Sábado, 29 de Novembro de 2014

Perspectivas evolutivas da histeria e da obsessão

Perspectivas evolutivas da histeria e da obsessão Neste artigo, perspectivam-se características evolutivas da histeria e da obsessão. Considerem-se primeiro as noções de identidade de percepção e de identidade de pensamento. A identidade de percepção é aquilo para que tende o processo primário e a identidade de pensamento é aquilo para que tende o processo secundário, em que o processo primário visa reencontrar uma percepção idêntica à imagem do objecto resultante da vivência da satisfação, enquanto que no processo secundário a identidade procurada é a dos pensamentos entre si. Ademais, estando o processo primário mais associado ao princípio do prazer, o processo secundário já não se regula exclusivamente por esse princípio, mas sim pelo princípio da realidade, ou exigências da realidade, em que o pensamento deve interessar-se pelos caminhos de ligação entre as representações sem se deixar iludir pela intensidade delas ( Laplanche & Pontalis, 1990 ). Assim, como visto em Identidade de percepção e Identidade de pensamento ( Resende, 2014 ) e em O sonho e as identidades de percepção e de pensamento ( Resende, 2014 ), é de ter em conta o menor desenvolvimento da identidade de percepção relativamente à identidade de pensamento, particularmente na associação da identidade de percepção com o capitalismo e da identidade de pensamento com o comunismo, a maior evolução deste em relação ao primeiro, com a maior diferenciação do princípio da realidade e do processo secundário relativamente ao princípio do prazer e do processo primário. Em particular, no capitalismo histérico acentuação exacerbada da importância do externo, aparência externa, mais importância do percepto e do princípio do prazer associado à percepção, com percepção mais iludida pela intensidade das representações, enquanto que no comunismo obsessivo, há a importância da identidade dos pensamentos entre si, o que caracteriza a identidade de pensamento, coerência essa reconhecida à ideologia comunista, identidade essa menos iludida pela intensidade das representações. Ainda em relação ao capitalismo histérico, temos a importância da visualização de celebridades, repetição perceptiva essa que enquadra a identidade de percepção. Temos, para mais, a referência de Houzel, Emmanuelli & Moggio ( Coord. ) ( 2004 ), acerca de D. Anzieu considerar de na patologia histérica haver dificuldades ao nível da constituição do escudo para-excitações, com maior dependência, portanto, de estímulos externos, que faz aproximar mais o histérico, do que o obsessivo, da referência acentuadíssima de outros animais, nas suas dependências dos sentidos e dos estímulos externos, em que, considerando o capitalismo um sistema mais histérico e o comunismo mais obsessivo, temos, em conjunto com a violência social e humana da exploração capitalista, um melhor enquadramento da expressão famosa Capitalismo Selvagem, e um enquadramento da menor evolução da identidade de percepção do capitalismo relativamente à identidade de pensamento do comunismo. Sendo a histeria mais tipicamente feminina, poderíamos pensar, neste contexto, que as mulheres são menos evoluídas do que os homens, mas consideremos homens particularmente histéricos, no contexto do capitalismo enquanto sistema histérico, em que referindo-nos novamente aos aspectos perceptivos da identidade de percepção, e à maior dependência deles, podemos observar quotidianamente padrões comportamentais associados, por exemplo, a delinquentes, reclusos, a membros de gangues, com excessiva dependência e referência àquilo que é percepcionado visualmente, em particular, sendo mais reactivos aos estímulos externos, aos comportamentos e gestos dos outros, com reacções de comportamento agido, com realce para aquilo que é externo. Mas tendo em conta que psicanaliticamente se considera, em geral, a prevalência nas mulheres de perversidade polimorfa, com zonas erógenas generalizadas, fazendo-se também a associação com a perversidade polimorfa habitual nas crianças, neste sentido, dir-se-á que a mulher permanece uma criança, em que temos, pois, estes aspectos fixados e regredidos da mulher. Veja-se também Etologia e filopsiquismo ( Resende, 2012 ), onde considero a associação entre padrões inatos de acção, da etologia, e padrões psicológicos, em que proponho, na curva de Gauss, que quanto mais padronizado, com a maioria na zona mediana, mais perto desses padrões inatos de acção. Propõe-se que essa maior padronização está associada à histeria de massas, no contexto do capitalismo histérico matriarcal, no âmbito do capitalismo global contemporâneo. Isto considerando os padrões psicológicos uma sequência e consequência de padrões etológicos, tendo em conta a perspectiva da teoria da evolução, nas relações de parentesco com outros animais. Estas são considerações coerentes com o dito anteriormente da maior proximidade entre aqueles humanos, mais histéricos, mais dependentes de estímulos externos, e outros animais sobremaneira dependentes dos sentidos e dos estímulos externos. Realça-se agora o meu artigo Antropologia psicanalítica: filogenia e ontogenia ( Resende, 2007 ), onde considero e proponho a relação entre desenvolvimento ontogenético e desenvolvimento filogenético, ao nível da psicossexualidade, onde proponho que padrões filogenéticos se repetem nos padrões ontogenéticos, e que estes últimos se repetem nos primeiros. Senão, veja-se. Inicialmente, compara-se espermatozóide e oócito, que dão origem ao zigoto, a coacervados, ao “ caldo primitivo “, do início da vida no planeta, que juntando-se dão origem a algo mais complexo, a um organismo coacerval mais complexo. De seguida, compara-se a predominância anal e a vivência em grutas, relativamente ao que está fora e ao que está dentro, quanto ao é conservado, quanto ao que é expelido, em relação ao que está na gruta, ao que é protegido, e aquilo que é feito no exterior da gruta, como o ir caçar e ir explorar o ambiente. Compara-se, depois, a fase uretral, quanto à demarcação territorial implícita na vivência grutal, e no iniciar desse tipo de vivência. Estabelece-se ainda paralelo quanto à fase fálica, com aspectos relativos à ambição, à vaidade e ao exibicionismo, e as manifestações artísticas na vivência grutal, de celebração do sucesso das caçadas nas pinturas grutais, relativas predominantemente aos aspectos de vaidade e de exibicionismo, com a ambição de novos e melhores sucessos. Há ainda a consideração particular de muitas das figuras humanas representadas serem simples representações pictóricas que não manifestam evidenciadas diferenciações sexuais, o que denota a característica da relativa indiferenciação sexual do falismo. Associa-se, ainda, ambição fálica com agressividade fálica e o desenvolvimento ou o início do desenvolvimento de utensílios de caça, em particular, lanças e setas. Ainda quanto aos aspectos da vaidade e exibicionismo, é de relacionar os mesmos com as manifestações de celebração, como já referido, como com as manifestações de celebração artística e de expressão artística, em particular como as festividades de danças, vocalizações, cantares e expressão artística de vivências e crenças comuns. Deve ainda estabelecer-se o paralelo relativamente a esta fase fálica quanto ao desenvolvimento hominídeo no sentido de comunidades paleolíticas para comunidades neolíticas, onde essas expressões artísticas são mais evidentes. Quanto ao desenvolvimento posterior das comunidades humanas é de considerar, no mesmo, a progressiva complexificação e maturidade dos vínculos estabelecidos entre os seus membros, particularmente a nível intelectual e afectivo, como ao nível da expressão e apreciação estética, da interacção pessoal e grupal, no sentido de uma maior diferenciação, com características mais tipicamente genitais, como a compreensão, o respeito pelo outro, a capacidade de dádiva, o ideal de união afectiva, a possibilidade de trocas, sem receio de perda nem necessidade de proveito, o sentimento amoroso, a diferenciação sexual e a sua vivência, como ainda capacidade de estabilidade nas trocas relacionais. É ainda de relacionar a diversificação dos interesses da criança, após o período de desenvolvimento genital, particularmente aos níveis social, cultural, educativo-escolar, portanto no desejo de aprender, etc., e possibilitada particularmente com as elaborações genitais, com desenvolvimentos posteriores das comunidades humanas como a invenção da escrita, que iniciou o período histórico da humanidade, que terá possibilitado uma melhor e mais diversificada transmissão de conhecimentos, e assim como outras invenções, descobertas e desenvolvimentos que ocorreram desde essa época. Vendo, então, esta repetição ontogenética na filogenia e de padrões filogenéticos na ontogenia, temos que, de acordo com o já referido, em particular, maior dependência histérica de estímulos, com a histeria mais tipicamente feminina, também com a identidade de percepção menos evoluída do que a identidade de pensamento, e associação entre a mulher e a criança, já referida, e a aproximação referida anteriormente do histérico em relação a outros animais, dir-se-á que a mulher, histérica, em particular, e os histéricos, em geral, ter-se-ão fixado filogeneticamente em pontos mais regredidos do que o homem, obsessivo, em particular. Para além do acrescento do paralelo entre o gatinhar da criança e o gatinhar de primatas e o começar a andar do bebé com o surgimento do bipedismo no homem, acrescente-se também aqui ao artigo da Antropologia psicanalítica, já referido, a oralidade, que enquadra-se na perspectiva introjectiva acentuada no bebé, no desenvolvimento precoce, numa maior voracidade oral, mas também visual, auditiva, etc., que posteriormente vai contribuir para o desenvolvimento de associações sensório-motoras, importantes evolutivamente nos esquemas sensório-motores, no desenvolvimento do indivíduo. Isto, ontogeneticamente. Filogeneticamente, ter-se-á a perspectiva daquela voracidade oral, visual e auditiva, em particular em animais não humanos, e seus antepassados, comuns e não comuns, com a já referida maior dependência de estímulos externos, no enquadramento da teoria da evolução. É ainda de relacionar o evento da descoberta do fogo com a diminuição do progmatismo hominídeo, o diminuir do queixo e maxilar, já que a comida cozinhada não faz tanto apelo aos mesmos, o que terá levado a uma deserogeneização da oralidade, permitindo a erogeneização de outras zonas erógenas, como o ânus, em sequência. No contexto, seria de verificar a existência de maiores ou menores vestígios arqueológicos de fogueiras, perto ou longe das cavernas, pressupondo-se aqui que os vestígios mais antigos estarão mais longe das cavernas. Com isto dito, perspective-se que a histeria, mais tipicamente feminina, tem uma organização básica oro-fálica, enquanto que a obsessão, mais tipicamente masculina, tem uma organização básica anal, que será uma organização básica analo-genital, considerando-se a maior presença no homem, particularmente obsessivo, da internalização da lei do pai, do limite, no transmitir de que o filho não pode ter a mãe, possuí-la [ Freud, citado por Silva ( 2014 ) ], o que se pode ver no obsessivo, por exemplo, na importância para o mesmo de regras, e que será numa linha mais genital, e com verdadeira triangulação. Na mulher, as relações homossexualizadas entre filha e mãe, nas relações sociais particularmente sexualizadas entre mulheres, estarão numa linha pré-edipiana, cuja fixação impedirá a passagem para a verdadeira genitalidade, já que não haverá aquela internalização da lei do pai, em que a rapariga sente que pode possuir a mãe, como já referido, não desenvolvendo verdadeiros limites, em que não haverá também o limite em relação a possuir o pai, em particular, no catar sexual feminino, ou o sentimento psicológico paroxisticamente orgástico de estar a possuí-lo, nas características fisionómicas próprias da mulher, em que a própria lei da mãe quanto a não possuir o pai deixa de ser válida, por aquelas relações homossexualizadas já referidas, não dando credibilidade a uma lei da mãe. Isto no quadro do amor à mãe, pré-edipiano, e ódio ao pai, que será mais edipiano, pela triangulação relativa, mas num contexto particularmente incestuoso, não se atingindo a verdadeira triangulação. Ora, também neste sentido, com a histeria numa linha oro-fálica e com a obsessão numa linha analo-genital, teremos a histeria menos evoluída do que a obsessão. Ora, quanto ao oro-falismo da histeria, perspective-se o acrescento feito anteriormente quanto à oralidade, para nos darmos conta da maior precocidade da organização filo-ontogenética da histeria, em relação em particular ao homem histérico e mulher histérica, principalmente com a histeria mais tipicamente feminina. Esta maior precocidade da mulher histérica, ou da histeria, estará no quadro evolutivo, particularmente filogenético, da maternidade humana, e sua necessidade, em que está fixada mais regredidamente para dar conta das relações identitárias entre mão e filho, ou entre adultos e crias, na relação dual precoce, na maternidade, já que o bebé nesta evolução precoce vai desenvolvendo precisamente estes aspectos mais regredidos, ou mais precoces, na evolução. Veja-se, por exemplo, Masson & Sehnem ( 2014 ), que indicam que o estado puerperal é considerado pela literatura um estado mental alterado, muitas vezes causador de uma psicose, em que teríamos, então, pelo descrito, um enquadramento borderline, histero-psicótico, tendo-se ainda em conta a histeria como sendo mais tipicamente feminina e de ser a mulher, precisamente, elemento crucial na maternidade e puerpério, em que temos, pois, mais atestadamente e referencialmente, funcionamentos a níveis mais regredidos e relacionados com a maternidade, com frequentes psicoses, então, derivando da relação fusional psicótica com o feto e o bebé. Ainda enquadrando esta maior precocidade da mulher, ou histérica, em particular, naquilo que diz respeito às relações identitárias mais acentuadas entre mãe e bebé, e da sua necessidade evolutiva, realçando-se a possibilidade de sentimentos regredidos, temos o líquido vaginal feminino, associado à excitação sexual e ao orgasmo, nas relações sociais particularmente sexualizadas das mulheres, e no seu dia-a-dia, que eventualmente molha a cueca, em que a mulher se sentirá molhada na cueca, no seu dia-a-dia, relacionando-se isto, então, identitariamente, com o facto de o bebé habitualmente urinar, e defecar, nas fraldas, sentindo-se, em particular, molhado. Esta relação promoverá maior aproximação identitária entre a mulher, enquanto mãe, e o bebé, e estará enquadrada na necessidade evolutiva, já referida, de a mulher se identificar com o bebé, com a cria, que terá contornos de promover a estabilidade e desenvolvimento da espécie, em termos de criação após a procriação, fomentando a continuação da espécie, através do reforço da maternidade. Também na comparação mais regredida entre homem e mulher, temos a asserção da Psicologia de que as raparigas amadurecem mais cedo, mais rápido, do que os rapazes, podendo isso ver-se nas relações amorosas e sexuais adolescentes, em que há um sistema de equilibração em que rapazes mais velhos entabulam relações com raparigas mais jovens, em que podíamos comparar a maior precocidade do amadurecimento feminino em relação ao homem com a maior precocidade de amadurecimento de vários animais, em particular, mamíferos, em relação ao ser humano, em geral. Temos, pois, maior aproximação da fêmea humana em relação a vários outros animais. Também regredidamente temos a importância habitual que a mulher em geral atribui ao aspecto externo, a roupas, e ao tipo de cores usadas nas mesmas, fazendo maior conjunto ou não das diferentes peças de roupa, porquanto no homem não há tanto essa importância, em que, portanto, há maior associação dessa importância na mulher com a importância das cores para crianças e bebés, em que temos, por exemplo, os brinquedos habituais de cores bem distintas e realçadas. Ainda nesta linha, atente-se às considerações de S. Freud ( 1924 ), em Três Ensaios Sobre a Teoria da Sexualidade, sobre a sexualidade perversa polimorfa, em que ele diz que a média das mulheres comporta-se perante o sedutor como as crianças, ao nível comunal de se constituirem enquanto perversos polimorfos, indicando ele que quanto menos influências as mulheres sofrem da civilização mais conservam a sua fixação numa disposição perversa polimorfa. Vemos, pois, esta predisposição da mulher para uma sexualidade perversa polimorfa semelhante à criança. Pelo dito, pressupõe-se também que evolutivamente, filogeneticamente, ou filopsiquicamente, a histeria terá surgido primeiro do que a obsessão, em que temos, por exemplo, a histeria capitalista mais coerentemente associada ao patronato, do étimo pater, pai, e a obsessão comunista mais coerentemente associada ao proletariado, do étimo prole, filho. Quanto àquelas fixações mais precoces, mais regredidas, na histérica, orais e fálicas, e quanto à necessidade da maternidade, como referida, é de pensar que futuramente essa necessidade e desejo poderá ser menor, se considerarmos o surgimento e desenvolvimento do fenómeno da clonagem, de no futuro a pessoa poder clonar-se a si própria, em que teoricamente, e potencialmente, estamos a falar da imortalidade de cada indivíduo, com o desenvolvimento de técnicas de clonagem biológica, já em existência, e com tendências para serem aperfeiçoadas, e de técnicas, vai-se já falando, de clonagem da personalidade, de emoções, de pensamentos, memórias, etc., com downloads e uploads envolvidos. Se considerarmos em termos históricos, os tempos recentes foram trazendo uma cada vez maior desassociação da mulher relativamente à maternidade, e uma maior desassociação entre prazer sexual e procriação, e o que acabei de descrever irá também nesse sentido, embora tenhamos o líquido vaginal da excitação sexual associado à maternidade. Um dos pontos que se devem realçar é a consideração mais ou menos inconsciente ou consciente do sentimento relacional particular sentido pela mulher da menor evolução em relação ao homem, no quadro do já descrito, e o desejo de evoluir, que, no também já descrito, envolverá a diminuição gradual do desejo de maternidade, e isto individualmente, grupalmente, societalmente e em termos de espécie. Finalizo, em significados mais políticos, para considerar o capitalismo histérico um atraso civilizacional, em termos humanos e psicológicos, tendo-se a perspectiva de futuro, no âmbito dos desenvolvimentos revolucionários da clonagem, da necessidade da diminuição da importância atribuída à maternidade, promovendo o desenvolvimento feminino, masculino e da espécie, em geral, em sociedades mais progressistas. Isto ao nível da emancipação sexual da mulher, que vai sendo realçada pela pílula anticonceptiva e pelo aborto, aspectos considerados mais aversos por sistemas capitalistas e fascistas, particularmente devido a influências religiosas, sendo esses mesmos aspectos defendidos por sistemas mais progressistas, como o comunista. Bibliografia Freud, S. ( 1924 ). Três Ensaios Sobre a Teoria da Sexualidade. Edição “ Livros do Brasil “ Lisboa Houzel, D., Emmanuelli, M. & Moggio, F. ( Coord. ) ( 2004 ). Dicionário de Psicopatologia da Criança e do Adolescente. Climepsi Editores Laplanche, J. & Pontalis, J. B. ( 1990 ). Vocabulário da Psicanálise. Editorial Presença Masson, L. & Sehnem, S. ( 2014 ). O infanticídio decorrente da psicose pós-parto in psicologado.com/atuação/psicologia-juridica/o-infanticidio-decorrente-da-psicose-pos-parto, consultado em 22/05/2014 Resende, S. ( 2007 ). Antropologia psicanalítica: filogenia e ontogenia in www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 29/03/2007 --------------- ( 2012 ). Etologia e filopsiquismo in www.psicologado.com ( proposto a 01/2012 ) -------------- ( 2014 ). Identidade de percepção e Identidade de pensamento in www.psicologado.com ( proposto a 04/2014 ) --------------- ( 2014 ). O sonho e as identidades de percepção e de pensamento in www.psicologado.com ( proposto a 04/2014 ) Silva, J. ( 2014 ). A psicodinâmica da família como um possível sintoma da contemporaneidade in psicologado.com/abordagens/psicanalise/a-psicodinamica-da-familia-como-um-possivel-sintoma-da-contemporaneidade, consultado em 18/05/2014

publicado por sergioresende às 12:27
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Terça-feira, 1 de Julho de 2014

" Alarme " histérico no contexto exopsicológico

“ Alarme “ histérico no contexto exopsicológico

 

Elaborando sobre as reacções histéricas humanas enquanto relacionadas com as reacções de outros primatas, consideram-se as mesmas como um sinal de aviso, enquanto um “ alarme “ histérico para os outros humanos, e isto no contexto exopsicológico.

 

Assim, em termos de comparação, equacionam-se, observadamente, as reacções de alarme por parte de vários primatas, como vigias, em particular, relativamente à aproximação de sinais de perigo, de possíveis inimigos, em que essas reacções são denotadas por altas vocalizações, de bocas muito abertas, agitação motora, com exuberância de comportamentos, com as reacções do comportamento humano ao nível do histerismo, como o riso histérico, com sonoras vocalizações, com verborreia, bocas mais abertas, com exuberância de comportamento, com maior agitação motora, do que no obsessivo, em particular. Vejam-se, para mais, as referências em O riso e o sentimento de aceitação divina ( Resende, 2014 ), da relação entre feições faciais de primatas e riso e risada nos humanos. As indicações são de um blogue, na revista de psicologia estado-unidense, Psychology Today, e autorado por Gil Greengross, com o título The Long-Lasting Effect of a Smile, publicado em 18 de Abril de 2011. O autor diz-nos que nos primatas, há duas expressões distintas que são consideradas homólogas do sorriso e riso humanos. Assim, a amostragem silenciosa de dentes a descoberto é equivalente ao sorriso humano e parece servir como uma função de apaziguamento ou como um sinal de submissão após uma luta. A boca aberta relaxada equivale à risada humana e está mais relacionada com o comportamento de brincar. Ambos os tipos são encontrados em numerosos e distantes primatas e, segundo o autor, significarão provavelmente a origem evolutiva do sorriso e risada humanos. Do meu artigo do riso, agora referido, temos ainda a referência de Charles Darwin, em A expressão das emoções no homem e nos animais, que nos diz que facilmente o sorriso passa ao riso.

 

Assim, pressupõe-se que as reacções histéricas humanas estão relacionadas, e derivam evolutivamente, com aquelas reacções de alarme de outros primatas, ficando-se com a noção da histeria como uma reacção de alarme para os restantes humanos, como sinal de aviso para os restantes humanos.

 

Considere-se, agora, sobremaneira, o meu artigo Correlatos exopsicológicos do comportamento humano ( Resende, 2013 ), para destacar a permeabilidade do histerismo em relação à presença alienígena na Terra, em particular em relação a uma invasão não benevolente.

 

Aí, refiro-me ao meu artigo Visão exopsicológica da Terra, onde desenvolvo a ideia das formas geológicas dos continentes na Terra como uma mensagem alienígena, e estabelecidas através de terraformação, tendo formas antropomórficas. Deste modo, temos, por exemplo, a bota de Itália e a cara de Portugal, e ainda outros, que constituirão factos geopsicológicos, ou seja, formas geológicas com influência psíquica. Interessa-nos, sobremaneira, o exemplo dos Estados Unidos da América, que relacionam-se com uma mão, com o polegar na Flórida, e com a zona do mindinho ser já pertença do México, o que constitui um aspecto castrativo. Temos, também, a América do Sul, com a costa Pacífica semelhante a uma coluna vertebral, e teremos o Brasil representando a gravidez. Há ainda o pormenor da América Central e a Amazónia, na América do Sul, representarem a placenta, com o realce nutritivo da Amazónia constituir-se enquanto “ pulmão “ da Terra, representando bem a sua relação com o aspecto nutritivo da placenta. Já a zona mais a sul da América do Sul identifica-se com a vagina, enquanto que África constituir-se-á enquanto um pénis, com os testículos na África Ocidental. Pelo dito, teríamos, então, o pénis e a zona vaginal relacionados com a gravidez. Numa análise mais política que pode ser feita, o facto de África ter sido colonizada por sociedades imperialistas e o facto de os Estados Unidos da América ser uma sociedade imperialista, enquanto superpotência actual, dir-se-á que, geopsicologicamente e exopsicologicamente, haverá na história da Humanidade uma espécie de masturbação histórica, e não um coito, mais genital, entre o pénis de África e a vagina da zona sul da América do Sul. Isto pelos sucessivos impérios na história da Humanidade e a relação entre a mão dos Estados Unidos e o pénis de África. Relacionando estas indicações com o Brasil, tem havido uma gravidez histérica, o que se pode relacionar com as sociedades histéricas capitalistas, particularmente no âmbito do capitalismo global. Importa, sobremaneira, aqui referir, e comparar, as características histriónicas, particularmente na linguagem, dos Estados Unidos da América e do Brasil, relativamente às suas ex-potências colonizadoras, Inglaterra e Portugal, respectivamente. Avança-se aí, então, que uma especulação exopsicológica que se pode fazer é a de, em sociedades particularmente histéricas, haver algum índice de colonização, particularmente, por parte de entidades e civilizações extraterrestres, podendo nós intuir que quanto mais acentuado for o histerismo maior índice de colonização haverá.

 

Ainda se refere, no artigo dos Correlatos, que as intervenções alienígenas, ao nível do histerismo, também se podem relacionar com o avençado no meu artigo Claustrofobia histérica: por trás do trauma das abducções alienígenas. Nesse artigo, indico que as reacções dos sujeitos, traumáticas, em relação à presença de alienígenas no quarto dos mesmos, aquando das abucções, são reacções histéricas, já que os mesmos sentem os alienígenas como perto demais. Esta noção é baseada noutro artigo meu, A claustrofobia enquanto perturbação histérica, no qual avanço que o histérico lida melhor com fenómenos agorafóbicos, já que se dá bem com ausência de estímulos referenciais, e é de pior lide com fenómenos claustrofóbicos, já que se dá mal com a presença de detalhes referenciais, com excessivas referências, que são sentidas como perto demais. Temos, pois, outro correlato exopsicológico ao nível do histerismo.

 

No artigo dos Correlatos, também ao nível da histeria, faz-se referência a outro artigo meu, Exopsicologia e a depressividade planetária, para se considerar outra influência alienígena no comportamento humano. Diz-se aí que ocorrerão transferências de energia, particularmente bosónica, entre indivíduos borderline e depressivos. Considerando o bosão de Higgs, uma partícula que permite a outras partículas elementares estarem no mesmo local, no mesmo estado quântico, interessa-nos saber que a interacção dessas outras partículas com o campo de Higgs fornecerá a massa às mesmas, tendo em conta que aquela característica referida faz aproximar o bosão de Higgs das características do borderline, com duas organizações de personalidade simultaneamente. Realça-se aquela aquisição de massa na sua relação com o depressivo e/ou deprimido, que terá mais características relacionadas com a gravidade, com o abatimento característico relacionado com a acentuação do campo gravitacional. Indica-se, então, que a transferência de energia bosónica entre borderlines e deprimidos e/ou depressivos humanos será feita por alienígenas, para de algum modo poder melhor acomodar a sensação de gravidade sentida por extraterrestres, que provenham de planetas com gravidade diferente da da Terra. Mais se indica, que considerando a crescente expansão do fenómeno borderline e também da depressão nas sociedades modernas, particularmente no âmbito do capitalismo global contemporâneo, associando ainda o capitalismo ao histerismo, hipotetiza-se que aquela transferência de energia mais se fará em sociedades particularmente histéricas, no enquadramento borderline, ou seja, na linha histero-psicótica, e não tanto na linha obsessivo-psicótica. Conclui-se, então, que, dada aquela crescente expansão referida, e a transferência energética, há a plausível hipótese da presença cada vez mais maciça de alienígenas na Terra.

 

Importantíssimo, é agora considerar a referência exopolítica, em www.exopolitics.com, de Michael Salla, da situação nos Estados Unidos, sociedade predominantemente histérica, num enquadramento borderline, com influência global, com a governação secreta ali, e com pretensão de governação a nível planetário, de uma raça alienígena imperialista. Esta referência é relativa a documentos apresentados pelo famoso mundialmente Edward Snowden, denunciante ex-funcionário de uma agência secreta estado-unidense, a NSA. Quanto a esta presença de um império alienígena na Terra, em particular nos Estados Unidos, com pretensão de governação global, é de referir, quanto à mensagem alienígena derivada da terraformação, mencionada anteriormente, o facto geopsicológico de que o continente europeu está em posição de submissão, relativamente à América do Norte, o que, pelo já descrito, nos indica uma mensagem subliminar de submissão dos terráqueos em relação a esse império alienígena, como a outros impérios.

 

Destacando novamente aquela gravidez histérica referida e a permeabilidade do histerismo em relação à presença alienígena não benévola na Terra, diríamos que esta permeabilidade indica-nos que o alarme histérico, como considerado anteriormente, ou reacção de alarme histérico, tem perdido ou vindo a perder a função de aviso de perigo em relação à presença não benévola de alienígenas na Terra. Podíamos enquadrar aqui a história de Pedro e o Lobo, em que repetidamente Pedro gritava que estava um lobo na aldeia, sendo sempre falso alarme, e quando estava mesmo, e Pedro gritou, ninguém na aldeia ligou, com o perigo evidente, relacionando esta história com a influência global da cultura de Hollywood, de filmes desde há várias décadas com a mensagem massificada do perigo de uma invasão alienígena, como que trivializando e banalizando o eventual perigo real, podendo dizer-se que terá havido uma “ sedação “ do referido alarme histérico, já que, dada a facilidade de deslocamento do afecto entre representações do histérico, terá havido afecto mais distribuído entre as representações imagéticas e culturais, menosprezando-se o afecto do perigo real.

 

Dado o considerado até aqui, temos que, no contexto das sociedades histéricas capitalistas particularmente hedonistas, as reacções histéricas aproximam-se mais do sinal de submissão após uma luta, em que o redireccionamento da agressividade, do apaziguamento, através do riso, é exageradamente ineficaz, considerando a relação estabelecida anteriormente entre riso e submissão, nos primatas.

 

É de dar ainda um exemplo, que se relaciona em particular com a influência linguística, e correspondências conceptuais, no psiquismo humano. O exemplo é relativo a uma plausível influência, controlo, por parte de raças extraterrestres, podendo mesmo ser aquela revelada por Snowden, já referida, na linguagem humana, com outras influências a nível comportamental em particular, com consequências globais, utilizando-se aparelhos psicotrónicos e tipo HAARP, como descrito em Exopsicologia e o HAARP ( Resende, 2011 ), com controlo à distância de comportamentos, emoções, pensamentos, etc.. Temos, pois, a associação que é feita a nível global entre o Brasil, onde se dará a tal gravidez histérica, e o futebol, com manifestações de massas mais de nível histérico em relação ao mesmo futebol, considerando-se que o Brasil é precisamente o país do mundo com mais títulos mundiais de futebol, a nível de selecções nacionais. Tenha-se ainda presente que é vulgar entre o brasileiros chamar às equipas desportivas de time e de timão, com a tentativa, digamos assim, de abrasileirar, no português do Brasil, o termo inglês team, significando equipa. Repare-se que time também corresponde a tempo, sendo a sua tradução. Se tivermos em conta que as tendências expansionistas espaciais correspondem mais a sociedades histéricas matriarcais capitalistas, e seu extremo fascismo, temos, por contraponto, tendências expansionistas temporais, como se vê, por exemplo, pelo lema comunista Até à Vitória, Sempre!, em sociedades comunistas, mais obsessivas. Considere-se, neste contraponto, a oposição ideológica e política entre capitalismo, e fascismo, e comunismo, e a asserção da Física de tempo e espaço terem sinais opostos, como podemos ver em Viagens no Tempo no Universo de Einstein, de Richard Gott III             ( 2001 ).

 

Ora, tendo nós que o desporto ritualiza aspectos da natureza humana como a agressividade, ou, por exemplo, a estratégia defensiva e/ou ofensiva, e a tal gravidez histérica associada ao Brasil, temos o fenómeno histérico de massas associado ao futebol, em que, pelo dito, teremos como consequência a histerização de time, e a diminuição das tendências obsessivas associadas ao tempo, e uma tendência contrária ao comunismo obsessivo, e às suas tendências expansionistas temporais. Como dito, nesta perspectiva, aquele domínio do Brasil, a nível de selecções, implicará que os jogadores do Brasil, e de outras selecções, ao longo da história, terão vindo a ser controlados por aparelhos psicotrónicos e de tipo HAARP. Assim, considerando o já dito, acerca da permeabilidade do histerismo a invasões e infiltrações alienígenas, e do revelado por Snowden acerca do domínio nos E. U. A., e com pretensões globais, de uma raça extraterrestre imperialista, faz sentido o descrito aqui, no sentido de atacar e de diminuir a influência do socialismo, do comunismo, nas populações, já que não será do interesse desse tipo de raça, e das pretensões de invasão e infiltração.

 

Temos aqui, pois, o alarme histérico a ser avariado, digamos assim, através do desporto, do futebol, considerando-se que sistemas mais progressistas, mais socialistas, mais comunistas, controlarão melhor as tendências imperialistas espaciais de raças extraterrestres, ou são mais incompatíveis em relação às mesmas. Acrescente-se, em relação ao Mundial de futebol do Brasil 2014, e relacionadamente, que o mascote escolhido para esse Mundial representa o animal armadilho, em português, armadillo, em inglês, o que nos faz pensar, no contexto do descrito até aqui, em armadilha, podendo ainda ser considerado que o armadilho pertence à família dos tatu-bolas, em português do Brasil, o que nos faz pensar na relação entre a palavra tabu e bola, o que é coerente no contexto do descrito até aqui. Isto é latentemente. Manifestamente, a mascote tem o nome Fuleco, que surgirá da união das palavras futebol e ecologia ( Wikipédia ), o que, contrariamente àquela latência, aponta para considerações idealizadas, de linha positiva.

 

Para mais se ver associação entre desporto, futebol, em particular, e fascismo, veja-se o seguinte.

 

Considerando as dificuldades socio-laborais de trabalhadores em empresas multi-nacionais, transnacionais, com maiores facilidades de serem despedidos, por exemplo, despedimentos colectivos, ou, importantemente, o medo disso acontecer, com agudização emocional e social envolvidas, isto traduzir-se-á por um sentimento de se sentirem estrangeiros na sua própria terra, no seu próprio país, no sentido da violência social dirigida a estrangeiros, emigrantes, que acontece amiúde, tendo nós o exemplo das directivas comunitárias da União Europeia de flexibilização laboral, facilitando os despedimentos, no contexto da integração capitalista europeia.

 

Ora, os atletas de alta competição, em particular os futebolistas, que jogam, exercem a sua profissão fora do país de origem, no estrangeiro, e com sucesso, ganhando milhões ou muitos milhares, estarão no topo de uma hierarquia socio-económica, relativamente às massas, e serão particulares alvos de identificação por parte dos indivíduos das massas, particularmente por parte daqueles trabalhadores de multi-nacionais, em que estes desejarão ter os rendimentos daqueles jogadores. Ora, isto enquadrar-se-á nas relações identitárias descritas por Wilhelm Reich ( 1976 ), em Psicologia de Massas do Fascismo, quando ele fala que, na psicologia de massas do fascismo, o Zé-Ninguém, ou os indivíduos das camadas socio-económicas, neste caso, mais baixas, se identifica com o General, neste caso, os jogadores no topo socio-económico, ou têm um sentimento inconsciente, relativamente irracional, de que são eles próprios o General, o que nos levaria, em termos identitários, a considerações do fenómeno histérico de massas que é o futebol, um pouco por todo o mundo, podendo nós dar o exemplo do fenómeno de Cristiano Ronaldo, em particular em relação a Portugal e aos portugueses.

 

Reich ( 1976 ) diz mais, nesse seu livro, que, na psicologia de massas do fascismo, os indivíduos das massas que se identificam com o general, com o líder, que será neste contexto o jogador de futebol que tem sucesso no estrangeiro, querem a liberdade, desejam a liberdade, mas não querem assumir a responsabilidade que ela implica, responsabilidade essa que, para seu próprio interesse, levaria a uma dupla medida, de reduzir a influência de multinacionais e de facilitação de despedimentos, como no caso da integração capitalista europeia, através de tender politico-ideologicamente para a esquerda, com mais influência do Estado, através do voto, em particular, e ainda de exigir publicamente e associativamente a redução acentuada dos rendimentos desses jogadores, pelas diferenças abismais relativamente aos demais trabalhadores, trabalhando-se a redução do sentimento do desejo irrealista de ter esse tipo de rendimentos, trabalhando-se no todo na redução de tendências reacionárias fascistas.

 

Continuando, ainda em relação ao alarme histérico no contexto exopsicológico, num cenário pós-contacto, é de destacar o meu artigo Teoria do Tudo em Psicologia e exopsicologia enquanto relacionadas com a agorafobia e com a claustrofobia                  ( Resende, 2014 ), onde também me baseio nos artigos já mencionados e brevemente resumidos no presente artigo, Claustrofobia histérica: por trás do trauma das abducções alienígenas e A claustrofobia enquanto perturbação histérica. Assim, no artigo destacado, considero que em termos exopsicológicos, podemos enquadrar a claustrofobia num sistema histérico, para termos presente que a vivência dos humanos histéricos na Terra, em relação a seres extraterrestres vindos do restante Cosmos, é sentida claustrofobicamente, em que esses seres são sentidos como perto demais. Temos, então, que num sistema histérico como o estado-unidense haverá a referida vivência claustrofóbica em relação a seres extraterrestres, em que teremos, pois, uma fobia relativamente a esses seres. Acrescente-se aqui que a xenofobia manifestada amiúde num sistema capitalista, mas muito particularmente no seu extremo, fascismo, indica-nos a vivência fóbica relativamente ao estranho, ao outro, diferente. Daquele artigo destacado, continua-se, para enquadrar o dito com a caracterização da histeria de angústia, que Laplanche & Pontalis, em seu Vocabulário da Psicanálise, fazem. Eles indicam que a histeria de angústia desenvolve-se cada vez mais no sentido da fobia, realçando que nesta histeria o deslocamento para um objecto fóbico é secundário ao aparecimento de uma angústia livre, não ligada a um objecto, pressupondo eu, então, que há um fundo de angústia num sistema histérico como o estado-unidense, que depois é deslocado sobre os seres extraterrestres, e isto, intui-se, num quadro histérico de massas, que poderá eventualmente dar origem a uma caracterização de pânico relativamente a seres extraterrestres.

 

Finalizando, dadas as considerações feitas neste artigo, dir-se-á que a melhor defesa em relação a uma presença não benévola de alienígenas na Terra, passará por uma deshisterização do alarme, já que o mesmo terá sido banalizado, com tendências alármicas mais obsessivas, com maior influência sobre este assunto de sociedades mais tipicamente obsessivas, com tendências mais progressistas, mais socialistas, não fomentando reacções de pânico fóbico ou diminuindo sobremaneira o mesmo. Ou seja, dever-se-á dar mais atenção a avisos menos histéricos e mais obsessivos, menos emocionais e mais serenos, mais racionais, considerando a maior facilidade de deslocamento do afecto entre representações no histérico, que facilitará o pânico referido, utilizando, sobremaneira, mecanismos mais obsessivos como o juízo de condenação, com adiamento da gratificação e ajuizamentos menos extemporâneos.

 

 

Bibliografia

 

Gott III, R. ( 2001 ). Viagens no Tempo no Universo de Einstein. edições quasi

 

Reich, W. ( 1976 ). Psicologia de massas do fascismo. Publicações Dom Quixote ( Edição original, 1933 )

 

Resende, S. ( 2011 ). Exopsicologia e o HAARP em www.psicologado.com ( proposto a 12/2011 )

 

--------------- ( 2013 ). Correlatos exopsicológicos do comportamento humano em www.psicologado.com ( proposto a 09/2013 )

 

--------------- ( 2014 ). O riso e o sentimento de aceitação divina em www.psicologado.com ( proposto a 01/2014 )

 

--------------- ( 2014 ). Teoria do Tudo em Psicologia e exopsicologia enquanto relacionadas com a agorafobia e com a claustrofobia em www.psicologado.com             ( proposto a 04/2014 )

 

 

Referências de Internet

 

Snowden Documents Proving “ US-Alien-Hitler “ Link Stun Russia em www.exopolitics.com, com link para english.farsnews.com/newstext.aspx?nn=13921021000393, consultado em 07/05/2014

 

Wikipédia. Fuleco em pt.wikipedia.org/wiki/Fuleco, consultado em 01/06/2014 

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Quinta-feira, 7 de Março de 2013

O recalcamento histérico e a Sombra

Compara-se o recalcamento, particularmente no âmbito histérico, e a Sombra, conceito Junguiano, para depois estabelecer que ambos estão relacionados, utilizando noções como a sobrecompensação da Sombra anal.

 

Temos, antes de mais, o recalcamento, típico e predominante no histérico, como recalcando aquilo que é indesejável ao sujeito ( Laplanche & Pontalis, 1990 ), particularmente naquilo que diz respeito a ele próprio. Ora, a Sombra, enquanto arquétipo, está relacionada com aquilo que o sujeito não aceita em si [ Jung ( 1988 ), Shultz & Shultz ( 2006 ) ].

 

Consideremos, agora, o artigo Características sobrecompensatórias das fases psicossexuais da Máscara e Sombra da histeria capitalista ( Resende, 2010 ), ou seja, a Sombra no âmbito histérico capitalista. Ela está sobretudo associada à sobrecompensação da fase anal. Para além do histérico caracterizar-se em menor grau pela organização à volta da analidade, é de considerar, no histerismo capitalista, a importância do dinheiro na sociedade, enquanto objectivo último da mesma, perspectivando que o dinheiro tem caracterizações anais. Isto, porque o mesmo tem características transitivas, do que está fora e do que está dentro, e funcionará como meio de relação com o exterior. Ora, atendendo a outro artigo meu, a saber, Tendências psicológicas e medos futuros das sociedades capitalistas, é de compreender que as sociedades capitalistas baseiam a sua analidade num enquadramento religioso, com a divinização do dinheiro, particularmente com a sacralização da sexualidade feminina, o que levaria, em última instância, a uma paranoia anal. Esta baseia-se na utilização da sexualidade feminina para controlo do indivíduo e das massas. Para mais, haverá o medo da desmistificação das tradições judaico-cristãs e da sexualidade feminina, o que levará, em reacção, à mistificação desses dois elementos cruciais das sociedades capitalistas, particularmente cristãs. Haverá, assim, no contexto, uma sobrecompensação anal.

 

Tendo em conta que a Sombra está associada ao desconhecido e a medos associados ao desconhecido, dir-se-à que o histerismo capitalista, no seu enquadramento religioso e sacralizante, fará caracterizar uma Sombra histérica capitalista pela sobrecompensação anal, considerando-se, particularmente, que, de base, o histérico tem um menor desenvolvimento organizativo anal.

 

Ora, em corolário, teremos que o recalcamento histérico está relacionado com a Sombra anal, em que temos um recalcamento anal, portanto. Esse menor desenvolvimento à volta da organização anal, com sobrecompensação anal, ocorre, precisamente, porque funcionará um recalcamento anal. Em particular, há sobrecompensação da Sombra anal precisamente devido ao recalcamento anal, especialmente num contexto histérico.

 

 

Bibliografia

 

Jung, C. G. ( 1988 ). A prática da psicoterapia in Obras Completas de C. G. Jung, Vol. XVI ( tradução portuguesa ). Petrópolis: Editora Vozes. ( Edição original, 1971 )

 

Laplanche, J. & Pontalis, J. B. ( 1990 ). Vocabulário da Psicanálise ( 7ª edição )                  ( tradução portuguesa ). Editorial Presença

 

Resende, S. ( 2010 ). Características sobrecompensatórias das fases psicossexuais da Máscara e Sombra da histeria capitalista em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 29/11/2010

 

Shultz, D. P. & Shultz, S. E. ( 2006 ). Teorias da Personalidade ( tradução portuguesa ). Thomson Learning Edições

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Quarta-feira, 19 de Dezembro de 2012

O palhaço de circo e a depressividade histérica

Considerando, inicialmente, o circo, e a actividade dos palhaços, em particular, como representativo de aspectos humanos individuais e colectivos, faz-se, posteriormente, uma análise psicológica mais aprofundada dos palhaços, em que se identificam nos mesmos características femininas particulares, no contexto depressivo e histérico, realçando-se ainda a função social dos palhaços quanto à modulação da agressividade.

 

É de indicar, de início, a análise feita ao circo realizada por Yoram Carmeli, no seu artigo Circus play, Circus talk, and the Nostalgia for a Total Order ( 2001 ).  O autor, que passou quinze anos em trabalho de campo, num circo britânico, refere que a antecipação dos espectadores, do desempenho circense, de auto-referências, leva a antecipar uma exclusão particular, a exclusão de uma pessoa real fora das relações e fora do tempo real, mas, mais tarde, a percepção da actividade circense é de tal modo que engloba a sua totalidade, que inclui a totalidade das vidas fora do palco dos actuantes. Mais elaborando, Carmeli indica que o olhar fixo dos espectadores do circo conjura uma comunidade em que há uma ilusão de história e de biografia colectiva e pessoal, em que a história circense não desaparece depois do espectáculo. Ou seja, temos a actividade circense, e a dos palhaços, em particular, como representativo de aspectos humanos individuais e colectivos, ao nível da sociedade. Um exemplo desta última representatividade é a existência do palhaço rico e do palhaço pobre. Continuando, em particular, este autor refere-se à importância da actividade do circo no desenvolvimento da identidade humana e nas problemáticas que lhe estão relacionadas. Isto, quando diz ( p. 158 ): “ When a human body is played and perceptually objectivated, the ontological bases of human identity are experientially problematized. “.

 

É de relacionar, agora, estes aspectos com a particularidade de o circo, incluindo os palhaços, ser dirigido a crianças, mas executado por adultos, que reflectirão problemáticas que ao longo da vida cada indivíduo irá eventualmente encontrar e enfrentar. No caso dos palhaços, temos a agressividade, no contexto depressivo-histérico, a sexualidade feminina, ou mais geralmente, a psicossexualidade, como ainda características particulares da mulher, como a menstruação.

 

Assim, temos o falismo sobrecompensatório, que se poderá ver nos sapatos grandes do palhaço. Neste  contexto, são de referir duas notas. Primeiro são de notar os versos do famoso artista musical Prince, na célebre canção Kiss: “ Act your age, mama, not your shoe size “, indicando que a sobrecompensação fálica da mulher fá-la regredir ou estar fixada a um nível mais precoce, menos maduro. Para além disso, numa outra nota, refira-se o conto de fadas Gata Borralheira, tal como descrito por Bettelheim em Psicanálise dos Contos de Fadas ( 2006 ). Pode ver-se a associação entre o sapato e a sobrecompensação fálica, relacionada com o sentimento de perda do pénis                     ( sentimento descrito a seguir, quanto à angústia depressiva ), no exemplo, analisado pelo autor, de que não foi tanto o sapato que se ajustava ao pé que decidiu quem seria a noiva certa, mas antes o sangrar do pé no sapato que indicou quais eram as noivas erradas, o que se relaciona com a menstruação, associada em fantasia com o sentimento de perda do pénis, com o elemento sobrecompensatório no tamanho do sapato.

 

Para mais, continuando, temos a angústia depressiva, em que o nariz vermelho apontará para o cheirar particular do sangue menstrual, da própria, e das outras mulheres, angústia essa vivida, então, reflectindo a certeza da perda, no passado, mais ou menos precoce, do pénis, que indicará ao indivíduo uma perda de amor do objecto, já que este é considerado, pelo sujeito, responsável pela perda do pénis. Este aspecto do sangue menstrual, confirmador em fantasia da perda do pénis, estará na base da raiva narcísica que despoletará a agressividade, que é referida mais à frente quanto aos mecanismos anti-depressivos.

 

Há ainda o caso particular, por exemplo, da água a ser esguichada da flôr da lapela, como que a agredir o outro, o que nos remete coerentemente para a problemática do líquido vaginal a sair da vagina, no enquadramento da excitação sexual e seus clímaxes, representando a flôr, o cheiro desse líquido vaginal, e em que mais especificamente a saída da água da flôr, nos apontará para aquilo a que Coimbra de Matos, psicanalista português, refere quanto à personalidade depressiva, que é o de se constituir enquanto identidade em perda.

 

Quanto à relação entre depressividade e personalidade histérica, considerando o histerismo mais característico na mulher, ver, por exemplo, Angústia depressiva como enquadramento borderline da personalidade histérica ( Resende, 2012 ), em que indico, como já referido neste artigo, que particularmente o histérico caracterizar-se-à por uma angústia depressiva, pela certeza da perda do pénis, ou mais geralmente, da perda do amor do objecto, no passado, apontando-se, ainda, a batalha anti-depressiva relativamente sisífica, na luta precisamente contra a tal identidade em perda e contra o afundamento na depressão. Isto, particularmente, e sobrecompensatoriamente, pela promiscuidade sexual e verbalização externalizada agressiva, para que a agressividade introjectada anteriormente, que deu ao indivíduo o sentimento de perda do amor do objecto, não se vire mais contra o próprio.

 

É de relacionar esta externalização verbal agressiva e sobrecompensatória do histérico com as actuações habituais dos palhaços, em que, para além do esguichar agressivo da água da lapela, dão pontapés e chapadas nos outros palhaços, fazendo-os eventualmente cair, com o pormenor destas actuações corporais estarem relacionadas com a citação feita acima, onde se indica que a percepção objectivada do corpo humano promove a identificação humana nas suas problemáticas experienciais. Podemos referir, aqui, uma função social importante dos palhaços, que é a de, na infância, promover e satisfazer catarticamente a agressividade, através do riso, fenómeno facilmente identitário na infância, para que em posteriores fases da vida, a mesma esteja modulada, e possa ser utilizada, particularmente, a nível sublimatório, e não descompensadamente, como amiúde acontece.

 

No contexto, é de referir, num outro  ponto de vista cultural, no caso, cinéfilo, o filme It, de Stanley Kubrick, que representa a relação dos humanos com o além-Terra, ou, mais precisamente, o imaginário humano quanto à relação do além-Terra com os humanos. No filme, surgem seres extraterrestres, com a sua nave, que têm a particularidade de serem palhaços. Ora, os mesmos perseguem e torturam os humanos, agressividade esta que extrapola representativamente a actividade circense dos palhaços, só que de um ponto de vista mais tenebroso e assustador. Representará, precisamente, aquela descompensação agressiva referida anteriormente, já que o filme não é propriamente uma comédia, mas mais um filme de terror, com a agressividade representada pouco modulada.

 

Continuando a análise do palhaço circense, temos, para além disso, a vestimenta hiperbolizadamente garrida e excêntrica do palhaço, que reflectirá um exagero representativo da exuberância da indumentária pouco sóbria habitualmente existente no histérico e histérica.

 

Outra relação hiperbolizada, e representativa, entre o palhaço e a mulher, que se pode fazer, é a pintura exagerada do palhaço e a utilização de cosméticos faciais habitualmente associados à mulher. Isto, no contexto deste artigo, e intuitivamente, apontar-nos-à para uma agressividade inerente da pintura cosmética habitualmente associada à mulher. Para mais, a pintura cosmética da mulher apontará para algo que não é genuíno, e no contexto, indicará algo de acrescento, algo de mascarar, associando-se precisamente o sobrecompensatório ao mascarar cosmético, como por exemplo o pintar sobrecompensatório dos lábios de vermelho, sobrecompensatório por sentir-se diminuída sexualmente, pintura esta que Desmond Morris nos revela que indica excitação sexual, e que portanto, no contexto, e globalmente, nos elucida que essa mulher quer esconder a excitação sexual. O lip gloss, nos lábios, tão habitualmente utilizado entre raparigas e mulheres, e representando o transparente molhado da excitação sexual do líquido vaginal nos lábios vaginais, irá no mesmo caminho do sobrecompensatório mascarado, devido ao sentimento de diminuição sexual. Isto levar-nos-à a pensar nas características fisionómicas da mulher e da excitação sexual e capacidades multi-orgásmicas da mulher no dia-a-dia, revelando que a mulher, geralmente, quer, de algum modo, esconder a excitação sexual que será manifesto para quem esteja a observar. Este esconder mascarado estará associado à excitação sexual no dia-a-dia, característico de raparigas e mulheres, que é revelada particularmente pelo avermelhamento da face e pelos lábios tornarem-se mais vermelhos e carnudos, sendo claramente manifesto, portanto, e será essa falta de privacidade que as raparigas e mulheres quererão esconder.

 

Agora, num aparte, mas dentro deste contexto, repare-se como a pintura tipicamente egípcia, de o lápis no canto externo do olho subir, reflectindo, pois, uma sobrecompensação visual, está relacionada com a pirâmide ( daí o elo egípcio, para além da longa duração do império egípcio ), associada, por exemplo, a sociedades secretas, e que está desenhada nas notas de dólar, em que no topo da pirâmide, temos um olho aberto, que representará o olho que tudo vê. Este símbolo, patentemente sobrecompensatório, e que está associado por investigadores a um governo secreto, os Illuminati, composto por treze famílias, muito ricas e poderosas, que controlarão os destinos a nível global, da Terra, representa, precisamente, o símbolo, a influência subcompensatória a nível visual naqueles governados por este governo secreto, em que haverá uma tendência psicológica para ver menos, observar menos, o que se passa, o que tornará mais fácil o controlo particular das massas. Realce-se que esse símbolo da pirâmide no dólar, está precisamente incluído numa sociedade histérica capitalista matriarcal, como é a dos E. U. A., com a particularidade de o dólar ser actualmente a divisa que é a reserva mundial nas transacções internacionais. Mas repare-se que, quanto àquele controlo subcompensatório, estar-se-à a falar a nível manifesto, porquanto a nível latente indicará um sentimento por parte dos próprios Illuminati de se sentirem observados. Senão note-se. Os Illuminati invocam que são descendentes directos de seres extraterrestres que, no passado, terão interferido na evolução da espécie humana, indicando que isso lhes dá legitimidade de controlo sobre os restantes humanos. Dada esta importância, indica-se, aqui, que haverá por parte dos Illuminati um sentimento particularmente importante de se sentirem observados e, eventualmente, controlados, por esses extraterrestres.

 

Finalizando, pelo explanado, indicar-se-à o palhaço, em geral, como uma síntese de problemáticas femininas, em particular, como a sexualidade feminina, o característico falismo sobrecompensatório, a menstruação e a agressividade envolvida na depressividade histérica, e humanas, em geral. Ademais, generalizadamente, considera-se a função social do palhaço, como catarticamente modular a agressividade.

 

 

Bibliografia

 

Bettelheim, B. ( 2006 ). Psicanálise dos Contos de Fadas ( tradução portuguesa ). Bertrand Editora

 

Carmeli, Y. ( 2001 ). Circus play, Circus talk, and the Nostalgia for a Total Order in Journal of Popular Culture, Winter 2001, Vol. 35 Issue 3, p. 157, 8 p.

 

Resende, S. ( 2012 ). Angústia depressiva como enquadramento borderline da personalidade histérica em www.psicologado.com ( proposto a 12/2012 )

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Segunda-feira, 17 de Dezembro de 2012

Angústia depressiva como enquadramento borderline da personalidade histérica

Resumindo, inicialmente, o meu artigo Desenvolvimento da personalidade histérica para uma verdadeira estrutura de personalidade ( Resende, 2008 ), onde indico as características pseudo-genitais do histerismo, complemento essa ideia com a noção da angústia depressiva, que marcará mais a personalidade histérica do que propriamente a angústia de castração. Avanço ainda com algumas características que mais enquadrarão a personalidade histérica no fenómeno borderline.

 

Assim, enuncia-se a personalidade histérica enquanto organização pseudo-genital, sem uma verdadeira estrutura genital, portanto, com características pré-edipianas predominantes, como marcadas fixações e regressões oro-fálicas. É de indicar que segundo Bergeret ( 1997 ), a personalidade histérica é uma estrutura verdadeira de personalidade, com angústia de castração predominante, como ainda com recalcamento predominante. Nesse artigo, inicialmente referido, considera-se a observação clínica e quotidiana de histéricos, onde se desenvolve a noção da personalidade histérica como pseudo-genital. Para além de fortes fixações e regressões oro-fálicas predominantes, o recalcamento, como mecanismo de defesa predominante, indica um menor desenvolvimento da personalidade, já que o indivíduo histérico tende a não lidar conscientemente com as problemáticas que lhe são mais conflituais, ao contrário do mais evoluído juízo de condenação do obsessivo. Para além disso, muitas das características genitais que são apontadas, por exemplo, por Bergeret ( 1997 ), como reciprocidade, valoração do outro e constância objectal, não estarão presentes no histérico, se tivermos em consideração aquelas observações referidas. Edipianamente, considera-se, sobretudo, o pseudo-Édipo positivo, com a ambivalência homossexual pré-edipiana predominante, na rapariga e na mulher, que desenvolveu-se na relação pré-edipiana com a mãe.

 

Já para o presente artigo, tenha-se a noção de que o histerismo é mais característico em mulheres. Considere-se, sobretudo, que ao invés da angústia de castração, estaremos a falar, isso sim, de uma angústia depressiva, de uma angústia de certeza de perda do pénis, o que só vem a ser confirmado em fantasia pela menstruação, o que nos remete para uma angústia de perda de amor do objecto, já que em fantasia, o objecto terá sido responsável pela perda do pénis. A angústia de perda do amor do objecto implicará uma diminuição significativa da auto-valoração narcísica. Esta diminuição levará, por seu turno, à já referida desvaloração do outro, pois, num sistema de equilibração narcísica, desvalorizando o outro, o próprio será autoperspectivado a um nível mais valorativo, por precisamente o auto-narcisismo ser dimuído. Podíamos ver aqui, também ao nível das massas, a génese de sistemas xenófobos. Continuando, essa angústia referida será, pois, depressiva e fará enquadrar mais a personalidade histérica no fenómeno borderline, tendo em conta que este caracteriza-se, sobretudo, por desenvolvimentos depressivos. Esta angústia depressiva também caracterizará o homem histérico, em que falaremos mais em erecções fálicas sobrecompensatórias, já que haverá essa certeza de perda de amor do objecto, tal como sentido em fantasia, mentalmente, o que em conjunto com a histérica, que terá predominantemente orgasmos clitoridiano-fálicos sobrecompensatórios, e não tanto orgasmos vaginais, genitais, mais maduros, o que só aí nos indica o menor desenvolvimento do histerismo, nos remete, dizia, para o fenómeno da promiscuidade sexual característica nas sociedades histéricas capitalistas. Estaremos a falar, pois, em sobrecompensações anti-depressivas. Em particular, o homem histérico ter-se-à sentido diminuído oro e falo-narcisicamente, ou seja, com frustrações orais e fálicas, em que podemos ver a língua como um falo, tendo nós a mesma como síntese da frustração oro-fálica, o que nos fornece uma base interessante para os lapsos inconscientes de linguagem, com uma associação a uma maior ou menor intensidade verborraica, precisamente mais caracteristicamente histérica. Continuando, terá experienciado, portanto, situações a esse nível oro-fálico, em que terá sentido a perda do amor do objecto. Temos, então, quer no caso da histérica, quer do histérico, características carências afectivas.

 

O enquadramento do histerismo no fenómeno borderline poderá ser, por exemplo, consultado em A posição castrativa como complemento das posições modificadas de Melanie Klein ( Resende, 2010 ). Aí, desenvolvo a noção, relacionando a posição depressiva de Klein com a depressividade, de que a depressividade se caracterizará mais pela projecção do que pela introjecção. Isto é baseado na noção de que a economia depressígena básica, de afecto dado e não correspondido, terá características projectivas, já que o afecto é dado, é externalizado. É feito, ainda, o enquadramento da depressividade nos quadros borderline. Assim, tendo-se em conta as características projectivas referidas, considere-se a externalização verbal agressiva fálica, típica no histérico [ ver, por exemplo, Complexo de Anti-Cristo – Perspectiva Psicodinâmica ( Resende, 2007 ) ], podendo nós falar aqui em projecção histérica, de modo mais ou menos maciço. Um exemplo paradigmático da externalização verbal agressiva, típica no histérico, é o fenómeno das chamadas “ mean girls “, ou “ raparigas más “, típico na adolescência, nas escolas secundárias, particularmente em regiões capitalistas, em que habitualmente são feitos comentários pejorativos, denegridores, desvalorativos, etc., do outro. Continuando, mais classicamente, teríamos, pois, projecção maciça de características histéricas, ou dito de outra maneira, meios de relacionamento histéricos com bases psicóticas, o que caracterizará  a organização borderline.

 

Esta noção de projecção histérica é considerada por mim como um tipo de mecanismo de ataque, que em conjunto com o controlo histérico, são tidos como dois tipos base de mecanismos de ataque. Estes mecanismos de ataque contrapõem-se aos mecanismos de defesa, no sentido em que ao invés de se destinarem à defesa do ego, como os de defesa, destinam-se sobretudo à preservação de relacionamentos interpessoais e à preservação de fenómenos de massas [ ver Mecanismos de defesa e Mecanismos de ataque ( Resende, 2010 ) e Enunciação de Mecanismos de ataque         ( Resende, 2010 ) ]. Estas características enquadram-se bem com a sociabilidade típica do histérico. Já um tipo particular de projecção histérica será o ataque preemptivo, que podemos ver num exemplo relativamente a fenómenos de massas. Esse ataque preemptivo será feito, particularmente, por sociedades histéricas capitalistas, com o seu extremo, militarismo expansionista, em que num exemplo recente, terá sido feito com fundamentos falsos, em que, posteriormente, através desses fundamentos falsos, terá sido indicado que essas sociedades histéricas capitalistas estariam sob risco de ataque, o que levou, precisamente, como indicado a nível governamental, ao ataque externo para não ser atacado internamente. Em consequência, isso levou a um sentimento de insegurança a nível das massas, e a que as pessoas cedessem mais facilmente direitos cívicos a troco de segurança. Ora, isto remete-nos para outro mecanismo de ataque, que é o controlo histérico, pois, precisamente, terão sido utilizados fundamentos falsos para atingir o objectivo deste controlo das massas.

 

Quanto àquela externalização, projecção, verbal agressiva típica no histérico, é de considerar, no contexto da depressividade, a noção clínica da prévia introjecção de agressividade, particularmente em relacionamentos precoces, e a posterior agressividade voltada sobre o próprio. Assim, como já indicado exemplarmente em relação à promiscuidade sexual, teremos, aqui, a externalização agressiva como fenómeno anti-depressivo, na luta do indivíduo contra o afundamento na depressão.

 

Considerando a externalização verbal agressiva referida, característica do histérico, e num enquadramento borderline, é de referir, sobremaneira, a tendência para a sedução do histérico, que, relacionados os fenómenos, nos remete para o estilo de relacionamento clivado amor/ódio, típico dos relacionamentos borderline. Isto mais corrobora o enquadramento da personalidade histérica no fenómeno borderline.

 

É de realçar, pelo já dito, que as bases psicóticas, referidas, estarão relacionadas precisamente com a angústia depressiva, já que há uma angústia de certeza de perda do pénis, ou mais geralmente, de perda de amor do objecto, no passado mais ou menos precoce, o que em conjunto com o já dito sobre o histérico, nos remete para fortes fixações precoces e regressões a esse nível.

 

Deste modo, pelo explanado neste artigo, teremos, pois, a personalidade histérica bem enquadrada no fenómeno borderline, em que a mesma se caracterizará mais por uma angústia depressiva, com sentimento de perda do amor do objecto, consubstanciando o enquadramento referido, já que a linha depressiva, ou, os quadros depressivos são centrais no fenómeno borderline, havendo ainda as já indicadas fortes fixações e regressões a um nível precoce. Por isto, fundamenta-se a pseudo-genitalidade e a pseudo-estruturação da personalidade histérica, considerando-se, claro está, a organização borderline enquanto aestruturação.

 

 

 

Bibliografia

 

Bergeret, J. ( 1997 ). A personalidade normal e patológica. Climepsi Editores

 

Resende, S. ( 2007 ). Complexo de Anti-Cristo – Perspectiva Psicodinâmica em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 28/10/2007

 

Resende, S. ( 2008 ). Desenvolvimento da personalidade histérica para uma verdadeira estrutura de personalidade em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 30/12/2008

 

Resende, S. ( 2010 ). Mecanismos de defesa e Mecanismos de ataque em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 15/10/2010

 

Resende, S. ( 2010 ). A posição castrativa como complemento das posições modificadas de Melanie Klein em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 08/11/2010

 

Resende, S. ( 2010 ). Enunciação de Mecanismos de ataque em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 14/11/2010

publicado por sergioresende às 11:40
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Terça-feira, 4 de Dezembro de 2012

Relações espaço-temporais dos psemes e psitrões no contexto exopsicológico e da Teoria do Tudo em Psicologia

Resumindo-se aspectos relativamente aos psemes, enquanto unidades de evolução psicológica, e aos psitrões, partículas psicológicas suas constituintes, passa-se pela relação da Psicologia com a Física, no âmbito da Teoria do Tudo em Psicologia, para depois se estabelecer exopsicologicamente, que é indicativo do estudo da relação e do funcionamento mental, psíquico, entre seres humanos e seres e civilizações extraterrestres e/ou alienígenas, a relação, dizia, espacial e temporal dos psemes e psitrões.

 

Quanto aos psemes e psitrões, podem ver-se, por exemplo, os meus artigos Psitrões enquanto base dos psemes e suas relações com a histeria e a obsessão ( Resende, 2010 ) e A telepatia e suas relações com os psitrões enquanto base dos psemes              ( Resende, 2011 ).

 

Resumidamente, tenha-se a noção dos psemes enquanto unidades de evolução psicológica, enquanto unidades psicológicas de transmissão intergeracional. Os psemes são pensamentos inconscientes, constituídos enquanto complexos, ou conjunto de complexos, inconscientes, complexos enquanto conjunto de disposições psicológicas, psicologica  e significativamente relacionadas. Os psemes terão características Lamarckianas, no sentido dos complexos inconscientes poderem ser modificados durante a vida do indivíduo, com as modificações a serem transmitidas às gerações seguintes. Por seu lado, os psitrões serão partículas psicológicas que subjazem os psemes, da mesma maneira que inconsciente, ego e consciente se constituirão enquanto instâncias psíquicas. Relacionando os psitrões com a histeria e a obsessão, temos a histeria caracterizada por psitrões curtos e a obsessão por psitrões longos. Isto porque a tendência para a satisfação imediata do histérico tem por base psitrões que estariam associados à memória curta, daí o recalcamento histérico, e à inibição dos receptores psitrónicos associados à memória a longo prazo, enquanto que a tendência para o adiamento da satisfação, característica da obsessão, e relacionada com o juízo de condenação, teria por base psitrões que estariam associados à memória a médio e a longo prazo, e à inibição dos receptores psitrónicos associados à memória a curto prazo. Tem-se, pois, histeria com psitrões curtos e obsessão com psitrões longos.

 

Tentemos compreender melhor, agora, a relação da Psicologia com a Física, da psique com as partículas e forças fundamentais do Universo. Como se pode ver, por exemplo, em Teoria do Tudo em Psicologia, as forças fundamentais do Universo e a relação exopsicológica com a presença alienígena na Terra ( Resende, 2012 ), esta relação é estabelecida no âmbito da Teoria do Tudo em Psicologia, que faz um paralelo com a Teoria do Tudo em Física, que assenta na procura da unificação das forças fundamentais do Universo. Mais especificamente, procura-se estabelecer a relação entre a Teoria do Tudo em Psicologia e as forças fundamentais do Universo, a saber, a gravidade, o electromagnetismo e as forças nucleares forte e fraca.

 

Continuando, mais contextualizadamente para este artigo, resuma-se, agora, este último artigo referido, incluindo a relação mais específica agora indicada.

 

Assim, conceptualiza-se e relaciona-se o átomo, com o seu núcleo de protões e neutrões, e com a nuvem electrónica, de electrões à volta do núcleo, com constructos da Psicologia, no caso, a agorafobia, a claustrofobia, a histeria e a obsessão.

 

É referido o meu artigo A agorafobia enquanto perturbação obsessiva, onde indico a maior dificuldade do obsessivo em lidar com fenómenos agorafóbicos, pela dificuldade de lidar com falta de referências, e a melhor lide com fenómenos claustrofóbicos, por funcionar melhor com a presença de estímulos referenciais. Aproxima-se, então, o fenómeno obsessivo da existência nuclear, com o núcleo, mais ou menos, apertado, de protões e neutrões, associando a obsessão com as forças nucleares forte e fraca. Refira-se a particularidade de uma propriedade da força nuclear forte, ser, precisamente, designada de confinamento.

 

Outro artigo referido é A claustrofobia enquanto perturbação histérica, onde é indicado a particular dificuldade do histérico em lidar com fenómenos claustrofóbicos, pela pior lide com a presença de referenciais, que são sentidos como perto de mais, lidando melhor com fenómenos agorafóbicos, já que se dá bem com a ausência de estímulos referenciais. Temos a aproximação, assim, do fenómeno histérico da existência da nuvem electrónica, de electrões à volta do núcleo, associando, deste modo, o histerismo ao electromagnetismo, fenómeno este que se coaduna bem com as características relacionais histéricas de energéticas relações sociais.

 

Quanto à gravidade, dir-se-à que a mesma se relaciona com o fenómeno depressivo e/ou depressão em si, em que psicologicamente e psicomotrizmente, o indivíduo se encontra abatido, verificável na própria postura, em que se pode entender que há um campo gravitacional particularmente grave, mais acentuado.

 

No psicótico, aproximamos a denegação da realidade, a desrealização, a despersonalização, e ainda fenómenos como a fuga do pensamento e o roubo do pensamento, da consideração da não existência estrita do real local, e que, em conjunto com a projecção maciça, nos remetem para a Não-Localidade, características não-locais, que a Física considera como sendo a presença em mais do que um local da mesma partícula, e que caracterizará o Universo em geral e suas partículas.

 

Particularmente importante, é relacionar o fenómeno borderline com o bosão e campo de Higgs. Uma característica desta partícula, do bosão de Higgs, no Modelo Standard, permite relacioná-lo com o fenómeno borderline, que é o dessa partícula permitir múltiplas partículas existirem no mesmo local, no mesmo estado quântico. Isto aproxima-se da característica do borderline de ter múltiplas organizações de personalidade como a caracterizando simultaneamente, particularmente a neurótica e a psicótica, estabelecendo-se, ainda, outro paralelo que é o da alta instabilidade do bosão de Higgs e a instabilidade própria e característica do borderline. É necessário ter em atenção que o bosão de Higgs tem sido conceptualizado como unificador de outras partículas elementares, cujas interacções com o campo de Higgs fornecerão a massa a essas mesmas partículas. Tendo em conta a importância das partículas elementares interagindo com o campo de Higgs adquirirem a sua massa, é de considerar que o bosão de Higgs é a menor excitação possível do campo de Higgs.

 

Continuando o resumo, é de ter em conta a elevada percentagem de indivíduos borderline na Europa, indicada por Bergeret ( 1997 ), e a crescente expansão deste fenómeno nas sociedades modernas, referida por Coimbra de Matos ( 2007 ). Faz-se, depois, a consideração de que seria interessante relacionar aquela aquisição de massa das partículas elementares, com a sua interacção com o campo de Higgs, e o fenómeno da gravidade associada ao fenómeno depressivo, com a sua particular importância pela transversalidade do fenómeno depressivo às várias estruturas e organizações de personalidade.

 

É neste quadro que se começa depois a estabelecer exopsicologicamente a relação borderline-depressividade.

 

Para isso considera-se a noção de alguns investigadores, no campo da ovnilogia, de que as alterações climáticas e geoclimatéricas, referidas por alguns cientistas, como o buraco de ozono e o aquecimento global, estarão ocorrendo de modo provocado, por engenharia geoclimatérica, por parte de entidades alienígenas ou conluios E. T.s-humanos, para que o clima na Terra seja mais propício a essas entidades extraterrestres, de modo a permanecerem mais adaptados na Terra.

 

Será neste sentido, e num contexto exopsicológico, que se estabelecerá a relação borderline-depressivo e/ou deprimido, particularmente de borderlines para depressivos e/ou deprimidos, através da manipulação bosónica, aumentando a gravidade nos deprimidos e/ou depressivos. Muito provavelmente, isso far-se-à para ir controlando o tipo de gravidade que se sente na Terra, para poder acomodar extraterrestres que eventualmente provenham de planetas com maior ou menor gravidade do que a Terra. Mais indica-se, que possivelmente, haverá a manipulação bosónica ( de Higgs ) ao nível psíquico dos humanos, para que a nível, mais ou menos, psicológico dos E. T.s, haja a percepção psíquica de maior ou menor gravidade. Desse modo, provavelmente, os diversos tipos de E. T. controlarão esse fenómeno mais ou menos conscientemente.

Além disso, referindo-me ao fenómeno das abducções alienígenas, indico que as mesmas estarão associadas ao estudo psicológico da depressividade associada ao trauma histérico das abducções.

 

É neste sentido que se indica que a transferência bosónica entre borderlines e depressivos e/ou deprimidos far-se-à, muito provavelmente, numa predominância histerico-psicótica, no sentido depressivo, e vice-versa, e não tanto numa linha obsessivo-psicótica, no sentido depressivo, e vice-versa. Isso fará enquadrar mais o fenómeno nas sociedades histéricas capitalistas, num enquadramento borderline, particularmente no âmbito do Capitalismo global. Neste contexto, são ainda referidos dois estudos, um de um organismo estatal estado-unidense, sobre os próprios Estados-Unidos, e o outro, da Organização Mundial de Saúde, sobre a Índia, dois países capitalistas, portanto, onde se indicam a alta prevalência da depressão. Aquela Organização referida, ainda indica que a depressão, a nível mundial, terá a tendência de grandemente se aprofundar.

 

Assim, terminando o resumo, é de dizer que, exopsicologicamente, a prevalência da depressão, e a tendência para o seu agravamento, e a cada vez maior extensão do fenómeno borderline, já referida, indicarão que há uma presença cada vez mais maciça de alienígenas na Terra. No sentido de se combater o fenómeno borderline-depressivo, refere-se a necessidade terapêutica de um tipo de extractor bosónico, indo trabalhando o nível gravítico nos humanos.

 

Precisamente, da extracção bosónica, passemos, neste artigo, a falar da extracção, por alienígenas, de unidades espaço-mentais nos histéricos e maníacos e de unidades tempo-mentais nos obsessivos e deprimidos. Isto considerando a conceptualização dos psemes enquanto unidades espaço-temporais, constituídos por psitrões. Temos os psi enquanto unidade temporal e espacial do pseme e psitrão, em que o psitemp será a unidade psemética temporal e o psiesp a unidade psemética espacial. Haverá uma escala de utilização dos psitemps que vai do maníaco, histérico, obsessivo ao deprimido, em que cada vez menos unidades tempo-mentais são utilizadas, indo-se da aceleração temporal do maníaco à lentificação temporal do deprimido. Postula-se uma correlação invertida entre unidades tempo-mentais e unidades espaço-mentais, em que quanto mais psitemps menos psiesps, e vice-versa. Assim, dado um determinado trajecto de A a B, a maior utilização temporal do maníaco induz sentimentos de menor distância a percorrer enquanto que a menor utilização temporal do deprimido induz sentimentos de maior distância a percorrer.

 

Por exemplo, o histérico utiliza bastantes unidades tempo-mentais, daí o tempo passar rápido, e menos unidades espaço-mentais vai tendo. Daí a correlação do histerismo com o capitalismo, e com o seu extremo, o expansionismo imperialista, precisamente devido à necessidade de unidades espaço-mentais. Já o obsessivo utiliza bastantes unidades espaço-mentais, que se poderá relacionar com a presença obsessiva de estrelas no céu ( como observado ) e Espaço Sideral, e com a União Soviética e com a Revolução Russa, do ponto de vista exospicológco [ ver, por exemplo, Visão exospicológica da Terra ( Resende, 2012 ), como mensagem alienígena, de terraformação e de influência nas sociedades humanas, em que do ponto de vista referido, o tamanho da União Soviética e da Rússia, estará associado à vastidão do inconsciente ], na comparação global, com a Rússia como sendo, de longe, o maior país do planeta Terra, e havendo menos unidades tempo-mentais, portanto. Haverá necessidade de unidades tempo-mentais, que se relacionará com a necessidade de imortalidade simbólica, e com o facto de o obsessivo ser tendencialmente masculino, e de, predominantemente, as obras científicas, literárias, filosóficas, de arte, etc., que foram sendo deixadas, serem, precisamente, de homens. Para ver relações entre a obsessão e o comunismo e o histerismo e o capitalismo, ver, por exemplo, Máscara      ( Persona ) e Sombra de Jung: suas relações com o Capitalismo e o Comunismo               ( Resende, 2007 ) e A inveja do pénis e a inveja do clitóris e suas implicações políticas   ( Resende, 2010 ).

 

Exopsicologicamente, e em termos da Teoria do Tudo em Psicologia, dir-se-à que quanto mais psiesps forem extraídos, que muito provavelmente se tratará de electrões, daí o expansionismo, pela troca habitual de electrões entre os átomos, mais se fomenta, continuando, o expansionismo imperialista nas sociedades humanas, e que quanto mais psitemps forem extraídos, em que muito provavelmente se tratará de extracção neutrónica e protónica, pressupondo-se, pois, relação mais estrita entre tempo e núcleo atómico, mais se fomenta, continuando, a necessidade de imortalidade simbólica. Refira-se, acrescentadamente, quanto à primeira das relações exopsicológicas agora mencionadas, a associação entre esse fenómeno e a radioactividade, pela expansão particular e energética entre átomos.

 

Finalizando, dir-se-à que as ideias e os exemplos dados consubstanciam a noção da correlação inversa entre os psemes e psitrões enquanto unidades espaço-mentais e os psemes e psitrões enquanto unidades tempo-mentais, ou seja, correlação inversa entre os psitemps e os psiesps.

 

 

 

Bibliografia

 

Resende, S. ( 2007 ). Máscara ( Persona ) e Sombra de Jung: suas relações com o Capitalismo e o Comunismo em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 08/10/2007

 

Resende, S. ( 2010 ). A inveja do pénis e a inveja do clitóris e suas implicações políticas em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 15/10/2010

 

Resende, S. ( 2010 ). Psitrões enquanto base dos psemes e suas relações com a histeria e a obsessão em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 24/11/2010

 

Resende, S. ( 2011 ). A telepatia e suas relações com os psitrões enquanto base dos psemes em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 06/02/2011

 

Resende, S. ( 2012 ). Visão exopsicológica da Terra em www.psicologado.com                 ( proposto a 08/2012 )

 

Resende, S. ( 2012 ). Teoria do Tudo em Psicologia, as forças fundamentais do Universo e a relação exospicológica com a presença alienígena na Terra em www.psicologado.com ( proposto a 11/2012 )

publicado por sergioresende às 18:38
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Sexta-feira, 15 de Junho de 2012

Catar sexual feminino enquanto fobia social

Relacionando o catar sexual feminino enquanto meio de deslocamento social, equaciono o mesmo com a angústia de castração e a fobia social.

 

Em Caracterização psicológica das personagens Batman, Tarzan e King-Kong ( Resende, 2010 ), utilizo o exemplo de Tarzan, que se desloca pela selva através de lianas ( cordas vegetais dependuradas em árvores ), para indicar que nos relacionamentos tipicamente femininos, particularmente histéricos, ocorre o grooming sexual, ou comportamento de catar sexualmente, com importantes características sociais e hierárquicas. Estamos a falar, portanto, de comportamentos sociais tipicamente sexualizados, particularmente entre mulheres. Diz-se mais, que este catar sexual parece ser um meio de deslocação social e societal para as mulheres. Particulariza-se, ainda, que meios como a televisão e o cinema constituem lianas sociais para as mulheres, tendo isso especial importância para a hierarquização social sentida pelas mulheres, em que se perceberá uma maior hierarquia para aquelas mulheres que surgem na televisão ou cinema.

 

Continuando, com a variação do surgimento da menstruação nas várias mulheres, ou seja, não saberem o quando a outra mulher está menstruada, e em que há o sentimento de estar a sugar sexualmente o sangue de outra mulher, o catar sexual surge como uma ameaça de castração, em que a menstruação fará lembrar o sinal depressivo de perda do pénis já efectuada. Para mais, o condicionamento hipnótico típico do catar sexual fará com que a ameaça de castração tenha uma significativa influência.

 

É de referir o caso de, estando eu presente no corredor de uma ala psiquiátrica hospitalar, surge uma paciente que começa a dizer que quando chegasse a doutora, ela iria ver, que iria fazer com que ela ( doutora ) ficasse toda molhada.

 

Ora, esta ameaça de castração remete-nos para algo fóbico, em que tentará evitar o contacto social, mas em que ocorrerá um deslocamento contra-fóbico, para a mesma ou outras mulheres, talvez principalmente outras mulheres, fundamentando isso relacionamentos sociais tipicamente histéricos. Ou seja, haverá uma fuga para a frente. Esta fuga para a frente é uma das estratégias defensivas utilizadas na fobia como nos dizem Houzel, Emmanuelli & Moggio ( Coord. ) ( 2004 ). Estas características indicam que haverá uma tentativa de controlar externamente a fobia social, já que assim será de mais fácil manejo.

 

Este evitamento e fobia social, com fuga para a frente, ajudará a explicar a sociabilidade típica dos histéricos assim como a superficialidade também típica dos relacionamentos histéricos, em que o movimento contra-fóbico dará conta da sociabilidade enquanto que o movimento fóbico dará conta da superficialidade. Isto, tendo-se a noção de que o histerismo é mais tipicamente feminino.

 

Para mais, é de notar o exemplo relativamente conhecido daquelas mulheres que têm várias dezenas de sapatos, ou mesmo apenas várias unidades, em que o senso comum dirá que será um exagero. No contexto, o ter vários sapatos apontará para uma dominação hierárquica sobre outras mulheres, já que indicará, aparentemente, que não necessita delas para funcionarem como objecto contra-fóbico. Mas dir-se-à que o afecto do objecto contra-fóbico nas outras mulheres é deslocado sobre os sapatos, em que estes continuam a funcionar como objectos contra-fóbicos. Ou seja, a ansiedade social permanece, em que o conteúdo manifesto indica uma dominação hierárquica sobre outras mulheres e o conteúdo latente indica fobia social, relacional, semelhante às restantes mulheres. Repare-se que, neste caso, da posse dos vários sapatos, é mais notória a tentativa de controlar externamente algo que será de mais difícil lide internamente.

 

Temos então o catar sexual como fonte de ansiedade e angústia de castração, com ansiedade e fobia social.

 

É ainda de evidenciar que as características sexualizadas do catar sexual, com características fóbicas, nos remetem para uma histeria de angústia, histeria esta que, precisamente, Laplanche & Pontalis ( 1990 ) aproximam, mas não totalmente, à neurose fóbica.

 

 

Bibliografia

 

Houzel, D., Emmanuelli, M. & Moggio, F. ( Coord. ) ( 2004 ). Dicionário de Psicopatologia da Criança e do Adolescente. Climepsi Editores

 

Laplanche, J. & Pontalis, J. B. ( 1990 ). Vocabulário da Psicanálise. Editorial Presença

 

Resende, S. ( 2010 ). Caracterização psicológica das personagens Batman, Tarzan e King-Kong em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 22/11/2010

publicado por sergioresende às 18:24
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