Quarta-feira, 25 de Setembro de 2013

Especificidades psico-espaço-temporais da teleportação psíquica

Em complemento aos meus artigos Características psicológicas da teleportação psíquica ( Resende, 2013 ) e Características psicológicas específicas da teleportação psíquica enquanto viagem entre mundos paralelos ( Resende, 2013 ), venho indicar especificidades psico-espaço-temporais da teleportação psíquica, portanto, mais particularmente ao nível do espaço e do tempo.

 

Como se pode ver nesses artigos, quanto às relações espaço-temporais da teleportação psíquica, e considerando relação inversa entre espaço e tempo, entre unidades espaço-mentais e unidades tempo-mentais, ideia essa que é apoiada pela Física contemporânea, que considera que o espaço e o tempo têm sinais opostos, como Richard Gott III refere, no contexto das viagens no tempo para o futuro, no seu livro Viagens no tempo no Universo de Einstein ( 2001 ), há, dizia eu, necessidade de unidades espaço-mentais no histérico, com desejos sobrecompensatórios fálicos, e de unidades tempo-mentais no obsessivo, com desejos subcompensatórios associados à inveja do clitóris. Tendo em conta as fases características da teleportação psíquica, ao nível psicológico, e descritas naqueles artigos referidos anteriormente, há a considerar que quando há a passagem do maníaco ao deprimido, passando pelo histérico e pelo obsessivo, e isto ao nível dos núcleos de personalidade, associados a traços de carácter, característicos em cada indivíduo, há uma primazia inicial da manipulação de características espaciais para depois haver uma primazia de características temporais, em que na fase inversa, a primazia vai das características temporais às espaciais. Assim, num processo de teleportação primariamente espacial, teremos a primazia da manipulação inicial de características histerico-espaciais, enquanto que num processo de teleportação primariamente temporal, teremos a primazia da manipulação inicial de características obsessivo-temporais. Se se pensar num processo integrativo espaço-temporal, teremos a integração de características fálicas e anais, tendo nós, pois, a primazia da manipulação inicial de características falico-anais.

 

Antes de prosseguir, dois exemplos ilustrativos.

 

Quando se diz popularmente que há um ambiente de “ cortar à faca “, isto remeter-nos-à para que, nessa situação específica entre as pessoas, por exemplo duas, haja uma contracção da matéria, do espaço, com pessoas mais contraídas, portanto, e uma dilatação do tempo, em que o tempo, estando mais dilatado, é mais perceptível. Noutro exemplo, que é relativo à passagem do tempo, teremos que estando o espaço universal a dilatar, como se considera actualmente na Física, teremos o tempo a contrair. Isto leva a pensar nos versos de Prince, famoso músico, na sua canção 1999. Os versos são: “ They say two thousand, zero, zero, party over, oops, out of time, so tonight I’m gonna party like it’s 1999 “. Isto é relativo à crença de que o mundo iria acabar em 1999, como alguns profetizaram. Temos, pois, uma ansiedade relativa à passagem do tempo, em que surge uma época especial como a passagem de um milénio para outro. No contexto, o “ out of time “ referido é relativo à contracção total ou quase total do tempo.

 

Continuando, e especificando agora, em termos de manipulação de traços de carácter, como referido nos artigos da teleportação psíquica, já indicados, temos a mania, ou a manipulação do núcleo maníaco, pelo desejo de teleportação, com sentimentos megalomaníacos, que se sentirão também no final do processo, passando a traços menos maníacos, mais histéricos, com aspectos transitivos, já que haverá sobrecompensação narcísica, derivada das tendências fálicas, histero-espaciais, e aqui com dilatação do espaço e contracção do tempo. Na fase seguinte, na manipulação dos traços anais, dilatar-se-à o tempo, com a contracção do espaço, da matéria, que ajudará para a desintegração requerida na teleportação. Na fase deprimida, a grande utilização de unidades espaço-mentais, adquiridas pela contracção do espaço anterior, promoverá a desintegração, já que haverá um contexto psicológico de menor deslocação física em si. Para a reintegração, a fase deprimida caracterizar-se-à por menos unidades espaço-mentais, havendo mais necessidade das mesmas, passando pelos traços anais, em que haverá contracção do tempo e dilatação do espaço, chegando à fase fálica, com sobrecompensação narcísica, com dilatação do espaço e contracção do tempo, com estas características espaço-temporais a caracterizarem o imediatismo da teleportação psíquica, particularmente pela contracção do tempo, culminando na fase maníaca, com sentimentos megalomaníacos, eventualmente associados à capacidade sentida de teleportação.

 

Estas características imediatas aproximar-se-ão das mensagens subliminares, que enquanto fontes elicitadoras de teleportação, serão correlatos, particularmente a nível temporal, das características imediatistas dessa mesma teleportação.

 

Acrescente-se, ainda, que as características imediatas referidas estão num enquadramento associativo dos condicionamentos clássico e operante, pelo imediatismo associado ao reforço positivo e reforço negativo.

 

É de referir que quando se indicam as alterações temporais associadas à manipulação dos traços histéricos, isso é conseguido pela manipulação do que é característico dos mesmos, ou seja, os aspectos espaciais. Da mesma forma, para as alterações espaciais na fase anal, isso consegue-se pela manipulação dos aspectos temporais que caracterizam os traços anais, ou a fase anal. Estas referências são indicadas pela correlação inversa entre aspectos espaciais e temporais, já mencionada neste artigo.

 

Estas são, pois, as especificidades psico-espaço-temporais da teleportação psíquica.

 

 

Bibliografia

 

Gott III, J. R. ( 2001 ). Viagens no tempo no Universo de Einstein. Edições quasi

 

Resende, S. ( 2013 ). Características psicológicas da teleportação psíquica em www.psicologado.com ( proposto a 04/2013 )

 

--------------- ( 2013 ). Características psicológicas específicas da teleportação psíquica enquanto viagem entre mundos paralelos em www.psicologado.com ( proposto a 08/2013 )

publicado por sergioresende às 09:00
link | comentar | favorito
Quinta-feira, 8 de Agosto de 2013

Características psicológicas específicas da teleportação psíquica enquanto viagem entre mundos paralelos

No presente artigo, e pressupondo-se determinadas capacidades psicológicas para viajar entre mundos paralelos, relacionam-se aspectos psicológicos que estarão envolvidos nessa viagem, como a rejeição psicológica, que basear-se-à no não enquanto organizador psíquico por excelência, e que nos indicará que o indivíduo não deverá padecer de angústia de separação, ou seja, não deverá constituir-se enquanto borderline, como se pode ver no artigo dos mundos paralelos, referido já abaixo, relacionam-se, dizia, com características psicológicas que caracterizarão a teleportação psíquica, nos seus aspectos mais específicos.

 

Assim, resumem-se inicialmente dois artigos meus, a saber, Teoria do Tudo em Psicologia: a caminho dos mundos paralelos em Física ( Resende, 2012 ) e Características psicológicas da teleportação psíquica ( Resende, 2013 ).

 

Já descrito em parte acima, o artigo dos mundos paralelos tem a premissa da Teoria do Tudo em Psicologia, que baseia-se no relacionar de características psicológicas com características  da Física, considerando a Teoria do Tudo em Física, que pretende investigar a unificação das forças fundamentais do Universo. Como já dito, pressupõem-se determinadas capacidades psicológicas para viajar entre mundos paralelos, considerando nós, então, o não, enquanto importante organizador psíquico, que nos leva a pensar em rejeição psicológica. Deste modo, dever-se-à saber lidar com a rejeição psicológica, não devendo o indivíduo padecer de angústia de separação, ou seja, não deverá constituir-se enquanto borderline.

 

Quanto ao artigo da teleportação psíquica, considera-se que a mesma caracterizar-se-à por uma desintegração psíquica com posterior reintegração psíquica. Para mais, baseando-me num artigo meu sobre a contemplação meditativa, considero que o obsessivo, através do juízo de condenação, adia a gratificação, levando à meditação, e à integração da introjecção e da projecção, num introprojecto, levando-nos a considerar que a teleportação é caracterizada por este introprojecto, caracterizado, pois, por uma espécie de transe meditativo.

 

Essencialmente, desse artigo, temos que na teleportação psíquica, há uma fase inicial projectiva, pelo desejo inicial de teleportação, seguida de uma introjecção, pela necessidade de desintegração, e com posterior projecção, pela necessidade ulterior de reintegração. Temos ainda as características espaço-temporais, em que do maníaco ao deprimido, se vai da maior utilização das unidades tempo-mentais á menor utilização dessas unidades, passando pelo histérico e pelo obsessivo. Concluindo-se que quanto mais unidades tempo-mentais são utilizadas menos unidades espaço-mentais são utilizadas, tem-se em conta que o deprimido utiliza menos unidades tempo-mentais e mais unidades espaço-mentais, em que haverá a necessidade de menor utilização de unidades espaço-mentais. Será neste contexto, e em transe meditativo, que surge a projecção inicial, do desejo de teleportação, já que há um enquadramento psicológico de menor deslocação física em si, o que promoverá o fenómeno da teleportação. Tem-se, ainda, que a fase introjectiva estará associada à inveja do clitóris, que se caracteriza por uma tentativa de diminuição narcísica, na comparação pénis-clitóris. A mesma inveja caracteriza-se pela subcompensação narcísica, que também se pode associar à renúncia da identidade. Após isso, surge a fase projectiva, em que da fase introjectiva psicótica há a passagem para a fase projectiva depressiva. Haverá a passagem da inveja do clitóris à inveja do pénis, passagem da subcompensação narcísica à sobrecompensação narcísica.

 

Temos ainda o conceito de núcleos de personalidade, que proponho como intervindo no fenómeno da teleportação. Teríamos no mesmo indivíduo e personalidade, núcleos de personalidade, com um núcleo maníaco, um histérico, um obsessivo e um deprimido. Estes núcleos aproximam-se do conceito de traços de carácter, que existirão no âmbito de uma estrutura ou organização de personalidade. Temos os traços de carácter estruturais e os traços de carácter pulsionais, dividindo-se estes em traços de carácter libidinais e traços agressivos. Nos libidinais, temos os traços orais, anais, uretrais, fálicos e genitais e nos agressivos, os traços sádicos, masoquistas e autopunitivos.

 

Assim, no contexto da teleportação, é como se fossem utilizadas técnicas de manipulação de diferentes traços de carácter, dos núcleos, portanto.

 

Deste modo, na teleportação, teremos uma pré-fase maniaco-depressiva, em que da mania à depressão, passar-se-à por traços fálicos, associados ao histerismo, e por traços anais, associados à obsessão, em que chegamos à fase deprimida, em que devido àquela projecção inicial requerida, teremos a utilização de traços fálico-depressivos. Na sequência, em que chegamos à introjecção na fase psicótica, teremos a manipulação de traços orais, associados a características incorporativas. Nesta fase, devido àquela diminuição narcísica requerida e à renúncia da identidade, estaremos a falar da manipulação de traços de carácter agressivos autopunitivos. Posteriormente, a caminho da reintegração, teremos o caminho inverso, passando pelos traços anais, traços fálicos, quer histéricos quer depressivos, que caracterizarão a projecção nesta fase, chegando à reintegração, que será sobremaneira conseguida pela manipulação de traços de carácter genitais, que se caracterizam pela integração, particularmente egóica mas também das diferentes pulsões.

 

Associam-se, ainda, as relações espaço-temporais já referidas, em que há necessidade de unidades espaço-mentais no histérico e de unidades tempo-mentais no obsessivo, para considerar que quando há a passagem do maníaco ao deprimido, passando pelo histérico e pelo obsessivo, há uma primazia inicial da manipulação de características espaciais para depois haver uma primazia de características temporais, e que na fase inversa, a primazia vai das características temporais às espaciais. Assim, num processo de teleportação primariamente espacial, teremos a primazia da manipulação inicial de características histerico-espaciais, enquanto que num processo de teleportação primariamente temporal, teremos a primazia da manipulação inicial de características obsessivo-temporais. Se se pensar num processo integrativo espaço-temporal, teremos a integração de características fálicas e anais, tendo nós, pois, a primazia da manipulação inicial de características falico-anais.

 

Já para o presente artigo, é de realçar a importância da necessidade de lidar com a rejeição psicológica, nos mundos paralelos, e relacionar isso com características psicológicas específicas envolvidas na teleportação psíquica. Por exemplo, temos a utilização de características obsessivas, tipicamente anais, principalmente na teleportação temporal, como a anulação retroactiva, em que, no novo mundo paralelo da teleportação, se anula inconscientemente a consciência do mundo paralelo inicial, permitindo com que a consciência se torne mais estável no novo mundo paralelo temporal. Hipotetiza-se que, com estas características, a própria teleportação espacial tenha mais cunho anal do que considerado no artigo da teleportação psíquica, embora seja avançado nesse artigo a utilização de características falico-anais para se efectuar uma teleportação em que se conjuga a teleportação temporal e a teleportação espacial.

 

Especificamente quanto à rejeição, lidando, pois, da melhor forma com a rejeição psicológica, não padecendo, portanto, de angústia de separação, rejeita-se o mundo paralelo anterior, inicial, para melhor viajar para o novo mundo paralelo da teleportação final.

 

Por exemplo, a negação da realidade no psicótico ajudará a negar a realidade do mundo paralelo inicial da teleportação, ajudando o indivíduo a adaptar-se melhor ao mundo paralelo final da teleportação.

 

Temos, ainda, um mecanismo de defesa como o recalcamento histérico, em que do mesmo modo que se efectua a anulação retroactiva obsessiva, o recalcamento histérico permitirá o esquecimento do mundo paralelo anterior na teleportação, apoiando uma melhor viagem para o novo mundo paralelo na teleportação final, já que terá mais presente a consciência deste novo mundo, o que ajudará à adaptação ao mesmo.

 

Assim vemos que na teleportação conjugada espaço-temporal, a utilização de características falico-anais, ou características histéricas e obsessivas, é coerente, já que ocorrem processos semelhantes, em que hipotetiza-se que as diferentes características reforçam-se mutuamente.

 

Sublinha-se, pelo já dito, a diferença que na dominância obsessiva da teleportação haja uma teleportação a posteriori, e que na dominância histérica da teleportação haja uma teleportação a anterior.

 

Nos mesmos moldes, se podem considerar um mecanismo de defesa tipicamente obsessivo como a formação reactiva e um mecanismo de defesa tipicamente histérico como a dissociação da consciência, em que a formação reactiva, sendo a manifestação de características contrárias às sentidas, permitirá lidar com as diferenças existentes entre o mundo paralelo inicial da teleportação e o mundo paralelo final, enquanto que a dissociação da consciência permitirá, do mesmo modo, lidar com as diferenças existentes de consciência entre os dois tipos de mundo referidos. Mais uma vez, hipotetiza-se que estas diferentes características reforçar-se-ão mutuamente.

 

Especifiquemos, agora, mais, quanto aos traços de carácter, traços esses tal como enunciados por Bergeret ( 1997 ).

 

Assim, a variabilidade da distância relacional, traço de carácter histérico, particularmente histerofóbico, e como é manifesto, ajudaria a um melhor relacionamento das diferentes distâncias envolvidas na teleportação, particularmente a espacial. Também histerofóbico, os evitamentos e deslocamentos no comportamento exterior fomentarão um melhor manejar dos deslocamentos implícitos na teleportação psíquica. Já a sugestionabilidade, traço de carácter histerofóbico, estará relacionada com o transe meditativo, referido no artigo da teleportação psíquica, como fase pertencente na teleportação psíquica, ou como a caracterizando. A sugestionabilidade e o transe meditativo estarão relacionados com o condicionamento hipnótico, típico  do catar sexual feminino, ligando-se este a um traço de carácter histérico de conversão, a erotização evidente, e referido no meu artigo Catar sexual feminino enquanto fobia social ( Resende, 2012 ). Este condicionamento hipnótico diz respeito ao sentimento de estar a sugar sexualmente outra mulher, nos comportamentos sociais tipicamente sexualizados entre mulheres, e, eventualmente, sugar sexualmente o sangue de outra mulher, aquando da menstruação. Ora, este catar sexual surge como uma ameaça de castração, tendo em conta a variação de surgimento da menstruação nas várias mulheres, em que a menstruação fará lembrar o sinal depressivo de perda do pénis já efectuada.

 

Temos, pois, e caracteristicamente, um factor sugestionável como caracterizando a maioria das mulheres, pelo menos. Ainda é de realçar, deste último artigo referido, o catar sexual feminino através de meios como a televisão, mas também o cinema, em que temos, pois, uma influência hipnótica nas mulheres assistindo a esses meios, particularmente com a presença nos mesmos de outras mulheres, que desempenharão o papel de superiores hierárquicas, dado o grande número de mulheres assistindo a esses meios, e ao reduzidíssimo número de mulheres presentes na televisão e cinema. Tendo em conta as características sexuais desta sugestionabilidade referida, é de considerar o traço de carácter histérico de conversão, da regressão da acção ao pensamento erotizado, em que o pensamento erotizado é reforçado pelas fontes de sugestão. Isto concorrerá para que externamente seja mais fácil elicitar a teleportação psíquica.

 

É de referir, ainda, dois traços de carácter histéricos de conversão, a mitomania histérica, que permitirá ao indivíduo “ mentir “ em relação ao mundo inicial da teleportação, melhor diferenciando-o relativamente ao mundo final, e a teatralidade histérica, que estará ao nível do faz-de-conta, que ajudará o indivíduo a lidar com mundos alternativos, o que caracterizará os mundos inicial e final da teleportação.

 

Já nos traços de carácter estruturais neuróticos obsessivos, temos que, na necessidade de exactidão no espaço e no tempo, surgirá uma maior precisão na deslocação envolvida na teleportação psíquica.

 

Nos traços de carácter pulsionais libidinais orais, temos que, na ambivalência oral, que leva à necessidade de “ vomitar “ imediatamente tudo o que se tinha procurado incorporar no instante anterior, surgirá uma melhor relação entre os processos introjectivos e projectivos envolvidos na teleportação psíquica, processos esses descritos no artigo já referido da teleportação.

 

Temos, também, que nos traços de carácter pulsionais libidinais anais, mais precisamente na fase anal de rejeição, uma das características é a oposição sistemática, que indica um maior à-vontade em estar em diferentes mundos paralelos, diferença essa envolvida na teleportação psíquica.

 

Há uma característica importante nos traços de carácter pulsionais libidinais fálicos, que é a competição entre os sexos, no seguimento da competição uretral, com o falo   ( ainda não o pénis ) destinado a ser mostrado e admirado, em que nessa competição, relacionada com o catar sexual feminino, já descrito, surgirá o receio de castração fálica, em que a eventual menstruação na outra mulher fará lembrar o sinal depressivo de perda do pénis já efectuada. Na competição referida, o catar sexual feminino, entre mulheres, competirá pela outra mulher, assim como o homem competirá. O receio de castração fálica, referido, conduz a uma grande “ falização “ de todo o corpo por inteiro, pela sobrecompensação narcísica. Isso é importante para a caracterização da sobrecompensação narcísica, referida no artigo da teleportação, referente à reintegração psíquica, como uma fase da teleportação psíquica. Ora, assim temos que quanto maior o índice de castração fálica, maior o índice de teleportação.

 

Estas foram, pois, as caracterizações psicológicas mais específicas da teleportação psíquica enquanto viagem entre mundos paralelos.

 

 

Bibliografia

 

Bergeret, J. ( 1997 ). A personalidade normal e patológica. Climepsi Editores

 

Resende, S. ( 2012 ). Teoria do Tudo em Psicologia: a caminho dos mundos paralelos em Física em www.psicologado.com ( proposto a 01/2012 )

 

--------------- ( 2012 ). Catar sexual feminino enquanto fobia social em www.psicologado.com ( proposto a 06/2012 )

 

--------------- ( 2012 ). Características psicológicas da teleportação psíquica em www.psicologado.com ( proposto a 04/2013 )

publicado por sergioresende às 14:55
link | comentar | favorito
Terça-feira, 30 de Abril de 2013

Características psicológicas da teleportação psíquica

Abordando o tema da teleportação, particularmente psíquica, destacam-se algumas características psicológicas que poderão estar associadas a esse fenómeno, como relação entre introjecção e projecção, e características psicológicas espaço-temporais associadas a diferentes condições de personalidade, com realce das unidades tempo-mentais e unidades espaço-mentais. De realce, é também a referência à utilização e manipulação de núcleos da personalidade, associados a traços de carácter. Antes destas incursões, refiro ainda contributos de outros autores na área da teleportação.

 

É de dizer, inicialmente, que a Humanidade já terá começado a abordar o fenómeno da teleportação, tecnologicamente, naquela experiência que é mais conhecida, associada ao fenómeno, o Projecto Filadélfia ou Projecto Arco-Íris, ou Philadelphia Experiment. O mesmo terá sido um projecto militar secreto dos Estados Unidos da América, realizado em 1943, no navio de guerra USS Eldridge. Alegadamente, um dos cientistas envolvidos no projecto foi o próprio Albert Einstein. O objectivo era tornar o navio invisível e teleportá-lo, dizendo alguns que a própria teleportação terá sido um efeito secundário do tornar o navio invisível. Depois de o navio ter ficado invisível e ter sido teleportado, havendo relatos de ter estado simultaneamente em diferentes locais, terão acontecido alguns efeitos aos tripulantes. Relata-se que vários tripulantes ficaram fundidos com o metal, ou seja, metal e homem no mesmo local, e que outros terão enlouquecido. Pode consultar-se o Website do YouTube, que contém vários vídeos sobre o assunto, dando eu o exemplo de um vídeo em particular com o endereço www.youtube.com/watch?v=ChjyCR8V2Bg. Realçando desta experiência, o aspecto das consequências a nível mental no ser humano, elaboro no presente artigo características psicológicas que poderão estar associadas à teleportação, particularmente para uma viagem saudável, ou mais saudável, na teleportação.

 

Indica-se, agora, um estudo da física da teleportação, no qual o autor, Eric Davis, se refere, entre outros conceitos, à teleportação psíquica. Este estudo, ou relatório, pode ser visualizado no endereço electrónico www.fas.org/sgp/eprint/teleport.pdf. O estudo, com o título Teleportation Physics Study, foi publicado em 2004 ( Davis, 2004 ).

 

O autor começa por dar cinco definições possíveis de teleportação. Na teleportação de ficção-científica, haverá o transporte desencarnado de pessoas e objectos inanimados através do espaço por meios tecnológicos avançados ( futuristas ). Dá-lhe o nome de teleportação – sf. Na teleportação – vm, ou por engenharia do vácuo ou métrica espaçotempo, há o transporte de pessoas ou objectos inanimados através do espaço alterando as propriedades do vácuo do espaçotempo ou alterando a métrica                  ( geometria ) do espaçotempo. Na teleportação por “ quantum entanglement “ ou        “ mistura “ quântica, designada por teleportação – q, há o transporte desencarnado do estado quântico de um sistema e suas correlações através do espaço para outro sistema, em que sistema se refere a qualquer unidade ou conjunto de partículas de matéria ou energia tais como bariões ( protões, neutrões, etc. ), leptões ( electrões, etc. ), fotões, átomos, iões, etc.. Na teleportação exótica ou teleportação – e, há o transporte de pessoas ou objectos inanimados através de dimensões espaciais extra ou de universos paralelos. Por último, temos a teleportação psíquica, ou teleportação – p, em que há o transporte de pessoas ou objectos inanimados por meios psíquicos.

 

Como é de ver, concentra-mo-nos agora apenas na teleportação psíquica, pela pertinência para o presente artigo.

 

Segundo Davis, a teleportação psíquica é uma forma de psicocinese, semelhante à telecinese, mas geralmente usada para designar o movimento de objectos ( aportes ) através de outros objectos físicos ou grandes distâncias. A telecinese é uma forma de psicocinese, que descreve o movimento de objectos estacionários sem o uso de qualquer força física conhecida. A psicocinese, em si, é essencialmente a influência directa da mente sobre a matéria sem qualquer instrumentação ou energia física intermediária conhecida.

 

Davis dá, de seguida, referências bibliográficas relativas a pesquisa feita e/ou documentada, de forma científica controlada rigorosamente, sobre psicocinese ou fenómenos psíquicos relacionados ( psi, paranormal ou parapsicologia ). Assim, as referências que ele dá são: Rhine ( 1970 ), Schmidt ( 1974 ), Mitchell ( 1974 a,b ), Swann ( 1974 ), Puthoff & Targ ( 1974, 1975 ), Hasted et al. ( 1975 ), Targ & Puthoff       ( 1977 ), Nash ( 1978 ), Shigemi et al. ( 1978 ), Hasted ( 1979 ), Houck ( 1984 a ), Wolman et al. ( 1986 ), Schmidt ( 1987 ), Alexander et al. ( 1990 ), Giroldini ( 1991 ), Gissurarsson ( 1992 ), Radin ( 1997 ), Tart et al. ( 2002 ), Schoup ( 2002 ) e Alexander      ( 2003 ).

 

O autor refere-se, ainda, ao programa de Visualização Remota, desenvolvida pelos Estados Unidos, e patrocinado por entidades governamentais, que terá decorrido entre  a década de 1970 e de 1990. Dizendo que a visualização remota envolve precognição e clarividência, adianta que o fenómeno da psicocinese também foi estudado nesse programa, em que, por exemplo, os sujeitos eram ensinados a dobrar especímenes metais apenas mentalmente, sem qualquer força física aplicada.

 

Terão havido investigações e experiências sobre a teleportação psíquica no séc. XIX e princípios do séc. XX, em que muitos casos terão sido estudados, tendo-se verificado que os casos eram devido a fraude, enquanto que apenas algumas das experiências eram rigorosamente controladas.

 

Os relatórios mais credíveis sobre teleportação psíquica e experiências relacionadas controladas terão ocorrido no final do séc. XX, nas referências bibliográficas já indicadas. Alguma desta investigação envolveu o psíquico Uri Geller. Davis refere-se às asserções de Uri Geller ( 1975 ) e de Ray Stanford ( 1974 ) acerca de terem sido teleportados em várias ocasiões, e ainda às investigações científicas de Vallee ( 1988, 1990, 1997 ) acerca de um pequeno número de relatórios credíveis de indivíduos que relataram terem sido teleportados para/e de OVNIs, durante um encontro imediato com um OVNI.

 

Eric Davis destaca ainda experiências laboratoriais, rigorosamente controladas e repetíveis, realizadas na China. Segundo ele, Shuhuang et al. ( 1981 ), publicaram na revista Nature Journal, um artigo  com o título “ Algumas experiências sobre a transferência de objectos desempenhada por capacidades inabituais do corpo  humano “, que relata que crianças dotadas causaram a aparente teleportação de pequenos objectos, de um local para outro, sem os tocar de antemão. Mais pesquisa na China terá sido feita, continua Davis, e publicada na Revista Chinesa de Ciência Somática ( Kongzhi et al., 1990; Jinggen et al., 1990; Banghui, 1990 ). Esta pesquisa adicional envolvia o gravar em vídeo e em fotografia de alta-velocidade a transferência de especímenes através das paredes e limites fechados de vários tipos de contentor. Utilizando crianças e jovens adultos dotados, com capacidade psicocinética, verificou-se a teleportação nos vários casos e que os especímenes utilizados ficavam completamente inalterados relativamente ao estado inicial, após a teleportação.

 

Os resultados destas experiências mostraram que: o tempo requerido para a teleportação variava entre fracções de segundo e vários minutos, a fotografia de alta-velocidade e a gravação em vídeo gravaram que, numa das séries de experiências, os especímenes misturavam-se fisicamente com as paredes do contentor, e que, noutras séries, os especímenes simplesmente desapareciam de dentro do contentor para reaparecer noutro local, e ainda que o micro-transmissor de rádio, utilizado nos especímenes, numa série de experiências, mostrava oscilar o sinal significativamente durante todo o processo de teleportação, o espécimen de teste e as barreiras do contentor, antes e depois, são objectos completamente sólidos, os psíquicos não podiam tocar ou ver os especímenes ou os contentores antes e depois da experiência, os resultados experimentais são todos repetíveis e que as condições para fraude e utilização das mãos foram totalmente eliminadas, havendo múltiplas testemunhas externas independentes garantindo a total fidelidade das experiências.

 

É indicado que os Chineses foram incapazes de oferecer qualquer hipótese física significativa para explicar os resultados. Alguns desses investigadores afirmaram que é necessário invocar uma nova física, unificando a consciência humana ( física da consciência ) com a física quântica e o espaçotempo, para compreender a teleportação psíquica e os fenómenos psicocinéticos relacionados.

 

Davis realça, ainda, a existência, durante a Guerra Fria, de relatórios governamentais sobre pesquisa parapsicológica da União Soviética, e dos seus aliados do Pacto de Varsóvia, dando as referências bibliográficas como sendo LaMothe ( 1972 ), Maire & LaMothe ( 1975 ) e Relatório DIA ( 1978 ). Os relatórios destacaram a pesquisa e desenvolvimento sobre psicotrónica, controlo humano mente/comportamento e todo o espectro da parapsicologia, na história da Rússia pré-revolucionária ( Czarista ), durante e após a 2ª Guerra Mundial da era Soviética. É ainda relatado que os Soviéticos retiraram muita pesquisa desta área, de inúmeros centros de pesquisa nazis, e utilizaram-na posteriormente para desenvolvê-la. Os Soviéticos e os seus aliados terão explorado uma tecnologia de influência a que eles designaram “ comportamento ofensivo controlado “ e definido como pesquisa na vulnerabilidade humana enquanto aplicada aos métodos de influenciar ou alterar comportamento humano. Destacam-se, ainda, as técnicas utilizadas pelos Soviéticos para influenciar o comportamento humano, como som, luz, côr, odores, privação sensorial, sono, campos electromagnéticos, bioquímicos, autossugestão, hipnose e fenómenos parapsicológicos, incluindo psicocinese, telecinese, percepcção extra-sensorial, projecção astral, clarividência, precognição, estado de dormir, etc.. Tendo em conta que a psicotrónica é o termo que era usado pelos soviéticos e aliados para categorizar estes fenómenos psíquicos, é de realçar que os relatórios governamentais, referidos, identificaram dentro da categoria da psicotrónica duas capacidades discretas: bioenergética, relacionada com a produção de efeitos objectivamente detectáveis, como psicocinese, telecinese, efeitos de levitação, transformações de energia, ou seja, alterando ou afectando a matéria, e bioinformação, relacionada com o obter de informação por outros meios que não os canais sensoriais normais ( P. E.-S. ), como telepatia, precognição e clarividência, isto é, usando a mente para abordar os pensamentos dos outros ou para adquirir informação presente ou futura sobre eventos objectivos no mundo.

 

Estes fenómenos envolverão usar a mente e/ou algum campo do corpo afectando outras mentes e objectos inanimados independentemente da distância ou tempo decorrido, e sem usar qualquer ferramenta. Bioenergética e bioinformação são duas classificações que formam um único ramo da ciência que os Soviéticos chamaram biocomunicações. A pesquisa de biocomunicações dos Soviéticos estava primariamente preocupada em explorar a existência de um grupo definido de fenómenos naturais controlados por leis não baseadas em qualquer influência               ( energética ) conhecida. Os tipos de fenómenos de biocomunicação incluem actividades biofísicas sensoriais especiais, controlo do corpo e da mente, comunicações telepáticas ou de bioinformação, emissões bioluminescentes e bioenergéticas e os efeitos dos estados alterados da consciência na psique humana.

 

Eric Davis ainda nos dá mais referências bibliográficas atestando a pesquisa científica factual por todo o mundo, atestando a realidade física da teleportação psíquica e fenómenos psi anómalos relacionados, como Mitchell ( 1974 b ), Targ & Puthoff             ( 1977 ), Nash ( 1978 ), Radin ( 1997 ) e Tart et al. ( 2002 ).

 

Já mais para o final do relatório, o autor diz-nos que a teoria da mecânica quântica, e a física relacionada de “ mistura “ quântica e teleportação quântica, têm sido o foco principal de todas as teorias físicas da consciência/psicotrónica, aconselhando, por exemplo, a leitura de Shan ( 2003 ).

Realça, pois, que a física da teleportação quântica terá imensa relevância para a física da teleportação psíquica e da psicotrónica, afastando-se , contudo, de a explicar dessa maneira, já que não haverá um consenso alargado sobre os fenómenos quânticos.

 

Ele ainda avança a hipótese, para explicar estes fenómenos, e baseada na geometria matemática, da existência de uma quarta dimensão espacial, como, por exemplo, a côr. Fala, em geral, em pensamentos de quarta dimensão, e de uma consciência de quarta dimensão. É para mais indicado que outra propriedade da geometria dimensional superior é que se pode passar por obstáculos tridimensionais sólidos sem os penetrar, passando na direcção da quarta dimensão ( espacial ), sendo esta perpendicular às tridimensionais, acontecendo, assim, que os fechamentos tridimensionais não têm paredes nesta direcção.

 

Embora o autor não o refira explicitamente, a hipótese que ele avança de uma quarta dimensão espacial estará enquadrada num dos tipos de teleportação que ele próprio define, como já vimos, que será a teleportação exótica.

 

Davis conclui que os resultados das experiências chinesas poderão ser explicados como um fenómeno da consciência humana que age para mover ou rotacionar os especímenes de teste através de uma quarta dimensão espacial, de maneira que os mesmos puderam penetrar as barreiras sólidas dos contentores sem fisicamente causar brechas. Diz ainda que não terá havido desmaterialização/rematerialização, e que os fenómenos relativos aos especímenes com o rádio-transmissor apenas revelarão que o desaparecimento do sinal indicou que o espécimen estava na quarta dimensão, e que o sinal fraco era indicativo do regresso da quarta dimensão para a terceira dimensão.

 

Eric Davis conclui, em geral, que será necessário uma nova teoria da física da consciência e da psicotrónica.

 

Neste contexto, refiram-se alguns artigos meus, em que tento relacionar características psicológicas com características físicas, particularmente com uma Teoria do Tudo em Psicologia, relacionada com a Teoria do Tudo em Física, com aspectos da Física e da Astrofísica, e com relação entre a psique e o Universo, e ainda artigos meus sobre a telepatia e as viagens no tempo.

 

Assim, em Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia ( Resende, 2011 ), relaciono características da Psicologia com características da Física. Começo por indicar a influência psicotizante dos sistemas solares, pela depressividade cíclica, no contexto da psicose maniaco-depressiva, envolvida na translacção da Terra em relação ao Sol, considerando o elemento depressígeno de amor dado não correspondido, ou pouco correspondido, pela diferença relativa da influência da estrela sobre o planeta e do planeta sobre o Sol. Ademais, o afastamento e aproximação das galáxias umas das outras remete-nos para uma angústia borderline de separação. Relaciona-se ainda a simetria da Física, proposta para a unificação das partículas e das forças fundamentais do Universo, com as características de simetria, implícitas na organização neurótica, genital, de, por exemplo, respeito pelo outro, capacidade de dádiva e de união afectiva, ou a reciprocidade e a cooperação.

 

Em Segundo complemento a Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia: correlatos politico-económicos ( Resende, 2012 ), avanço com os correlatos politico-económicos relativos ao Capitalismo, no âmbito do Capitalismo global, pela existência cíclica de euforias, nas bolhas económicas especulativas, e de depressões económicas, relativamente ao enquadramento maniaco-depressivo indicado no artigo anteriormente referido, de que este agora enunciado é um segundo complemento.

 

Em Teoria do Tudo em Psicologia: a caminho do Todo ( Resende, 2012 ), e continuando o estabelecimento de relações entre características psicológicas e físicas, dir-se-à que há um paralelo, entre o que caracteriza a depressão, com introjecções maciças, e o buraco negro, com a sua absorção maciça de matéria e energia. Tendo em conta que, segundo a Física, pelo menos a maior parte das galáxias têm um buraco negro no centro, estabelece-se um sentido a caminho do Todo. Assim, o buraco negro, no centro das galáxias, se reportará à depressão original, que se relacionará com o útero materno. De seguida, estabelecer-se-ão em relação às galáxias o mesmo processo, já descrito, que em relação aos sistemas solares, ou seja, que têm um efeito psicotizante. Isto pelas diferenças relativas de efeitos gravitacionais, e outros, de galáxias maiores sobre galáxias mais pequenas, e vice-versa. Tem-se, ainda, a consideração clínica do borderline enquanto personalidade em mosaico, com compartimentos estanques na personalidade, estabelecendo-se um paralelo com o multiverso, ou vários universos, postulado pela Física. Seguidamente, numa evolução progressiva, relaciona-se o multiverso com características neuróticas, particularmente obsessivas. Realçam-se mecanismos de defesa tipicamente obsessivos, no caso, o isolamento do afecto e a formação reactiva, sendo esta a manifestação de sentimentos contrários àquilo que o indivíduo realmente sente. Assim, o isolamento dirá respeito ao isolamento de cada universo em relação a outros, no multiverso, enquanto que a formação reactiva é reminiscente da relação entre matéria e anti-matéria. Isto implicaria, psicofisicamente, que cada Universo de matéria é cercado contiguamente por universos de anti-matéria.

 

No artigo Teoria do Tudo em Psicologia: a caminho dos mundos paralelos em Física       ( Resende, 2012 ), e relacionando características psicológicas com características físicas, tem-se a questão dos mundos paralelos. Pressupõem-se determinadas capacidades psicológicas e desenvolvimento mental para viajar entre mundos paralelos. Faz-se referência ao não-seio, conceito psicanalítico enquanto potenciador do pensamento, que nos leva a pensar em ausência e no facto desta estar implícita naquela capacidade de viajar. Refere-se ainda o não, enquanto importante organizador psíquico, que nos leva a pensar em rejeição. Temos, então, que para viajar entre mundos paralelos, teremos que trabalhar a ausência e a rejeição psicológicas no viajante. Transpondo da Psicologia para a Física, teremos que a ausência e a rejeição remetem-nos para o conceito de anti-matéria. A ausência faz-nos lembrar da ausência de anti-matéria no mundo material universal e a rejeição faz-nos lembrar a natureza repulsiva da matéria em relação à anti-matéria. Nesse sentido, uma máquina para transportar o viajante entre mundos paralelos terá que ter em conta a anti-matéria e a matéria. Sumarizando, dir-se-à que para uma viagem mais saudável psicologicamente, haverá a necessidade de numa eventual máquina haver a existência de um mecanismo atómico implosivo, ideia que é apoiada pelo conhecido físico Michio Kaku, transformando matéria em anti-matéria, enquanto que relacionado com a ausência referida, o viajante dever-se-à caracterizar por bastante constância objectal, e no que no que diz respeito à rejeição, o indivíduo não deverá padecer de angústia de separação, ou seja, não dever-se-à constituir enquanto borderline.

 

Já noutro artigo, Teoria do Tudo em Psicologia e as forças fundamentais do Universo    ( Resende, 2012 ), relaciono as características de melhor lide claustrofóbica do obsessivo  com as forças nucleares forte e fraca, as características de melhor lide agorafóbica do histérico com a nuvem electrónica, à volta do núcleo, as características do deprimido, de abatimento, com a gravidade, as características do psicótico, como a denegação da realidade, a projecção maciça, a despersonalização, a desrealização, a fuga e o roubo do pensamento, com as características não-locais das partículas e, ainda, as características do borderline, com duas organizações de personalidade simultaneamente, com as características do bosão de Higgs, supostamente unificador das partículas elementares, permitindo às mesmas estarem no mesmo local, no mesmo estado quântico.

 

Quanto à viagem no tempo, considere-se o meu artigo Exploração cósmica e viagens no tempo e suas relações com a histeria e a obsessão ( Resende, 2010 ). Tendo a noção dos psemes enquanto unidades psicológicas de transmissão intergeracional, constituídos enquanto complexos inconscientes, e dos psitrões enquanto partículas psicológicas que subjazem os psemes, dir-se-à que a histeria é caracterizada por psitrões curtos, pela tendência para a satisfação imediata, que estarão associados à memória curta, daí o recalcamento histérico, e que a obsessão é caracterizada por psitrões longos, pela tendência para o adiamento da satisfação, relacionado com o juízo de condenação, que estarão associados à memória a médio e a longo prazo. Assim, os viajantes no tempo histéricos deverão fazer apenas viagens temporais de curto alcance, enquanto que os viajantes no tempo obsessivos poderão fazer viagens de longo alcance, não sendo aconselhável fazê-las de curto alcance.

 

Baseado nestas ideias dos psitrões curtos do histérico e dos psitrões longos do obsessivo, indico, em A telepatia e suas relações com os psitrões enquanto base dos psemes ( Resende, 2011 ), que o telepata obsessivo se caracterizará por características telepáticas de maior alcance, com provável maior distância e intensidade, e que o telepata histérico terá características telepáticas de menor alcance, de menor distância e intensidade. Considerando a histeria mais tipicamente feminina e a obsessão mais tipicamente masculina, haverão correlatos filogenéticos quanto a estas diferenciações quanto aos psitrões. Ainda refiro que com materiais de contacto, de aproximação, o telepata histérico funciona melhor, e que sem esses materiais, mais estritamente de ser para ser, será o telepata obsessivo a funcionar melhor.

 

Já em Características psitrónicas dos inconscientes colectivo e pessoal: a autotelepatia  ( Resende, 2011 ), volta-se às questões filogenéticas de maior alcance psemético dos psitrões longos no obsessivo, tipicamente masculino, para indicar que o inconsciente colectivo, que se constituirá enquanto vestígios de experiências passadas da Humanidade, e particularmente pelas questões associadas à memória a longo prazo, se caracterizará por uma espécie de autotelepatia, em que cada indivíduo contribuirá para a memória colectiva, através destes movimentos autotelepáticos. Abordam-se ainda aspectos, como reflexão sobre o passado e planeamento do futuro, relativos aos movimentos psíquicos, psitrónicos autotelepáticos, para o passado e para o futuro, que explicarão, em boa medida, os fenómenos das premonições e dos déjà vu. Em termos de arquétipos, esta autotelepatia também poderá explicar porque é que determinados arquétipos sejam mais fortes nuns indivíduos do que em outros. Considerando os arquétipos enquanto propensões psíquicas, como Jung o fez, tendências probabilísticas, os movimentos autotelepáticos funcionarão como actualizadores das tendências, em que uma determinada propensão é mais privilegiada do que outra. Fazem-se, ainda, os mesmos considerandos, mas mais ao nível de uma memória média, para o inconsciente pessoal.

 

No artigo Distinção entre heterotelepatia e autotelepatia ( Resende, 2011 ), em que distingo a heterotelepatia, ou telepatia de ser para ser, e a autotelepatia, ou telepatia intraindividual, e também individuo-colectivo, abordo a noção de campos alargados, da Psicologia Transpessoal. Começo por indicar que as descrições autotelepáticas são reminiscentes de quando se fala de experiências de vidas passadas, que se conseguem alcançar, por exemplo, através de hipnose regressiva, estando nós a falar, portanto, do fenómeno da reencarnação. Continuo por equiparar a telepatia ao estado holotrópico, tal como considerado por Stanislav Grof, que o define como um estado alterado de consciência que se caracteriza por ir na direcção da totalidade. Sendo esta noção da Psicologia Transpessoal, aborda-se outra noção desta área para melhor caracterizar a telepatia, que são os campos alargados de consciência, enquanto estado alterado da mesma. Assim, a heterotelepatia caracterizar-se-à por estes campos alargados de consciência, propondo eu que a autotelepatia se caraterizará por campos alargados de inconsciência, em que, portanto, a heterotelepatia estará relacionada com a consciência e a autotelepatia estará relacionada com a inconsciência.

 

Ainda são de realçar os meus artigos O consciente e o inconsciente cósmicos                  (  Resende, 2013 ) e Padrões e diferenciações egóicas multiversais ( Resende, 2013 ).

 

No primeiro deles, são de referir o estado holotrópico, ou estado alterado da consciência que se caracteriza por ir na direcção da totalidade, conceito da Psicologia Transpessoal, e a mandala, símbolo do arquétipo do self, considerada por Jung, que representa o equilíbrio entre o inconsciente e o self. Resumidamente, temos que enquanto o estado holotrópico representa a tendência consciente da totalidade, a mandala representa a passagem para a tendência inconsciente da totalidade. Destacam-se ainda os autores Amit Goswami e Rebecca Hardcastle, que realçam a relação do consciente e do inconsciente com a não-localidade, postulada pela Física, em que para o primeiro a não-localidade estará mais relacionada com o inconsciente, com o consciente com características mais locais, enquanto que para a segunda a não-localidade está mais relacionada com o consciente. Ainda para Goswami, ele considera que tudo é feito de consciência, em vez de tudo ser feito de átomos.

Ainda no artigo do consciente e do inconsciente cósmicos, para além de artigos meus, já mencionados, apontando para relação entre características psíquicas e características do Universo, aponta-se, também, na relação entre a psique e o Universo, a hipótese, avançada por alguns físicos, da possível infinitude do Universo, e a consequência de haver Universos repetidos, já que há um número finito de arranjos dos átomos e moléculas do Universo. Ora, isto levou-me a pensar na compulsão à repetição, ou seja, a tendência para que o material do inconsciente se manifeste repetidamente. Continuando, considerando as características de não-localidade, postulada pela Física, ou seja, as mesmas partículas estarem presentes em diferentes locais, leva-me a pensar que a não-localidade também se caracteriza pela compulsão à repetição. Os fenómenos referidos caracterizarão um inconsciente cósmico, que se caracterizará pela tendência de material repetido se manifestar, o que aponta para características fractais do Universo.

Para mais, e na tentativa de lidar e, possivelmente, resolver o efeito de observador, ou seja, o efeito de que tudo o que estamos a observar estamos a influenciar, destaco a importância do estudo da percepção inconsciente e dos lapsos inconscientes, na influência do inconsciente no consciente, e no sentido de uma percepção indirecta do Universo.

 

Quanto às características egóicas multiversais, mais quanto ao segundo artigo referido, e na sequência da hipótese do Universo infinito, já referida, e dos Universos repetidos, proponho a existência de eus repetidos, com gradações em relação aos diferentes eus. Temos a hipótese que as diferentes gradações sigam matematicamente uma curva normal de Gauss, com a maioria dos elementos mais padronizados, a nível mediano, e com o diminuir para o extremo inferior e superior. Quanto à plausibilidade da fractalidade do consciente e inconsciente cósmicos, indicada no artigo anterior, a mesma leva a que o psiquismo humano, com seus padrões psicológicos, ao nível do consciente e do inconsciente, se auto-repita ao nível dos eus no multiverso. Leva-nos, então, a pensar num inconsciente cósmico colectivo. Hipotetiza-se ainda que a diferenciação egóica multiversal se assemelhe ao grau de diferenciação dos elementos do Universo, como as poeiras, estrelas, planetas, etc.. Dada aquela padronização, já referida, teríamos a maioria dos elementos egóicos mais próximos ao nível atómico mais simples, havendo uma tendência para o extremo inferior e superior aproximarem-se do sub-atómico e dos elementos  mais pesados, ou supra-atómico. Haveria uma tendência para a existência multi-dimensional do universo, em que tendo em conta a auto-repetição egóica em diferentes dimensões, hipotetiza-se que o que seria variável, e caracterizaria a diferenciação, seria o tempo, ou seja, egos semelhantes em diferentes tempos. Apoiando esta ideia, temos o avançado por Paul Davies, em Como construir uma máquina do tempo, como referenciado no artigo em questão, onde ele considera que não há um “ agora “ universal, e que o tempo num lugar longínquo poderá ocupar o que entendemos como passado e futuro. Indica, pois, que é errado pensar apenas no presente como real em todo o cosmos.

 

Assim, relativamente aos fenómenos psicocinéticos, e fenomenologia associada, interessará saber que tipo de personalidade  se está a abordar, importando também distinguir quanto aos fenómenos conscientes e inconscientes.

 

Continuando, mais sobre a teleportação, refira-se, agora, o hipnoterapeuta Bruce Goldberg, que distingue teleportação da experiência fora-do-corpo. Ele indica que, nesta última, a alma deixa o corpo físico e vai para o plano astral. Já na teleportação, o corpo gradual e lentamente desaparece, em que nada mais no ambiente será alterado. Podendo esta informação ser visualizada no endereço de internet www.coasttocoastam.com/show/2011/07/07, ele ainda refere que na teleportação há uma energia aumentada vibrando à volta do corpo físico, espiralando para cima, surgindo um som no topo da cabeça. Dá, aqui, dois exemplos acontecidos. Num incidente, uma mulher foi ejectada do carro, ficando deitada na estrada. Ela utilizou a sugestão pós-hipnótica de Goldberg para teleportar-se em segurança para a sua sala, enquanto os condutores na estrada relataram que viram o corpo dela desaparecer. Já um caso de princípio do séc. XX, envolveu dois irmãos de Bolonha, Itália, de quem era dito que podiam teleportar-se para vários locais na cidade. Para testá-los, um bispo fechou-os no quarto deles, e mesmo com estas precauções os rapazes desapareceram em minutos.

 

Mas exponha-se mais em pormenor as ideias e experiência de Goldberg, enquanto hipnoterapeuta, que podem ser encontradas no artigo dele What is teleportation?, que pode ser visualizado no próprio website dele, com o endereço www.drbrucegoldberg.com/Teleportation2.htm.

 

Ele define teleportação como o processo de fisicamente relocalizar o corpo de um sítio para outro sem o tocar, ou sem usar qualquer mecanismo mecânico, em que na verdadeira teleportação o corpo físico desmaterializa ( desaparece ) de um local e subsequentemente rematerializa-se ( reaparece ) num local diferente, num instante.

 

Este processo também pode ser usado para viagens no tempo. Baseado no seu livro Time travelers from our future, ele indica que os primeiros viajantes no tempo, do séc. XXXI até finais do séc. XXXIV, necessitavam de algum tipo de nave para viajar para trás no tempo, sendo durante o séc. XXXV que as técnicas de teleportação serão desenvolvidas, não sendo mais precisas naves.

 

Voltando à distinção relativamente à experiência fora-do-corpo, ele indica que nesta há um movimento da alma ou subconsciente ( radiação electromagnética ) de um local ou dimensão para outro, enquanto que na teleportação todo o corpo físico é relocalizado.

Importantemente, ele diz que podemos experienciar teleportação durante o sonho. Difere dos sonhos normais ou dos sonhos lúcidos, no sentido em que o corpo fisicamente deixa a cama e viaja para outro local numa dimensão diferente.

 

Goldberg distingue três tipos de teleportação: teleportação espontânea, teleportação dirigida durante o dormir e teleportação dirigida conscientemente. Na espontânea, ele refere a experiência mais comum de se fazer uma coisa que se fez muitas vezes mas sentir por um momento que se esteve noutro local. Outra possibilidade é estar a andar na rua ou a correr, e perceber que se está muito mais longe da origem do que seria possível no período de tempo em questão. Naquela teleportação dirigida durante o dormir, a experiência difere de sonhos normais ou dos sonhos lúcidos, no sentido em que não se é confrontado com símbolos ou acontecer meramente o subconsciente ser transportado para o mundo dos sonhos. Acontece que o corpo físico é fisicamente relocalizado para o plano astral ou outra dimensão. Esta memória de um teleportação verdadeira é clara e acompanhada de lembranças de sensações físicas. Na teleportação conscientemente dirigida, acontecerá que no princípio há a deslocação para sítios longe do objectivo. Este baixo nível de precisão melhora dramaticamente com práctica regular. Goldberg diz ainda que viajando o corpo à velocidade da luz, a distância não tem grande significado.

 

De seguida, o autor descreve recomendações para uma experiência de teleportação bem sucedida. Assim, ele aconselha a focar a mente e bloquear todas as outras distracções, dizendo ainda que apenas as crenças limitadas evitarão com que o sujeito experiencie esta forma única de viajar. O corpo deverá estar bem descansado, sendo a melhor altura, para teleportação, a noite. Isto, porque já que o corpo faz muitas teleportações espontâneas durante o sonho, a noite será o melhor ambiente e altura para o teleportador aprendiz. Recomenda, ainda, o sujeito teleportar-se para sítios escondidos para evitar chocar outras pessoas quando há a materialização em frente a elas. Agir sempre como já se se estivesse no local desejado ao praticar a teleportação. Ainda, ver-se a si mesmo como se se estivesse a ver este novo local de dentro do corpo ( perspectiva de primeira pessoa ) e não como num sonho ou filme. Garantir que se vê e sente o próprio no novo local. Outra recomendação é não prender a respiração, durante a teleportação, já que há alguma tendência para isso, devendo-se respirar conscientemente com inalações lentas e profundas. Isto, particularmente por a teleportação ser uma actividade mental, não se devendo privar as células cerebrais do oxigénio preciso. Haverá sensação de cabeça leve, com uma sensação em espiral para cima. Ocasionalmente, as pessoas relatam náusea durante as fases iniciais da relocalização. Isto desaparecerá rapidamente, diz o autor, podendo ser prevenido por uma respiração adequada. Há ainda relatos de sensações sexuais no corpo e ainda de uma dureza entre as sobrancelhas. A percepção do local desejado aparecerá como se estivesse a vê-lo através do buraco da fechadura, o que desaparecerá com a práctica. Afirmar sempre claramente a intenção de viajar para determinado local ou visitar algum indivíduo. Não se deverá implicitar que este desejo pode falhar, mas sim fazer uma declaração, diz Goldberg, de uma alma com crescente poder que está confiante em suceder na aventura.

 

Ele termina o artigo, dizendo que o sujeito deve sempre confiar em si próprio e no seu self elevado, reconhecendo a sua própria capacidade de teleportação para qualquer lugar no Universo ou para qualquer outra dimensão.

 

Realço, em particular, destas descrições, o facto de que se deve agir sempre como já se se estivesse no local desejado ao praticar a teleportação, na sua relação com a minha contribuição para este tema, em especial, como se pode ver mais à frente, o desejo inicial de teleportação, associado, precisamente, a uma fase inicial projectiva, implícita nesse desejo, para depois, no âmbito de um introprojecto, passar-se a uma introjecção e a uma posterior nova projecção.

 

Considere-se, pois, que a teleportação psíquica, do próprio indivíduo, caracterizar-se-à por uma desintegração psíquica com posterior reintegração psíquica, realçando-se que agora nos referiremos à teleportação do próprio indivíduo, como nos casos referidos anteriormente de Uri Geller e Ray Stanford, os relativos à ovnilogia, ou os relatados por Bruce Goldberg, estando-se mais no contexto das descrições deste autor.

 

Como em A contemplação meditativa enquanto resultante das posições modificadas de Melanie Klein e da posição castrativa ( Resende, 2013 ), considero que o obsessivo, através do juízo de condenação, adia a gratificação, levando à meditação, e à integração da introjecção e da projecção, num introprojecto, isto leva-nos a considerar que, dado que esta integração é mais evoluída, a teleportação é caracterizada por este introprojecto, caracterizando-se, pois, por uma espécie de transe meditativo.

 

Temos, então, que para uma viagem psicologicamente mais saudável na teleportação, deverá haver uma introjecção e depois uma projecção, com uma fase inicial projectiva, que está presente no desejo inicial de teleportar-se. Após a fase inicial, introjecção, pela necessidade de desintegração, e projecção, pela necessidade ulterior de reintegração.

 

Tenha-se em conta, agora, o artigo Relações espaço-temporais dos psemes e psitrões no contexto exopsicológico e da Teoria do Tudo em Psicologia ( Resende, 2012 ), no sentido em que há uma escala de utilização dos psemes, enquanto unidades psicológicas de transmissão intergeracional, do maníaco ao deprimido, em que se vai da maior utilização das unidades tempo-mentais até à menor utilização das unidades tempo-mentais, passando pelo histérico e pelo obsessivo, indo-se da aceleração temporal do maníaco à lentificação temporal do deprimido, em que neste há menor progressão espacial por utilizar muitas unidades espaço-mentais. Conclui-se que quanto mais unidades tempo-mentais são utilizadas menos unidades espaço-mentais são utilizadas, e vice-versa, havendo correlação inversa entre unidades tempo-mentais e unidades espaço-mentais, realçando-se que na Física considera-se que o espaço e o tempo têm sinais opostos, como Richard Gott III refere, no contexto das viagens no tempo para o futuro, no seu livro Viagens no tempo no Universo de Einstein ( 2001 ).

 

Assim, o deprimido utiliza menos unidades tempo-mentais e mais unidades espaço-mentais, em que, nesse caso, haverá a necessidade de menor utilização de unidades espaço-mentais.

 

Será neste contexto, e em transe meditativo, que surge a projecção inicial, do desejo de teleportação, já que há um enquadramento psicológico de menor deslocação física em si, o que promoverá o fenómeno da teleportação propriamente dito.

 

Continuando, dado que em A posição castrativa como complemento das posições modificadas de Melanie Klein ( Resende, 2010 ), considero que, inicialmente, a posição esquizo-paranóide se caracteriza mais pela introjecção, e que a posição depressiva se caracteriza mais pela projecção, consentaneamente com a perspectiva teórica das relações de objecto internalizadas, com o bebé inicialmente enquanto continente  e a mãe enquanto originadora de conteúdos, uma perspectiva micro-sociológica ao invés da perspectiva psicogenética de Klein, há que considerar, dizia, o artigo das Relações espaço-temporais, já indicado. Isto, para referir que, na teleportação, há a passagem regressiva transitiva da fase borderline depressiva, caracterizada pela projecção, no deprimido, com utilização de menos unidades tempo-mentais e mais unidades espaço-mentais, já que há uma menor necessidade de expandir espacialmente, o que se verifica pelas dificuldades psicológicas de deprimido sentidas em deslocar-se espacialmente, para a fase psicótica, dizia, caracterizada pela introjecção.

 

A fase introjectiva considerada estará associada à inveja do clitóris, como se pode ver em A inveja do pénis e a inveja do clitóris e suas implicações políticas ( Resende,    2010 ), em que a mesma inveja se caracteriza por uma tentativa de diminuição narcísica, na comparação pénis-clitóris. Esta tentativa de diminuição narcísica pode ser melhor acompanhada em Aspectos criativos e evolutivos da inveja do clitóris                  ( Resende, 2010 ), Exemplos específicos das características subcompensatórias do homem derivadas da inveja do clitóris ( Resende, 2010 ) e em O poder criativo e as características subcompensatórias do homem derivadas da inveja do clitóris: culpabilidade fálica ( Resende, 2013 ).

Há um aspecto subcompensatório associado à inveja do clitóris, com realce para a tentativa de diminuição narcísica do homem relativa ao sentimento de superioridade sentido na comparação pénis-clitóris, tentativa essa que surgirá por culpabilidade fálica, sendo esta relativa aos sentimentos sobrecompensatórios associados ao sentimento de superioridade sentido pelo homem na comparação pénis-clitóris, como se pode ver no artigo do poder criativo e culpabilidade fálica, referido anteriormente. Isto está enquadrado por motivos filogenéticos, num sistema de equilibração evolutivo em relação às características sobrecompensatórias associadas à inveja do pénis, tipicamente sentida pela mulher. A subcompensação estará associada a sentimentos de hetero-reparação narcísica, ou reparação narcísica do outro, particularmente no âmbito do sistema de equilibração referido.

 

Podemos associar este aspecto subcompensatório da inveja do clitóris à renunciação das identidades, anunciada por um espiritualista oriental, indiano, no caso, Paramahamsa Nithyananda, no contexto dos arquivos akashicos, ou akashic records, como caminho para atingir o Enlightenment, ou, como eu traduzo, o Esclarecimento. Pode ser acompanhado o canal de Nithyananda no website do Youtube, com o nome de LifeBlissFoundation.

 

Assim, temos, na teleportação, a subcompensação narcísica, com tentativa de diminuição narcísica, associada à inveja do clitóris, associada à renunciação da identidade, num sentido psicológico e espiritual mais evoluído, para atingir o Esclarecimento, e, no contexto, a teleportação.

Só depois surgirá nova fase projectiva, já que terá que haver uma reintegração noutro local, em que da fase introjectiva psicótica terá que haver a passagem para a fase projectiva depressiva, e em que haverá a passagem inversa do deprimido ao maníaco, como já se disse, em que passa-se da menor necessidade espaço-mental do deprimido até à maior necessidade espaço-mental do maníaco.

 

Como se compreenderá, também haverá a passagem da inveja do clitóris à inveja do pénis, passagem da subcompensação narcísica à sobrecompensação narcísica, e isto para uma viagem mais saudável na teleportação.

 

Em relação àquelas passagens, ida e volta, do maníaco ao deprimido, passando pelo histérico e obsessivo, e vice-versa, interessará referir-mo-nos a núcleos de personalidade, tal como podemos propor aqui como intervindo no fenómeno da teleportação. Teríamos, pois, no mesmo indivíduo, e personalidade, do indivíduo a teleportar-se, núcleos de personalidade com um núcleo maníaco, um histérico, um obsessivo e um deprimido, no contexto deste artigo. Estes núcleos aproximar-se-iam do conceito relativamente conhecido de traços de carácter, que existirão no âmbito de uma estrutura de personalidade, como a neurótica e a psicótica, ou na organização-limite, enquadramento este que poderá ser visto, por exemplo, no livro de Jean Bergeret, A personalidade normal e patológica ( 1997 ). Como esse autor indica, poderá haver, por exemplo, uma estrutura psicótica de personalidade com traços de carácter obsessivos. Estes serão os traços de carácter estruturais, sendo elementos estruturais isolados não dependentes da estrutura de base do sujeito. Também há os traços de carácter pulsionais, que serão a base para os estruturais. Os traços de carácter pulsionais dividem-se em traços de carácter libidinais e traços de carácter agressivos. Temos nos primeiros, os traços orais, anais, uretrais, fálicos e genitais, e nos segundos, os traços sádicos, masoquistas e autopunitivos.

 

Assim, no contexto da teleportação, é como se fossem utilizadas técnicas de manipulação de diferentes tipos de traços de carácter, dos núcleos referidos, portanto.

 

Deste modo, na teleportação, teremos uma pré-fase maníaco-depressiva, em que da mania à depressão, passar-se-à por traços fálicos, associados ao histerismo, e por traços anais, associados à obsessão, em que chegamos à fase deprimida, em que devido àquela projecção inicial requerida, teremos a utilização de traços falico-depressivos. Na sequência, em que chegamos à introjecção na fase psicótica, enquadrada na psicose maníaco-depressiva, teremos a manipulação de traços orais, associados a características incorporativas. Nesta fase, devido àquela diminuição narcísica requerida e à renúncia de identidade, referidas, estaremos a falar aqui da manipulação de traços de carácter agressivos autopunitivos. Posteriormente, a caminho da reintegração, teremos o caminho inverso, passando pelos traços anais, traços fálicos, quer histéricos quer depressivos, que caracterizarão a projecção nesta fase, chegando à reintegração, que será sobremaneira conseguida pela manipulação  de traços de carácter genitais, que se caracterizam pela integração, particularmente egóica mas também das diferentes pulsões.

 

É de destacar, aqui, que no artigo das Relações espaço-temporais, já referido, associo o histerismo ao capitalismo, e ao seu extremo, o expansionismo imperialista, pelo tipo de sociedades capitalistas histéricas, indicando que o histérico utiliza bastantes unidades tempo-mentais, daí o tempo passar rápido, e menos unidades espaço-mentais vai tendo. A associação é feita, precisamente, devido à necessidade de unidades espaço-mentais. Relaciona-se, também, em termos de efeitos psicológicos, o comunismo, associado à Revolução Russa, e ao facto de a União Soviética ter sido, e de a Rússia ser, de longe, o maior país do planeta, com, dizia eu, as características do obsessivo de utilizar bastantes unidades espaço-mentais, utilizando menos unidades tempo-mentais, considerando-se, claro está, o comunismo enquanto sistema mais obsessivo. Haverá, então, necessidade de unidades tempo-mentais, que se relacionará com a necessidade de imortalidade simbólica, e com o facto de o obsessivo ser tendencialmente masculino, e de, predominantemente, as obras científicas e culturais que foram sendo deixadas serem precisamente de homens.

 

Mais se adianta que, nesse mesmo artigo, faço referência ao artigo das forças fundamentais do Universo, já anteriormente indicado, para se relacionar o histerismo, o expansionismo, particularmente espacial e as trocas habituais de electrões entre os átomos, relacionando-se, ainda, a necessidade de unidades tempo-mentais, no obsessivo, com os neutrões e protões do núcleo, pressupondo-se, pois, relação mais estrita entre tempo e núcleo atómico.

 

Num aparte, poderemos associar a relação entre tempo e núcleo atómico com o fenómeno das estrelas de neutrões, que, estando em rotação, são chamadas de pulsares. Sendo a estrela de neutrões um dos fins possíveis para uma estrela, temos, pois, estrelas compostas por neutrões, uma das partículas subatómicas do núcleo, que enquanto pulsares constituem fontes de rádio que piscam intermitentemente com uma frequência constante. É esta constância da frequência que faz realçar as características temporais das estrelas de neutrões, neutrões estes, pois, enquanto partículas do núcleo atómico. A referência à constância da frequência intermitente das estrelas de neutrões, enquanto pulsares, pode ser visualizada em imagine.gsfc.nasa.gov/docs/science/know_l1/pulsars.html, uma página de internet da Agência Espacial Estado-Unidense NASA.

 

Continuando, no contexto do presente artigo, o dito leva-nos a considerar que quando há a passagem do maníaco ao deprimido, passando pelo histérico e pelo obsessivo, há uma primazia inicial da manipulação de características espaciais para depois haver uma primazia de características temporais, e que na fase inversa, a primazia vai das características temporais às espaciais.

 

É só coerente que o início de um processo de teleportação de um sítio para outro passe pela manipulação inicial de características espaciais, fálico-espaciais, tendo nós em conta, contudo, a teleportação na viagem no tempo, como referenciado por Bruce Goldberg, já referido, em que se acentuará a manipulação inicial de características temporais obsessivas, analo-temporais.

 

Assim, num processso de teleportação primariamente espacial, teremos a primazia da manipulação inicial de características histerico-espaciais, enquanto que num processo de teleportação primariamente temporal, teremos a primazia da manipulação inicial de características obsessivo-temporais.

 

Se se pensar num processo integrativo espaço-temporal, teremos a integração de características fálicas e anais, tendo nós, pois, a primazia da manipulação inicial de características falico-anais.

 

Serão estas, pois, as características dos diferentes núcleos no indivíduo, no contexto da teleportação, em que, pelo dito, na fase final de reintegração, que eu associo no artigo à mania, teremos como que um indivíduo se caracterizando por aspectos maníacos, que serão, particularmente, no contexto, de megalomania, ou estando num estado megalomaníaco, pressupondo-se que, quer no início quer no fim, seja um estado transitório. Este estado megalomaníaco estará associado ao facto psicológico da capacidade ou poder do indivíduo em se conseguir teleportar, o que é de associar ao indicado por Goldberg, e já referido, quanto à necessidade de um crescente poder e confiança da alma do indivíduo que se teleporta.

 

É ainda de relacionar a ideia da introjecção subcompensatória com aquela do mecanismo implosivo, para viajar entre mundos paralelos, referenciada no meu artigo, já referido, dos mundos paralelos.

 

Finalizando, na teleportação, temos, no geral, uma fase inicial projectiva, presente no desejo de teleportação, para depois passar-se a uma fase introjectiva, com subcompensação narcísica, tentativa de diminuição narcísica, associada à inveja do clitóris, para seguidamente haver uma nova fase projectiva, com sobrecompensação narcísica, associada à inveja do pénis. Haverá, então, uma fase inicial projectivo-depressiva, transitiva, no desejo de teleportação, para depois subcompensar da fase maníaca à fase depressiva, de mais necessidade à menor necessidade espaço-mental, para posteriormente, e inversamente, caminhar-se para a maior necessidade espaço-mental, do deprimido ao maníaco. Inversamente, pois, haverá a passagem da maior utilização tempo-mental à menor utilização tempo-mental, para depois se caminhar novamente à maior utilização tempo-mental. Completa-se, assim, o introprojecto, referido inicialmente, com uma fase inicial projectiva, pelo desejo de teleportação, e com técnicas de utilização e manipulação de núcleos de personalidade, associados aos traços de carácter.

 

 

Bibliografia

 

Bergeret, J. ( 1997 ). A personalidade normal e patológica. Climepsi Editores

 

Davis, E. ( 2004 ). Teleportation Physics Study. Special Report, Air Force Research Laboratory, Air Force Materiel Command, Edwards Air Force Base in www.fas.org/sgp/eprint/teleport.pdf

 

Goldberg, B. ( ? ). What is teleportation? In www.drbrucegoldberg.com/Teleportation2.htm

 

Gott III, R. ( 2001 ). Viagens no tempo no Universo de Einstein. Edições quasi

 

Resende, S. ( 2010 ). A inveja do pénis e a inveja do clitóris e suas implicações políticas em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 15/10/2010

 

Resende, S. ( 2010 ). A posição castrativa como complemento das posições modificadas de Melanie Klein em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 08/11/2010

 

Resende, S. ( 2010 ). Aspectos criativos e evolutivos da inveja do clitóris em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 17/11/2010

 

Resende, S. ( 2010 ). Exploração cósmica e viagens no tempo e suas relações com a histeria e a obsessão em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 26/11/2010

 

Resende, S. ( 2010 ). Exemplos específicos das características subcompensatórias do homem derivadas da inveja do clitóris em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 28/11/2010

 

Resende, S. ( 2011 ). A telepatia e suas relações com os psitrões enquanto base dos psemes em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 06/02/2011

 

Resende, S. ( 2011 ). Características psitrónicas dos inconscientes colectivo e pessoal: a autotelepatia em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 14/02/2011

 

Resende, S. ( 2011 ). Distinção entre heterotelepatia e autotelepatia em www.psicologado.com ( proposto a 03/2011 )

 

Resende, S. ( 2011 ). Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia em www.psicologado.com ( proposto a 03/2011 )

 

Resende, S. ( 2012 ). Teoria do Tudo em Psicologia: a caminho do Todo em www.psicologado.com ( proposto a 01/2012 )

 

Resende, S. ( 2012 ). Teoria do Tudo em Psicologia: a caminho dos mundos paralelos em Física em www.psicologado.com ( proposto a 01/2012 )

 

Resende, S. ( 2012 ). Segundo complemento a Uma aproximação à Teoria do Tudo em Psicologia: correlatos politico-económicos em www.psicologado.com ( proposto a 08/2012 )

 

Resende, S. ( 2012 ). Teoria do Tudo em Psicologia e as forças fundamentais do Universo em www.psicologado.com ( proposto a 11/2012 )

 

Resende, S. ( 2012 ). Relações espaço-temporais dos psemes e psitrões no contexto exopsicológico e da Teoria do Tudo em Psicologia em www.psicologado.com                   ( proposto a 12/2012 )

 

Resende, S. ( 2013 ). O consciente e o inconsciente cósmicos em www.psicologado.com ( proposto a 03/2013 )

 

Resende, S. ( 2013 ). Padrões e diferenciações egóicas multiversais em www.psicologado.com ( proposto a 03/2013 )

 

Resende, S. ( 2013 ). A contemplação meditativa enquanto resultante das posições modificadas de Melanie Klein e da posição castrativa em www.psicologado.com             ( proposto a 03/2013 )

 

Resende, S. ( 2013 ). O poder criativo e as características subcompensatórias do homem derivadas da inveja do clitóris: culpabilidade fálica em www.psicologado.com   ( proposto a 04/2013 )

publicado por sergioresende às 10:51
link | comentar | favorito

.mais sobre mim

.pesquisar

 

.Outubro 2015

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9
10

12
13
14
15
16
17

18
19
20
21
22
23
24

25
26
27
28
29
30
31


.posts recentes

. Especificidades psico-esp...

. Características psicológi...

. Características psicológi...

.arquivos

. Outubro 2015

. Setembro 2015

. Janeiro 2015

. Novembro 2014

. Outubro 2014

. Setembro 2014

. Agosto 2014

. Julho 2014

. Maio 2014

. Abril 2014

. Março 2014

. Janeiro 2014

. Dezembro 2013

. Novembro 2013

. Outubro 2013

. Setembro 2013

. Agosto 2013

. Julho 2013

. Junho 2013

. Maio 2013

. Abril 2013

. Março 2013

. Janeiro 2013

. Dezembro 2012

. Novembro 2012

. Setembro 2012

. Junho 2012

. Maio 2012

. Março 2012

. Fevereiro 2012

. Janeiro 2012

. Novembro 2011

. Outubro 2011

. Agosto 2011

. Julho 2011

. Março 2011

. Janeiro 2011

. Dezembro 2010

. Outubro 2008

. Setembro 2008

. Março 2008

. Dezembro 2007

. Junho 2007

. Maio 2007

. Abril 2007

. Março 2007

. Fevereiro 2007

. Janeiro 2007

. Dezembro 2006

.tags

. todas as tags

blogs SAPO

.subscrever feeds