Fobia temporal ( cronofobia ) no homem e na mulher
Se temos fobias ao nível espacial, como a agorafobia e a claustrofobia, e em que temos na neurose fóbica o isolamento geográfico, consideremos, desta feita, a fobia temporal, as fobias relativamente ao passado e ao futuro, diferenciadamente para homens e mulheres e relativamente ao capitalismo, e seu extremo fascismo, e ao comunismo.
Considerem-se, para começar, dois artigos meus, a saber, Masturbação feminina no dia-a-dia: suas implicações psicológicas e comportamentais ( Resende, 2008 ) e Orgasmo feminino enquanto “ pequena morte “ ( la petite mort ) ( Resende, 2012 ). O primeiro deles refere-se ao hábito diário do comportamento masturbatório feminino, e às suas implicações comportamentais e psicológicas, com o hábito da fêmea humana de se excitar e de se masturbar em qualquer local que se encontre, através da sua musculatura vaginal e pélvica, até atingir o clímax, num movimento paroxístico. Indica-se que já Freud ( 1905 ), nos Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade, nos falava da satisfação sexual sentida pela rapariguinha contraindo os braços entre as pernas, como contraforça, realçando a prevalência deste tipo de comportamento. Mais se refere, que na observação quotidiana, associados a estes comportamentos masturbatórios, estão as eventuais ocorrências de um “ engolir em seco “, aquando do clímax e, muito importante, as ocorrências de comportamentos sonolentos, como o bocejar, aquando do clímax, em que a mulher ou a rapariga começam a ficar com sono, sendo de realçar a proximidade entre o clímax e os comportamentos sonolentos. Ainda Freud ( 1905 ) nos fala da satisfação sexual associada ao sono, como sendo uma regressão, em que a mulher regressa como que a um estado intra-uterino, em completa dependência de outrem. Destaca-se, nestes comportamentos, que por mais satisfação sexual que se obtenha, a capacidade multi-orgásmica, os comportamentos de “ engolir em seco “ e do comportamento sonolento não diminuem, indicando que a plena satisfação sexual não é obtida, persistindo os comportamentos masturbatórios. Isto leva a crer que diminui a capacidade de procura efectiva de satisfação sexual, na relação, importantemente, o que nos leva à noção, mais ou menos presente, pelo menos na cultura ocidental, de menor iniciativa sexual da mulher, em termos de comportamentos efectivos de procura de satisfação sexual. Ora, quanto a esta menor iniciativa, e quanto à dependência, referida anteriormente, é de notar que Jung ( 1968 ) indica que a mulher que não se identifica com o Eros materno perde a capacidade de iniciativa. É como se a mulher, nesse comportamento sexual típico de masturbação se identificasse mais com o Tanatos materno. Ainda neste artigo se propõe que preventivamente se deverá facilitar culturalmente, politicamente ( políticas de acesso ao crédito à habitação ), educativamente, etc., a tomada de iniciativa sexual por parte da mulher para que esta possa mais facilmente identificar-se com a Vida, com o Amor. Já no segundo dos meus artigos referidos, acrescenta-se que considerando que a resolução é a fase de resposta sexual humana que se segue ao orgasmo, teríamos aqui que a irresolução crónica na mulher estará associada à morte, sendo neste contexto que se enquadra a famosa expressão francesa do orgasmo feminino enquanto “ la petite mort “, a pequena morte.
Considera-se, pois, a associação e a identificação da mulher com o Tanatos, e não tanto com o Eros, no seu comportamento sexual típico, em que temos uma tendência contrafóbica em direcção à morte, em direcção à proximidade da mesma. Esta contrafobia é caracterizada pelo catar sexual feminino enquanto fobia social, como se pode ver em Catar sexual feminino enquanto fobia social ( Resende, 2012 ), que se baseia no sentimento de estar a sugar sexualmente o sangue de outra mulher, na eventual menstruação da mesma, que lhe faz lembrar o sinal depressivo da perda do pénis já efectuada, com sentimento de perda do amor do objecto, já que fantasia que foi o objecto na relação precoce que lhe amputou o pénis. Assim, considerando a histeria mais tipicamente feminina, com comportamentos sexualizados típicos na mesma, a fobia dá conta da superficialidade também típica dos relacionamentos histéricos, enquanto que a contrafobia dá conta da sociabilidade também típica desses mesmos relacionamentos. Deste modo, a contrafobia feminina, que dirá respeito a um sentimento para a morte, contrapõe-se à fobia temporal relativa ao passado, ou passado-fóbica. Ainda, pode associar-se a contrafobia do catar sexual feminino, com relações sociais diremos “ mortíferas “, à relação que Jacques Lacan ( 1996 ), em Escritos, faz, entre catar sexual feminino e instinto de morte.
É de notar que no homem fascista, como se pode ver em A guerra militar no homem fascista ( Resende, 2013 ), haverá também um sentimento para a morte, com a raiva narcísica do militarismo expansionista espacial fascista, e uma fobia temporal relativa ao passado, que baseará aquela raiva narcísica. Haverá esta fobia já que haverá uma identificação acentuada do homem fascista com a mãe, que é considerada castrada, em que há o sentimento por parte do homem de que quando nasceu amputou o pénis da mãe, sendo ele pois um filho-falo, cujos vestígios serão o clitóris da mãe, havendo também um sentimento de culpabilidade por parte desse homem, por fantasiar que a mãe sabe que foi ele que amputou o pénis dela, com sentimentos consequentes de perda do amor do objecto, o que é particularmente depressivo. Ora, a menstruação da mãe, e de outras mulheres, fazem lembrar ao homem fascista toda esta situação, o que causará aquela fobia temporal em relação ao passado, em que o sentimento para a morte e a raiva narcísica relacionada, também relacionada com a violência imaginada da amputação, serão projectadas sobre o inimigo, fomentando investidas expansionistas espaciais falo-sobrecompensatórias, em que haverá a procura do pénis da mãe e para a mãe, que estará simbolizado na bandeira hasteada do inimigo. A fobia temporal relativa ao passado fará recalcar o sentimento de culpabilidade sentido, recalcando-se, pois, os sentimentos associados à menstruação da mulher, em que aquela procura terá este sentimento de culpabilidade inconsciente subjacente, em que quanto mais culpado maior a procura. Dir-se-á ainda que a fobia temporal em relação ao passado do homem fascista será contrabalançado por um sistema contrafóbico em relação ao futuro, que nos levará ao nacionalismo exacerbado do fascismo, e à necessidade patológica de ter sempre a bandeira nacional hasteada, não se fazendo o luto do pénis perdido, que seria simbolizado pela meia-haste, não se dizendo contudo que essa meia-haste não é feita mas sim que a vivência catártica do luto não é feita.
Já como se pode ver, por exemplo, em A mulher e a morte ( Resende, 2013 ), há uma tendência geral da mulher mais velha, pós-menopáusica, de pintar os cabelos brancos ou grisalhos, porquanto geralmente o homem não o faz, revelando uma certa fobia relativamente à proximidade da morte, anunciada pelos cabelos brancos, fobia ao futuro. Em Segundo complemento a O sobrecompensatório na mulher ( Resende, 2014 ) é indicado que a mulher mais velha, pós-menopáusica, tende a usar o cabelo curto, diferenciadamente a mulheres mais novas, com cabelos compridos, tipicamente, entendendo-se que isso é devido à perda da menstruação na menopausa, perdendo-se, então, o motivo de sobrecompensar o tamanho da cabeça e do cérebro através do cabelo, relativamente ao homem, por já não se sentir diminuída em relação ao mesmo, diminuição essa baseada na inveja do pénis, manifestada pelo tal engrandecimento sobrecompensatório, que é associada à perda do pénis já efectuada, com a fantasia confirmatória da menstruação como sinal dessa perda. A sobrecompensação, através dos cabelos compridos, também está enquadrada na maior produção histórica por parte dos homens, a nível cultural, científico, artístico, etc., relativamente às mulheres, em particular nas sociedades ocidentais. Temos, pois, a perda do motivo fóbico em relação ao passado, fobia essa como acima mencionada acerca do catar sexual feminino, e uma equiparação sentimental e narcísica em relação ao homem, o que enquadrado com a questão da pintura do cabelo, nos diz que, na mulher, com a idade, há a passagem de uma fobia temporal relativamente ao passado para uma fobia temporal relativamente ao futuro.
No homem, tipicamente mais obsessivo, e em que um sistema mais tipicamente obsessivo e patriarcal é o comunismo, dever-se-á referir o efeito no psiquismo humano do movimento de rotação da Terra, ou movimento de revolução. Temos, pois, este efeito de revoluções contínuas, que transmitirá o sentimento de que a revolução é precisa ser feita novamente, havendo nesse sentido, particularmente no homem, tendências inconscientes no revolucionário contribuindo para que surjam contra-revoluções. Será neste sentido, que no homem, mais tipicamente obsessivo, haverá uma fobia relativamente ao futuro, futuro-fóbico, portanto, sentimento que será semelhante na mulher mais velha, como já vimos. Temos um enquadramento em que haverá no homem uma fobia em relação à proximidade da morte, sendo coerente que no sistema obsessivo patriarcal que é o comunismo tenhamos o ateísmo, ou não crença formalizada numa vida depois da morte, o que também contribuirá para uma fobia temporal em relação ao futuro. É de notar que neste sistema comunista mais progressista, e por contraponto ao expansionismo espacial mais capitalista e fascista, haverá uma necessidade de expansionismo temporal, no sentido progressista, em que temos um sistema fóbico de aproximação/evitamento, sistema fóbico esse como Houzel, Emmanuelli & Moggio ( Coord. ) ( 2004 ) nos indicam e caracterizam. Este sistema de fobia relativamente ao futuro, com aproximação/evitamento, será contrabalançado por um sistema contrafóbico de expansionismo temporal em relação ao passado, onde podemos enquadrar aqui os avanços pioneiros das conquistas da União Soviética comunista a nível espacial, ou espaço-sideral, considerando a noção da Física ou Astrofísica, que da Terra para o cosmos estamos sempre a olhar para o passado, devido à distância temporal que a luz demora a chegar a nós. Coerentemente, contraponho aqui o indicado em Tendências psicológicas e medos futuros das sociedades capitalistas ( Resende, 2010 ) e Exemplo paradigmático relativo às tendências psicológicas e medos futuros das sociedades capitalistas ( Resende, 2011 ), e por contraponto ao comunismo, em que haverão na sociedade capitalista, particularmente a dos Estados Unidos da América, bastião do capitalismo, tendências fóbicas relativamente ao espaço sideral e à conquista do mesmo, com o exemplo do Vai-Vém estado-unidense, tipicamente num sistema fóbico de aproximação/evitamento, que incluirá uma fobia relativamente a uma invasão alienígena, que terá vindo a ser ao longo das décadas reproduzida na cultura de Hollywood.
Mas descrevam-se melhor estes artigos. Nos mesmos, baseio-me no apoio incondicional dos Estados Unidos, enquanto bastião do capitalismo, a Israel, e na historicidade da coluna de fogo que guiou as tribos hebraicas pelo deserto, considerando-se que a coluna de fogo moderna nas sociedades capitalistas é a religião, enquanto modo de unir as pessoas, baseada na divinização do dinheiro, em que este é considerado psicologicamente a nível anal, que por sua vez baseia-se na divinização do sistema matriarcal, que está baseado na sexualidade feminina. Indico, para mais, a utilização da sexualidade feminina para controlo do indivíduo e das massas, em que teríamos o deslocamento das culpabilidades associadas ao controlo para o fogo eterno do Inferno, na religião cristã, mantendo-se, deste modo, o controlo individual e societal. Há, então, uma paranoia anal, surgindo como principal medo capitalista a desmistificação das tradições judaico-cristãs e da sexualidade feminina, concluindo-se que o medo capitalista de o “ fogo “ se extinguir significará o medo do frio do espaço ou o medo de uma invasão alienígena. O exemplo paradigmático dado é a utilização do Vai-Vém espacial, utilizado pelos Estados-Unidos, uma sociedade capitalista, com caracterizações fóbicas. De facto, afigura-se o mecanismo relacional, na exploração espacial, de aproximação/evitamento, pelo ir e vir do Vai-Vém, perspectivando-se estratégias defensivas fóbicas de fuga para a frente e de evitamento, estratégias estas como consideradas por Houzel, Emmanuelli & Moggio ( Coord. ) ( 2004 ). Acrecente-se, aqui, que aquela divinização do sistema matriarcal baseado na sexualidade feminina será, para sermos mais precisos, também uma sacralização da psicossexualidade feminina, com a histeria mais tipicamente feminina, com sobrecompensações fálicas, que nos reportará às sociedades falocêntricas, características do capitalismo global contemporâneo.
Continuando, para mais, se na sociedade capitalista há uma fobia temporal relativamente ao passado, reproduzida na fobia de conquista espacial, relação já vista, teremos que para contrabalançar teremos um sistema contrafóbico de fobia temporal relativamente ao futuro, na Terra, que nos reportará à necessidade de imortalidade simbólica, ou seja, obra feita a nível cultural, científico, artístico, etc., perdurando pelos tempos, em que, tendo em conta as características do sistema fóbico de aproximação/evitamento, se ligaria a uma ansiedade narcísica que é efectivamente tão característica do histérico, sendo a histeria mais tipicamente feminina e o capitalismo um sistema predominantemente histérico. Faz lembrar a história inglesa da onda de suicídios de mulheres, em relação à qual o rei determinou que as suicidas seriam expostas nuas por toda a cidade, após a morte, o que resultou na paragem dessa onda. Assim, o sistema capitalista, para diminuir o medo de invasão alienígena e de progredir pelo espaço sideral, deverá vivenciar a imortalidade simbólica com ansiedade narcísica, em que a ansiedade narcísica estaria mais próxima do evitamento e a necessidade de imortalidade simbólica da aproximação. Ou seja, dever-se-á sujeitar mais a que a obra feita seja julgada por gerações vindouras, contrariando a tendência habitual para a gratificação imediata do histérico capitalista, devendo caracterizar-se mais por técnicas mais obsessivas como a tendência para o adiamento da gratificação, através do juízo de condenação. E isto para diminuir o medo de progressão pelo cosmos e de uma invasão alienígena. Já o sistema comunista, com um sistema contrafóbico de expansionismo temporal em relação ao passado, para progredir no espaço sideral, deverá contrabalançar com o diminuir de fobia relativamente ao futuro, em que relacionando os fenómenos, particularmente por ser um sistema progressista, deverá haver um diminuir da necessidade de imortalidade simbólica, já referida, não incorrendo tanto na fuga para a frente que caracteriza parte do sistema fóbico, como já visto, que, pelo dito acima, deverá diminuir as tendências inconscientes no revolucionário na contribuição para que surjam contra-revoluções, e isto no sentido do expansionismo temporal em relação ao passado, que se relaciona, então, com a conquista do espaço sideral, como já vimos. Isto traduzir-se-á por um comunismo menos ortodoxo, caracterizando-se por técnicas mais histéricas como mais tendência para gratificação imediata, e isto para diminuir a fobia do expansionismo temporal em relação ao passado, e consequente conquista do cosmos. Intui-se, ainda, que no sistema comunista, aquele luto do pénis perdido, já referido, estará mais vivenciado catarticamente do que no sistema capitalista, não havendo tendências expansionistas militaristas baseadas na raiva narcísica, e essa melhor vivência permitirá um progresso psíquico, que por sua vez permitirá um melhor luto da imago terráquea, permitindo aos cosmonautas deste sistema um melhor trabalhar da angústia de separação em relação ao afastamento da Terra, no progresso da exploração espacial, em que psicologicamente o indivíduo será menos controlado por aquela angústia, particularmente em viagens de longa duração.
Para resumir, temos na mulher mais jovem e homem fascista uma fobia temporal relativa ao passado, que neste homem fascista é contrabalançada por uma fobia em relação ao futuro, que leva ao nacionalismo patológico da bandeira hasteada e à vivência da imortalidade simbólica com ansiedade narcísica, e que na mulher mais velha e homem comunista há uma fobia temporal em relação ao futuro, que neste homem comunista é contrabalançada por um expansionismo temporal em relação ao passado, que nos remete para a exploração espacial, tendo em conta o tempo passado do que é observado da Terra, expansionismo esse que para se acentuar deverá haver um diminuir da necessidade de imortalidade simbólica.
Considere-se agora a temática das viagens no tempo, perspectivando o meu artigo Exploração cósmica e viagens no tempo e suas relações com a histeria e a obsessão ( Resende, 2010 ). No mesmo, refiro a minha proposta da noção dos psemes enquanto unidades de evolução psicológica, enquanto unidades psicológicas de transmissão intergeracional. Basicamente, os psemes serão pensamentos inconscientes que são constituídos enquanto complexos, ou conjunto de complexos, inconscientes, sendo estes complexos tidos no sentido Junguiano, enquanto conjunto de disposições psicológicas, psicológica e significativamente relacionadas. Os psemes terão características Lamarckianas da psique, no sentido de os complexos inconscientes poderem ser modificados durante a vida do indivíduo, com essas modificações a serem transmitidas às gerações seguintes. Outra proposta minha são os psitrões, que perspectivam-se enquanto partículas psicológicas que subjazem os psemes. Basicamente, dir-se-á que a histeria é caracterizada por psitrões curtos e que a obsessão é caracterizada por psitrões longos. Isto porque a tendência para a satisfação imediata, o “ aqui e agora “ histérico, teria por base psitrões que estariam associados à memória curta, daí o recalcamento histérico, e à inibição dos receptores psitrónicos associados à memória a longo prazo. Já a tendência para o adiamento da satisfação, gratificação, característica da obsessão, relacionada com o juízo, ou julgamento, de condenação, teria por base psitrões que estariam associados à memória a médio e a longo prazo, e à inibição dos receptores psitrónicos associados à memória a curto prazo. Temos, pois, psitrões curtos na histeria e psitrões longos na obsessão. Propõe-se, então, nesse artigo, e perspectivando as características psicológicas e saúde mental, com prevenção de eventuais efeitos secundários, que os viajantes no tempo histéricos deverão fazer apenas viagens temporais de curto alcance, enquanto que os viajantes no tempo obsessivos poderão fazer viagens de longo alcance.
No contexto do presente artigo, e especificando melhor estas características, dir-se-á que a mulher jovem e o homem fascista, mais capitalista, com a sua fobia temporal relativa ao passado, nas viagens no tempo, dever-se-ão especializar contrafobicamente, e tendo em conta que terão características mais histéricas, na progressiva viagem para o futuro e cada vez de maior alcance, devendo treinar acentuadamente a característica do adiamento da gratificação, pelo juízo de condenação. Já o homem comunista e a mulher mais velha, com a sua fobia temporal relativa ao futuro, nas viagens no tempo, dever-se-ão especializar contrafobicamente, e tendo em conta características mais obsessivas, na progressiva viagem para o passado e cada vez de menor alcance, devendo treinar acentuadamente a característica da gratificação imediata, mais pelo recalcamento.
Intui-se que a mulher capitalista e o homem novo, que poderíamos associar simbolicamente ao Homem-Novo do comunismo, nas viagens no tempo, caracterizar-se-ão por progressivas viagens para o futuro e cada vez de menor alcance, enquanto que a mulher comunista e o homem mais velho, nas viagens no tempo, caracterizar-se-ão por progressivas viagens para o passado e cada vez de maior alcance.
É de notar que nos exemplos dados em relação à idade, quer em relação à mulher mais velha quer em relação ao homem mais velho, propõem-se viagens para o passado, na mulher de menor alcance e no homem de maior alcance, o que será coerente com características habituais da memória de pessoas idosas de recordarem constantemente o passado mais distante, o que nos indica que a pessoa idosa, quer mulher quer homem, tem características habituais mais masculinas, o que considerando que, na minha proposta, a viagem na mulher deverá ser de menor alcance, apontará para uma maior diferenciação em termos de género e, em consequência, pessoal.
Repare-se que todos os movimentos até agora, fobias e contrafobias, em direcção ao futuro e ao passado, serão coerentes com a proposta da Física, tal como nos diz Richard Gott III, em Viagens no Tempo no Universo de Einstein ( 2001 ), de que as ondas luminosas que rumam em direcção ao futuro são ondas retardadas e de que as ondas que vão em direcção ao passado são ondas avançadas, referindo ele, contudo, que, em geral, não vemos as ondas avançadas, sendo isso que nos dá um sentido de causalidade e uma seta do tempo. Mas associando nós, no contexto do presente artigo, as ondas luminosas aos electrões, com fotões, que se deslocam nos neurónios, e estando nós a falar de fenómenos mentais, estes fenómenos não serão vistos por serem mentais, com correlatos cerebrais, o que pressupõe-se que não haverá causalidade estrita a nível mental, onde poderíamos incluir exemplificadamente os fenómenos premonitórios, onde se inclui o famoso exemplo bíblico do sonho premonitório do Faraó, interpretado por José, realçando-se a importância da interpretação do significado do sonho, este enquanto fenómeno inconsciente, e as regressões a vidas passadas através de hipnose regressiva. Mas se as ondas avançadas mentais, digamos assim, em direcção ao passado, estão ligadas a fenómenos como a regressão a vidas passadas, através de hipnose regressiva, onde não se pressupõe causalidade, devemos estar atentos ao que se diz no estudo da relação entre a Física e a Consciência, de que há um efeito de observador, de observação, ou seja, aquilo que observamos é sempre influenciado pelo observador, de onde os físicos concluírem que nós somos os nossos pensamentos, em particular, conscientes. Devemos retirar daqui que, eventualmente, apesar de fenómenos como as premonições e as regressões a vidas passadas funcionarem mais a um nível inconsciente, a sua consciencialização poderá influenciar o passado e o futuro, em que, em particular, nas regressões passadas referidas, com ondas avançadas mentais, seguidas de ondas mentais retardadas, já teríamos um nexo de causalidade, também havendo o mesmo em relação às premonições, com ondas mentais retardadas, seguidas de ondas mentais avançadas, o que permitirá a consciencialização dessas premonições.
Para finalizar, e tendo em conta o acabado de dizer, teremos que, no sentido temporal do passado e futuro, as fobias influenciam as contrafobias enquanto que as contrafobias influenciam também as fobias, particularmente aquelas descritas, e especialmente com as suas consciencializações, o que será coerente precisamente com as interrelações descritas durante o presente artigo, interrelações essas em que as contrafobias têm em conta as fobias e estas aquelas contrafobias.
Bibliografia
Freud, S. ( 1905 ). Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade. Edição “ Livros do Brasil “
Gott III, J. R. ( 2001 ). Viagens no Tempo no Universo de Einstein. edições quasi
Houzel, D., Emmanuelli, M. & Moggio, F. ( Coord. ) ( 2004 ). Dicionário de Psicopatologia da Criança e do Adolescente. Climepsi Editores
Jung, C. G. ( 1968 ). The Archetypes and the Collective Unconscious ( 2ª edição ). Routledge & Kegan Paul, Ltd.
Lacan, J. ( 1996 ). Escritos. Editora Perspectiva
Resende, S. ( 2008 ). Masturbação feminine no dia-a-dia: suas implicações psicológicas e comportamentais em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 12/11/2008
--------------- ( 2010 ). Exploração cósmica e viagens no tempo e suas relações com a histeria e a obsessão em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 26/11/2010
--------------- ( 2010 ). Tendências psicológicas e medos futuros das sociedades capitalistas em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 26/11/2010
--------------- ( 2011 ). Exemplo paradigmático relativo às tendências psicológicas e medos futuros das sociedades capitalistas em www.redepsi.com.br, na secção Artigos/Teorias e Sistemas no Campo Psi em 05/01/2011
--------------- ( 2012 ). Orgasmo feminino enquanto “ pequena morte “ ( la petite mort ) em www.psicologado.com ( proposto a 05/2012 )
--------------- ( 2012 ). Catar sexual feminino enquanto fobia social em www.psicologado.com ( proposto a 06/2012 )
--------------- ( 2013 ). A guerra militar no homem fascista em www.psicologado.com ( proposto a 01/2013 )
--------------- ( 2013 ). A mulher e a morte em www.psicologado.com ( proposto a 12/2013 )
--------------- ( 2014 ). Segundo complemento a O sobrecompensatório na mulher em www.psicologado.com ( proposto a 01/2014 )
Baseando-me na hipótese de um Universo infinito, no multiverso, avançada por físicos, e referida no meu artigo O consciente e o inconsciente cósmicos ( Resende, 2013 ), proponho a noção de diferentes eus nos diferentes universos, já que haverão Universos repetidos, com diferentes padrões e diferenciações egóicas multiversais, entre um Universo modelo, por exemplo, o nosso, até chegar a esses universos repetidos, que, como se propõe mais à frente, também terão gradações.
Naquele artigo, é referida a hipótese de um Universo infinito, avançada por físicos, em que haverão necessariamente universos repetidos, no sentido da finitude de arranjos dos átomos e das moléculas do Universo, num multiverso, em que existirão, proponho eu aqui, eus repetidos, com gradação em relação aos diferentes eus.
Com isto, teremos a hipótese de que as diferentes gradações sigam matematicamente uma curva normal de Gauss, com a maioria dos elementos mais padronizados, a nível mediano, e com o diminuir para o extremo inferior e superior dos elementos, numa forma tipo de sino.
Diga-se, mais ilustrativamente, que a entrada em histeria de uma mulher, verborraicamente, típico da histérica, por outra mulher ter a mesma roupa do que ela, será uma manifestação inconsciente colectiva transuniversal, ou cósmica, em relação às repetições egóicas multiversais. Isto, considerando o aspecto oro-fálico do histerismo, e da língua enquanto símbolo oro-fálico por excelência, que será uma base para os lapsos inconscientes de linguagem. Claro está, considerando também o histerismo mais típico nas mulheres.
Hipotetiza-se, relacionando com o meu artigo Etologia e filopsiquismo ( Resende, 2012 ), que a maioria dos elementos, mais padronizados, portanto, estejam mais relacionados com o passado, com o historial psíquico, pelo aspecto normativo da padronização, sendo eventualmente menos diferenciados psicologicamente, já que seguem padrões psíquicos mais determinados por esse passado, mais associados a padrões inatos de acção. Realça-se a importância da filogénese, para Jung, e seu conceito de inconsciente colectivo, no psiquismo humano, e para a perspectiva Comportamentalista.
É de referir, agora, a plausibilidade da fractalidade do consciente e inconsciente cósmicos, como indicado naquele primeiro artigo referido, que leva a que o psiquismo humano, com seus padrões psicológicos, ao nível do consciente e do inconsciente, se auto-repita ao nível dos eus no multiverso.
Quanto aos universos repetidos, ainda se elabora naquele primeiro artigo, quanto à coerência da existência de um inconsciente cósmico, pela característica da compulsão à repetição, que é a tendência de material inconsciente se manifestar repetidamente. Seria, pois, no sentido de um inconsciente cósmico colectivo.
Ainda relativamente à diferenciação psicológica, temos que haverão zonas, ao longo do multiverso, mais diferenciadas e outras menos diferenciadas, ao nível dos eus, portanto, ao nível egóico multiversal, em que estes graus de diferenciação se assemelhariam ao grau de diferenciação dos elementos do Universo, desde as poeiras e os gases estelares, até às estrelas, planetas, satélites naturais, buracos pretos, quasars, etc..
Noutra perspectiva, mas ainda ao nível da diferenciação, dada aquela padronização referida, dos elementos egóicos mais medianos, teríamos que os mesmos se aproximariam do elemento hidrogénio, já que se considera que o mesmo será, de longe, o elemento mais comum do Universo, pelo menos, o visível, e em que os elementos egóicos tendendo para o extremo inferior da curva normal se aproximariam das partículas sub-atómicas, enquanto que os elementos egóicos tendendo para o extremo superior da curva se aproximariam dos elementos mais pesados. Hipotetiza-se, ainda, que esta diferenciação egóica, tendendo para os extremos inferior e superior, aproximando-se, portanto, do sub-atómico e dos elementos mais pesados, que poderíamos considerar como sendo supra-atómico, tenderá para o que é considerada a existência multi-dimensional do Universo, em que teremos seres de outras dimensões, eventualmente multi-dimensionais. Seres esses que são descritos na literatura ovnilógica variada ou na literatura exopolítica, exopolítica esta definida como o campo que estuda os actores, instituições e processos políticos humanos na sua relação com civilizações extraterrestres, como no livro, dizia, do fundador da exopolítica, Alfred Webre, Exopolitics: Politics, Government and Law in the Universe ( 2005 ). Como Webre diz, neste seu livro: " Multi-dimensional " spiritual " beings guide us in our planetary development... The spiritual dimensions of the Universe guide us outward into the reaches of interplanetary space and inward into the reaches of the human soul. " ( p. 69 ).
Quanto a estas últimas referências, aos dois extremos da curva normal, tem algum interesse relacioná-las com a fractalidade já referida, em que teríamos auto-repetição egóica em diferentes dimensões, em que o que seria variável, o que caracterizaria a diferenciação, seria o tempo, ou seja, egos semelhantes em diferentes tempos. Apoiando esta ideia, temos o avançado por Paul Davies, em Como construir uma máquina do tempo ( 2003 ), onde ele considera que não há um “ agora “ universal, tendo nós que aceitar que o tempo num lugar longínquo pode ocupar o que entendemos como passado e futuro. Indica, pois, que é errado pensar apenas no presente como real em todo o cosmos.
Ainda em relação a estes diferentes tempos, e numa linha exopsicológica, ou seja, do estudo da relação e funcionamento mental, psíquico, entre seres humanos e seres alienígenas, podemos pensar em tempos complementares, em que os seres dimensionais associados ao supra-atómico, hipotetiza-se, caracterizar-se-iam pelas ondas gravitacionais avançadas, que permitirão caracteristicamente viagens no tempo para o passado, e em que os seres dimensionais associados ao sub-atómico, caracterizar-se-iam pelas ondas gravitacionais retardadas, que permitirão caracteristicamente viagens no tempo para o futuro. Esta noção, quanto às ondas gravitacionais, pode ser encontrada, por exemplo, no livro de J. Richard Gott III, Viagens no tempo no Universo de Einstein ( 2001 ). Temos, por conseguinte, a curva normal de Gauss como uma seta temporal do passado para o futuro.
As ideias de eus repetidos, alternativos, num multiverso, também em diferentes tempos, são dramatizadas no filme The One, ou Força explosiva, em português, realizado em 2001 por James Wong, e com argumento de Glen Morgan e James Wong.
Conclui-se, realçando-se a existência, num multiverso, de eus repetidos, com gradações e diferenciações, caracterizadas, temporalmente, por maior ou menor relação com o passado e com o futuro, e por maior ou menor relação com o sub-atómico e o supra-atómico. Ainda de destaque é a plausibilidade de existência de um inconsciente cósmico colectivo.
Bibliografia
Davies, P. ( 2003 ). Como construir uma máquina do tempo. Gradiva
Gott III, J. R. ( 2001 ). Viagens no tempo no Universo de Einstein. Edições quasi
Resende, S. ( 2012 ). Etologia e filopsiquismo em www.psicologado.com ( proposto a 01/2012 )
Resende, S. ( 2013 ). O consciente e o inconsciente cósmicos em www.psicologado.com ( proposto a 02/2013 )
Webre, A. ( 2005 ). Exopolitics: Politics, Government and Law in the Universe. Universebooks
Neste artigo, estabelecem-se relações espaço-temporais e filo-psíquicas em relação ao pensamento, elaborando-se quanto à qualidade do mesmo, por contraponto à quantidade, ou seja, à velocidade da transmissão neuronal.
Tem-se que, no pensamento, há diferenciação entre o aspecto quantitativo da velocidade da luz nos neurónios e o aspecto qualitativo do pensamento, que ultrapassa em importância, para o pensamento, a velocidade da luz dos neurónios, com o exemplo da percepção de estímulos externos ser antecipada mentalmente, pensativamente, e a capacidade de planeamento, reflexão, ser mais evoluída do que a simples transmissão neuronal. Temos que a qualidade do pensamento ultrapassa a velocidade da quantidade do pensamento.
Na caracterização quântica dos pensamentos, o pensamento caracterizar-se-à mais por saltos quânticos, alterações dos estados quânticos, em que no neurónio há a transmissão da informação através de saltos através da mielina. No contexto, há como que uma prossecução da mielinização do pensamento, em que há o acentuar da qualidade do pensamento e não tanto a quantidade, da velocidade da luz dos neurónios.
Noutra perspectiva, considera-se que o sujeito à velocidade da luz, fica, relativamente ao ponto de origem, mais novo, tornando-se, portanto, um viajante do tempo. Considerando que quando olhamos para as estrelas, é como se estivéssemos a observar o passado, já que a luz das estrelas, viajando à velocidade da luz, demora um certo tempo a chegar à Terra, podemos hipotetizar que a “ informação fotónica pensativa “, de um observador a partir das estrelas, hipoteticamente telepático, cuja transmissão telepática tem em conta o futuro da mesma, mesmo do Big Bang, ou, actualmente, perto dele, chega inversamente ao início da “ mensagem fotónica “, já que esta informação como que viajou no tempo. Tendo em conta as considerações, tem-se que a informação mais antiga, mais distante, chega em primeiro lugar do que a mais recente, mais perto, em que o pensamento qualitativo tem mais primazia do que o pensamento quantitativo. Esta ideia da inversão da chegada da informação ( ou observador ) é-nos dada por Paul Davies, em seu Como construir uma máquina do tempo ( 2003 ), quando aborda a viagem mais rápida do que a velocidade da luz.
É esta noção da inversão da chegada da informação que faz a passagem da quantidade do pensamento, ao nível da transmissão dos impulsos neuronais, à qualidade do pensamento, já que permite perceber a capacidade de antecipação, planeamento e reflexão mentais.
Quanto à luz das estrelas, no passado, o pensar em relação às mesmas, leva a que a mensagem pensativa chegue primeiro do que a luz, considerando nós, aqui, um contexto exopsicológico, ou o estudo psicológico da relação entre seres humanos e extraterrestres, em que se tem noção das capacidades mentais telepáticas de raças extraterrestres, como pode ser perspectivado na literatura ovnilógica variada, como Sequestro ( 1994 ), de John Mack ( psiquiatra ) e The Custodians – Beyond Abduction ( Cannon, 2001 ). Ou seja, há uma diminuição da perspectiva do passado e um avançar para o futuro. Será coerente, então, que quanto mais longe a estrela mais perto em termos de tempo, e quanto mais perto, mais longe em termos temporais, e isto em termos de pensamento.
É de relacionar estas ideias com o meu artigo Relações espaço-temporais dos psemes e psitrões no contexto exopsicológico e da Teoria do Tudo em Psicologia ( Resende, 2012 ), em que se conclui que há correlação inversa entre psitrões do tempo e psitrões do espaço. Importantemente, indica-se a coerência desta ideia, e do artigo referido, por consequência, já que na Física considera-se que o espaço e o tempo têm sinais opostos, como Richard Gott III refere, no contexto das viagens do tempo para o futuro, no seu livro Viagens no tempo no Universo de Einstein ( 2001 ).
Mas veja-se mais em pormenor as relações espaço-temporais dos psitrões, tal como descrevi no meu artigo das Relações espaço-temporais, já referido, considerando psitrões enquanto partículas psicológicas que subjazem os psemes, ou unidades psicológicas de transmissão intergeracional, que se constituem enquanto complexos inconscientes.
Temos, pois, a conceptualização dos psemes enquanto unidades psicológicas espaço-temporais, constituídas por psitrões. Temos os psi enquanto unidade temporal e espacial do pseme e psitrão, em que o psitemp será a unidade psemética temporal e o psiesp a unidade psemética espacial. Haverá uma escala de utilização dos psitemps que vai do maníaco, histérico, obsessivo ao deprimido, em que cada vez menos unidades tempo-mentais são utilizadas, indo-se da aceleração temporal do maníaco à lentificação temporal do deprimido. Postula-se uma correlação inversa entre unidades tempo-mentais e unidades espaço-mentais, em que quanto mais psitemps menos psiesps, e vice-versa. Exemplarmente, dado um determinado trajecto de A a B, a maior utilização temporal do maníaco induz sentimentos de menor distância a percorrer enquanto que a menor utilização temporal do deprimido induz sentimentos de maior distância a percorrer. Já o histérico utiliza bastantes unidades tempo-mentais, daí o tempo passar rápido, e menos unidades espaço-mentais vai tendo. Daí a correlação do histerismo com o capitalismo, e com o seu extremo, o expansionismo imperialista, precisamente devido à necessidade de unidades espaço-mentais. Quanto ao obsessivo, o mesmo utiliza bastantes unidades espaço-mentais, que se poderá relacionar com a presença obsessiva de estrelas no céu ( como observado ) e Espaço Sideral, e com a União Soviética e com a Revolução Russa, associando-se tipicamente, claro está, a obsessão com o comunismo. Isto, do ponto de vista exopsicológico, em que haverá uma mensagem alienígena, de terraformação e de influência nas sociedades humanas, com o tamanho da União Soviética e da Rússia, associado à vastidão do inconsciente, sendo a Rússia, de longe, o maior país do planeta Terra, e havendo menos unidades tempo-mentais, portanto. Haverá necessidade de unidades tempo-mentais, que se relacionará com a necessidade de imortalidade simbólica, e com o facto de o obsessivo ser tendencialmente masculino, e de, predominantemente, as obras científicas, literárias, filosóficas, de arte, etc., que foram sendo deixadas, serem precisamente de homens. Conclui-se, pois, da correlação inversa entre os psemes e psitrões enquanto unidades espaço-mentais e enquanto unidades tempo-mentais, ou seja, correlação inversa entre os psitemps e os psiesps.
Continuando, em relação ao pensamento, à mensagem “ electrónica “ pensativa, é de considerar que a qualidade do pensamento é mais rápida do que a luz, nos neurónios, o que é de relacionar com a perspectiva da Física, de que se se viajar mais rápido do que a luz, chegar-se-à antes de se ter partido, andando para trás no tempo, invertendo causa e efeito e o antes e o depois ( Davies, 2003 ). Ou seja, a qualidade do pensamento implica que quanto melhor qualidade tiver o pensamento mais o mesmo tem em consideração e influência do futuro, já que a informação é transportada do futuro para o passado, o que podemos dar o exemplo do visionário.
Isto também implica, considerando-se o artigo das relações espaço-temporais já referido, na correlação inversa entre psitrões do espaço e psitrões do tempo, que haverá menos espaço psíquico utilizado em relação ao passado, perspectivando maior eficiência psíquica.
Já tendo em conta o meu artigo Etologia e filopsiquismo ( Resende, 2012 ), isto aponta para que quanto maior fôr a qualidade do pensamento menos influência terá do passado e menos determinado pelo passado será. Isto, considerando-se, no artigo, que quanto mais relação psíquica com o passado mais determinado é-se por ele. Tenha-se em conta, também, que no mesmo artigo, serão a maioria dos sujeitos, mais medianos, na curva normal de Gauss, que têm mais relação com o passado, ao nível dos padrões psicológicos, realçando-se o aspecto normativo mediano, associados a padrões inatos de acção, ou seja, tendo em conta a filogénese no psiquismo humano, como consideram, por exemplo, as perspectivas Comportamentalista e Junguiana, particularmente com o conceito de Jung de inconsciente colectivo. Deste modo, compreende-se melhor que o visionário, por exemplo, se afaste da mediania.
Finalizando, diga-se que á apoiada a ideia da relação inversa entre espaço e tempo, a nível psicológico, como também a ideia de que quanto melhor qualidade tiver o pensamento, mais influência o mesmo tem do futuro, não sendo tão influenciado pelo passado, não sendo tão determinado pelo mesmo.
Bibliografia
Cannon, D. ( 2001 ). The Custodians – Beyond Abduction. Ozark Mountain Publishers
Davies, P. ( 2003 ). Como construir uma máquina do tempo. Gradiva
Gott III, J. R. ( 2001 ). Viagens no tempo no Universo de Einstein. Edições quasi
Mack, J. E. ( 1994 ). Sequestro ( tradução portuguesa ). Lisboa: Temas da Actualidade, D. L.
Resende, S. ( 2012 ). Etologia e filopsiquismo in Artigos vários de Psicologia em www.infogestnet.com, Todos os Arquivos/Livros/ Artigos vários de Psicologia ( 2013 )
Resende, S. ( 2012 ). Relações espaço-temporais dos psemes e psitrões no contexto exopsicológico e da Teoria do Tudo em Psicologia in Artigos vários de Psicologia em www.infogestnet.com, Todos os Arquivos/Livros/ Artigos vários de Psicologia ( 2013 )
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