Quinta-feira, 24 de Setembro de 2015

Anima e Animus: conquistas amorosas e sexuais, feminismo e imperialismo

Anima e Animus: conquistas amorosas e sexuais, feminismo e imperialismo

 

No presente artigo, relaciona-se os conceitos Junguianos de Anima e Animus com as conquistas amorosas e sexuais, com o feminismo e com o imperialismo.

Primeiramente, definamos Anima e Animus ( Shultz & Shultz, 2006; Jung, 1988 ), em que teríamos uma tendência optimal para o equilíbrio entre a percepção consciente da sexualidade e o respectivo Anima, ou feminilidade inconsciente no homem e Animus, ou masculinidade inconsciente na mulher.

Relacionemos Anima, ou feminilidade inconsciente no homem, ao nível linguístico, ou psicolinguístico, com animado, indicando-nos que homens muito ou excessivamente animados, particularmente exuberantes na linha histérica, serão dominados por essa feminilidade inconsciente ou anima, em que se dirá que terão sido conquistados por mulheres.

Podemos referir-mo-nos, por exemplo, a apresentadores de talk-shows televisivos, com notórias características animadas, em que enquadrando a grande influência dos media, a nível socio-político, teríamos aqui que esses homens terão sido conquistados pelo matriarcado capitalista, este com características mais histéricas, com a histeria mais tipicamente feminina, em que teríamos, pois, que esses homens mais animados, com tendências mais histéricas, seriam eles os primeiros conquistados pelas mulheres, numa introjecção excessiva de características femininas, mais histéricas, mais animadas.

Estas noções dão mais sentido a quando se ouve amiúde a preferência de raparigas e mulheres por homens que as façam rir, supostamente mais animados, já que isso dará um sentimento à mulher de que conquistou esse homem, o que nos dá uma perspectiva acerca da perspicácia de uma mulher relativamente ao sentimento de conquista amorosa e sexual.

O aspecto de maior animação no homem, está também implícito nos homens homossexuais, com comportamentos mais exuberantes.

Podíamos, em geral, associar esta identificação do homem animado, particularmente enquanto homossexual, na sua identificação acentuada com a mãe, com uma manifestação implícita de terem sido conquistados pela mãe, na relação precoce, ou dito de outra maneira, de terem sido dominados pela mãe.

Já o Animus, ou masculinidade inconsciente na mulher, se relaciona, psicolinguisticamente, com animosidade, indicando-nos que mulheres excessivamente animosas ou com maior animosidade, ou hostilidade, serão dominadas por essa masculinidade, ou animus, em que se dirá que terão sido conquistadas por homens.

Podemos referir-mo-nos, por exemplo, a apresentadoras de televisão e atletas, excessivamente másculas, com excessiva animosidade, em que considerando o fenómeno da progressiva emancipação socio-profissional das mulheres, no enquadramento de movimentos feministas, estes com notórias hostilidades em relação a homens, e com frequentes tendências lésbicas, teríamos que essas mulheres com mais animosidade seriam elas as principais conquistadas por homens, numa introjecção excessiva de características masculinas, mais animosas, o que tendo em conta as características do feminismo referido, não deixa de ser irónico, e indicativo de que há uma maior emulação, imitação, em relação aos homens, fazendo lembrar a expressão de que se não podes vencê-los, junta-te a eles.

No caso das atletas, por exemplo, em que há a tendência geral para que homens joguem melhor do que as mulheres, ou serem melhores no desporto, haverá uma procura relativamente inconsciente de jogar tão bem como os homens, e no enquadramento de frequentes tendências lésbicas, haverá uma procura de maior identificação com os homens, mais ou menos inconsciente, para jogarem melhor.

Já nas apresentadoras com as características referidas, com frequentes tendências de acentuarem o maxilar, mais masculamente, haverá uma procura de tanto ou maior respeito e/ou de serem temidas, que sentem que acontece aos colegas de profissão homens, no quadro já referido do poder associado aos media. Novamente, tendo em conta aquele enquadramento feminista, e no quadro do poder associado ao fenómeno televisivo, é de realçar o já dito quanto a estas mulheres serem principalmente aquelas conquistadas por homens, ao nível de uma excessiva introjecção de características masculinas.

Poderíamos associar esta identificação das mulheres masculinizadas, particularmente enquanto lésbicas, na sua identificação acentuada com o pai, com uma manifestação implícita de terem sido conquistadas pelo pai, na relação precoce, ou dominadas pelo mesmo.

Ainda, parece haver uma oscilação entre esta escolha de objecto homossexual e identidade de género masculina, relacionada com o Édipo positivo, numa tentativa de triangulação edipiana, tentando identificar-se com o pai, mas com grandes dificuldades em deixar o amor pré-edipiano pela mãe. Para mais, nessa transitividade, a mulher, na escolha de objecto homossexual, com masculinização progressiva, se identificaria e fantasia substituir o pai, na procura do amor da mãe, havendo, então, acentuadas carências afectivas, com sentimento de desamor por parte do objecto materno, numa linha depressiva.

Noutra perspectiva, podíamos considerar nestas mulheres, no enquadramento do catar sexual feminino, ou o sentimento de sugar sexualmente outra mulher, nas relações sociais tipicamente sexualizadas entre mulheres, uma acentuada ambivalência homossexual, com maior ou menor angústia correspondente, que será apaziguada pela externalização daquela masculinidade inconsciente, ou animus, fornecendo à mulher maiores bases para relacionamentos interpessoais, menos angustiantes, e com a própria, em que isto será sentido mais a nível consciente.

Ainda naquela identificação acentuada com o pai, e quanto ao comportamento masculinizado destas mulheres, ter-se-á em conta a asserção psicanalítica da habitual perversidade polimorfa nas mulheres, em que essa perversidade se caracterizará pelo objecto parcial, o que nos indica que há uma identificação com aspectos parciais do homem, que sobressairão mais, com identidade progressiva, então, na linha de aspectos estereotipados, particularmente mais externos.

Continuando, e em relação novamente quanto ao anima, e à conquista por parte de uma mulher de um homem, considerem-se o que poderão ser considerados actos falhados, lapsos de linguagem, de género e/ou de espécie, a nível transpessoal, que é quando se ouve frequentemente por parte de uma mulher, que eventualmente ouviu da mãe ou da avó, que um homem conquista-se pelo estômago, e outro dito que é o de desejar que um homem lhe dê o mundo. Dito isto, considerem-se as tendências falo-sobrecompensatórias derivadas da inveja do pénis na mulher, e o tido em conta no meu artigo A guerra militar no homem fascista ( Resende, 2015 ), de que, na sua tendência expansionista imperialista, o homem fascista identifica-se acentuadamente com a mãe considerada castrada, em fantasia, e que, na conquista da bandeira hasteada do inimigo, esse homem pretende devolver o pénis perdido da mãe, que se terá perdido quando o homem fascista nasceu, cujos vestígios serão o clitóris, em que esse homem sentir-se-á um homem-falo por excelência. Para além disso, dois homens imperialistas conhecidos, Hitler e Napoleão, tinham precisamente problemas de estômago, em que, por exemplo, a posição conhecida da mão de Napoleão, ao nível do estômago, reflectirá essa problemática. Outro exemplo de Hitler ao nível da conquista pelo anima é quanto a comportamentos externos, de gestos, aquando de discursos, que poderão ser considerados animados e efeminados, como apontam jocosamente os comediantes Gato Fedorento, enquanto sátiros sociais, o que é coerente com o aqui dito. Dir-se-á, em conclusão, que esses dois homens terão sido conquistados pelas mulheres, e em particular na relação precoce pelas mães e dominados por estas, podendo inferir-se que isso caracterizará o homem imperialista em geral.

Ainda quanto ao animus, e nas lésbicas, nas frequentes manifestações e posturas másculas excessivas, podíamos intuir que, e referindo, por exemplo, A inveja do pénis e a inveja do clitóris e suas implicações políticas ( Resende, 2015 ), quanto à inveja do pénis, e suas sobrecompensações falo-narcísicas correspondentes e frequentes, associadas ao expansionismo imperialista fascista, nos sistemas histéricos matriarcais capitalistas e fascistas, caracterizarem mais a mulher, e a inveja do clitóris, e suas subcompensações narcísicas, que se associam mais a sistemas defensivos e a fenómenos como a diplomacia, pela capacidade de fazer cedências, etc., nos sistemas obsessivos patriarcais socialistas e comunistas, caracterizarem mais o homem, podíamos intuir, dizia eu, que há uma identificação com a subcompensação narcísica, em que aquela tendência máscula está associada à identificação da lésbica com o corpo geralmente mais musculado de um homem, e a um ideal de masculinidade, em que a subcompensação está presente na comparação de que quanto mais musculado fôr o homem mais pequeno é o pénis, havendo subcompensação a nível corporal, portanto, em que poderíamos supor que há um afastamento ideológico da lésbica, em frequentes tendências feministas, ao pénis enquanto símbolo do homem em si, em que neste caso esta lésbica feminista tem o homem por homem-falo.

Quanto à identificação da lésbica com a musculatura em si do homem, e à subcompensação peniana, haverá um sentimento de aproximação ao clitóris, e será isso que promoverá mais a identificação da lésbica enquanto mulher com a musculatura do homem. Esta identificação revelará um sentimento de insegurança física por parte da mulher, que tentará equiparar-se ma emulação máscula, e que surgirá de sentimentos lésbicos feministas, em particular ideologicamente, a nível histórico, sentindo-se prejudicada pelo homem a vários níveis, não menos por atitudes machistas, ou mesmo misóginas, podendo envolver mesmo o físico, ou tão-simplesmente sentir-se inferiorizada em relação ao homem, importantemente a nível físico, e a nível evolutivo, de em termos pré-históricos ser o homem que a nível físico dominava, caçava e protegia o grupo num ambiente hostil, com dependência da fêmea em relação a este estado de coisas.

No aspecto do caçar, e de usar as peles dos animais em consequência, particularmente no sentido ostentatório de conquista, e como também estará presente nos dias de hoje, particularmente nas sociedades industrializadas, pelo uso frequente e generalizado de roupas de padrão animal por parte de raparigas e mulheres, em que pelo já dito aqui, haverá uma tentativa de compensação histórica e evolutiva, com afirmação indumentária actual por parte da mulher industrializada na emulação dita     “ máscula “ de que conquistou o animal, em que podemos dizer que esta tendência indumentária será uma afirmação ideológica feminista, querendo corrigir relações e aspectos societais a nível histórico e evolutivo.

Naquele aspecto ostentatório, ao nível do exibicionismo fálico, com a histeria enquanto organização oro-fálica, e com a histeria mais tipicamente feminina, teríamos o uso actual de roupas e sapatos de padrão animal, como sinal ilusório de conquista passada, pela ausência plausível de conquista do animal per se por parte de mulheres, em que a mulher, na linha do padrão totémico, do totem por excelência, da tribo capitalista, é o modelo totémico, no enquadramento das sociedades matriarcais histéricas capitalistas, e seu extremo fascismo, globais actuais e, importantemente, das sociedades no âmbito do chamado Capitalismo Selvagem, com a mulher enquanto falo totémico, na linha das sociedades falo-cêntricas actuais. Aquele aspecto ilusório nos indicaria a tendência destas mulheres serem usadas no quadro capitalista enquanto disfarce para o contínuo dominar por parte de homens nestas sociedades.

Pelo descrito até aqui, pode dizer-se que estas mulheres sentem-se conquistadas, dominadas, por homens, em geral, e pelo pai, na relação precoce, em particular.

Noutro plano, já a nível colectivo, atentemos à relação entre Portugal e Inglaterra, enquanto ex-países colonizadores, e Brasil e E. U. A., enquanto ex-colónias respectivas. A atenção deverá ser focada na linguagem, em particular, como em outros aspectos ao nível do comportamento, com as características mais histriónicas nos segundos. Teríamos a influência de países colonizadores, enquanto sistemas imperialistas matriarcais, mais histéricos, com a histeria mais tipicamente feminina, em que as colónias, a seu tempo, acabaram por ser conquistadas ao nível do anima colectivo, anima colectivo esse que poderíamos considerar ao nível da histeria de massas, ao nível de características mais histéricas, mais animadas, mais femininas, apesar de posteriores independências.

Dir-se-á que houve uma replicação destas características, na linha do imperialismo enquanto meme, ou padrões sociológicos, culturais, que se auto-replicam, como Richard Dawkins define, em O gene egoísta ( 1989 ). Podíamos considerar esta auto-replicação memética do imperialismo ao nível das conquistas e reconquistas territoriais imperialistas na história europeia, com os diferentes impérios e, por exemplo, na influência do império romano em Inglaterra, com posterior império britânico, e ocupação moura na Península Ibérica, no caso de Portugal, com posterior império português.

Esta auto-replicação de impérios, ou enquanto sistemas imperialistas, com o seu tempo, com o caso de países europeus ocidentais e E. U. A. enquanto actuais sistemas imperialistas, ou o caso de Israel, com o seu sistema imperialista de apartheid e de ocupação territorial dos territórios palestinianos, com o passado israelita de escravatura por Babilónios e Egípcios, pelos seus respectivos impérios, esta auto-replicação, dizia eu, indica-nos maior dependência do passado histórico, em que o passado tenderá a replicar-se, a repetir-se. Esta maior dependência do passado, é referida num artigo meu, Etologia e filopsiquismo ( Resende, 2015 ), relacionando padrões etológicos e padrões psicológicos, em que quanto mais gaussianamente mediano mais relacionado com o passado, e onde se dá o exemplo exopsicológico, no contexto da Teoria do Astronauta Antigo, que diz que temos vindo a ser visitados, ao longo da História humana, por entidades extraterrestres, de a raça Anunnaki ter influenciado a evolução genética humana, e que no início desta evolução, os Anunnaki terão utilizado os humanos enquanto escravos, com consequências filopsíquicas no capitalismo histérico actual, com suas propriedades hedonistas enquanto sobrecompensação em relação a esse passado.

Esta questão temporal, relacionando revoluções, independências, e posterior constituição de estados imperialistas, com contra-revoluções, estará na linha da progressiva influência de características mais matriarcais, mais femininas, mais histéricas, em que atestando da maior influência do passado, como já referido, estará na linha contrária a ideologias mais progressistas, como o socialismo e o comunismo.

Para terminar este tema em particular, dir-se-á que quanto mais imperialista fôr um sistema, mais estará a ser determinado pela ex-potência imperialista colonizante e/ou sistema ideológico imperialista vindo do passado.

Noutro exemplo de auto-replicação memética do imperialismo, é de destacar a presença dos árabes na Europa, em particular na Península Ibérica a partir do século VIII, e por vários séculos, em que os mesmos conquistaram esse território, enquanto parte de um império árabe. Neste contexto imperialista, refira-se Martin Page, com o seu The First Global Village – How Portugal Changed the World ( 2002 ), intitulando um capítulo acerca de os árabes trazerem a civilização à Europa, dizendo ainda que deverá haver maior apreciação do contributo islâmico para a civilização ocidental, com raízes na Ibéria do Sul, espalhando-se para países mais a norte da Europa. Realçam-se vários contributos dos árabes, com influências pela Europa fora, como a introdução de universidades, centenas de anos antes das primeiras universidades europeias, e desconhecidas até então como tal, na matemática, com os agora universais números árabes, incluindo a criação do zero, na medicina, na arquitectura, na linguagem, na agricultura, como sistemas de irrigação e moinhos de vento e de água, na arte, nos armazéns e nas embarcações marítimas, onde se incluirá a roda do leme. A transmissão memética imperialista particular estará na posterior proeficiência marítima, quer de portugueses como de espanhóis, com os seus impérios, que se destacaram séculos mais tarde na exploração marítima. Mais se destaca, neste contexto marítimo, da chegada à América de Cristóvão Colombo com três embarcações espanholas, Pinta, Niña e Santa Maria, e a influência disto nos E. U. A.. Ora, tendo em conta o imperialismo económico estado-unidense, com o seu dólar enquanto moeda reserva mundial e a influência deste dólar na economia mundial, é de considerar, importantemente, que o índice da Bolsa de Valores de Nova Iorque, em Wall Street, é o Dow Jones, e que Dhow é um barco tradicional árabe ( Dhows, Wikipédia ), indicando-nos isto que houve auto-replicação memética imperialista também dois impérios depois.

Para finalizar, dir-se-á que a chamada força anímica dirá respeito àquele equilíbrio entre percepção consciente da sexualidade e o respectivo Anima ou Animus, o que não acontecerá nos exemplos referidos, o que indica potencial nestes casos para maior força anímica.

 

Bibliografia

Dawkins, R. ( 1989 ). O gene egoísta. Gradiva

Jung, C. G. ( 1988 ). A prática da psicoterapia in Obras Completas de C. G. Jung, Vol. XVI. Petrópolis: Editora Vozes

Page, M. ( 2002 ). The First Global Village – How Portugal Changed the World. Casadasletras

Resende, S. ( 2015 ). A inveja do pénis e a inveja do clitóris e suas implicações políticas in Artigos Vários de Psicologia. Chiado Editora

--------------- ( 2015 ). Etologia e filopsiquismo in Artigos Vários de Psicologia. Chiado Editora

-------------- ( 2015 ). A guerra militar no homem fascista in Artigos Vários de Psicologia. Chiado Editora

Shultz, D. P. & Shultz, S. E. ( 2006 ). Teorias da Personalidade. São Paulo: Thomson Learning Edições

 

Referência de Internet

Dhows. Wikipédia in pt.wikipedia.org/wiki/Dhows, consultado em 09/06/2015

publicado por sergioresende às 08:55
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Terça-feira, 8 de Julho de 2014

Discurso circunstanciado no histérico e catar sexual feminino

Discurso circunstanciado no histérico e catar sexual feminino

 

No presente artigo, relacionam-se os fenómenos do discurso circunstanciado no histérico e o catar sexual feminino, sendo a histeria mais tipicamente feminina.

 

Antes de tudo, tenha-se a noção do discurso circunstanciado como se caracterizando pelo discurso verbal com fraca distinção entre acessório e essencial.

 

Destaque-se também a facilidade de deslocamento do afecto entre representações no histérico, mais do que no obsessivo, e a referência que Lacan ( 1996 ) faz, em Escritos, de Freud, de que o deslocamento é o mecanismo mais eficaz de que o inconsciente dispõe para ultrapassar a censura.

 

Considere-se, ainda, o catar sexual feminino, como no artigo do Catar sexual feminino enquanto fobia social ( Resende, 2012 ), com seu condicionamento hipnótico, na psicocinese sexual, acrescente-se, em que temos o catar com importantes características sociais e hierárquicas, em que há o sentimento de estar a sugar sexualmente outra mulher, nos comportamentos sociais tipicamente sexualizados entre mulheres.

 

Para mais, temos que a censura no histérico, num sistema histérico, sociedade histérica, é mais de nível externo, não se funcionando tanto ao nível da censura interna, psíquica, fenómeno mais obsessivo, como se vê em O sonho e as identidades de percepção e de pensamento ( Resende, 2014 ). Desse artigo, temos que quanto mais se acentua a censura externa menos se acentua a censura psíquica, interna, pelo direcionamento contrário entre as mesmas. Descreve-se mais, que temos conteúdo manifesto, do sonho, mais imagético e perceptivo, com identidade de percepção mais associada ao capitalismo enquanto sistema histérico, e em que temos conteúdo latente, do sonho, com mecanismos inconscientes mais obsessivos, como a sobrerepresentatividade e a figurabilidade, e com identidade de pensamento mais associada ao comunismo enquanto sistema obsessivo, onde se perspectiva que a censura externa funcionará particularmente bem num sistema mais histérico, como o capitalismo, e seu extremo, fascismo, realçando-se, neste ponto, o indicado por Houzel, Emmanuelli & Moggio, no seu Dicionário de Psicopatologia da Criança e do Adolescente, acerca de D. Anzieu considerar na patologia histérica, no contexto do ego-pele e dos envelopes psíquicos, haver dificuldades ao nível do escudo para-excitações, o que causará uma maior dependência de estímulos externos, o que se adequa com as características mais perceptivas do histérico capitalista. Exemplos dessa maior actuação da censura externa nas populações em sociedades histéricas capitalistas são o de nos E. U. A., bastião do capitalismo, ter havido historicamente a consideração de inimigos externos como o comunismo e os comunistas, passando posteriormente para os islâmicos enquanto terroristas, no contexto da “ guerra ao terror “. Ora, a censura num sistema comunista, mais obsessivo, funcionará mais ao nível de um controlo mais directo da censura interna, psíquica, que se caracterizará, em particular, pelo questionamento, do pôr em dúvida, da identidade dos pensamentos entre si, da sua coerência, em que, politicamente, desvios ideológicos ao comunismo são especiais alvos de censura, com o exemplo conhecido do “ inimigo do povo “.

 

Continuando, portanto, num histérico, a censura externa dos media como que banaliza as representações, com a sua repetição afectiva e distribuição pelas diferentes representações, particularmente os media sensacionalistas, em que o afecto das representações vai sendo desgastado, vai passando e sendo distribuído por cada vez mais representações, em que teremos que as representações, as palavras, em particular, vão perdendo o seu valor afectivo.

 

Ainda, considerando que naquele catar sexual feminino, no seu condicionamento hipnótico, há um indagar se a outra mulher está realmente a sentir a psicocinese sexual e, em particular, se a outra mulher sabe, conhece, as sensações, particularmente sexuais, que a própria está a sentir, haverá, intui-se, também um indagar hipnótico acerca de se a outra mulher sabe o que a própria está a sentir, emocionalmente, cognitivamente, os próprios pensamentos.

 

Com a histeria mais tipicamente feminina e o catar sexual feminino, intui-se que o discurso circunstanciado típico no histérico, com fraca distinção entre acessório e essencial, numa verborreia mais típica no histérico, surge, em particular, verbalmente, no sentido em que esse discurso verbal constituirá uma muralha verbal para esconder, então, as suas emoções, cognições, pensamentos, etc.. Ora, pelo já dito, temos que essa muralha é utilizada por uma espécie de confiança inconsciente de que essa palavras verbalizadas não vão revelar os pensamentos, etc., por terem perdido, para o próprio, o seu valor afectivo. Mas tendo em conta a importância do deslocamento no ultrapassar da censura, como já referido, em que na fraca distinção entre acessório e essencial há o tentar esconder aquele afecto que é deslocado e verbalizado, temos que, precisamente, aquelas palavras e ideias transmitidas naquela muralha verbal nos indicam, em particular nas interrelações linguísticas que basearão lapsos inconscientes de linguagem, com a histeria com organização oro-fálica, em que a língua enquanto falo dá uma base interessante para lapsos inconscientes de linguagem, as palavras daquela muralha indicam, dizia eu, aspectos sintomáticos, por exemplo, relacionados com o recalcamento histérico, onde se recalca o que é desagradável para o indivíduo, e aspectos, em geral, problemáticos para o indivíduo, como, em especial, o outro saber o que o próprio está a sentir, a pensar, etc., o que apontaria para uma espécie de fobia a fenómenos telepáticos, em particular de transmitir ao outro pensamentos, emoções, etc.. Repare-se que aquela muralha verbal será uma tentativa do histérico de reconstituir o escudo para-excitações, que, no histérico, poderá estar deficitário, o que havendo essa muralha nos indica que o escudo estará mesmo deficitário. Estas características também basearão o fenómeno da mitomania, enquanto outro traço histérico, quer pela perda do valor afectivo das palavras, como descrito, quer pela tentativa mais ou menos delirante do histérico de reconstituir o seu mundo relacional, como descrito, considerando que o escudo para-excitações constitui um protótipo da relação do indivíduo com o mundo exterior, como indicado naquele Dicionário de Psicopatologia, de Houzel, Emmanuelli & Moggio ( Coord. )( 2004 ).

 

A fobia a fenómenos telepáticos, de transmitir ao outro pensamentos, emoções, etc., como referido, indicar-nos-ia uma contrafobia, um movimento contrafóbico, no sentido de facilitação a receber pensamentos, emoções, etc., facilitação a ser induzido pelos mesmos, a partir de outrem, o que se conjuga com o controlo externo, em particular, dos media sensacionalistas, de induzirem, subliminarmente ou não, esses pensamentos. Diríamos que na psicocinese sexual, em particular, nos media, quanto mais hetero-dúvida dos efeitos psicocinéticos sexuais, dúvida da psicocinese sexual da outra, menos dúvida na auto-dúvida psicocinética sexual, em termos de efeitos psicocinéticos sexuais. E assim, nessa menor auto-dúvida psicocinética sexual, maiores serão os sentimentos, particularmente em termos de intensidade emocional, de facilitação de receber pensamentos, emoções, etc.,  a partir de outrem, e maior será o controlo externo. Maior hetero-dúvida, em particular nos media, no sentido em que, hierarquicamente, quanto menos efeitos garantidos da própria em relação às televisionadas nos media, menores serão os efeitos no telespectador, já que a hetero-dúvida aumenta o sentimento de poder, em termos emocionais, no telespectador, diminuindo a auto-dúvida, tendo em conta que na televisão, em particular, as televisionadas são muito menos do que as telespectadoras, e a hetero-dúvida transmitirá que outras telespectadoras não estarão a conseguir os seus efeitos psicocinéticos sexuais, em que a própria, pelas suas próprias sensações psicocinéticas sexuais relativas aos media, tenderá a sentir maior controlo e mais poder nesse controlo. Assim, pelo dito, haverá aqui uma conjugação hipnótica, em que quanto mais controlo sentido da própria mais controlo externo e maior facilitação para induções externas. Como se descreve mais à frente, acerca da sociabilidade e superficialidade dos relacionamentos histéricos, isto poderá estar relacionado com essa dupla valência, com a sociabilidade associada a maior controlo sentido da própria e a superficialidade associada a maior controlo externo.

 

Complemente-se esta relação entre maior controlo sentido da própria, ao nível do catar sexual feminino, e maior controlo externo, com maior facilitação para induções externas, com o indicado noutro artigo meu, a saber, Características sexuais da teleportação psíquica enquanto relacionadas com as características sexuais do controlo externo da mente ( Resende, 2013 ). Nesse artigo, relaciono as características sexuais envolvidas na teleportação psíquica, e sua elicitação externa, particularmente no histérico e histérica, com as características sexuais envolvidas no controlo externo da mente, tal como apontado por Wilhelm Reich, com a corroboração destas ideias, por parte de Sigmund Freud. Essencialmente, estabelece-se relação entre sexualidade e dependência externa de outrem. Nesse artigo, baseio-me noutro artigo meu, Características psicológicas específicas da teleportação psíquica enquanto viagem entre mundos paralelos, para ter em conta a sugestionabilidade, enquanto traço de carácter histérico, e o transe meditativo, característico da teleportação psíquica, enquanto relacionados com o condicionamento hipnótico característico do catar sexual feminino, considerando-se também as características sexuais da sugestionabilidade referida, como ainda no sentido de outro traço de carácter histérico, neste caso, de conversão, da regressão da acção ao pensamento erotizado, em que o pensamento erotizado é reforçado pelas fontes de sugestão. Digo ainda que isto concorrerá para que externamente seja mais fácil elicitar a teleportação psíquica. Continuo, já em relação ao tema do controlo da mente, particularmente de modo externo, para me referir a Al Bielek, autor associado ao Projecto Montauk, projecto estado-unidense ultra-secreto, relacionado com viagens no tempo e controlo mental. A referência, como indicado nesse artigo, poderá ser vista na Internet, no Website do YouTube, no Canal de Jeff Webber, introduzindo o título Al Bielek: The Montauk Project ( Full Length ). Esse autor faz referência que Wilhelm Reich, quando foi para os E. U. A., foi contactado pela C. I. A., estando eles interessados em saber quais as características do controlo da mente, e quais seriam as características psicológicas relativas às quais se poderia efectuar maior controlo da mente. Reich disse-lhes que o ponto de maior vulnerabilidade para controlo externo da mente era o ponto do orgasmo, em que sendo isso particularmente verdadeiro para os homens, havia a particularidade de nas mulheres a maior vulnerabilidade nesse sentido era o ponto orgástico em relações homossexualizadas, ou seja, relações particularmente sexualizadas entre mulheres. Assim, vemos a relação entre as observações de Reich, quanto ao controlo externo da mente, e o já dito, quanto à maior facilidade externa de elicitar a teleportação psíquica enquanto relacionada com uma sugestionabilidade sexualizada, e nas mulheres, particularmente em relações sociais particularmente sexualizadas entre elas, com o condicionamento hipnótico orgástico associado, no contexto do catar sexual feminino. Esta relação é particularmente acentuada no caso da histérica e histérico. Referem-se ainda as indicações de Sigmund Freud, nos Três Ensaios Sobre a Teoria da Sexualidade, quando ele nos fala da satisfação sexual associada ao sono, como sendo uma regressão, em que a mulher, nos seus comportamentos masturbatórios do dia-a-dia, como que regressa a um estado intra-uterino, em completa dependência de outrem.

 

Temos, pois, relação entre sexualidade e dependência externa de outrem, onde se enquadram a elicitação externa da teleportação psíquica, associada ao catar sexual feminino, e o controlo externo da mente, vendo-se, então, que quanto mais acentuado for o catar sexual feminino, com maior controlo sentido da própria, maior facilidade de controlo externo da mente, a partir de outrem, com dependência, com maior facilitação para induções externas.

 

Voltando àquele artigo do Catar sexual feminino enquanto fobia social, referido anteriormente, é de considerar que com a variação do surgimento da menstruação nas várias mulheres, ou seja, o não saberem o quando a outra mulher está menstruada, e em que há o sentimento de estar a sugar sexualmente o sangue de outra mulher, o catar sexual surge como uma ameaça de castração, em que a menstruação fará lembrar o sinal depressivo de perda do pénis já efectuada. Ora, esta ameaça de castração remete-nos para algo fóbico, em que a própria tentará evitar o contacto social, mas em que ocorrerá um deslocamento contra-fóbico, para a mesma ou outras mulheres, fundamentando isso relacionamentos sociais tipicamente histéricos. Ou seja, haverá uma fuga para a frente. Como se diz nesse artigo, esta fuga para a frente é uma das estratégias defensivas utilizadas na fobia, como indicam Houzel, Emmanuelli & Moggio, no seu Dicionário de Psicopatologia da Criança e do Adolescente. Estas características indicam que haverá uma tentativa de controlar externamente a fobia social, já que assim será de mais fácil manejo. Ora, conclui-se que este evitamento e fobia social, com fuga para a frente, ajudará a explicar a sociabilidade típica dos histéricos assim como a superficialidade também típica dos relacionamentos histéricos, em que o movimento contrafóbico dará conta da sociabilidade, enquanto que o movimento fóbico dará conta da superficialidade. E isto, considerando o histerismo mais tipicamente feminino.

 

Vemos, então, que esta fobia, agora descrita, associada à superficialidade dos relacionamentos histéricos, estará relacionada com a fobia, descrita anteriormente, a fenómenos telepáticos, em particular de transmitir ao outro pensamentos, emoções, etc..

 

Para finalizar, diríamos, então, que no histérico, o discurso circunstanciado, em particular associado ao catar sexual feminino, à psicocinese sexual, tipicamente feminina, está associado à superficialidade nos relacionamentos, a um distanciamento relacional implícito, relembrando nós a muralha verbal, em que quanto maior acentuação desse discurso mais distante o histérico estará na relação, com tentativas mais ou menos deficitárias de reconstituição dessa relação.

 

 

Bibliografia

 

Houzel, D., Emmanuelli, M. & Moggio, F. ( Coord. ) ( 2004 ). Dicionário de Psicopatologia da Criança e do Adolescente. Climepsi Editores

 

Lacan, J. ( 1996 ). Escritos. Editora Perspectiva

 

Resende, S. ( 2012 ). Catar sexual feminino enquanto fobia social em www.psicologado.com ( proposto a 06/2012 )

 

--------------- ( 2013 ). Características sexuais da teleportação psíquica enquanto relacionadas com as características sexuais do controlo externo da mente em www.psicologado.com ( proposto a 12/2013 )

 

--------------- ( 2014 ). O sonho e as identidades de percepção e de pensamento em www.psicologado.com ( proposto a 04/2014 )

publicado por sergioresende às 09:35
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Domingo, 1 de Dezembro de 2013

Características sexuais da teleportação psíquica enquanto relacionadas com as características sexuais do controlo externo da mente

Relacionam-se, neste artigo, as características sexuais envolvidas na teleportação psíquica, e sua elicitação externa, particularmente no histérico e histérica, e tal como descrevi no artigo da teleportação referido abaixo, com as características sexuais envolvidas no controlo externo da mente, tal como apontado por Wilhelm Reich, referenciando, ainda, a corroboração destas ideias por parte de Sigmund Freud, corroboração essa na linha das descrições que faço, em dois artigos meus. Essencialmente, estabelece-se relação entre sexualidade e dependência externa de outrém.

 

Relaciona-se, então, condicionamento hipnótico, no enquadramento do catar sexual feminino, do artigo Catar sexual feminino enquanto fobia social ( Resende, 2012 ), e o referido no artigo Características psicológicas específicas da teleportação psíquica enquanto viagem entre mundos paralelos ( Resende, 2013 ). No primeiro, refiro que esse catar diz respeito ao sentimento de estar a sugar sexualmente outra mulher, nos comportamentos sociais tipicamente sexualizados entre mulheres, com um condicionamento hipnótico implícito. No segundo dos artigos, tem-se em conta a sugestionabilidade, enquanto traço de carácter histérico, e o transe meditativo, característico da teleportação psíquica, enquanto relacionados com o condicionamento hipnótico característico do catar sexual feminino, já referido, e, como se diz nesse artigo, consideram-se também as características sexuais da sugestionabilidade referida, como ainda no sentido de outro traço de carácter histérico, neste caso, de conversão, da regressão da acção ao pensamento erotizado, em que o pensamento erotizado é reforçado pelas fontes de sugestão. Digo ainda que isto concorrerá para que externamente seja mais fácil elicitar a teleportação psíquica.

 

Ora, é aqui que entra o tema do controlo da mente, particularmente de modo externo, e o estudo do mesmo controlo. Refira-se, neste contexto, Al Bielek, autor bastante associado ao Projecto Montauk, projecto estado-unidense ultra-secreto, estando este relacionado com viagens no tempo e controlo mental. Isto poderá ser visto na Internet, no website do YouTube, no Canal de Jeff Webber, introduzindo o título Al Bielek: The Montauk Project ( Full Length ), em www.youtube.com/watch?v=Oa9qEwcZZqo.

 

Esse autor faz referência que Wilhelm Reich, quando foi para os E. U. A., foi contactado pela C. I. A., estabelecendo-se um contracto secreto entre eles, de cinco anos. Os serviços secretos estado-unidenses estavam interessados em saber quais as características do controlo da mente, e quais seriam as características psicológicas relativas às quais se poderia efectuar maior controlo da mente. Reich, depois de investigar, disse-lhes que o ponto de maior vulnerabilidade para controlo externo da mente era o ponto do orgasmo. Mais disse, que isso era particularmente verdadeiro para os homens, mas que para as mulheres havia a particularidade de a maior vulnerabilidade nesse sentido era o ponto orgástico em relações homossexualizadas, ou seja, relações particularmente sexualizadas entre mulheres.

 

Ora, como foi dito que a maior facilidade externa de elicitar a teleportação psíquica estará relacionada com uma sugestionabilidade sexualizada, e nas mulheres, particularmente, em relações sociais particularmente sexualizadas entre elas, com o condicionamento hipnótico associado, no contexto do catar sexual feminino, ou o sentimento  de estar a sugar sexualmente outra mulher, é de ver a coerência do que eu descrevi e as ideias e observações de Wilhelm Reich em relação ao controlo, externo, da mente.

 

Esta coerência, e relação estabelecida, é particularmente mais acentuada no caso do histérico, e histérica, e quanto às relações sexualizadas e homossexualizadas entre mulheres.

 

É de notar que Reich, em seu The function of the orgasm ( Reich, 2009 ), não descreve estes aspectos relativos ao controlo da mente, na sua associação com o orgasmo ou ponto orgástico, o que será compreensível, já que, muito plausivelmente, aquelas conclusões do autor terão sido apenas partilhadas com a C. I. A., tendo sido expostas posteriormente por outros autores, como Al Bielek. Refira-se apenas deste livro que Reich via a gratificação orgástica como uma descarga bioeléctrica, seguida de uma desintumescência mecânica. Em geral, vê nas perturbações orgásticas as bases para desenvolvimentos psicopatológicos, e em que considerando a mente e corpo uma unidade funcional e antitética, indica que a função da energia biológica é expressa na função do orgasmo ao nível do funcionamento psicofísico, tendo em conta que quer corpo quer mente funcionam na base de leis biológicas.

 

Destaque-se, agora, o descrito em dois artigos meus, um deles já mencionado, a saber, Masturbação feminina no dia-a-dia: suas implicações psicológicas e comportamentais  ( Resende, 2008 ) e Catar sexual feminino enquanto fobia social ( Resende, 2012 ), para depois relacionar os mesmos artigos com o indicado por Sigmund Freud, em Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade ( 1905 ), relação essa muito pertinente para o presente artigo.

 

De Catar sexual feminino enquanto fobia social, realça-se que esse catar dirá respeito ao sentimento por parte da mulher de estar a sugar sexualmente outra mulher, nos comportamentos sociais tipicamente sexualizados entre mulheres, com um condicionamento hipnótico implícito, como já se disse. No outro dos artigos, faço a referência ao hábito diário do comportamento masturbatório feminino, e às suas implicações psicológicas e comportamentais, com o hábito da fêmea humana de se excitar e de se masturbar em qualquer local que se encontre, através da sua musculatura vaginal e pélvica, até atingir o clímax, num movimento paroxístico. Indica-se que já Freud, nos Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade, nos falava da satisfação sexual sentida pela rapariguinha contraindo os braços entre as pernas, como contraforça, realçando a prevalência deste tipo de comportamento. Ora, refere-se, ainda, que na observação quotidiana, em relação a estes comportamentos masturbatórios, estão as eventuais ocorrências de um “ engolir em seco “, aquando do clímax, e, muito importante, as ocorrências de comportamentos sonolentos, como o bocejar, aquando do clímax, em que a mulher ou a rapariga começam a ficar com sono, sendo de realçar a proximidade entre o clímax e os comportamentos sonolentos. Destacando, nestes comportamentos, que por mais satisfação sexual que se obtenha, a capacidade multi-orgásmica, o comportamento de “ engolir em seco “ e o comportamento sonolento não diminuem, indicando que a plena satisfação sexual não é obtida, e persistindo os comportamentos masturbatórios, realçam-se, sobremaneira, e muito pertinentemente para o presente artigo, as indicações de S. Freud ( 1905 ), quando ele nos fala da satisfação sexual associada ao sono, como sendo uma regressão, em que a mulher regressa como que a um estado intra-uterino, em completa dependência de outrém.

 

Pelo dito, em particular a dependência referida, no contexto do descrito, vemos, pois, um apoio Freudiano às ideias do presente artigo, à sua essência, que será a relação entre sexualidade e dependência externa de outrém, onde se enquadram a elicitação externa da teleportação psíquica e o controlo externo da mente.

 

Finalizando, como é de ver, temos, pois, características semelhantes na teleportação psíquica, ou sua elicitação externa, e no controlo externo da mente.

 

 

Bibliografia

 

Freud, S. ( 1905 ). Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade ( tradução portuguesa ). Edição " Livros do Brasil "

 

Reich, W. ( 2009 ). The function of the orgasm. Souvenir Press

 

Resende, S. ( 2008 ). Masturbação feminina no dia-a-dia: suas implicações psicológicas e comportamentais em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 12/11/2008

 

--------------- ( 2012 ). Catar sexual feminino enquanto fobia social em www.psicologado.com ( proposto a 06/2012 )

 

--------------- ( 2013 ). Características psicológicas específicas da teleportação psíquica enquanto viagem entre mundos paralelos em www.psicologado.com ( proposto a 08/2013 )

 

www.youtube.com/watch?v=Oa9qEwcZZqo – Al Bielek: The Montauk Project ( Full Length ) ( consultado em Novembro de 2013 ) 

publicado por sergioresende às 10:07
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