Elohim, tal como indicado pelo Movimento Raeliano, no website www.rael.org, em que, escolhendo, por exemplo, a língua portuguesa, poder-se-á posteriormente selecionar e descarregar gratuitamente o livro da Mensagem ( … ).

 

Bibliografia

Bergeret, J. ( 1997 ). A personalidade normal e patológica. Climepsi Editores

Bettelheim, B. ( 2006 ). Psicanálise dos Contos de Fadas. Bertrand Editora

Coimbra de Matos, A. ( 2007 ). O desespero – aquém da depressão. Climepsi Editores

Cremo, M. A. & Thompson, R. L. ( 1998 ). Forbidden Archeology – The Hidden History of the Human Race. Bhaktivedanta Book Publishing, Inc.

Dawkins, R. ( 2005 ). The Ancestor’s Tale – A pilgrimage to the dawn of life. Phoenix

Houzel, D., Emmanuelli, M. & Moggio, F. ( Coord. ) ( 2004 ). Dicionário de Psicopatologia da Criança e do Adolescente. Climepsi Editores

Icke, D. ( 2010 ). Human Race – Get Off Your Knees: The Lion Sleeps No More. David Icke Books

----------- ( 2012 ). Remember Who You Are – Remember “ Where “ You Are and Where You “ Come “ From: Remember… David Icke Books

Jung, C. G. ( 1988 ). A prática da psicoterapia in Obras Completas de C. G. Jung, Vol. XVI. Petrópolis: Editora Vozes

--------------- ( 2009 ). Psychological Types in The Collected Works of C. G. Jung, Vol. 6, Read, M., Fordham, M., Adler, G. & McGuire, W. ( Eds. ). Routledge

Kenyon, J. D. ( 2005 ). Forbidden History – Prehistoric Technologies, Extraterrestrial Intervention, and the Supressed Origins of Civilization. Bear & Co.

Resende, S. ( 2015 ). Etologia e filopsiquismo in Artigos Vários de Psicologia. Chiado Editora

--------------- ( 2015 ). Psicologia matemática relacionada com tendências capitalistas e tendências comunistas in Artigos Vários de Psicologia. Chiado Editora

--------------- ( 2015 ). Complemento a Psicologia matemática relacionada com tendências capitalistas e tendências comunistas in Artigos Vários de Psicologia. Chiado Editora

--------------- ( 2015 ). Similitude e diferença entre psemes e genes ao nível da auto-replicância in Artigos Vários de Psicologia. Chiado Editora

 

Referências de Internet

A tribute to Hinduism – the book; Hindu Wisdom in www.hinduwisdom.info/Advanced_Concepts.htm, consultado em 02/07/2015

Resende, S. ( 2015 ). Anima e Animus: conquistas amorosas e sexuais, feminismo e imperialismo in www.psicologado.com ( proposto a 10/2015 )

Tradução ( genética ). Wikipédia in https://pt.wikipedia.org/wiki/Tradução_(genética), consultado em 02/10/2015

Transcrição ( genética ). Wikipédia in https://pt.wikipedia.org/wiki/Transcrição_(genética), consultado em 02/10/2015

Movimento Raeliano. www.rael.org, consultado em 03/10/2015

Karapanou, G. & Papadimitriou, A. ( 2010 ). Determinants of menarche in www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2958977/, consultado em 03/10/2015

Clavel-Chapelon, F. & E3N-EPIC group ( 2001 ). Evolution of age at menarche and at onset  of regular cycling in a large cohort of French women in humrep.oxfordjournals.org/content/17/1/228.full, consultado em 03/10/2015

The Museum of Menstruation and Women’s Health in www.mum.org/menarage.htm, consultado em 03/10/2015

List of countries by life expectancy. Wikipedia in https: //en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_life_expectancy, consultado em 03/10/2015

Cromie, W. J. ( 1998 ). Why Women Live Longer than Men in news.harvard.edu/gazette/1998/10.01/WhyWomenLiveLon.html, consultado em 03/10/2015

Why male fertility could be in decline in www.dailymail.co.uk/health/article-158463/why-male-fertility-decline.html, consultado em 05/10/2015

Is there a decline in sperm counts in men? In andrologysociety.org/getattachment/2d3132da-b376-43e0-80e5-1ba52c158936/chapter-26.aspx, consultado em 05/10/2015

Genesis 6:2 in biblehub.com/commentaries/genesis/6-2.htm, consultado em 05/10/2015

publicado por sergioresende às 10:07
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Quinta-feira, 5 de Janeiro de 2012

Etologia e filopsiquismo

Relaciono, neste artigo, o conceito etológico de padrões inatos de acção com conceitos psicológicos, baseando isso um filopsiquismo, ou uma psique com uma evolução psicológica ao longo das gerações humanas.

 

É de notar que, nas influências e relações estabelecidas entre Etologia e Psicologia, há abordagens da Psicologia que dão particular importância à filogénese, como o Comportamentalismo e a perspectiva Junguiana, com o seu conceito de inconsciente colectivo.

 

Começo este artigo, referindo-me ao conceito fundamental em etologia de padrões inatos de acção. Estes padrões, presentes nos animais, indicam comportamentos inatos, baseados na genética, na lide do animal com o meio ambiente à sua volta.

 

Ora, um aspecto a realçar aqui é, na Psicologia, a existência de padrões de funcionamento psicológico, tal como determinados por testes psicológicos, que seguem uma tendência padronizada, passe-se o pleonasmo, particularmente uma tendência matemática gaussiana.

 

Dados ambos os aspectos serem fundamentais, básicos, pressupõe-se aqui uma relação entre os padrões inatos de acção e os padrões psicológicos gaussianos. É como se os padrões psicológicos tivessem derivado, na evolução humana, dos padrões inatos de acção. Ora, dado este inatismo, isto remete-nos para o conceito de inconsciente colectivo ( Jung, 1988 ), que diz respeito a vestígios de experiências passadas da Humanidade.

 

Outro pressuposto, neste artigo, é que quanto mais a psique fôr de tendência central, mais norma, mais essa psique está relacionada com os tais padrões inatos de acção e mais estará dependente deles, estando, em sequência, mais próxima do inconsciente colectivo. Isto, porque a frequência mais normativa da psique estará mais próxima dos aspectos mais padronizados, já referidos, dos animais, particularmente a nível evolutivo.

 

Dou dois exemplos explanatórios para o já indicado. Esses exemplos são as tendências comunistas e as tendências hedonistas capitalistas.

 

Quanto às tendências comunistas, remeto para o meu artigo Psicologia matemática relacionada com tendências capitalistas e tendências comunistas ( Resende, 2010 ), em que elaborando as tendências psicológicas gaussianas comunistas, indico a tendência central comunista, ou seja, a tendência para as massas funcionarem medianamente. Relacionado com o referido neste artigo, tem-se que os comunistas consideram que a história da humanidade é a história da luta de classes, em que se tem coerentemente uma relação entre os ideais comunistas, mais a nível ontogenético, e a análise da evolução histórica humana, mais a nível filogenético. Ora, em conjunto isto remete-nos para um filopsiquismo comunista.

 

Já em relação às tendências hedonistas capitalistas, é de notar que as massas, mais normativo, portanto, nas sociedades capitalistas, particularmente no Capitalismo global, tendem a ter como ideal extremo o hedonismo. Isto, numa análise psicológica, remete-nos para a tendência para a brincadeira hedonista, após a infância, estar relacionada com as brincadeiras infantis, particularmente com a sobrecompensação das mesmas. Dir-se-à, numa primeira análise, que parece que as massas hedonistas capitalistas não brincaram em criança, ou pelo menos não brincaram o suficiente.

Em termos históricos da evolução humana, e relacionado com este artigo, remeto para a noção especulativa de Zecharia Sitchin ( 1990 ), no seu Genesis revisited - Is modern science catching up with ancient knowledge?. A noção, baseada na tradução de tábuas cuneiformes sumérias milenares, indica-nos que a Humanidade terá sido criada por engenharia genética, juntando geneticamente um primata, já existente na Terra, e extraterrestres. Ademais, assim a noção traduzida avança, o ser humano terá sido criado  para ser uma espécie escrava, dedicando-se à mineração de ouro, que os extraterrestres necessitavam para proteger a atmosfera do seu planeta. 

Temos esta noção do ser humano ter sido criado escravo, o que, filopsiquicamente,  indica-nos que o ser humano, no seu início, não se terá dedicado ao lazer, não terá brincado, por assim dizer. Assim, parece que, filopsiquicamente, as massas hedonistas das sociedades capitalistas estão a sobrecompensar o que não brincaram no início da sua evolução, o que é também coerente com o não terem brincado o suficiente enquanto crianças. Dada a natureza deste artigo, a noção especulativa de Sitchin ganha plausibilidade. 

 

A reforçar as ideias deste artigo, é de considerar um artigo meu, a saber, Antropologia psicanalítica: filogenia e ontogenia ( 2007 ). Nesse artigo, procuro evidenciar a repetição de padrões da filogenia na ontogenia, como a base ontogenética da filogenia, recorrendo, para isso, às fases de desenvolvimento psicossexual. Considerando a sequência destas fases, é de referir dois exemplos relativos à fase anal e à fase fálica. Assim, compara-se a predominância da fase anal e a vivência em grutas, relativamente ao que está fora e ao que está dentro, quanto ao que é conservado quanto ao que é expelido. Em relação ao que está na gruta, ao que é protegido, conservado, e àquilo que é feito no exterior da gruta, como o ir caçar e ir explorar o ambiente. Para mais, é de comparar a fase fálica, com aspectos relativos à ambição, à vaidade e ao exibicionismo, em particular, e as manifestações artísticas na vivência grutal, de celebração do sucesso das caçadas nas pinturas grutais, relativas predominantemente aos aspectos da vaidade e de exibicionismo, com a ambição de novos e melhores sucessos. É de considerar ainda os aspectos da ambição fálica no que se relaciona com a agressividade fálica, e o desenvolvimento ou o início do desenvolvimento de utensílios de caça, em particular, lanças e setas.

 

Para finalizar o artigo, dir-se-à que se tem, pois, coerentemente, filopsiquismos comunistas e capitalistas, importantes nas sociedades humanas, derivados de noções etológicas.

 

 

Bibliografia

 

Jung, C. G. ( 1988 ). A prática da psicoterapia ( trad. port. ). In Obras Completas de C. G. jung, Vol. XVI. Petrópolis: Editora Vozes ( edição original, 1971 )

 

Resende, S. ( 2007 ). Antropologia psicanalítica: filogenia e ontogenia em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 29/03/2007

 

Resende, S. ( 2010 ). Psicologia matemática relacionada com tendências capitalistas e tendências comunistas em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 05/11/2010

 

Sitchin, Z. ( 1990 ). Genesis revisited - Is modern science catching up with ancient knowledge?. Avon Books

publicado por sergioresende às 12:00
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