Segunda-feira, 17 de Dezembro de 2012

Angústia depressiva como enquadramento borderline da personalidade histérica

Resumindo, inicialmente, o meu artigo Desenvolvimento da personalidade histérica para uma verdadeira estrutura de personalidade ( Resende, 2008 ), onde indico as características pseudo-genitais do histerismo, complemento essa ideia com a noção da angústia depressiva, que marcará mais a personalidade histérica do que propriamente a angústia de castração. Avanço ainda com algumas características que mais enquadrarão a personalidade histérica no fenómeno borderline.

 

Assim, enuncia-se a personalidade histérica enquanto organização pseudo-genital, sem uma verdadeira estrutura genital, portanto, com características pré-edipianas predominantes, como marcadas fixações e regressões oro-fálicas. É de indicar que segundo Bergeret ( 1997 ), a personalidade histérica é uma estrutura verdadeira de personalidade, com angústia de castração predominante, como ainda com recalcamento predominante. Nesse artigo, inicialmente referido, considera-se a observação clínica e quotidiana de histéricos, onde se desenvolve a noção da personalidade histérica como pseudo-genital. Para além de fortes fixações e regressões oro-fálicas predominantes, o recalcamento, como mecanismo de defesa predominante, indica um menor desenvolvimento da personalidade, já que o indivíduo histérico tende a não lidar conscientemente com as problemáticas que lhe são mais conflituais, ao contrário do mais evoluído juízo de condenação do obsessivo. Para além disso, muitas das características genitais que são apontadas, por exemplo, por Bergeret ( 1997 ), como reciprocidade, valoração do outro e constância objectal, não estarão presentes no histérico, se tivermos em consideração aquelas observações referidas. Edipianamente, considera-se, sobretudo, o pseudo-Édipo positivo, com a ambivalência homossexual pré-edipiana predominante, na rapariga e na mulher, que desenvolveu-se na relação pré-edipiana com a mãe.

 

Já para o presente artigo, tenha-se a noção de que o histerismo é mais característico em mulheres. Considere-se, sobretudo, que ao invés da angústia de castração, estaremos a falar, isso sim, de uma angústia depressiva, de uma angústia de certeza de perda do pénis, o que só vem a ser confirmado em fantasia pela menstruação, o que nos remete para uma angústia de perda de amor do objecto, já que em fantasia, o objecto terá sido responsável pela perda do pénis. A angústia de perda do amor do objecto implicará uma diminuição significativa da auto-valoração narcísica. Esta diminuição levará, por seu turno, à já referida desvaloração do outro, pois, num sistema de equilibração narcísica, desvalorizando o outro, o próprio será autoperspectivado a um nível mais valorativo, por precisamente o auto-narcisismo ser dimuído. Podíamos ver aqui, também ao nível das massas, a génese de sistemas xenófobos. Continuando, essa angústia referida será, pois, depressiva e fará enquadrar mais a personalidade histérica no fenómeno borderline, tendo em conta que este caracteriza-se, sobretudo, por desenvolvimentos depressivos. Esta angústia depressiva também caracterizará o homem histérico, em que falaremos mais em erecções fálicas sobrecompensatórias, já que haverá essa certeza de perda de amor do objecto, tal como sentido em fantasia, mentalmente, o que em conjunto com a histérica, que terá predominantemente orgasmos clitoridiano-fálicos sobrecompensatórios, e não tanto orgasmos vaginais, genitais, mais maduros, o que só aí nos indica o menor desenvolvimento do histerismo, nos remete, dizia, para o fenómeno da promiscuidade sexual característica nas sociedades histéricas capitalistas. Estaremos a falar, pois, em sobrecompensações anti-depressivas. Em particular, o homem histérico ter-se-à sentido diminuído oro e falo-narcisicamente, ou seja, com frustrações orais e fálicas, em que podemos ver a língua como um falo, tendo nós a mesma como síntese da frustração oro-fálica, o que nos fornece uma base interessante para os lapsos inconscientes de linguagem, com uma associação a uma maior ou menor intensidade verborraica, precisamente mais caracteristicamente histérica. Continuando, terá experienciado, portanto, situações a esse nível oro-fálico, em que terá sentido a perda do amor do objecto. Temos, então, quer no caso da histérica, quer do histérico, características carências afectivas.

 

O enquadramento do histerismo no fenómeno borderline poderá ser, por exemplo, consultado em A posição castrativa como complemento das posições modificadas de Melanie Klein ( Resende, 2010 ). Aí, desenvolvo a noção, relacionando a posição depressiva de Klein com a depressividade, de que a depressividade se caracterizará mais pela projecção do que pela introjecção. Isto é baseado na noção de que a economia depressígena básica, de afecto dado e não correspondido, terá características projectivas, já que o afecto é dado, é externalizado. É feito, ainda, o enquadramento da depressividade nos quadros borderline. Assim, tendo-se em conta as características projectivas referidas, considere-se a externalização verbal agressiva fálica, típica no histérico [ ver, por exemplo, Complexo de Anti-Cristo – Perspectiva Psicodinâmica ( Resende, 2007 ) ], podendo nós falar aqui em projecção histérica, de modo mais ou menos maciço. Um exemplo paradigmático da externalização verbal agressiva, típica no histérico, é o fenómeno das chamadas “ mean girls “, ou “ raparigas más “, típico na adolescência, nas escolas secundárias, particularmente em regiões capitalistas, em que habitualmente são feitos comentários pejorativos, denegridores, desvalorativos, etc., do outro. Continuando, mais classicamente, teríamos, pois, projecção maciça de características histéricas, ou dito de outra maneira, meios de relacionamento histéricos com bases psicóticas, o que caracterizará  a organização borderline.

 

Esta noção de projecção histérica é considerada por mim como um tipo de mecanismo de ataque, que em conjunto com o controlo histérico, são tidos como dois tipos base de mecanismos de ataque. Estes mecanismos de ataque contrapõem-se aos mecanismos de defesa, no sentido em que ao invés de se destinarem à defesa do ego, como os de defesa, destinam-se sobretudo à preservação de relacionamentos interpessoais e à preservação de fenómenos de massas [ ver Mecanismos de defesa e Mecanismos de ataque ( Resende, 2010 ) e Enunciação de Mecanismos de ataque         ( Resende, 2010 ) ]. Estas características enquadram-se bem com a sociabilidade típica do histérico. Já um tipo particular de projecção histérica será o ataque preemptivo, que podemos ver num exemplo relativamente a fenómenos de massas. Esse ataque preemptivo será feito, particularmente, por sociedades histéricas capitalistas, com o seu extremo, militarismo expansionista, em que num exemplo recente, terá sido feito com fundamentos falsos, em que, posteriormente, através desses fundamentos falsos, terá sido indicado que essas sociedades histéricas capitalistas estariam sob risco de ataque, o que levou, precisamente, como indicado a nível governamental, ao ataque externo para não ser atacado internamente. Em consequência, isso levou a um sentimento de insegurança a nível das massas, e a que as pessoas cedessem mais facilmente direitos cívicos a troco de segurança. Ora, isto remete-nos para outro mecanismo de ataque, que é o controlo histérico, pois, precisamente, terão sido utilizados fundamentos falsos para atingir o objectivo deste controlo das massas.

 

Quanto àquela externalização, projecção, verbal agressiva típica no histérico, é de considerar, no contexto da depressividade, a noção clínica da prévia introjecção de agressividade, particularmente em relacionamentos precoces, e a posterior agressividade voltada sobre o próprio. Assim, como já indicado exemplarmente em relação à promiscuidade sexual, teremos, aqui, a externalização agressiva como fenómeno anti-depressivo, na luta do indivíduo contra o afundamento na depressão.

 

Considerando a externalização verbal agressiva referida, característica do histérico, e num enquadramento borderline, é de referir, sobremaneira, a tendência para a sedução do histérico, que, relacionados os fenómenos, nos remete para o estilo de relacionamento clivado amor/ódio, típico dos relacionamentos borderline. Isto mais corrobora o enquadramento da personalidade histérica no fenómeno borderline.

 

É de realçar, pelo já dito, que as bases psicóticas, referidas, estarão relacionadas precisamente com a angústia depressiva, já que há uma angústia de certeza de perda do pénis, ou mais geralmente, de perda de amor do objecto, no passado mais ou menos precoce, o que em conjunto com o já dito sobre o histérico, nos remete para fortes fixações precoces e regressões a esse nível.

 

Deste modo, pelo explanado neste artigo, teremos, pois, a personalidade histérica bem enquadrada no fenómeno borderline, em que a mesma se caracterizará mais por uma angústia depressiva, com sentimento de perda do amor do objecto, consubstanciando o enquadramento referido, já que a linha depressiva, ou, os quadros depressivos são centrais no fenómeno borderline, havendo ainda as já indicadas fortes fixações e regressões a um nível precoce. Por isto, fundamenta-se a pseudo-genitalidade e a pseudo-estruturação da personalidade histérica, considerando-se, claro está, a organização borderline enquanto aestruturação.

 

 

 

Bibliografia

 

Bergeret, J. ( 1997 ). A personalidade normal e patológica. Climepsi Editores

 

Resende, S. ( 2007 ). Complexo de Anti-Cristo – Perspectiva Psicodinâmica em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 28/10/2007

 

Resende, S. ( 2008 ). Desenvolvimento da personalidade histérica para uma verdadeira estrutura de personalidade em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 30/12/2008

 

Resende, S. ( 2010 ). Mecanismos de defesa e Mecanismos de ataque em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 15/10/2010

 

Resende, S. ( 2010 ). A posição castrativa como complemento das posições modificadas de Melanie Klein em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 08/11/2010

 

Resende, S. ( 2010 ). Enunciação de Mecanismos de ataque em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 14/11/2010

publicado por sergioresende às 11:40
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Sexta-feira, 23 de Novembro de 2012

Teoria do Tudo em Psicologia, as forças fundamentais do Universo e a relação exopsicológica com a presença alienígena na Terra

Resumindo inicialmente o meu artigo Teoria do Tudo em Psicologia e as forças fundamentais do Universo ( Resende, 2012 ), procuro depois relacionar exopsicologicamente esses constructos com a presença alienígena na Terra.

 

Assim, estabelece-se a relação entre Psicologia e Física, entre a Teoria do Tudo em Psicologia e a Teoria do Tudo em Física. Se por um lado, a Teoria do Tudo em Psicologia [ ver, por exemplo, Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia             ( Resende, 2011 ) ] procura relacionar a Psicologia com a Teoria do Tudo em Física, esta última Teoria assenta na procura e unificação das forças fundamentais do Universo. Deste modo, mais especificamente, procura-se estabelecer a relação entre a Teoria do Tudo em Psicologia e as forças fundamentais do Universo, a saber, a gravidade, o electromagnetismo e as forças nucleares forte e fraca. Sobre estas forças fundamentais, e a procura da sua unificação, consultar, por exemplo, A Brief History of Time – From the Big Bang to Black Holes, de Stephen Hawking ( 1995 ). Na relação das duas Teorias do Tudo, torna-se importante a procura da verdade, da realidade última, a nível mental, que Bion fala ( Symington & Symington, 1999 ).

 

Continuando, relaciona-se a conceptualização do átomo, com o seu núcleo de protões e neutrões, e com a nuvem electrónica, de electrões à volta do núcleo, com dois conceitos da Psicologia, a agorafobia e a claustrofobia.

 

Em A agorafobia enquanto perturbação obsessiva ( Resende, 2008 ), indico que o obsessivo tem particulares dificuldades com fenómenos agorafóbicos, pela dificuldade de lidar com falta de referências, de detalhes, e que lida melhor com fenómenos claustrofóbicos, pela melhor lide com a presença de estímulos referenciais. Assim, aproxima-se o fenómeno obsessivo da existência nuclear, com o núcleo, mais ou menos apertado, de protões e neutrões, associando a obsessão com as forças nucleares forte e fraca. Acrescente-se, aqui, que uma das características da força nuclear forte é ter uma propriedade chamada de confinamento. O próprio Hawking      ( 1995 ), já referido, chama a esta propriedade de curiosa. No contexto deste artigo, é efectivamente curioso relacionar as características de melhor lide claustrofóbica do obsessivo com esta propriedade de, precisamente, confinamento, da força nuclear forte. Resumidamente, no confinamento, a força nuclear forte junta sempre partículas em combinações que não têm côr, em que um quark não poderá esta singularmente porque terá côr, juntando-se sempre a outros quarks através de uma fila de gluões, não havendo côr, portanto. Estas combinações de quarks e gluões constituem o protão e o neutrão. Assim, trata-se de confinamento, pois as partículas têm de estar confinadas sempre juntas.

 

Noutro artigo, A claustrofobia enquanto perturbação histérica ( Resende, 2008 ), indico que o histérico tem particulares dificuldades com fenómenos claustrofóbicos, pela pior lide com a presença de referenciais, que são sentidos como perto de mais, e que lida melhor com fenómenos agorafóbicos, já que se dá bem com a ausência de estímulos referenciais. Aproximamos, assim, o fenómeno histérico da existência da nuvem electrónica, de electrões à volta do núcleo, associando, deste modo, o histerismo ao electromagnetismo, fenómeno este que se coaduna bem com as características relacionais histéricas de energéticas relações sociais.

 

Falando da gravidade, dir-se-à que a mesma relaciona-se com o fenómeno depressivo e/ou depressão em si, em que psicologicamente e psicomotrizmente, o indivíduo se encontra abatido, verificável na própria postura, em que se pode entender que há um campo gravitacional particularmente grave, mais acentuado.

 

Continuando este resumo, e relativamente ao psicótico, aproximamos a denegação da realidade, a desrealização, a despersonalização, e ainda fenómenos como a fuga do pensamento e o roubo do pensamento, da consideração da não existência estrita do real local, e que em conjunto com a projecção maciça, nos remetem para a Não-Localidade, características não-locais, que a Física considera como sendo a presença em mais do que um local da mesma partícula.

 

Particularmente importante, é relacionar o fenómeno borderline com o bosão e campo de Higgs. O bosão de Higgs tem sido conceptualizado como unificador das partículas elementares, cujas interacções com o campo de Higgs fornecerão a massa a essas mesmas partículas elementares. Tendo em conta esta importância das partículas interagindo com o campo de Higgs adquirirem a sua massa, é de considerar que o bosão de Higgs é a menor excitação possível do campo de Higgs. A partícula de Higgs só terá sido presumivelmente descoberta a 4 de Julho de 2012. Uma característica do bosão de Higgs, no Modelo Standard, permite relacioná-lo com o fenómeno borderline, que é o de essa partícula permitir múltiplas partículas existirem no mesmo local, no mesmo estado quântico. Isto aproxima-se da característica do borderline de ter múltiplas organizações de personalidade como a caracterizando simultaneamente, particularmente a neurótica e a psicótica. Outro paralelo a estabelecer é o da alta instabilidade do bosão de Higgs e a instabilidade própria e característica do borderline.

 

Termino este resumo, indicando que Bergeret ( 1997 ) considera que o fenómeno borderline caracterizará mais de 50% da população europeia, e que Coimbra de Matos ( 2007 ) considera que o fenómeno borderline não cessa de expandir nas sociedades modernas. Seria, pois, interessante, relacionar aquela aquisição de massa pelas partículas elementares, com a sua interacção com o campo de Higgs, e os fenómenos da gravidade associada ao fenómeno depressivo. Tem particular importância porque o fenómeno depressivo é transversal às várias estruturas e organizações de personalidade.

 

O presente artigo é, precisamente, uma contribuição exopsicológica para tentar perceber a relação borderline-depressividade, e a cada vez maior expansão quer do fenómeno borderline, como já se disse, quer do fenómeno depressivo, como se pode ver, mais especificamente, mais à frente.

 

É, agora, de referir que alguns investigadores, particularmente, no campo da ovnilogia, analisam os fenómenos terrestres, de tal modo que indicam que as alterações climáticas e geoclimatéricas, como o buraco de ozono e o aquecimento global, que parte da comunidade científica diz estarem ocorrendo, ou indicando a maior ou menor prevalência de terramotos, cheias, erupcções vulcânicas e outros fenómenos, estarão precisamente a ocorrer de modo provocado, por engenharia geoclimatérica, por parte de entidades alienígenas ou conluios humanos-E.T.s, para que o clima na terra seja mais propício a essas entidades extraterrestres, de modo a permanecerem mais adaptados na Terra.

 

Será neste sentido, e num contexto exopsicológico, definido em Exopsicologia: uma nova área de estudo ( Resende, 2009 ) como sendo o estudo da relação e funcionamento mental, psíquico, entre humanos e seres extraterrestres e/ou alienígenas, que se estabelecerá a relação borderline ( lembre-se, simultaneamente neurótico e psicótico )-depressivo e/ou deprimido, particularmente, por aquelas alterações referidas, de borderlines para depressivos e/ou deprimidos, através da manipulação bosónica, aumentando a gravidade nos deprimidos e/ou depressivos.

 

Muito possivelmente, e num contexto exopsicológico, isso far-se-à para ir controlando o tipo de gravidade que se sente na Terra, para poder acomodar extraterrestres que eventualmente provenham de planetas com maior ou menor gravidade do que a Terra. Assim, será, mais ou menos, induzida depressão ou fenómenos depressivos, para se efectuar esse controlo, controlando os indivíduos depressivos e/ou deprimidos, mas a partir de indivíduos borderline. Provavelmente, o controlo geral para este fenómeno será através da manipulação do bosão de Higgs. Isto, pelas relações psíquicas que haverão entre seres humanos e extraterrestres, uma espécie de consciente e inconsciente cósmico, com a referência particular dos contactos telepáticos entre E. T.s e humanos, e com o possível consciente colectivo e inconsciente colectivo entre eles. Ou seja, haverá manipulação bosónica ( de Higgs ) ao nível psíquico dos humanos, para que a nível, mais ou menos, psicológico dos E. T.s, haja a percepção psíquica de maior ou menor gravidade. Provavelmente, os diversos tipos de E. T., controlarão esse fenómeno mais ou menos conscientemente.

 

É curioso notar, relativamente aos E. T.s, que os Greys, ou Cinzentos, um tipo de E. T., estejam associados predominantemente aos fenómenos das abducções alienígenas      [ ver, por exemplo, Sequestro ( 1994 ), de John Mack ], tendo em conta que têm uns olhos completamente pretos e relativamente grandes. Possivelmente, os Greys serão aqueles a serem utilizados para as abducções, precisamente para se estudar o efeito psicológico do fenómeno depressivo, podendo-se associar a depressividade à falta de luminosidade, ou escuridão, e, nesse sentido, à côr preta. É de notar que há descrições, na literatura ovnilógica variada, do interior de naves alienígenas, particularmente por contactados por alienígenas, ou por abduzidos, como sendo altamente iluminado, muito provavelmente para combater o efeito depressivo de viajar na escuridão do espaço sideral. Haverá, neste sentido, na relação entre luminosidade e depressividade, uma comunalidade psicológica entre humanos e alienígenas. Continuando, o estudo do efeito psicológico, referido atrás, estará associado ao trauma da abducção. Relativamente a este trauma, ver o meu artigo Calustrofobia histérica: por trás do trauma das abducções alienígenas    ( Resende, 2012 ), no qual indico que o trauma da abducção alienígena será no âmbito da claustrofobia histérica, sendo, por isso, uma reacção histérica. Isto pela presença sentida como demasiado próxima dos alienígenas, geralmente, no quarto do sujeito.

 

Assim, a transferência de energia particular bosónica entre borderlines e depressivos e/ou deprimidos far-se-à, muito provavelmente, numa predominância histerico-psicótica, no sentido depressivo, e vice-versa, e não tanto numa linha obsessivo-psicótica, no sentido depressivo, e vice-versa.

 

Essa delineação fará o fenómeno enquadrar-se mais nas sociedades histéricas capitalistas, num enquadramento borderline, que, como já indicado anteriormente do outro artigo ( das forças fundamentais do Universo ), é extenso nas sociedades modernas, particularmente no âmbito do Capitalismo global.

 

Neste contexto, e no contexto global do artigo, podemos referir dois estudos relativamente à depressão, realizados em sociedades capitalistas, a saber, os E. U. A. E a Índia [ ver referências, respectivamente, C. D. C. ( 2006 ) e W. H. O. ( 2011 ) ], onde se denota a alta prevalência da depressão nos dois países. Também se denota, aí, que a prevalência da depressão, a nível mundial, tender-se-à a agravar. Assim, o estudo nos Estados Unidos ( Center for Disease Control and Prevention, 2006 ) indica que na década de 2000, há uma estimativa de 1 em cada 10 adultos Estado-Unidenses relatarem depressão, ou seja, 10%. Já o estudo da Oraganização Mundial de saúde, feito em 2011, revela que a Índia tem a mais alta taxa de Depressão Major no mundo, com cerca de 9%, e com cerca de 36% com Modo Depressivo Major. Nesta data, a O. M. S. classifica a depressão como a quarta principal causa de incapacidade, a nível mundial, e projecta que em 2020 será a segunda causa. Estes dados da O. M. S. foram publicados no BMC ( BioMed Central ) Medicine, uma revista científica médica.

 

Finalizo, dizendo que, exopsicologicamente, a prevalência da depressão, e a tendência para  o seu agravamento, e a cada vez maior extensão do fenómeno borderline, como já referido, poderão indicar que há uma presença cada vez mais maciça de alienígenas na Terra. Assim, para se combater este fenómeno ( depressivo-borderline ), tão caracteristicamente humano, dever-se-à pensar terapeuticamente num tipo de extractor bosónico, indo trabalhando o nível gravítico nos humanos.

 

 

 

Bibliografia

 

Bergeret, J. ( 1997 ). A personalidade normal e patológica. Climepsi Editores

 

Coimbra de Matos, A. ( 2007 ). O Desepero: Aquém da Depressão ( 2ª edição ). Climepsi Editores

 

Hawking, S. ( 1995 ). A Birief History of Time – From the Big Bang to Black Holes. Bantam Books

 

Mack, J. E. ( 1994 ). Sequestro ( tradução portuguesa ). Lisboa: Temas da Actualidade, D. L.

 

Resende, S. ( 2008 ). A agorafobia enquanto perturbação obsessiva em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 02/12/2008

 

Resende, S. ( 2008 ). A claustrofobia enquanto perturbação histérica em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 12/12/2008

 

Resende, S. ( 2009 ). Exopsicologia: uma nova área de estudo em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 27/07/2009

 

Resende, S. ( 2011 ). Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi ( proposto a 03/2011 )

 

Resende, S. ( 2012 ). Calustrofobia histérica: por trás do trauma das abducções alienígenas em www.psicologado.com ( proposto a 11/2012 )

 

Resende, S. ( 2012 ). Teoria do Tudo em Psicologia e as forças fundamentais do Universo em www.psicologado.com ( proposto a 11/2012 )

 

Symington, J. & Symington, N. ( 1999 ). O pensamento clínico de Wilfred Bion. Climepsi Editores

 

 

 

Referências

 

C. D. C. ( 2006 ). www.cdc.gov/features/dsdepression/ - Site governamental do Centro de Controlo de Doenças e Prevenção ( Center for Disease Control and Prevention ) dos E. U. A.

 

W. H. O. ( 2011 ). Zeenews.india.com/news/world/indians-most-depressed-WHO-report_722442.html – Resultados publicados no BMC ( BioMed Central ) Medicine

publicado por sergioresende às 15:55
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Terça-feira, 13 de Novembro de 2012

Claustrofobia histérica: por trás do trauma das abducções alienígenas

No âmbito da exopsicologia, como se pode ver em Exopsicologia: uma nova área de estudo ( Resende, 2009 ), ou seja, no âmbito do estudo psicológico das relações e funcionamento psíquico, mental, entre os humanos e entidades e civilizações extraterrestres e/ou alienígenas, considera-se, neste artigo, que as características claustrofóbicas associadas ao histerismo estão na base do trauma das abducções alienígenas. Indicam-se propostas psicoterapêuticas para esse trauma.

 

Como se pode verificar em Sequestro ( 1994 ), do famoso psiquiatra John E. Mack, como em muita da restante literatura ovnilógica, há um tema recorrente, relativamente aos extraterrestres, que é o tema das abducções alienígenas. Estas abducções são descritas, na sua maior parte, como estando o indivíduo a dormir, o mesmo acorda, notando a presença, em geral, de vários seres extraterrestres no seu quarto, supostamente teletransportados, ou nalgumas descrições, passando através das paredes, situação após a qual, o indivíduo, é, geralmente, levado a bordo de uma nave. Ora, a situação de seres extraterrestres surgirem, aparentemente do nada, no quarto do indivíduo, estará associada a um trauma.

 

E é esta mesma situação traumática que eu gostaria de associar com características claustrofóbicas que podemos associar ao histerismo.

 

Em A claustrofobia enquanto perturbação histérica ( Resende, 2008 ), considero que na claustrofobia, todos os referenciais estão presentes, todos os pontos de referência estão presentes e sentidos como pertos de mais. Nesta situação de excesso de referências, o indivíduo entre em descompensação histérica. Isto considerando as delineações de Bergeret ( 1997 ) acerca da estrutura de personalidade histérica.

 

Ora, nas abducções alienígenas, os seres extraterrestres no quarto serão sentidos como perto de mais, conferindo excesso de pontos de referência. Assim, o trauma que surgirá estará associado a esta situação claustrofóbica, trauma esse que baseia-se, deste modo, numa reacção histérica.

 

Em geral, para um indivíduo lidar melhor com este tipo de abducções alienígenas, deverá desenvolver uma reacção mais obsessiva. Esta reacção obsessiva estará mais na linha agorafóbica, como se pode verificar em A agorafobia enquanto perturbação obsessiva ( Resende,2008 ), em que o indivíduo se confronta mais com a falta de pormenores, de detalhes, de referências. Por outro lado, o obsessivo lidará melhor com os fenómenos claustrofóbicos.

 

Dir-se-à, para finalizar, que uma medida psicoterapêutica relativa ao trauma de uma abducção alienígena, será instituir, no quarto, e eventualmente na casa toda, uma concepcção minimalista de móveis e outras estruturas da casa, ou seja, manter ao mínimo o número e complexidade de estruturas no interior da casa. Ao mesmo tempo, se deverá fazer uma  rememoração da situação traumática, em que se deslocará o afecto relativo aos seres extraterrestres para os móveis e estruturas da casa, criando, assim, memórias afectivas, para depois se fazer o já indicado, diminuindo o número e complexidade das estruturas e móveis do quarto e casa. Aquela rememoração da situação traumática dever-se-à fazer indagando no indivíduo que tipo de afectos sentiu na altura, como antes e depois, relativamente às estruturas da casa.

 

Do mesmo modo, se deverá indagar o afecto sentido em relação a outras pessoas da casa, e, no contexto do já descrito em relação à reacção obsessiva que se deverá ter, a indicação terapêutica, ao nível relacional, deverá caminhar para que o indivíduo progrida progressivamente para viver sozinho, ou seja, é como se relacionalmente se dimimuísse progressivamente o afecto traumático. Eventualmente, mais correcto, estaremos a falar da capacidade do indivíduo ficar só, que, como Winnicott ( 1958 ) nos diz, faz a pressuposição de que é um dos sinais mais importantes do amadurecimento do desenvolvimento emocional. É de reparar que este contexto relacional, em que o indivíduo terá que modificar as suas relações, e progressivamente diminuí-las, é, precisamente, mais obsessivo, trabalhando-se no sentido de uma maior independência e autonomia, e não tanto histérico, onde há uma maior importância e dependência dos relacionamentos sociais. Ora, estas características afectariam negativamente a diminuição e eliminação do trauma.

 

Quanto à terapêutica minimalista e à necessidade de reduzir os relacionamentos associados ao trauma, no sentido de estar só, estarão associadas à maior facilidade no histérico da mobilidade do afecto entre representações. Esta facilidade levará a que o afecto traumático da abducção passe mais facilmente para elementos presentes e associados ao cenário traumático, passagem essa que será externalizada, com a externalização a ser feita devido à significância emocional da situação traumática. Assim, reduzindo os elementos, reduzir-se-à progressivamente a generalização do afecto efectuada anteriormente.

 

Estas características descritas, a nível psicoterapêutico, têm particular importância no contexto daquilo que é descrito muitas vezes pelos sujeitos abduzidos, isto é, que as abducções são repetidas, e que perduram, muitas das vezes, desde a infância.

 

Ou seja, em particular, as medidas indicadas têm características preventivas.

 

 

Bibliografia

 

Bergeret, J. ( 1997 ). A personalidade normal e patológica. Climepsi Editores

 

Mack, John E. ( 1994 ). Sequestro ( tradução portuguesa ). Lisboa: Temas da Actualidade, D. L.

 

Resende, S. ( 2008 ). A agorafobia enquanto perturbação obsessiva em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 02/12/2008

 

Resende, S. ( 2008 ). A claustrofobia enquanto perturbação histérica em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 12/12/2008

 

Resende, S. ( 2009 ). Exopsicologia: uma nova área de estudo em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 27/07/2009

 

Winnicott, D. W. ( 1958 ). O ambiente e os processos de maturação – estudos sobre a teoria do desenvolvimento emocional. Artmed

publicado por sergioresende às 19:33
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