Terça-feira, 15 de Abril de 2014

Fobia temporal ( cronofobia ) no homem e na mulher

Fobia temporal ( cronofobia ) no homem e na mulher

 

Se temos fobias ao nível espacial, como a agorafobia e a claustrofobia, e em que temos na neurose fóbica o isolamento geográfico, consideremos, desta feita, a fobia temporal, as fobias relativamente ao passado e ao futuro, diferenciadamente para homens e mulheres e relativamente ao capitalismo, e seu extremo fascismo, e ao comunismo.

 

Considerem-se, para começar, dois artigos meus, a saber, Masturbação feminina no dia-a-dia: suas implicações psicológicas e comportamentais ( Resende, 2008 ) e Orgasmo feminino enquanto “ pequena morte “ ( la petite mort ) ( Resende, 2012 ). O primeiro deles refere-se ao hábito diário do comportamento masturbatório feminino, e às suas implicações comportamentais e psicológicas, com o hábito da fêmea humana de se excitar e de se masturbar em qualquer local que se encontre, através da sua musculatura vaginal e pélvica, até atingir o clímax, num movimento paroxístico. Indica-se que já Freud ( 1905 ), nos Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade, nos falava da satisfação sexual sentida pela rapariguinha contraindo os braços entre as pernas, como contraforça, realçando a prevalência deste tipo de comportamento. Mais se refere, que na observação quotidiana, associados a estes comportamentos masturbatórios, estão as eventuais ocorrências de um “ engolir em seco “, aquando do clímax e, muito importante, as ocorrências de comportamentos sonolentos, como o bocejar, aquando do clímax, em que a mulher ou a rapariga começam a ficar com sono, sendo de realçar a proximidade entre o clímax e os comportamentos sonolentos. Ainda Freud ( 1905 ) nos fala da satisfação sexual associada ao sono, como sendo uma regressão, em que a mulher regressa como que a um estado intra-uterino, em completa dependência de outrem. Destaca-se, nestes comportamentos, que por mais satisfação sexual que se obtenha, a capacidade multi-orgásmica, os comportamentos de “ engolir em seco “ e do comportamento sonolento não diminuem, indicando que a plena satisfação sexual não é obtida, persistindo os comportamentos masturbatórios. Isto leva a crer que diminui a capacidade de procura efectiva de satisfação sexual, na relação, importantemente, o que nos leva à noção, mais ou menos presente, pelo menos na cultura ocidental, de menor iniciativa sexual da mulher, em termos de comportamentos efectivos de procura de satisfação sexual. Ora, quanto a esta menor iniciativa, e quanto à dependência, referida anteriormente, é de notar que Jung             ( 1968 ) indica que a mulher que não se identifica com o Eros materno perde a capacidade de iniciativa. É como se a mulher, nesse comportamento sexual típico de masturbação se identificasse mais com o Tanatos materno. Ainda neste artigo se propõe que preventivamente se deverá facilitar culturalmente, politicamente                 ( políticas de acesso ao crédito à habitação ), educativamente, etc., a tomada de iniciativa sexual por parte da mulher para que esta possa mais facilmente identificar-se com a Vida, com o Amor. Já no segundo dos meus artigos referidos, acrescenta-se que considerando que a resolução é a fase de resposta sexual humana  que se segue ao orgasmo, teríamos aqui que a irresolução crónica na mulher estará associada à morte, sendo neste contexto que se enquadra a famosa expressão francesa do orgasmo feminino enquanto “ la petite mort “, a pequena morte.

 

Considera-se, pois, a associação e a identificação da mulher com o Tanatos, e não tanto com o Eros, no seu comportamento sexual típico, em que temos uma tendência contrafóbica em direcção à morte, em direcção à proximidade da mesma. Esta contrafobia é caracterizada pelo catar sexual feminino enquanto fobia social, como se pode ver em Catar sexual feminino enquanto fobia social ( Resende, 2012 ), que se baseia no sentimento de estar a sugar sexualmente o sangue de outra mulher, na eventual menstruação da mesma, que lhe faz lembrar o sinal depressivo da perda do pénis já efectuada, com sentimento de perda do amor do objecto, já que fantasia que foi o objecto na relação precoce que lhe amputou o pénis. Assim, considerando a histeria mais tipicamente feminina, com comportamentos sexualizados típicos na mesma, a fobia dá conta da superficialidade também típica dos relacionamentos histéricos, enquanto que a contrafobia dá conta da sociabilidade também típica desses mesmos relacionamentos. Deste modo, a contrafobia feminina, que dirá respeito a um sentimento para a morte, contrapõe-se à fobia temporal relativa ao passado, ou passado-fóbica. Ainda, pode associar-se a contrafobia do catar sexual feminino, com relações sociais diremos “ mortíferas “, à relação que Jacques Lacan ( 1996 ), em Escritos, faz, entre catar sexual feminino e instinto de morte.

 

É de notar que no homem fascista, como se pode ver em A guerra militar no homem fascista ( Resende, 2013 ), haverá também um sentimento para a morte, com a raiva narcísica do militarismo expansionista espacial fascista, e uma fobia temporal relativa ao passado, que baseará aquela raiva narcísica. Haverá esta fobia já que haverá uma identificação acentuada do homem fascista com a mãe, que é considerada castrada, em que há o sentimento por parte do homem de que quando nasceu amputou o pénis da mãe, sendo ele pois um filho-falo, cujos vestígios  serão o clitóris da mãe, havendo também um sentimento de culpabilidade por parte desse homem, por fantasiar que a mãe sabe que foi ele que amputou o pénis dela, com sentimentos consequentes de perda do amor do objecto, o que é particularmente depressivo. Ora, a menstruação da mãe, e de outras mulheres, fazem lembrar ao homem fascista toda esta situação, o que causará aquela fobia temporal em relação ao passado, em que o sentimento para a morte e a raiva narcísica relacionada, também relacionada com a violência imaginada da amputação, serão projectadas sobre o inimigo, fomentando investidas expansionistas espaciais falo-sobrecompensatórias, em que haverá a procura do pénis da mãe e para a mãe, que estará simbolizado na bandeira hasteada do inimigo. A fobia temporal relativa ao passado fará recalcar o sentimento de culpabilidade sentido, recalcando-se, pois, os sentimentos associados à menstruação da mulher, em que aquela procura terá este sentimento de culpabilidade inconsciente subjacente, em que quanto mais culpado maior a procura. Dir-se-á ainda que a fobia temporal em relação ao passado do homem fascista será contrabalançado por um sistema contrafóbico em relação ao futuro, que nos levará ao nacionalismo exacerbado do fascismo, e à necessidade patológica de ter sempre a bandeira nacional hasteada, não se fazendo o luto do pénis perdido, que seria simbolizado pela meia-haste, não se dizendo contudo que essa meia-haste não é feita mas sim que a vivência catártica do luto não é feita.

 

Já como se pode ver, por exemplo, em A mulher e a morte ( Resende, 2013 ), há uma tendência geral da mulher mais velha, pós-menopáusica, de pintar os cabelos brancos ou grisalhos, porquanto geralmente o homem não o faz, revelando uma certa fobia relativamente à proximidade da morte, anunciada pelos cabelos brancos, fobia ao futuro. Em Segundo complemento a O sobrecompensatório na mulher ( Resende,  2014 ) é indicado que a mulher mais velha, pós-menopáusica, tende a usar o cabelo curto, diferenciadamente a mulheres mais novas, com cabelos compridos, tipicamente, entendendo-se que isso é devido à perda da menstruação na menopausa, perdendo-se, então, o motivo de sobrecompensar o tamanho da cabeça e do cérebro através do cabelo, relativamente ao homem, por já não se sentir diminuída em relação ao mesmo, diminuição essa baseada na inveja do pénis, manifestada pelo tal engrandecimento sobrecompensatório, que é associada à perda do pénis já efectuada, com a fantasia confirmatória da menstruação como sinal dessa perda. A sobrecompensação, através dos cabelos compridos, também está enquadrada na maior produção histórica por parte dos homens, a nível cultural, científico, artístico, etc., relativamente às mulheres, em particular nas sociedades ocidentais. Temos, pois, a perda do motivo fóbico em relação ao passado, fobia essa como acima mencionada acerca do catar sexual feminino, e uma equiparação sentimental e narcísica em relação ao homem, o que enquadrado com a questão da pintura do cabelo, nos diz que, na mulher, com a idade, há a passagem de uma fobia temporal relativamente ao passado para uma fobia temporal relativamente ao futuro.

 

No homem, tipicamente mais obsessivo, e em que um sistema mais tipicamente obsessivo e patriarcal é o comunismo, dever-se-á referir o efeito no psiquismo humano do movimento de rotação da Terra, ou movimento de revolução. Temos, pois, este efeito de revoluções contínuas, que transmitirá o sentimento de que a revolução é precisa ser feita novamente, havendo nesse sentido, particularmente no homem, tendências inconscientes no revolucionário contribuindo para que surjam contra-revoluções. Será neste sentido, que no homem, mais tipicamente obsessivo, haverá uma fobia relativamente ao futuro, futuro-fóbico, portanto, sentimento que será semelhante na mulher mais velha, como já vimos. Temos um enquadramento em que haverá no homem uma fobia em relação à proximidade da morte, sendo coerente que no sistema obsessivo patriarcal que é o comunismo tenhamos o ateísmo, ou não crença formalizada numa vida depois da morte, o que também contribuirá para uma fobia temporal em relação ao futuro. É de notar que neste sistema comunista mais progressista, e por contraponto ao expansionismo espacial mais capitalista e fascista, haverá uma necessidade de expansionismo temporal, no sentido progressista, em que temos um sistema fóbico de aproximação/evitamento, sistema fóbico esse como Houzel, Emmanuelli & Moggio ( Coord. ) ( 2004 ) nos indicam e caracterizam. Este sistema de fobia relativamente ao futuro, com aproximação/evitamento, será contrabalançado por um sistema contrafóbico de expansionismo temporal em relação ao passado, onde podemos enquadrar aqui os avanços pioneiros das conquistas da União Soviética comunista a nível espacial, ou espaço-sideral, considerando a noção da Física ou Astrofísica, que da Terra para o cosmos estamos sempre a olhar para o passado, devido à distância temporal que a luz demora a chegar a nós. Coerentemente, contraponho aqui o indicado em Tendências psicológicas e medos futuros das sociedades capitalistas ( Resende, 2010 ) e Exemplo paradigmático relativo às tendências psicológicas e medos futuros das sociedades capitalistas ( Resende,  2011 ), e por contraponto ao comunismo, em que haverão na sociedade capitalista, particularmente a dos Estados Unidos da América, bastião do capitalismo, tendências fóbicas relativamente ao espaço sideral e à conquista do mesmo, com o exemplo do Vai-Vém estado-unidense, tipicamente num sistema fóbico de aproximação/evitamento, que incluirá uma fobia relativamente a uma invasão alienígena, que terá vindo a ser ao longo das décadas reproduzida na cultura de Hollywood.

 

Mas descrevam-se melhor estes artigos. Nos mesmos, baseio-me no apoio incondicional dos Estados Unidos, enquanto bastião do capitalismo, a Israel, e na historicidade da coluna de fogo que guiou as tribos hebraicas pelo deserto, considerando-se que a coluna de fogo moderna nas sociedades capitalistas é a religião, enquanto modo de unir as pessoas, baseada na divinização do dinheiro, em que este é considerado psicologicamente a nível anal, que por sua vez baseia-se na divinização do sistema matriarcal, que está baseado na sexualidade feminina. Indico, para mais, a utilização da sexualidade feminina para controlo do indivíduo e das massas, em que teríamos o deslocamento das culpabilidades associadas ao controlo para o fogo eterno do Inferno, na religião cristã, mantendo-se, deste modo, o controlo individual e societal. Há, então, uma paranoia anal, surgindo como principal medo capitalista a desmistificação das tradições judaico-cristãs e da sexualidade feminina, concluindo-se que o medo capitalista de o “ fogo “ se extinguir significará o medo do frio do espaço ou o medo de uma invasão alienígena. O exemplo paradigmático dado é a utilização do Vai-Vém espacial, utilizado pelos Estados-Unidos, uma sociedade capitalista, com caracterizações fóbicas. De facto, afigura-se o mecanismo relacional, na exploração espacial, de aproximação/evitamento, pelo ir e vir do Vai-Vém, perspectivando-se estratégias defensivas fóbicas de fuga para a frente e de evitamento, estratégias estas como consideradas por Houzel, Emmanuelli & Moggio ( Coord. ) ( 2004 ). Acrecente-se, aqui, que aquela divinização do sistema matriarcal baseado na sexualidade feminina será, para sermos mais precisos, também uma sacralização da psicossexualidade feminina, com a histeria mais tipicamente feminina, com sobrecompensações fálicas, que nos reportará às sociedades falocêntricas, características do capitalismo global contemporâneo.

 

Continuando, para mais, se na sociedade capitalista há uma fobia temporal relativamente ao passado, reproduzida na fobia de conquista espacial, relação já vista, teremos que para contrabalançar teremos um sistema contrafóbico de fobia temporal relativamente ao futuro, na Terra, que nos reportará à necessidade de imortalidade simbólica, ou seja, obra feita a nível cultural, científico, artístico, etc., perdurando pelos tempos, em que, tendo em conta as características do sistema fóbico de aproximação/evitamento, se ligaria a uma ansiedade narcísica que é efectivamente tão característica do histérico, sendo a histeria mais tipicamente feminina e o capitalismo um sistema predominantemente histérico. Faz lembrar a história inglesa da onda de suicídios de mulheres, em relação à qual o rei determinou que as suicidas seriam expostas nuas por toda a cidade, após a morte, o que resultou na paragem dessa onda. Assim, o sistema capitalista, para diminuir o medo de invasão alienígena e de progredir pelo espaço sideral, deverá vivenciar a imortalidade simbólica com ansiedade narcísica, em que a ansiedade narcísica estaria mais próxima do evitamento e a necessidade de imortalidade simbólica da aproximação. Ou seja, dever-se-á sujeitar mais a que a obra feita seja julgada por gerações vindouras, contrariando a tendência habitual para a gratificação imediata do histérico capitalista, devendo caracterizar-se mais por técnicas mais obsessivas como a tendência para o adiamento da gratificação, através do juízo de condenação. E isto para diminuir o medo de progressão pelo cosmos e de uma invasão alienígena. Já o sistema comunista, com um sistema contrafóbico de expansionismo temporal em relação ao passado, para progredir no espaço sideral, deverá contrabalançar com o diminuir de fobia relativamente ao futuro, em que relacionando os fenómenos, particularmente por ser um sistema progressista, deverá haver um diminuir da necessidade de imortalidade simbólica, já referida, não incorrendo tanto na fuga para a frente que caracteriza parte do sistema fóbico, como já visto, que, pelo dito acima, deverá diminuir as tendências inconscientes no revolucionário na contribuição para que surjam contra-revoluções, e isto no sentido do expansionismo temporal em relação ao passado, que se relaciona, então, com a conquista do espaço sideral, como já vimos. Isto traduzir-se-á por um comunismo menos ortodoxo, caracterizando-se por técnicas mais histéricas como mais tendência para gratificação imediata, e isto para diminuir a fobia do expansionismo temporal em relação ao passado, e consequente conquista do cosmos. Intui-se, ainda, que no sistema comunista, aquele luto do pénis perdido, já referido, estará mais vivenciado catarticamente do que no sistema capitalista, não havendo tendências expansionistas militaristas baseadas na raiva narcísica, e essa melhor vivência permitirá um progresso psíquico, que por sua vez permitirá um melhor luto da imago terráquea, permitindo aos cosmonautas deste sistema um melhor trabalhar da angústia de separação em relação ao afastamento da Terra, no progresso da exploração espacial, em que psicologicamente o indivíduo será menos controlado por aquela angústia, particularmente em viagens de longa duração.

 

Para resumir, temos na mulher mais jovem e homem fascista uma fobia temporal relativa ao passado, que neste homem fascista é contrabalançada por uma fobia em relação ao futuro, que leva ao nacionalismo patológico da bandeira hasteada e à vivência da imortalidade simbólica com ansiedade narcísica, e que na mulher mais velha e homem comunista há uma fobia temporal em relação ao futuro, que neste homem comunista é contrabalançada por um expansionismo temporal em relação ao passado, que nos remete para a exploração espacial, tendo em conta o tempo passado do que é observado da Terra, expansionismo esse que para se acentuar deverá haver um diminuir da necessidade de imortalidade simbólica.

 

Considere-se agora a temática das viagens no tempo, perspectivando o meu artigo Exploração cósmica e viagens no tempo e suas relações com a histeria e a obsessão      ( Resende, 2010 ). No mesmo, refiro a minha proposta da noção dos psemes enquanto unidades de evolução psicológica, enquanto unidades psicológicas de transmissão intergeracional. Basicamente, os psemes serão pensamentos inconscientes que são constituídos enquanto complexos, ou conjunto de complexos, inconscientes, sendo estes complexos tidos no sentido Junguiano, enquanto conjunto de disposições psicológicas, psicológica e significativamente relacionadas. Os psemes terão características Lamarckianas da psique, no sentido de os complexos inconscientes poderem ser modificados durante a vida do indivíduo, com essas modificações a serem transmitidas às gerações seguintes. Outra proposta minha são os psitrões, que perspectivam-se enquanto partículas psicológicas que subjazem os psemes. Basicamente, dir-se-á que a histeria é caracterizada por psitrões curtos e que a obsessão é caracterizada por psitrões longos. Isto porque a tendência para a satisfação imediata, o “ aqui e agora “ histérico, teria por base psitrões que estariam associados à memória curta, daí o recalcamento histérico, e à inibição dos receptores psitrónicos associados à memória a longo prazo. Já a tendência para o adiamento da satisfação, gratificação, característica da obsessão, relacionada com o juízo, ou julgamento, de condenação, teria por base psitrões que estariam associados à memória a médio e a longo prazo, e à inibição dos receptores psitrónicos associados à memória a curto prazo. Temos, pois, psitrões curtos na histeria e psitrões longos na obsessão. Propõe-se, então, nesse artigo, e perspectivando as características psicológicas e saúde mental, com prevenção de eventuais efeitos secundários, que os viajantes no tempo histéricos deverão fazer apenas viagens temporais de curto alcance, enquanto que os viajantes no tempo obsessivos poderão fazer viagens de longo alcance.

 

No contexto do presente artigo, e especificando melhor estas características, dir-se-á que a mulher jovem e o homem fascista, mais capitalista, com a sua fobia temporal relativa ao passado, nas viagens no tempo, dever-se-ão especializar contrafobicamente, e tendo em conta que terão características mais histéricas, na progressiva viagem para o futuro e cada vez de maior alcance, devendo treinar acentuadamente a característica do adiamento da gratificação, pelo juízo de condenação. Já o homem comunista e a mulher mais velha, com a sua fobia temporal relativa ao futuro, nas viagens no tempo, dever-se-ão especializar contrafobicamente, e tendo em conta características mais obsessivas, na progressiva viagem para o passado e cada vez de menor alcance, devendo treinar acentuadamente a característica da gratificação imediata, mais pelo recalcamento.

 

Intui-se que a mulher capitalista e o homem novo, que poderíamos associar simbolicamente ao Homem-Novo do comunismo, nas viagens no tempo, caracterizar-se-ão por progressivas viagens para o futuro e cada vez de menor alcance, enquanto que a mulher comunista e o homem mais velho, nas viagens no tempo, caracterizar-se-ão por progressivas viagens para o passado e cada vez de maior alcance.

 

É de notar que nos exemplos dados em relação à idade, quer em relação à mulher mais velha quer em relação ao homem mais velho, propõem-se viagens para o passado, na mulher de menor alcance e no homem de maior alcance, o que será coerente com características habituais da memória de pessoas idosas de recordarem constantemente o passado mais distante, o que nos indica que a pessoa idosa, quer mulher quer homem, tem características habituais mais masculinas, o que considerando que, na minha proposta, a viagem na mulher deverá ser de menor alcance, apontará para uma maior diferenciação em termos de género e, em consequência, pessoal.

 

Repare-se que todos os movimentos até agora, fobias e contrafobias, em direcção ao futuro e ao passado, serão coerentes com a proposta da Física, tal como nos diz Richard Gott III, em Viagens no Tempo no Universo de Einstein ( 2001 ), de que as ondas luminosas que rumam em direcção ao futuro são ondas retardadas e de que as ondas que vão em direcção ao passado são ondas avançadas, referindo ele, contudo, que, em geral, não vemos as ondas avançadas, sendo isso que nos dá um sentido de causalidade e uma seta do tempo. Mas associando nós, no contexto do presente artigo, as ondas luminosas aos electrões, com fotões, que se deslocam nos neurónios, e estando nós a falar de fenómenos mentais, estes fenómenos não serão vistos por serem mentais, com correlatos cerebrais, o que pressupõe-se que não haverá causalidade estrita a nível mental, onde poderíamos incluir exemplificadamente os fenómenos premonitórios, onde se inclui o famoso exemplo bíblico do sonho premonitório do Faraó, interpretado por José, realçando-se a importância da interpretação do significado do sonho, este enquanto fenómeno inconsciente, e as regressões a vidas passadas através de hipnose regressiva. Mas se as ondas avançadas mentais, digamos assim, em direcção ao passado, estão ligadas a fenómenos como a regressão a vidas passadas, através de hipnose regressiva, onde não se pressupõe causalidade, devemos estar atentos ao que se diz no estudo da relação entre a Física e a Consciência, de que há um efeito de observador, de observação, ou seja, aquilo que observamos é sempre influenciado pelo observador, de onde os físicos concluírem que nós somos os nossos pensamentos, em particular, conscientes. Devemos retirar daqui que, eventualmente, apesar de fenómenos como as premonições e as regressões a vidas passadas funcionarem mais a um nível inconsciente, a sua consciencialização poderá influenciar o passado e o futuro, em que, em particular, nas regressões passadas referidas, com ondas avançadas mentais, seguidas de ondas mentais retardadas, já teríamos um nexo de causalidade, também havendo o mesmo em relação às premonições, com ondas mentais retardadas, seguidas de ondas mentais avançadas, o que permitirá a consciencialização dessas premonições.

 

Para finalizar, e tendo em conta o acabado de dizer, teremos que, no sentido temporal do passado e futuro, as fobias influenciam as contrafobias enquanto que as contrafobias influenciam também as fobias, particularmente aquelas descritas, e especialmente com as suas consciencializações, o que será coerente precisamente com as interrelações descritas durante o presente artigo, interrelações essas em que as contrafobias têm em conta as fobias e estas aquelas contrafobias.

 

 

Bibliografia

 

Freud, S. ( 1905 ). Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade. Edição “ Livros do Brasil “

 

Gott III, J. R. ( 2001 ). Viagens no Tempo no Universo de Einstein. edições quasi

 

Houzel, D., Emmanuelli, M. & Moggio, F. ( Coord. ) ( 2004 ). Dicionário de Psicopatologia da Criança e do Adolescente. Climepsi Editores

 

Jung, C. G. ( 1968 ). The Archetypes and the Collective Unconscious ( 2ª edição ). Routledge & Kegan Paul, Ltd.

 

Lacan, J. ( 1996 ). Escritos. Editora Perspectiva

 

Resende, S. ( 2008 ). Masturbação feminine no dia-a-dia: suas implicações psicológicas e comportamentais em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 12/11/2008

 

--------------- ( 2010 ). Exploração cósmica e viagens no tempo e suas relações com a histeria e a obsessão em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 26/11/2010

 

--------------- ( 2010 ). Tendências psicológicas e medos futuros das sociedades capitalistas em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 26/11/2010

 

--------------- ( 2011 ). Exemplo paradigmático relativo às tendências psicológicas e medos futuros das sociedades capitalistas em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 05/01/2011

 

--------------- ( 2012 ). Orgasmo feminino enquanto “ pequena morte “ ( la petite mort ) em www.psicologado.com ( proposto a 05/2012 )

 

--------------- ( 2012 ). Catar sexual feminino enquanto fobia social em www.psicologado.com ( proposto a 06/2012 )

 

--------------- ( 2013 ). A guerra militar no homem fascista em www.psicologado.com       ( proposto a 01/2013 )

 

--------------- ( 2013 ). A mulher e a morte em www.psicologado.com ( proposto a 12/2013 )

 

--------------- ( 2014 ). Segundo complemento a O sobrecompensatório na mulher em www.psicologado.com ( proposto a 01/2014 )

 

publicado por sergioresende às 10:17
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Domingo, 29 de Dezembro de 2013

O medo e a identidade difusa

Comparam-se, neste artigo, comportamentos observados por mim, para partir daí e analisar a relação entre medo e identidade difusa.

 

Assim, temos comportamentos observados de adolescentes no autocarro, em grande número, a falar alto entre si, muito grupal, com manifestação de alguma exuberância. Também, comportamentos observados de indivíduos, muito plausivelmente emigrantes, em particular, no caso, cabo-verdeanos, a falar alto entre si, no autocarro, na sua língua-mãe. Ainda, comportamentos observados de indivíduos estudantes universitários Erasmus, no metro, em grupo, a falar alto entre si, na língua-mãe respectiva. Nestes dois últimos grupos, também alguma exuberância.

 

Considere-se, antes de mais, o fenómeno de identidade difusa na adolescência. Em Dicionário de Psicopatologia da Criança e do Adolescente [ Houzel, Emmanuelli & Moggio ( coord. ) ( 2004 ) ], fala-se numa certa recusa da identidade, dizendo que o mesmo fenómeno será bastante respeitante aos estados-limite e psicoses. São de notar a este respeito as referências de Bergeret ( 1997 ) e de Coimbra de Matos             ( 2007 ) quanto à grande e crescente extensão do fenómeno borderline nas sociedades contemporâneas, particularmente sociedades histéricas capitalistas matriarcais, no âmbito do capitalismo global. A identidade difusa ainda será relativa a dificuldades de individuação, como se vê mais à frente em relação ao ego-pele de Anzieu, o que nos remete para comportamentos de associativismo grupal, em termos de sobrecompensação quanto à individuação, ou falhas na mesma individuação. Aquele Dicionário ainda refere que o fenómeno da identidade difusa se pode ver na problemática da personalidade múltipla, podendo nós aqui fazer a comparação que o que se conclui neste artigo quanto a fenómenos de grupo se refere a uma espécie de personalidade grupal.

 

Temos, pois, problemas identitários na adolescência, dificuldades de integração, muito particularmente ao nível grupal e extra-grupal, o que nos leva a um sentimento de ameaça externa, precisamente porque as fronteiras ego-corporais estão difusas, o que nos levará, como se diz mais à frente, a sentimentos xenófobos, no sentido do termo de medo do diferente. Essas características também serão uma das bases do conflito de gerações, em que os adolescentes terão particular medo dos adultos, do que eles representam, e essa será uma das razões porque se verifica frequentemente ajuntamentos invulgarmente grandes de adolescentes, como por exemplo nos transportes públicos, o que será um mecanismo de defesa que utilizarão para se defenderem do medo sentido, e em que há uma sobrecompensação relativamente às dificuldades de integração.

 

Quanto aos comportamentos observados, temos semelhança de comportamentos nos grupos referidos, com manifestação de exuberância comportamental, na linha histérica, em que se compara, em particular, adolescente com o turista, estrangeiro, emigrante, etc., particularmente, no sentido de problemas identitários, perante a população local, ou autóctone, com dificuldades de integração. Com estes problemas identitários, de dificuldades de integração, haverá, no comportamento de falar alto, como também alguma exuberância, sobrecompensação ao nível do sentimento de pertença, que se manifesta ao nível da presença física nesses locais, em que o indivíduo manifestará latentemente que não se sente como pertencendo onde está, em que as sobrecompensações serão defesas relativamente a ameaças sentidas no ambiente à volta do sujeito.

 

Temos, ainda, que no histérico, mais feminino, há sobrecompensações típicas, como se pode ver, por exemplo, em O sobrecompensatório na mulher ( Resende, 2012 ), principalmente derivadas da inveja do pénis, em que nas sociedades histéricas capitalistas matriarcais, haverão essas manifestações de falar alto, com gritos e exuberâncias, muito particularmente visível em talk-shows televisivos ou concursos, em que, no contexto do artigo, estas sobrecompensações revelarão, nestas sociedades, problemas identitários, dificuldades de integração, a nível global, planetário, com ausência de sentimento de pertença, com algum vazio ( fazendo lembrar o livro de Lipovetski, A Era do vazio ), no sentido de as sobrecompensações referidas revelarem um sentimento latente de não pertença àquele local físico, indicando sentimentos de vazio locais. Tendo em conta o capitalismo global, no contexto histérico, dir-se-à que essas sobrecompensações levarão aos sentimentos nacionalistas exacerbados, típicos dos sistemas xenófobos. Daí o sucesso da chamada guerra ao terror estado-unidense, contemporânea, relativamente a países árabes, muçulmanos, em particular, em que se revelam, precisamente, sentimentos xenófobos, no contexto do extremo do capitalismo, o militarismo expansionista fascista, sentimentos esses relativos à ameaça externa sentida quanto à difusidade das fronteiras ego-corporais, já referida. Poder-se-ia dizer que nos sistemas fascistas nacionalistas xenófobos, há, precisamente, e em sobrecompensação, a identificação do indivíduo com o país, ao nível das fronteiras, em que se sentirá a ameaça externa ao nível da difusidade fronteiriça, ego-corporal no indivíduo.

 

Continuando, naqueles sentimentos de vazio, dir-se-à mesmo que ocorrem dúvidas existenciais, que, no contexto do existencialismo, em particular francês, influenciado por Jean-Paul Sartre, são reveladas na famosa canção francesa, cantada em particular por Joe Dassin, Et si tu n’existe pas, em que se diz na canção Et si tu n’existe pas et si moi n’existerai, fazendo a referência hipotética da situação da mulher não existir e de o homem não existir no futuro. Isto remete-nos para o famoso lema das sociedades histéricas capitalistas matriarcais de viver o momento, que será precisamente uma sobrecompensação à dúvida existencial presente, quanto ao momento presente, com, exactamente, a sua sobrecompensação, enquanto que a situação de o homem não existir no futuro nos remete para falhas, que serão existenciais, de o homem não se imortalizar simbolicamente, tendo em conta a situação histórica de as obras científicas, literárias, artísticas e culturais, que foram sendo deixadas ao longo da história humana, serem precisamente de homens, reflectindo a necessidade de imortalidade simbólica no mesmo, em que precisamente nesta era do vazio já referida, essa necessidade estará a ser colocada em causa, devido às tendências mais contemporâneas das sociedades histéricas capitalistas matriarcais, particularmente com o actual capitalismo global. Isto poderá estar enquadrado no afamado desejo contemporâneo de fama e dinheiro rápidos, que estará associado, precisamente, ao delírio existencial momentâneo, com a sua sobrecompensação.

 

Voltando aos comportamentos observados, eles serão manifestamente histéricos, o que nos leva, quanto à difusão da identidade, às referências a Didier Anzieu, no Dicionário de Psicopatologia já mencionado, quanto às dificuldades sentidas, no contexto do ego-pele e envelopes psíquicos, sendo estes protótipos da relação do indivíduo com o mundo exterior, na patologia histérica, relativamente ao escudo para-excitações e individuação, quanto à sua constituição e desenvolvimento, em que temos, pois, que os estímulos externos são excessivos para o sujeito, ou, como neste caso, para os sujeitos. Estas considerações de Anzieu estão no enquadramento do já dito, quanto a sentimentos xenófobos, pela ameaça externa sentida pela difusidade das fronteiras ego-corporais, e ao medo sentido no conflito de gerações pelos adolescentes, pelas mesmas razões. Estas ideias nos levam a uma base da formação de comportamentos de gangue, em particular, pelas dificuldades de individuação referidas, mas também ameaça relativamente ao escudo para-excitações, com sobrecompensações, como ao típico comportamento em grupo de grupos neo-nazis, que terão este funcionamento em gangue, e terão as características já aduzidas, quanto à xenofobia, em que haverá sentimentos sobrecompensatórios relativamente ao sentimento de não pertença, que levará a sentimentos nacionalistas exacerbados, típicos dos sistemas xenófobos. Este comportamento grupal neo-nazi será, como já dito, um mecanismo de defesa para se defenderem do medo sentido, em que se pressupõe que o outro, do grupo, será visto como uma extensão do próprio, numa linha particularmente narcísica, constituindo, como já se disse, uma personalidade grupal.

 

Para mais, sendo o sistema neo-nazi um sistema matriarcal, a difusidade ego-corporal dos seus integrantes nos remete, identitariamente, para a difusidade ego-corporal relativa aos odores sexuais tipicamente exalados da mulher, com a importância da sexualidade feminina, particularmente, nas relações histéricas sexualizadas nos sistemas capitalistas, e seu extremo, fascismo, num contexto em que o neo-nazi, o fascista, se identifica acentuadamente com a mãe castrada, sentindo o mesmo que foi responsável pela amputação do pénis da mãe, com culpabilidade, já que sentirá que a mãe se quer vingar, como se pode ver em A guerra militar no homem fascista                 ( Resende, 2013 ). Acontecerá que o homem fascista será um filho-falo por excelência, que ao nascer terá amputado o pénis da mãe, cujos vestígios são o clitóris, havendo sentimento de perda de amor do objecto, por aquele desejo de vingança da mãe. Aquela identificação referida do homem fascista será ao nível da identificação fusional psicótica, como se vê naquele artigo agora referido.

 

Destaca-se, sobremaneira, em relação à difusidade ego-corporal relativa aos odores sexuais tipicamente exalados da mulher, o meu artigo A mulher e a morte ( Resende, 2013 ). Considera-se, no mesmo, o comportamento sexual típico da mulher no dia-a-dia, com comportamentos masturbatórios, sem resolução sexual, a fase após o orgasmo, daí as capacidades multi-orgásmicas, em que quanto mais orgasmos obtém, menor iniciativa sexual manifestará. Ora Jung diz-nos que a mulher que não se identifica com o Eros materno, perde capacidade de iniciativa, o que nos leva a pensar que há maior identificação com o Tanatos materno, ou instinto de morte. Fazendo referência que Jacques Lacan também associa sexualidade feminina e instinto de morte, é de considerar, realçadamente, a minha descrição do comportamento habitual e típico de mulheres mais velhas de pintarem o cabelo branco e grisalho, sinal manifesto de envelhecimento e velhice, denegando a velhice, o que contextualizando o agora dito revela-nos, importantemente, um medo relativamente generalizado do género feminino da morte e da proximidade da mesma. Relacionando a identificação da mulher com o instinto de morte com este medo do género feminino da morte, leva-nos a pensar no medo de morte da mulher dela própria. Ora, no contexto deste artigo, o medo relativo à difusidade sexual que a mulher sente, será, então, em relação a ela própria, em que será ela que se sente diferente, no sentido xenófobo, do medo do diferente, vendo nós então melhor a relação da mulher enquanto mãe com o homem fascista, e ao nível das personalidades grupais descritas neste artigo, e isto quanto à xenofobia. No contexto, o indivíduo identificando-se fusionadamente com a mãe, de modo acentuado, portanto, desenvolve ele próprio sentimentos xenófobos, em que fará a passagem de uma identificação introjectiva acentuada, de tipo fusional, para uma identificação projectiva também acentuada, em que, pelo já dito, teremos nas personalidades grupais descritas relações fusionais, havendo a recusa da identidade, característica da identidade difusa, da imago materna, que quanto mais acentuada fôr mais acentuadas são as relações grupais, explicando isto a passagem das características introjectivas para as características projectivas.

 

Deste modo, em geral, aqueles comportamentos observados, pelas dificuldades regredidas ao nível da individuação e escudo-para-excitações, em particular, como por tudo já dito, nos remetem para uma identificação acentuada com a mãe, numa linha pré-edipiana, como acontece precisamente com a histeria, que, pelas características fusionais já descritas, será no âmbito borderline, com organização acentuada ao nível oral e fálico, em que podemos comparar o nível oral com os comportamentos de falar alto e o nível fálico, com as sobrecompensações, fálicas, típicas no histerismo, e já referidas no artigo. Estas sobrecompensações estarão no enquadramento daquela recusa da identidade, que caracteriza a identidade difusa, como referido inicialmente, e serão defesas relativamente a medos, ameaças, sentidas no ambiente à volta do sujeito.

 

 

Bibliografia

 

Bergeret, J. ( 1997 ). A personalidade normal e patológica. Climepsi Editores

 

Coimbra de Matos, A. ( 2007 ). O Desespero: aquém da depressão. Climepsi Editores

 

Houzel, D., Emmanuelli, M. & Moggio, F. ( Coord. ) ( 2004 ). Dicionário de Psicopatologia da Criança e do Adolescente. Climepsi Editores

 

Resende, S. ( 2012 ). O sobrecompensatório na mulher em www.psicologado.com         ( proposto a 12/2012 )

 

--------------- ( 2013 ). A guerra militar no homem fascista em www.psicologado.com        ( proposto a 01/2013 )

 

--------------- ( 2013 ). A mulher e a morte em www.psicologado.com ( proposto a 12/2013 )

publicado por sergioresende às 11:25
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